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Rodolfo Lucena

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Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Meia maratona desbrava montanhas da Estrada Real

Por Rodolfo Lucena
15/06/15 18:54

Quando vi os anúncios da Meia Maratona da Estrada Real, fiquei doido. Tinha acabado de fazer uma corrida na região de Mariana e Ouro Preto e sabia das belezas daquele território. Além disso, já entrou para meu projeto de vida correr ou caminhar parte dos trocentos quilômetros desse caminho que se perde pelo interior de Minas.

Vai daí que, sem mais delongas, resolvi me inscrever na prova. Pensei que daria para incluir no meu treinamento para a maratona que vou correr no Alasca. Não sei se você sabe, mas, neste ano, voltei a treinar para maratona depois de dois anos no seco. E coloquei como meta participar da Maratona da Meia Noite em Anchorage, maior cidade do Estado gelado (saiba mais sobre o projeto AQUI).

A maratona é no próximo sábado, dia 20. A meia maratona seria no dia 7 de junho. Em tese, tudo certo. Só que não. Conversando com meu treinador e considerando meu histórico de lesões e o esforço que seria essa viagem extra para Minas apenas 15 dias antes da maratona, resolvemos abortar o projeto.

Sofri, mas fiquei pensando que talvez dê para encarar no ano que vem… Mas fiquei triste de não poder para você a história de uma corrida que eu imaginava ser tão bacana.

Pois a nossa prezada leitora LIA CAMPOS, do Ceará, resolveu se aventurar pelas montanhas mineira. Corredora há 11 anos, ela vem participando de provas em vários pontos do Brasil e do exterior e conta suas experiências num blog. Gentilmente, ela mandou o texto que publico a seguir, assim como as belas fotos. Obrigado, Lia.

Fiquemos, pois, com o relato de LIA CAMPOS sobre a segunda edição da Meia Maratona da Estrada Real.

lia 1 abre

Cena da meia maratona da Estrada Real (fotos Arquivo Pessoal)

“A Meia Maratona Estrada Real, realizada no último dia 7 de junho em Ouro Branco-MG, cidade distante 32km da sua famosa irmã Ouro Preto, talvez não seja considerada pelos especialistas uma prova de montanha.

Sou corredora de rua e nunca participei de prova de montanha, mas acho que essa prova se qualifica totalmente. Apesar de ter tido 9 km em estrada de terra e os restantes 12 km no asfalto, todos os 21km foram na montanha, entre muuuitas descidas e subidas, saindo de uma altitude de quase 1.600 m e terminando na cidade, a 1.100 m.

A largada foi no Parque Estadual da Serra de Ouro Branco, em um local com visual espetacular. Dali partimos para a famosa Estrada Real, o caminho “oficial” autorizado para a circulação de pessoas e mercadorias na época do Brasil Colônia

A prova foi toda muito bem organizada.

A inscrição deu direito, além do traslado em ônibus que nos levou a partir das 6:45 da manhã desde o clube onde seria a chegada, estrada acima até o Parque Estadual da Serra do Ouro Branco,  a um jantar de massas na véspera e um café da manhã antes da largada. Como não pude participar nem do jantar nem do café da manhã, não posso opinar como foi.

Com um total de 600 corredores, a II Meia Maratona Estrada Real teve três distâncias: 5, 10 e 21km.

A de 5km largou do clube onde chegaríamos.

Já os corredores de 10 e 21 pegaram os ônibus, ficando os primeiros na metade do caminho e nós, os meio maratonistas, a 21km de distância, e todos percorremos o caminho de volta até o clube.

Na largada, apesar do frio de aproximadamente 13ºC, todos aproveitaram o visual da Serra, extasiados com a beleza da região, para fotografar a vontade, até que fosse dada a partida, pontualmente às 8h30.

A partir daí, muitas descidas, algumas subidas bem brabas, joelhos e pernas no comando e belíssimas paisagens sempre nos rodeando.

lia 3 morro azul

Trânsito organizado pela Polícia, com uma via inteira separada para os corredores e água  suficiente ao longo de todo o percurso, com staffs sempre atenciosos.

Na chegada, uma medalha linda nos aguardava e, para os menos friorentos (categoria na qual definitivamente esta cearense não está incluída), banho de piscina.

Como precisava voltar para Belo Horizonte e pegar meu voo de volta a Fortaleza, também não pude ficar para a premiação.

Para mim, desacostumada com tanto sobe/desce, a corrida foi dura. Nunca, em todo esse tempo de corrida de rua, fiquei com a musculatura das pernas tão dolorida, nem mesmo depois de correr maratona.

lia 2 abre vista da cidade

Apesar disso, devo dizer que a prova, com seu maravilhoso percurso, valeu cada dor que vim a sentir depois e, “felizmente”,  não consegui cumprir o maior desafio da corrida: não parar para apreciar a paisagem.”

 

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Tela continua ponto fraco de GPS da Suunto

Por Rodolfo Lucena
11/06/15 17:23

Algumas coisas vão e vêm e tudo continua como está. Quando, dias atrás,  fiz esta resenha do novo relógio multiesportivo com GPS da Suunto, o Ambit 3 Peak, acabei colocando como título inicial “GPS da Suunto para corrida é muito bom, mas tela pode melhorar”.

Por azares do destino –mais exatamente, porque não arquivei o texto conforme meus padrões–, não achei de cara a reportagem que havia escrito.

Tratei de usar os recursos do computador para encontrá-la, e a primeira que veio foi exatamente uma contando sobre a primeira v ez que experimentei um relógio da Suunto. Era uma resenha do primeiro relógio da mkarca volta especificamente para corrida.

E o título do texto publicado era (é) “GPS da Suunto para corrida é bom, mas tela pode melhorar”. Donde se conclui que minha avaliação continua coerente e que a empresa não deu a mínima bola para essa opinião. Vai daí que mudei o título da resenha que você agora lê, a fim de que fique pontuado que não é de hoje que a resolução da tela, ainda que boa, não acompanha a qualidade geral do produto.

suun a cara do relógioBom, o Ambit 3 Peak tem aspecto esportivo, jeito de quem aguenta qualquer parada. Não sei se qualquer parada, mas o fato é que o relógio tem recursos específicos para monitorar esportes como ski alpino, montanhismo, trekking, natação em águas abertas ou em piscina e trekking. Ah, também serve para fiscalizar o desempenho de corredores.

Foi no modo corrida que eu testei o aparelho.

Algumas características excelentes que devem ser notadas antes mesmo de colocar o relógio no pulso: as muitas telas disponíveis (pelo menos quatro, cada uma com até três divisões) e a possibilidade de calibrar a precisão do GPS de acordo com as necessidades –quanto mais precisão, menos tempo de bateria.

Com precisão “excelente”, o relógio promete 20 horas de bateria, o que é mais do que o dobro do oferecido como padrão pelo relógio que eu uso. Na precisão “boa”, aumenta para 30 horas e na regular, para 200 horas!

Dá para fazer as configurações pelo relógio, mas é muito mais confortável fazer pelo site que “fala” com o aparelho. A conexão é por porta USB, no lado do computador, e por um clipe que fica bem seguro no lado do relógio (melhor do que aquelas baias ou bercinhos para conexão e também mais firme que o clipe usado no meu relógio).

Também veio com faixa para monitorar a frequência cardíaca. Antes de usar a faixa, é preciso fazer o emparelho dela com o relógio. Isso, pelo que vi, só precisa ser feito uma vez. Depois, cada vez que o usuário liga o modo corrida (no meu caso), o relógio busca o monitor de frequência cardíaca.

Na hora de usar, começam a aparecer características não tão bacanas do relógio. Exatamente por causa do tamanho e do jeitão parrudo, ele é pesado –mais do que o dobro do peso de meu relógio com GPS.

Além disso, apesar dos algarismos grandes, que tornam fácil a leitura da informação principal de cada tela, a resolução pode melhorar bastante.

Mesmo na configuração básica, sem fazer nenhum tratamento especial, a tela do meu relógio é muito melhor; os algarismos são um pouco menores, mas a leitura é mais fácil por causa da boa definição e do ótimo contraste oferecidos pelo meu aparelho.

Talvez isso não seja nem notado por grande parte dos usuários, que, imagino devem ser bem mais jovens do que eu e com melhor visão. Mas, para quem tem vista cansada, precisa de óculos para leitura e não os usa durante a corrida, contraste, definição e tamanho de letras são elementos definidores na hora da compra.

Quanto ao GPS propriamente dito, funciona muito bem. Corri com o relógio em áreas com bastante edifícios, sob viadutos e em parques bem arborizados; nunca perdi o sinal.

Em todos os treinos usei também o meu relógio com GPS, e as marcações dos dois sempre foram diferentes, ainda que os cronômetros tenham sido sempre iniciados praticamente no mesmo instante (as diferenças foram mínimas, de menos de um segundo, o tempo de passar a mão de um relógio para o outro).

Em geral, as diferenças de marcação de distância não foram muito significativas, e não é possível para mim, baseado nos testes que fiz, dizer qual dos dois estava certo. Por padrão, eu uso como referência, como é óbvio, o meu GPS.

Mas houve um treino em que o comportamento dos dois relógios foi bem estranho: às vezes se aproximavam, às vezes aumentava a diferença entre os dois e de repente ambos se aproximavam de novo (veja o quadro abaixo).

suunto quadro comparativo

O programa de apresentação dos resultados, no site movescount, é muito bonito (pelo menos , para o meu gosto). A primeira tela traz os dados básicos e tem ainda uma tecla “veja mais”, que abre o resumo de outras informações.

Rodando a página para baixo, podemos ver nosso desempenho em gráficos diversos e o trajeto claramente marcado em um mapa. Enfim, o básico que outros serviços também têm, mas muito bem feito.

Teste Suunto quadro

Quem gosta de relógio, mas não larga o celular, pode instalar o aplicativo Movescount App. Eu não sou fã disso, não gosto de correr com fone de ouvido e não me interesso por compartilhar treinos em redes sociais, por isso não testei o aplicativo –minha avaliação estaria prejudica pelos meus preconceitos ou idiossincrasias. Mas passo para você o que o material informativo diz sobre os recursos do programa:

“A utilização do relógio em conjunto com o Suunto Movescount App traz benefícios adicionais. Um novo recurso do App é um feed de atividade que lhe permite acompanhar as atividades dos seus amigos – e permite-lhes ver o que você tem feito. Com a App, você pode personalizar o seu relógio Ambit3 e compartilhar seus Moves facilmente, bem como receber chamadas e notificações de texto no relógio para que você não precise parar para ver quem está chamando. Ou você pode fazer um Suunto Movie, que transforma o seu percurso em um arquivo de vídeo.”

Correr por nós ele não corre…

Bueno, o preço de lista do Peak assusta: R$ 2.399. Talvez valha a pena para praticantes de vários esportes, mas, se o interesse do usuário for apenas corrida, é possível encontrar dispositivos de ótima qualidade por preços muito melhores.

A própria Suunto tem o Ambit2 R (o que eu testei no ano passado), que custa cerca de metade do preço do Peak; e há uma versão do Ambit3 para corrida (R) que cujo preço de lista é R$ 900 a menos do que o preço do irmão mais poderoso.

 

 

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Aos 59 anos, jornalista perde peso, ganha musculatura e faz em Brasília seu primeiro cross urbano

Por Rodolfo Lucena
08/06/15 13:39

As redes sociais têm muita coisa chata: invasão de privacidade, propaganda enganosa, notícias mentirosas e por aí vai. Mas também propiciam muita alegria e satisfação, às vezes até uma viagem no tempo, quando a gente encontra personagens do passado, dos tempos de infância, do período da escola, dos bancos universitários, das primeiras lutas sindicais.

back to the futureÉ um passeio de volta para o futuro, para aproveitar a data de hoje  –a data de destino na viagem no tempo do garoto personagem do filme “De Volta Para o Futuro. Bueno, o que importa é que a gente descobre no que se tornaram aqueles amigos de outras épocas.  

A Márcia Turcato, por exemplo, foi colega de faculdade, batalhamos juntos no Dabico –o Diretório Acadêmico de Biblioteconomia e Comunicação–, participamos de assembleias no sindicato dos jornalistas, aquela coisa toda. Cada um seguiu seu caminho.

Só agora, em tempos de redes sociais, é que fiquei sabendo que ela tinha dois nomes entre o primeiro e o último (fica sendo, portanto, Márcia Beatriz Dieckmann Turcato). Mora em Brasília, a quase 40 km do Congresso Nacional, no meio do mato/cerrado, onde é visitada por pássaros e uma família de micos-estrela.

Nas horas vagas, corre. Neste último sábado, pela primeira vez, participou de uma competição que também é pioneira, novidadeira: o cross urbano. E agora, conta para nós como foi a experiência. Fiquemos, pois, com o texto da Márcia, que tem dois cachorros e já visitou a Antártida duas vezes (fotos Arquivo Pessoal).

turcatto 3 horizontal

“Fiz meu primeiro cross urbano, aos 59 anos de idade. Foram seis quilômetros no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Nunca havia participado de um.

“Entrei na academia de ginástica em outubro de 2014, depois de pedir demissão de um cargo de chefia em uma agência de regulação do governo federal.  Quase quatro anos chegando bem cedo e saindo tarde. Agora trabalho como consultora de Comunicação Social, faço meu horário.

“Depois de perder cinco quilos extras, adquiridos enquanto eu era chefe, ganhar musculatura e massa óssea, fazer um check-up e estar tudo ok, comecei a treinar corrida.

“Primeiro uns minutinhos e ficava morta. Depois mais um pouco e de pouco em pouco peguei gosto pela coisa. Os instrutores da academia incentivaram, deram dicas de respiração, de postura, de ritmo, de passada e eu fui aumentando minha velocidade e meu tempo na esteira. Em cinco meses já estava em ponto de bala.

“Uma amiga, Bethyzabel Araújo, 38 anos, foi quem deu o empurrão ao incentivar nossa inscrição em uma prova de 5Km na Esplanada dos Ministérios. Fomos e gostamos. Fechei a prova em 37’.

“Logo depois fizemos outra prova de 5km no Pontão do Lago Sul, mais técnica. Fechei em 34’. E resolvi fazer a inscrição para o Cross Urbano e uma corrida de 10km no Lago Sul, dia 28 de junho.

“Serão meus primeiros 10km de prova. Mas já fiz duas vezes essa distância em treinamento com um grupo coordenado por Letícia Somensi, uma gaúcha da serra italiana, que vive em Brasília, tem a academia Citrus Move, onde eu treino, e é maratonista.

“Com a Letícia nos meus ouvidos, incentivando, e propondo desafios a todo o instante, fechei o Cross Urbano deste último sábado (6/6) em 42’. Não gostei do meu tempo. Tenho certeza que posso baixá-lo. Mas que provinha difícil!

“Eu nunca havia entrado no estádio Mané Garrinha. Achei que haveria confusão na Copa Fifa 2014 e não comprei ingresso. Me arrependi. Correr o Cross Urbano era a chance conhecer o estádio na intimidade.

turcatto 1 vertical“A largada foi na área externa, perto do estacionamento, em seguida fiz toda a volta e entrei em um túnel de acesso dos ônibus das delegações, depois passei por rampas, que subidão! Mais rampas! Que descidão!

“Entrei na pista de atletismo que circunda o gramado. Emocionante! Saí por um túnel e cheguei no nível das arquibancadas. Havia um acesso em caracol, ascendente, no caminho. Caminhar, jamais! Subi correndo, calculando que deveria faltar só um quilômetro para o encerramento. Acertei. Logo alcancei a linha de chegada, a água, a banana e o descanso!

“Felizmente corri com meu cinto com três garrafinhas com água. Essa prova só tinha um ponto de hidratação no quilômetro três. E Brasília já está no período de estiagem, com sol a pino.

“Compreendi que o treino é o grande empurrão para a gente obter bons resultados, que a amizade é que nos impulsiona e que o companheirismo não te deixa correr sozinha. Falando nisso, fiquei muito feliz de ver meu companheiro, Adeildo Bezerra, na largada da prova, fotografando minha corrida.

“Correr é um conjunto de fatores que te faz ir longe, veloz, feliz e com o pensamento livre. É um momento em que o corpo é uma coisa e teu pensamento outra. Quem manda você correr é a sua mente, o corpo só obedece, submisso a sua vontade.

“Quando eu tinha 20 e poucos anos, em Porto Alegre, eu corria. Corri alguns anos, uma média de oito quilômetros. Depois parei, por conta de trabalho. Quando mudei para Brasília e fui morar no Plano Piloto, com 34 anos, corria no Eixão. Depois mudei para a cidade satélite de Taguatinga e passei a correr no Pistão Sul. Voltei para o Plano Piloto e parei de correr.

“Passei para a natação por um tempo e depois fiquei uns dez anos participando de competições off road, como piloto. Não corria na rua havia uns 15 anos ou mais. Amei retornar, agora com técnica, orientação e como competidora. Não pretendo sair da pista!”

 

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Relógio-telefone inteligente leva usuário ao mundo da ficção científica

Por Rodolfo Lucena
03/06/15 12:00

Olha, vou lhe dizer uma coisa: eu me senti o próprio Dick Tracy quando coloquei no pulso o relógio-telefone inteligente Gear S, da Samsung.

Ih, você não sabe quem é o Dick Tracy. Trata-se de um herói dos quadrinhos, séries televisas e outras médias que “nasceu” na segunda parte dos anos 1940, mas estava vivo e saudável quando eu era guri, nos anos 1960.

Era um superdetetive que se notabilizou por usar um sem número de traquitanas tecnológicas; para a época, cuida se ficção científica.

A bugiganga mais notável, que virou uma espécie de marca registrada, era um relógio-telefone, coisa do arco da velha, para não usar expressão menos adequada a circunspectos salões virtuais.

gear sPois o Gear S não só serve para usar como telefone como também faz um monte de outras coisas, como pesquisas na internet, medição dos batimentos cardíacos, armazenamento de fotos e acompanhamento de exercícios diversos –desde que o respectivo aplicativo esteja devidamente instalado.

O melhor de tudo, para mim, que fiz o teste analisando as qualidades e defeitos do Gear S como companheiro de corrida, é que ele prescinde do smartphone. Não sempre, não para tudo –a instalação de aplicativos, por exemplo, é feita via telefone celular, que depois transfere o programa para o relógio inteligente.

De qualquer forma, o relógio é bem conectado –tem 3G, Bluetooth e Wi-fi. Como não estava com o SIM card, nos meus testes só utilizei as conexões Bluetooth e Wi-Fi, mas foi o suficiente para perceber o poder do aparelho, que pode ser usado para fazer ligações de forma independente ou encaminhadas pelo smartphone.

Sua tela curva é gigante, em comparação com as dos relógios convencionais –arredondando, dá 4 cm de largura por 6 cm de altura. Com isso, é claro que as letras e o teclado virtual não podem ser muito grandes, mas o contraste é ótimo –por isso, mesmo sem óculos, consigo ler alguma coisa, fazendo esforço.

No caso dos aplicativos de corrida, os números principais ficam bem legíveis; em telas que são divididas, os números secundários ficam bem pequenos. Sem meus óculos de leitura (que não uso enquanto corro), eu precisei parar a corrida para identificar algumas das informações.

Do ponto de vista da aparência, o relógio é superestiloso. Para economizar energia, os números e textos só aparecem quando o usuário toca na tela (há uma opção para deixar o relógio sempre ativo, mas o gasto de energia vai para as alturas).

Com isso, o usuário fica com uma peça de vidro negro brilhante no pulso (há um versão em branco). Para meu gosto, parece algo muito chique, ainda mais que a pulseira preta de borracha superlisa acompanha o estilo. O fechamento é feito por dobradiças e pressão, como nos relógios de pulseira com elos metálicos que meu pai gostava de usar.

Tudo isso significa que ele não tem um estilão esportivo, despojado, não parece um sujeito durão como os aparelhos da Suunto ou da Timex. De qualquer forma, não é concorrente deles.

O relógio que eu peguei para testar veio com dois aplicativos esportivos além do pedômetro que fica na tela principal do aparelho. Eu ainda instalei mais um,  que já havia testado anteriormente e com o qual me dei melhor.

Não vou aqui analisar o desempenho dos aplicativos de corrida. Há um farto elenco disponível,e os usuários de celulares inteligentes os vêm testando já há bastante tempo. De qualquer forma, a experiência com eles é bem diferente da que se tem ao usar um relógio GPS, que é a minha preferência.

O importante é que o Gear S libera o corredor de ter de carregar também um celular.

Apesar de meu entusiasmo com o aparelho, há coisas de que não gostei. A tela sensível ao toque, por exemplo, às vezes é sensível demais e outras vezes é uma porta –a gente aperta, estica e puxa e nada acontece. Imagino que, como o uso, a gente se adapte, percebendo quando é preciso uma pressão ou quando um leve toque resolve a questão.

gear s carregamentoTambém não sou fã do sistema de recarga usado pela Samsung. Há um bercinho com conectores que têm sua contraparte na traseira da Gear S; o telefone se prende ao berço por pressão.

Como eu sou um pouco desajeitado, tive de experimentar algumas vezes até conseguir acertar o jeito certo para garantir o encontro perfeito dos dois sistemas. E aposto que, com o tempo, esse casamento irá se afrouxando –já tive aparelhos cuja recarga era feita dessa forma e chegou uma hora que não deu mais…

Pode ser que isso seja apenas idiossincrasia de minha parte –o tempo dirá. De qualquer forma, a tecnologia vestível parece que veio para ficar, ainda mais que os preços estão ficando razoáveis. Não que eu ache pouco R$ 1.499 –preço de lista do Gear S. Mas o fato é que está na faixa dos bons relógios com GPS.

Essa não é a comparação mais adequada do mundo, pois o relógio com GPS desenhado para a corrida ou para corrida e outros exercícios tem recursos que o relógio-celular não oferece; este, em contrapartida, traz um elenco de aplicativos nem sonhado pelo outro.

Vai do gosto de cada um e do tipo de uso que pretende ter.

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Aos 92 anos e 65 dias, pianista clássica se torna mais velha maratonista do mundo

Por Rodolfo Lucena
01/06/15 12:24

Harriette Thompson, Brenny Thompson

Ela já derrotou o câncer. Por que não derrotaria o tempo e a distância?

A bem da verdade, Harriete Thompson, uma ex-pianista clássica que por três vezes participou de concertos no prestigioso Carnegie Hall, em Nova York, nem se perguntou coisa nenhuma. Foi lá e fez. Mais de dois meses depois de completar 92 anos, tornou-se neste último domingo a mais velha maratonista da história.

A recordista anterior, Gladys Burrill, tinha 92 anos e 19 dias quando, em 2010, completou a maratona de Honolulu em 9h53min16.

O recorde de Harriette, que tem dez netos, foi estabelecido em San Diego, na Califórnia, na única maratona que ela corre –já vem fazendo isso há mais de 15 anos.

Thompson começou a maratonar aos 76 anos, depois que uma senhora a convidou para fazer uma doação para uma corrida que arrecadava fundos para combater a leucemia.

“Talvez eu devesse participar disso, foi o que eu pensei naquela época”, disse ela, que já tinha perdido o marido, parentes e amigos para o câncer.

Pensou e fez: desde 1999 participa da Rock `n` Roll Marathon de San Diego.

“Quando cheguei lá na primeira vez, pretendia andar todo o tempo. Mas vi aquele pessoal todo correndo e resolvi correr também”, lembra ela, que já arrecadou mais de US$ 90 mil para a Leukemia & Lymphoma Society e o Team In Training.

Nesses anos todos, dona Harriette deixou de participar da sua maratona anual apenas uma vez, em 2013, porque pouco antes da corrida fora submetida a uma cirurgia para retirada de quase todos os dentes –só lhe sobrou um.

O câncer, que havia também lhe atacado a mandíbula, já durava mais de três anos. Em 2010, 2011 e 2012, Harriette correu a maratona apesar de estar fazendo tratamento contra a doença.

Talvez como resposta à dolorosa cirurgia de 2013 e ao fato de ter ficado sem sua dose anual de maratona, no ano passado a moradora de Charlotte bateu o recorde mundial para mulheres de mais de 90 anos, estabelecendo a marca de 7h07min42 –mais de uma hora e meia melhor que o recorde anterior.

Neste ano, dona Harriette chegou um pouco assustada para a prova. Disse que não estava bem preparada, apesar de ter feito um treinamento normal para seus padrões –ela corre regularmente durante a semana e seus treinos mais longos não chegam a 20 quilômetros.

“Chegou uma hora em que eu fiquei muito cansada. Pouco depois do km 33, tinha uma subidinha que para mim parecia uma montanha. Eu ficava rindo comigo mesma, pensando que é uma loucura fazer uma coisa desses na minha idade”.

Mas daí a subida virou descida, as coisas ficaram mais fáceis, recebeu comidinhas do filho Brenny, de 56 anos, e ela seguiu –de vez em quando, tocava um piano imaginário para estimular as pernas e seguir no ritmo.

Deu resultado. De camiseta roxa, bermuda de compressão azul e longas meias brancas, ela completou a prova em 7h24min36 (foto Divulgação; o filho Brenny está logo atrás dela, também de roxo).

Sorria, pulava,abraçava o filho, agradecia as merecidas homenagens que recebia do público e dos organizadores do evento.

Entusiasmada, disse que bem poderia voltar no ano que vem. “Eu corro para apoiar a Leukemia & Lymphoma Society, essa é a principal razão de eu participar da prova. Mas estive pensando: talvez eu não estivesse mais aqui [viva, neste mundo] se eu não corresse essa prova todos os anos, porque ela me obriga a permanecer ativa ao longo do ano inteiro. Então, estou de certa maneira recebendo a recompensa pelos meus esforços. As pessoas perguntam como eu consigo correr maratonas com a minha idade; talvez essa seja a resposta.”

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Corrida do clube Monte Líbano à Hebraica prega a convivência pacífica

Por Rodolfo Lucena
27/05/15 14:02

O pau está comendo solto no Oriente Médio, mas, em outras partes do mundo, árabes, muçulmanos, judeus e cristão acreditam que a convivência pacífica é possível e necessária. Sonham com a paz.

Para colocar nas ruas essa ideia é realizada em São Paulo uma corrida que, simbolicamente, une judeus e muçulmanos. Seu trajeto liga o clube Monte Líbano à Hebraica, num percurso de 7 km.

A corrida será realizada no dia 28 de junho, mas as inscrições já estão abertas. Podem ser feitas pelo site oficial da prova, AQUI. O preço é R$ 21.

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Adriana e Franck querem buscar em Toronto o bi do Pan-americano na maratona

Por Rodolfo Lucena
25/05/15 11:34

O Brasil vai para Toronto com dois campeões pan-americanos da maratona: Adriana Aparecida da Silva e Franck Caldeira tentarão o bicampeonato nos Jogos de julho próximo na aprazível cidade canadense.

adrianaAdriana (foto Arquivo Pessoal) conquistou seu título em Guadalajara, a cidade mexicana que abrigou o Brasil na Copa de 1970. Se você não lembra, o dia estava quente pacas e Adriana fez uma prova inteligentíssima: até a terceira das quatro voltas ficou cozinhando o galo, deixando que as ponteiras, uma peruana e uma prata da casa, botassem os bofes para fora na disputa pela liderança.

A partir do km 30, ela começou a ganhar terreno. Por volta do 35, deixou para trás a peruana Gladys Tejeda. Três quilômetros e pouco depois, foi a vez de superar a temível Madaí Perez, que contava com a torcida da casa.

Pois o público se esguelou o quanto pode, mas não foi suficiente para impedir a vitória da brasileira. Era o ano de 2011. Depois, Adriana representou o Brasil na Olimpíada de Londres-2012. E agora volta a levar o verde-amarelo para o asfalto em uma disputa internacional.

Já a história de Franck com o Pan é mais antiga. Sua conquista foi em 2007, no Rio de Janeiro, quando teve uma chegada sensacional.  Ultrapassou o guatemalteco Amado Garcia, que liderava a prova, no km 39, e disparou para a vitória, cruzando a linha de chegada com a bandeira brasileira sobre os ombros. Franck também representou o Brasil na Olimpíada de Londres.

Marily dos Santos, a outra convocada pela CBAt para a seleção brasileira de maratonistas que vai a Toronto, também tem história olímpica. A Guerreira das Alagoas participou com galhardia da duríssima maratona dos Jogos de Pequim-2008.

E o segundo brasileiro na maratona é Ubiratan José dos Santos, de Pernambuco. Ele conseguiu o índice ao vencer a maratona de Porto Alegre no ano passado.

Força, coragem, resistência e ótimo ritmo de corrida é o que este blog deseja para os maratonistas que vão representar o Brasil no Pan.

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A morte na lagoa Rodrigo de Freitas: um desabafo de Lauter Nogueira

Por Rodolfo Lucena
22/05/15 11:37

O médico Jaime Gold foi enterrado neste última quinta-feira no Rio de Janeiro. Ciclista e corredor, Gold foi atacado enquanto pedalava em volta da lagoa Rodrigo de Freitas. Esfaqueado pelo ladrão ou ladrões, não resistiu ao ferimento. Tinha 57 anos.

Também ontem, a polícia prendeu um menino de 16 anos suspeito de envolvimento no crime. O garoto, que tem 15 anotações criminais, nega.

Aqui não vou entrar no noticiário policial, que você pode ler na Folha (clique AQUI). Prefiro trazer para você um texto de um amigo de Gold, o treinador e comentarista de atletismo da rede Globo Lauter Nogueira.

Lauter divulgou nas redes sociais um texto emocionado sobre o caso e me deu autorização para reproduzir aqui suas palavras.

Eis o que ele escreveu:

“A CIDADE OLÍMPICA DO RIO DE JANEIRO acaba de promover mais um crime de morte. E, como de hábito neste paraíso tropical, abandonado por Deus e bonito por natureza, morte anunciada, crime testado repetidas vezes, até chegar a esse desfecho!

“Um cara que tinha como único defeito ser apaixonado pela lagoa Rodrigo de Freitas, local onde morou quando jovem e continuava frequentando sempre que podia, mesmo depois de já não morar por lá.

“Esse cara tinha um nome, Jaime Gold, uma profissão: médico, uma família e duas paixões antigas: a Lagoa e se exercitar em torno dela. Mas, decididamente, apesar de paixões envolvidas, não foi um crime passional, foi um assassinato por motivo torpe, onde os cúmplices se vestem bem e são eleitos por alguém (não me pergunte quem, por favor, o asco me impede de dizer!), vivem por aí propagando ao mundo, com olhos marejados de ufanismo fascista, os legados Olímpicos desta cidade partida e derrotada.

“Já os protagonistas desse crime anunciado são os de sempre: a legião cada vez maior de desassistidos, que cresce em solo fértil para isto, sem educação, sem lei e sem cidadania. Mas não quero falar sobre essas ervas daninhas, para isso que servem as páginas policiais e os programas vespertinos das TVs abertas.

“Prefiro lembrar do amigo que se foi, que tombou fazendo o que mais gostava. Meus amigos de outrora e de sempre, da época dos “corredores noturnos”, se lembram bem do Jaime, que sempre surgia de repente nos nossos treinos longos e, como se diz por aí, não largava o osso de jeito nenhum!

“Mesmo quando apertávamos o ritmo, com o Cuê e o Sérgio acelerando no começo e eu, o Leo e o Cezar mais para o final do treino, Jaime vinha junto, sem reclamar, feliz de estar sofrendo entre amigos, como ele dizia depois das longas!

“Antes de terminar, eu gostaria de tentar entender que CIDADE OLÍMPICA é essa, onde pessoas são assassinadas no local onde acontecerão as provas de REMO e CANOAGEM dos Jogos de 2016? Onde pessoas são assaltadas e esfaqueadas no local onde correrão as regatas de VELA,TRIATHLON E MARATONAS AQUÁTICAS dos Jogos de 2016? Onde pessoas apodrecem neste momento, em filas interminaveis, tentando ser atendidas no único hospital público que atende toda a área do PARQUE OLÍMPICO, onde acontecerão disputas de: BASQUETEBOL, GINÁSTICAS, JUDÔ,LUTAS,ESGRIMA, TAEKWONDO,HANDEBOL, NADO SINCRONIZADO, SALTOS ORNAMENTAIS, TÊNIS, NATAÇÃO, POLO AQUÁTICO, CICLISMO DE PISTA, LEVANTAMENTO DE PESO, TêNIS DE MESA, BADMINTON E BOXE??

“Que cidade é essa? Infelizmente é a cidade em que vivo, em que vivem mais de 6 milhões de cariocas, que envelhecem no trânsito parado de suas vias obsoletas, que agonizam no purgatório do transporte público infame e comprometido com bandidos oficiais. São nossos parentes e amigos que continuam a morrer, vítimas da sequência criminosa de várias administrações podres. Esses sim são os verdadeiros “podres poderes”, desta “cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos. Neste momento, já que somos uma cidade olímpica, o caos vence de goleada!!

“** Não aceito a recorrente tarja preta, com a inscrição LUTO no meio. Prefiro a palavra solta e em tom de súplica: LUTEM!!”

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Ressaca de atividade física pode ser tratada com mais exercício

Por Rodolfo Lucena
20/05/15 12:59

Volta e meia a gente exagera na musculação, põe mais peso que devia, multiplica o número de repetições… Ou, na rua, esquece as recomendações do treinador e o bom senso e carrega nas subidas, aumenta a quilometragem sem dó.

O resultado são músculos doloridos. E não é a dor da hora, que essa quase nem existe, a gente sente o esforço e depois passa. É no dia seguinte que percebemos o estrago feito.

Daí é aquele chorumê, ai-ai-ai, mimimi… Há quem peça remédio, quer logo um anti-inflamatório, talvez um relaxante muscular que deixe o vivente levinho levinho…

Nananina.

Já há tempos a medicina sabe e orienta: contra a dor tardia provocada por excesso de exercício, um bom remédio é …  mais exercício.

Bueno, os pinguços fazem isso, não é mesmo? O cara acorda na maior ressaca e bebe uma vodca em cima para acordar direito, toma um Bloody Mary ou pega uma breja estupidamente gelada e tá limpo…

Não que uma coisa tenha a ver com a outra, mas fica o lembrete.

Estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Auckland afirma que “o exercício é a melhor forma de aliviar o atleta em casos de dor muscular tardia”.

O segredo é acionar músculos e grupos musculares que estejam sofrendo menos. O estudo também recomenda o que eles chamam de “cool down”, dar uma resfriada ao final do treino.

É aquela história que muitos treinadores recomendam –e muitos de nós deixamos de seguir: não parar de soco ou terminar uma corrida, ir direto para a poltrona ou para a cama. É bom seguir caminhando um pouco mais, deixar a musculatura dar uma relaxada.

Bom, o trabalho dos professores da Nova Zelândia também recomenda alternar dias fortes e dias fracos e descanso regular como medidas de precaução. E sugere que atletas que, por exigências pessoais ou profissionais, precisem treinar todos os dias devem variar os grupos musculares acionados.

Massagem e aplicação de calor nas áreas doloridas também dão bons resultados.

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Jovens quarentonas ficam entre as dez primeiras na maratona de São Paulo

Por Rodolfo Lucena
18/05/15 09:38

Não deu para conquistar uma vaga no pódio, mas as boas colocações entre as dez primeiras na maratona de São Paulo demonstram a dedicação que duas jovens quarentonas oferecem à sua profissão.

Marizete Moreira dos Santos, 40, terminou a dura prova em 2h49min34, na quinta colocação. Foi seguida por Conceição Maria de Carvalho Oliveira, também 40, que completou em 2h57min30.

Bicampeã da prova (2009 e 2010), a baiana Marizete se dedica integralmente às corridas desde 1999. E já chegou chegando, como se diz: venceu a maratona de Curitiba daquele ano. Entre outras conquistas, é tetracampeã da meia maratona de Brasília.

A piauiense Conceição, por sua vez, não fica atrás em conquistas: por vários anos foi campeã do Circuito Brasileiro de Corridas de Rua, além de ter representado o país em campeonato Sul-americano de meia maratona.

Elas são um exemplo de que, apesar de dura, a carreira profissional do corredor de rua pode ser abraçada por adultos experientes, e não apenas por jovens na flor da idade. Ainda que sejam estes os que mais brilhem nas competições esportivas.

O vencedor da prova de ontem, Abel Kipsang, tem 32 anos. O queniano fechou em 2h15min15, seguindo pelo brasileiro Vagner Noronha, que é um ano mais novo: “Não foi nada fácil. O percurso é forte e, por ser minha primeira maratona, tive de me conter para não forçar demais no início e depois acabar ficando fora da briga pelo pódio. Optei por fazer a minha prova e deu certo”, disse o brasileiro, de acordo com despacho divulgado pela assessoria de imprensa da prova.

A campeã do feminino foi Carolyne Komen, de 26 anos, que não tomou conhecimento de sua compatriota queniana Rumokol Chepkan, que tem no currículo o bicampeonato da prova. A melhor brasileira foi a baiana Graciete Santana, de 34 anos, que chegou na quarta colocação. “Uma prova incrível. Participo de maratonas desde 2011 e esse quarto lugar foi muito positivo”, disse.

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