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Rodolfo Lucena

+ corrida

Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Haile persegue Paula Radcliffe em Viena

Por Rodolfo Lucena
15/03/12 12:48

Já que o sonho de voltar aos Jogos Olímpicos não se concretizou na maratona de Tóquio, o ex-recordista mundial da modalidade Haile Gebrselassie se dedica agora a tarefas mais divertidas –e, provavelmente, bastante lucrativas.

Na próxima maratona de Viena, em 15 de abril, o etíope vai correr a meia maratona com uma missão: perseguir, alcançar e vencer a recordista mundial da maratona feminina, Paula Radcliffe.

A corredora britânica vai largar um pouco antes, e o ex-recordista mundial vai tratar de reduzir a vantagem. A perspectiva deixa entusiasmados os organizadores do evento: “Haile e Paula são dois dos melhores maratonistas de todos os tempos. Vê-los competindo um contra o outra é uma experiência única”, derreteu-se o diretor da prova.

Haile já é veterano nessa brincadeira em Viena, que os organizadores chamam de “Agarra-me se puderes”. No ano passado, a perseguição foi contra os atletas da elite masculina elite. Eles largaram um pouco antes, e o etíope foi buscá-los. Venceu o desafio e a prova e ainda estabeleceu novo recorde para o percurso: 1h00min18.

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Grécia tenta manter no país taça da primeira maratona olímpica

Por Rodolfo Lucena
14/03/12 14:44

O Museu Olímpico da Grécia iniciou uma campanha para arrecadar fundos para conseguir manter no país a taça conquistada pelo filho da terra Spiridon Louis na maratona na primeira edição dos Jogos Olímpicos de nossa era, em 1896, em Atenas.

Isso porque a crise econômica que afeta o país atingiu também os herdeiros do carregador de água que se tornou campeão olímpico. Para levantar um dinheiro extra, o neto de Spiridon Louis resolveu levar a leilão a taça de prata de 15 cm que seu avô recebeu das mãos de George 1º, então rei da Grécia.

Se nada acontecer para impedir, o troféu será leiloado no dia 18 de abril, segundo anúncio da casa de leilão Christie`s. O neto de Spiridon espera arrecadar de US$ 199,1 mil a US$ 265,5 mil com a venda e diz que o dinheiro será aplicado para facilitar o futuro de seus dois filhos.

“Como se trata do mais emblemático símbolo da Olimpíada, diretamente ligado à história esportiva e cultural da Grécia, é dever de todos nós assegurar que ela permaneça no país como herança para as futuras gerações, preservando a memória de um dos maiores momentos da história moderna da Grécia”, diz o site do Museu Olímpico.

“A taça pertence à Grécia, e nós vamos tomar todas as medidas necessárias para preservar essa peça da herança nacional”, conclui o texto.

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Dancinha sensual ajudou maratonista japonês a se classificar para Londres-2012

Por Rodolfo Lucena
12/03/12 15:28

“Sacode as cadeiras, garoto!” É o que deve ter dito a professora de dança Hiromi Kashiki quando viu o estilo durão, robótico, do maratonista Arata Fujiwara, que se classificou para Londres-2012 ao conquistar o segundo lugar na recente maratona de Tóquio.

Ele precisava aprender a rebolar para que seus movimentos fossem mais eficientes –e aprendeu isso ensaiando uma dança que virou moda entre as mulheres japonesas e que promete dar a elas cinturinha ainda mais fina, quadris finos e belos seios.

Não encontrei nas agências de notícias a transliteração do nome japonês da dança; acho que é kabi dansu, mas todos os sites que vi chamam a dita cuja de “curvy dancing”, dança das curvas, que envolve chacoalhar os quadris.

O movimento do remelexo nipônico é liderado pela professora Kashiki, de 48 anos, que já lançou livro e DVD (abaixo) para ensinar as massas a rebolar –e vendeu mais de 2 milhões de exemplares.

Ao longo de seu processo de treinamento para a maratona de Tóquio, Fujiwara descobriu a dança como uma forma de melhorar seu estilo de corrida, tornando-o mais leve e eficiente sob a batuta da mestra.

“Quando eu o vi pela primeira, notei que sua pélvis ia para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda, não era muito estável”, comentou a professora. “Tentei fazer com que sua região pélvica ficasse mais relaxada, eliminando energia não aproveitada e liberando seu poder de explosão”, continuou ela.

O maratonista achou ótimo: “Até agora, eu não me saí muito bem no uso efetivo dos quadris na corrida. Depois de algumas aulas com Kashiki, meu estilo melhorou dramaticamente”.

Fujiwara, de 30 anos, ficou tão impressionado que chegou a fazer uma aula especial na véspera da prova.

É um bom exemplo para muitos de nós, que somos muito durões na hora da corrida. Quando a gente não deixa o corpo fluir, o impacto acaba sendo muito maior. Sem falar no tal estilo e na (falta de ) eficiência biomecânica.

Infelizmente, sei disso por experiência própria, pois sou um cabo de vassoura para correr. Devo dizer que, há uns dez anos, cheguei mesmo a fazer algumas aulas de dança para ver se soltava as cadeiras. A experiência não foi das mais animadoras, mas não está totalmente eliminada de meu horizonte.

Mas voltemos para a história de Fujiwara, que não é apenas de remelexo. Nos últimos anos, ele teve de rebolar –agora, no sentido figurado— para conseguir sobreviver como atleta profissional.

É que o corredor decidiu abdicar de patrocínio empresarial e buscar caminhos próprios para sua sobrevivência, escolha de provas em que participar e orientação de treinamento.

Está sendo dureza: ele treina com tênis que ganha em doações e precisa fazer sua preparação em parques públicos, sem as benesses e a estrutura dos ginásios esportivos e academias particulares.

“Não tenho dinheiro, mas recebi ajuda de todo o tipo e assim estou conseguindo tocar o barco”, disse Fujiwara à agência de notícias Reuters. Mais do que isso: sua prova na maratona de Tóquio foi um show de paciência e recuperação, superando no final corredores que vinham dominando a corrida ao longo de todo o tempo.

“Foi dureza. Mas a fome é uma boa disciplinadora, já disse o escritor norte-americano Ernest Hemingway. E eu descobri que passar fome realmente modela e fortifica o caráter”, afirmou ele.

Não sei não. Mas, se com ele está dando certo, que siga em frente. Afinal, um tempo de 2h07min48, ainda que não seja grande coisa se comparado às marcas dos quenianos, já é bem respeitável.

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Mais uma meia maratona para São Paulo

Por Rodolfo Lucena
09/03/12 12:08

Nem bem terminou a Meia Maratona Internacional de São Paulo e já recebo mensagens dando conta do lançamento de mais uma prova na distância na cidade.

Trata-se da Meia de Sampa, marcada para o próximo dia 15 de julho, com largada na ponte estaiada e chegada no Jockey. O mapa do percurso ainda não está disponível, mas aposto que é aquela coisa de sempre, vai até a USP, dá umas voltinhas e volta para terminar no hipódromo.

A melhor notícia que vi no site (AQUI) é o horário de largada, prometido para as 7h. O regulamento, porém, diz que “o horário da largada da prova ficará sujeito a alterações em razão da quantidade de inscritos, bem como por problemas de ordem externa, tais como tráfego intenso, falhas de comunicação, suspensão no fornecimento de energia”. Falhas de comunicação é fogo, não?

Vai haver também uma prova de 10 km, o que sempre ajuda a aumentar o número de interessados em participar do evento.

Antes da Meia de Sampa, haverá a Meia da Corpore, no dia 15 de abril. A largada é às 7h30 e a prova é casada com uma corrida de 5 km. Esse é um dos eventos mais bacanas do calendário de corridas de rua de São Paulo, pois combina uma boa quantidade de iniciantes com uma turma de corredores militantes; a área de tendas é bem diversificada, desde equipes especializadas em corridas até grupos de empresas e academias que vão para a grama da USP. Saiba mais clicando AQUI.

Para meados do segundo semestre, está marcada a prova paulistana do circuito Golden Four de meias maratonas. Será no dia cinco de agosto, com largada às 7h na ponte estaiada –vai até a av. Jaguaré e depois volta até o Jockey. Veja mais informações no site do circuito, AQUI, que está bem bacana. As demais provas são em Belo Horizonte, dia 1º de abril, Rio de Janeiro, dia 1º de julho, e Brasília, dia 4 de novembro.

Mais para o final do ano, em 4 de novembro, será realizada a meia maratona do Circuito Athenas, que tem várias etapas, cada uma com distâncias crescentes. No evento da meia maratona haverá também uma prova curtinha, de 4 km. Saiba mais AQUI.

Pelo meu levantamento, que pode estar incompleto, teremos ainda a Meia das Pontes, que deve ter trajeto semelhante ao da Meia de Sampa e Golden. O site oficial, AQUI, está desatualizado, com informações da prova do ano passado, quando foi realizada no dia 25 de setembro.

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Conheça Melpomene, a primeira maratonista olímpica

Por Rodolfo Lucena
08/03/12 15:11

“Woman is the nigger of the world”, canta John Lennon, fazendo numa só frase a denúncia de duas das piores chagas da humanidade, o racismo e a discriminação contra a mulher –tristemente, ambas perduram neste 8 de Março, em que se celebra o Dia Internacional da Mulher.

A data homenageia as lutas feministas do século 19 e início do século 20, em que operárias reivindicavam melhores condições de trabalho –saiba mais sobre o assunto lendo este texto da líder feminista e ex-senadora Eva Blay (AQUI). Se tiver mais tempo, AQUI há uma publicação mais extensa sobre o tema. A ONU, que formalizou a adoção da data, também guarda uma página explicando a efeméride –AQUI, em inglês.

A luta feminina se desenrolou em todos os campos da vida humana, dos postos de trabalho às lides domésticas, da política ao sexo. E aos esportes. Na Antiguidade, como você sabe, a presença das mulheres nos Jogos Olímpico era tabu; eram proibidas de assistir aos Jogos, e a pena para a desobediência era a morte.

Quando surgiu a ideia de reviver a Olimpíada, a discriminação ressuscitou junto. Foi vetada a participação feminina na maratona, prova inventada especialmente para a inauguração dos Jogos contemporâneos e tida como encarnação do espírito olímpico.

Os cartolas de então podiam dizer o que quisessem, mas não há força no mundo capaz de derrotar a decisão de uma mulher. Em março de 1896, cerca de um mês antes da competição oficial, Stamatis Rovithi correu de Maratona a Atenas no que seria o percurso da primeira maratona olímpica.

Não encontrei registros de seu tempo, e ela não conseguiu vaga na prova, mas demonstrou aos chefões do esporte que as mulheres podiam, sim, correr 40 km sem parar, sem desmaiar, sem morrer e sem trapacear –aliás, trapaça foi o que não faltou nas maratonas preparatórias aos Jogos, mas isso é outra história.

Entusiasmada com o feito da compatriota, outra grega, cujo nome a história registra apenas como Melpomene, resolveu tentar vencer a burocracia e se registrar como competidora oficial na maratona dos Jogos Olímpicos de 1896, os primeiros de nossa era.

Não conseguiu, mas também não se deu por vencida. Nomeada em homenagem à musa da tragédia (ao lado, estátua da musa Melpomene no Louvre, em Paris), resolveu fazer poesia no dia da prova olímpica. Fez seu aquecimento escondida, e largou junto com a homarada ao soar do tiro de partida.

Conforme os quilômetros passavam, foi ficando para trás, mas se manteve firme. Sua determinação lhe rendeu frutos, pois mais tarde foi ela que começou a ultrapassar outros contendores, alguns desabando e desistindo da competição. Chegou os estádio olímpico cerca de uma hora e meia depois do campeão, Spiridon Louis, mas os gravatinhas da época impediram sua entrada no palco agora praticamente vazio.

Tudo bem, deve ter pensado ela: não tem tu, vai tu mesmo. E deu a volta final contornando o estádio, completando o percurso em cerca de quarto horas e meia.

Assim, ainda que fora dos registros oficiais, consagrou-se como a primeira maratonista olímpica da história.

De forma oficial, as mulheres só puderam competir na maratona olímpica quase cem anos mais tarde, em Los Angeles-1984. O Brasil teve uma representante na prova, Eleonora Mendonça, que há alguns anos contou sua história para este blog (AQUI; role a página até chegar ao texto); a entrevista também está publicada em meu livro “+Corrida”.

Termino com palavras dela, relembrando aquele dia do verão de 1984: “Não posso nem descrever o momento. O que eu estava sentindo ali era o fruto de trabalhos de anos não só como atleta, mas como uma pessoa que lutou para que esse evento pudesse ser realizado. Não tem uma maneira de descrever. São sentimentos, sentimentos são difíceis de descrever. Quanto mais profundo, mais difícil fica. Valeu o movimento. Quando eu atravessei a linha de chegada, foi aquela alegria, entendeu? Estava em felicidade total”.

PS.: Se você não conhece a música de Lennon que citei no início, dê uma olhadinha neste vídeo AQUI.

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Com 40 kg a menos, Fernanda descobre a corrida

Por Rodolfo Lucena
06/03/12 14:12

A jornalista FERNANDA ANGELO nunca teve nada a ver com corridas –a não ser, eventualmente, em alguma reportagem que tivesse de produzir ou texto a revisar. Mas a corrida entrou na vida dela, conforme Fernanda nos conta a seguir, com humor e emoção. Divirta-se, aproveite.

“Como boa gordinha que sempre fui –e sou–, por muito tempo fiquei inconformada ao ver aquelas pessoas superdeterminadas, que têm com a corrida um compromisso quase religioso. Pra mim, era impossível compreender aquele indivíduo que deixava o quente das cobertas, em pleno inverno, para uma corrida matinal. “Deus do céu, como podem ser tão comprometidos?!” Por tempos eu me fiz essa pergunta. Na verdade, porém, acho que tinha ali uma pontinha de inveja. Não do comprometimento em si, mas daquelas camisas e shorts encharcadas de suor. “Quantas calorias aquele cidadão teria mandado pro espaço enquanto eu, ao contrário, só ingeria calorias?!”

Depois de alguns anos invejando esse povo, decidi, no fim de 2011, que neste ano de 2012 eu começaria a correr pra valer. Foi uma espécie de resolução de Ano Novo. Prometi que conseguiria participar de pelo menos uma corrida de rua. Nem que fosse bem pro final do ano.

Permita-me aqui abrir um parênteses. (Eu cheguei a pesar 120 kg no fim de 2010, quando me submeti a uma cirurgia de redução do estômago. Em novembro de 2011, 40 kg mais leve –ou menos pesada, sei lá–, meu peso se estabilizou, bateu também aquele medo de voltar a engordar e, mais do que isso, eu ainda tenho que eliminar outros 10kg –abaixo, imagens do antes e depois da cirurgia. Acho que esses fatores me ajudaram bastante a cumprir minha resolução.)

Bom, 2012 começou e, junto com ele, iniciei minhas corridas. Logo recebi um e-mail com informações sobre o Circuito Vênus –-uma corrida só para mulheres, que aconteceria no dia 4 de março, no Jockey Club, em São Paulo. Foi outro estímulo. Fiz minha inscrição e tomei aquilo como meta.

Mas, àquela altura, eu nem mesmo tinha ideia de quanto conseguiria correr. Então, numa terça-feira, no finzinho de janeiro, fui até o clube do qual sou sócia para testar minha resistência. Ali tem uma pista de atletismo. Seria mais fácil medir meu desempenho em um local plano. Consegui completar uma volta inteira correndo. Quase morri, a língua veio parar perto da cintura! Cheguei em casa e perguntei ao meu marido quantos metros tinha a pista de atletismo do clube. Veio a resposta desanimadora: 400 metros. Eu comecei a rir: “Foi o quanto eu consegui correr.”

Mesmo assim não perdi o foco. Passei a alternar as corridas com aulas de natação. Nos dias de corrida, corria 500m/800m e andava outro tanto. Poucos dias depois, consegui completar 1km. Foi uma sensação muito legal, de que estava no caminho certo. Cerca de duas semanas depois, consegui fazer 3km.

Aí veio o Carnaval. Viagem em família para um hotel fazenda com tudo incluído. Meus treinos e meu preparo iriam para o espaço…  Não!!! Quando me dei conta, estava colocando shorts, camiseta e tênis de corrida na mala. E, sim, corri por lá todos os dias. Na verdade, precisei caminhar alguns deles porque acho que exagerei um pouco a dose e comecei a sentir dores em um tendão abaixo do joelho.

De volta a São Paulo, dia-a-dia retomado. Estava conseguindo fazer 3,5 km e sentia que um pouco do cansaço era psicológico. Era meio automático: quando via o relógio bater nos 3 km, imediatamente não aguentava mais dar um passo. O dia da prova estava chegando, e eu precisava melhorar. Mas também estava decidida que não me machucaria por isso.

Fui aos poucos aumentando o percurso. Na semana anterior à prova, na sexta-feira, 2 de março, consegui fechar 3,8 km. Mesmo não tendo chegado aos 5 km, decidi que participaria da corrida dali a dois dias de qualquer jeito. Tinham me contado que a adrenalina do dia da prova me daria uma energia a mais…

No sábado, véspera da corrida, fui buscar o kit e aí me bateu um frio na barriga. Um medo de ser a única a não conseguir completar os 5 km correndo e que seria uma vergonha andar em meio a tanta gente magra e sarada (era só isso que tinha na fila dos kits naquele sábado. Pelo menos era só o que eu via).

Chegou o domingo.  Sim, a corrida aconteceu num domingo, às 7h30!!! Não era inverno, é verdade. Mas eu acordei às 5h30 para me arrumar e chegar lá às 7h. Minha filhinha de quatro anos e meu marido, meus incentivadores maiores, acordaram junto para torcer por mim lá.

Ao chegar lá, encontrei-me com uma amiga que correria a prova também. Foi chegando a hora, e eu me direcionei à faixa de largada dos corredores que fariam os 5km em mais de 40 minutos. Ou seja, o último pelotão. Mas tudo bem. Ali o meu objetivo era chegar ao final da prova, ainda que tivesse que andar um pouco no meio do caminho.

Foi dada a largada, e eu passei a acompanhar essa minha amiga, que corre já há algum tempo. Além disso, a tal adrenalina da corrida é algo inexplicável mesmo. Placa do km 1, placa de km 2, placa de km 3…  Quando eu pensei em começar a caminhar, as corredoras que já vinham do outro lado da pista gritavam “uhuuuuu, vamo, vamo, vamo!!! Não pára!!!” Em seguida, um cara da organização “vambora, vambora!!!”. Eu fui e, quando percebi, estava perto do km 4.

Quando tive de novo uma vontadezinha de caminhar, imaginei que minha filha e meu marido estariam me esperando logo ali na frente, e seria uma decepção para eles me ver andando. Continuei correndo. Quando percebi, estava entrando no Jockey (a chegada aconteceria ali dentro).

Mais um pouco e eu vi o painel de chegada. Nesse momento, de verdade, fiquei toda arrepiada! Corri tranquilamente os metros que faltavam e, acreditem, completei os 5 km em 35’03”!! Eu chorei sim. Pode parecer exagero, mas foi pra mim uma grande conquista pessoal. A prova de que, quando estamos determinados, conseguimos aquilo a que nos propomos. E você, está sentado aí ainda? Bora correr!!!”

PS: Como você pode perceber, a história de Fernanda bateu todos os recordes nacionais e internacionais de número de comnetários neste blog. Há muitos elogios, algumas críticas ou desafios e várias histórias semelhantes. Agradeço a participação de todos e deixo com você uma resposta de Fernanda a esse sensacional leitorado: “Se eu já tinha uma sensação deliciosa de vitória pela história que contei aqui, hoje ela se multiplicou. Os motivos? De um lado, saber que consegui de alguma forma animar muita gente a começar a cuidar da saúde, se exercitar, correr. De outro, receber uma dose extra de motivação dos que já correm, dos que têm histórias semelhantes e daqueles que simplesmente se orgulharam de mim pela minha conquista. Obrigada a cada um de vocês!!! E até qualquer corrida!”.

 

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SP no celular: a minha meia maratona

Por Rodolfo Lucena
05/03/12 13:31

Segundona é dia de comentar os resultados do final de semana, ainda mais quando a gente pode ver Marílson correndo em terras brasileiras. Hoje, porém, não vou fazer só isso; para mim, é dia de comentar a minha meia maratona por ruas paulistanas.

Foi no sábado, véspera da Meia Maratona Internacional de São Paulo, e comecei bem antes da hora em que, do dia seguinte, largariam as estrelas quenianas e brasileiras. Para fugir do calor, saí de casa às seis da manhã, já com o céu aberto. Para variar, estava bem travado: por causa da lesão (quadril), os primeiros movimentos têm um ar meio robótico. Não chega a doer muito, mas é um tanto estranho.

Caminho um quilômetro e começo a correr. Longe do ritmo inferior a três minutos por quilômetro que a elite iria imprimir no dia seguinte. Vou a mais do que o dobro disso –ou, dizendo de outra forma, menos da metade da velocidade dos caras. É o que posso, por enquanto, e que me dá alguma confiança de que chegarei inteiro ao final do treino –vencedor, portanto.

No dia seguinte, Marílson Gomes dos Santos, melhor maratonista brasileiro, fez diferente. Sentiu-se bem, achou que o tempo estava bom e sentou a bota. O que deu muito certo até o km 17, no elevado Costa e Silva, já retornando em direção ao Pacaembu. Ali foi ultrapassado pelo queniano Joseph Aperumoi, e não conseguiu mais dar o troco. O rival chegou em 1h01min38, apenas oito segundos antes de Marílson –os dois correram abaixo do recorde anterior da prova, que era do brasileiro (1h03min12). Aliás, o terceiro, Paulo Roberto de Almeida Paula, um dos famosos Gêmeos, também correu abaixo do recorde anterior e é candidatíssimo a representar o Brasil na maratona olímpica.

Não era isso que passava pela minha cabeça, porém, na manhã de sábado. Queria tentar rodar pela cidade sem sentir dor. E assim fui, na primeira estirada, até a praça da Sé. Naquelas primeiras horas matutinas, o movimento era pequeno, as lojas com portas fechadas, poucas madrugadoras tentando capturar clientes insones, garis tirando a sujeira da noite, lavadores de ruas varrendo com água a poeira do asfalto.

Decidi voltear um pouco pelo centro velho. É a vantagem de não ter hora nem percurso marcado. Quem manda em mim é meu nariz, a quem sigo religiosamente, descendo até a praça do Patriarca, embicando de volta pela São Bento até o mosteiro e então tomando a poderosa Boa Vista, cheia de bancos e financeiras, para novamente atingir a Sé.

Parte do centro velho seria visitada, no dia seguinte, pelos corredores da Meia. Não esse tantinho que eu percorria, mas a Duque, vislumbrando a Sala São Paulo, entre outras alamedas feias. Por elas, a elite feminina faria bonito.

Estrangeiras –uma quenina e uma colombina—tomariam os primeiros postos, mas a boa notícia para os brasileiros foi o desempenho de Cruz Nonata da Silva, que completou em 1h13min25 e fez uma prova bem consistente. Ela é candidata a representar o Brasil na maratona olímpica –vai tentar obter o índice em abril, na maratona de Viena. Esse é também o sonho da quarta colocada, Sueli Pereira da Silva, que ontem terminou pouco mais de um minuto depois de Cruz Nonata.

Claro que, na manhã de sábado, eu não tinha como saber disso. Apenas me dedicava a olhar. Desci até o largo da Concórdia, onde guias de compradores ainda tentavam conquistar clientes para a feirinha da madrugada do Brás, que estava em seus estertores. Embiquei até a igreja Santo Antonio do Mari, de arquitetura tradicional, mas dominante sobre os prédios baixos da região, e me fui embora.

Há lojas de todo o jeito: estava nas imediações da rua Oriente, centro comercial popular. Muitas das vitrines mostram roupas feitas por ali mesmo, região prenha de confecções de pequeno porte.

Fui me perdendo por ruas e ruelas, seguindo sempre em frente e sempre na contramão até que achei que era hora de voltar. Precisava dar um jeito de cruzar novamente a linha do trem e tentar encontrar alguma estação do metrô, pois só um pedaço do retorno seria ainda parte de meu treino, àquela altura já com mais de 16 km.

A região é feia, cheia de paulistanidade. Resolvi retomar, com ela, um projeto que estava havia muito adormecido e que fez parte da versão anterior deste blog: a seção Fragmentos Paulistanos. Era algo muito simples: fotos tiradas durante meus treinos pelas ruas da cidade. Se você não os conhece ou já não lembra deles, é meu convidado especial para uma visita.

Se quiser ir por conta própria, deve primeiro entrar na versão antiga do blog, AQUI. Na janela de busca, escreva a expressão fragmentos paulistanos e depois confira os resultados. Lembre-se de que, em vários casos, será preciso rolar a página até chegar ao texto desejado. Eu fiz uma seleção, a começar por Reflexos (AQUI). Neste bloco AQUI, você encontra vários Fragmentos Paulistanos; neste AQUI também, inclusive um dedicado a escadarias. Veja este bloco AQUI, que começa com entrevistas com dois corredores nonagenários e traz fotos do Mercado Público de Porto Alegre.

Com o que volto ao presente e à linha do trem que buscava na manhã de sábado. Ela foi a inspiração para retomar aquele velho projeto, que agora rebatizo de SP no Celular, pois as fotos serão feitas com meu telefonezinho simples porém limpo. Já do cenário fotografado, não posso prometer limpeza.

A escada acima me levou a uma passarela de ferro, suja e mal cuidada, com lixo abandonado em um de seus patamares.

Cheguei a ela descendo pela Rodrigues dos Santos, nomeada em homenagem a um jornalista que viveu no século 19 e foi um dos propagandistas da República. Depois da vitória dos republicados, elegeu-se senador e, mais tarde, deputado federal. A rua tem caráter bem comercial e termina num murão que tapa a linha férrea.

Do alto da passarela, a vista dos trilhos, solitários na manhã de sábado.

Do outro lado, mais uma escadaria, que vai me levar até a rua do Bucolismo.

Antes de falar dela, veja também o mapa daquele ponto de travessia.

Quando entrei na rua, não consegui identificar o nome: a placa está semidestruída, com letras borradas. Mas posso garantir que o local, onde fica um dos prédios do antigo Moinhos Matarazzo, tombado pelo patrimônio histórico, nada tem de bucólico.

A escolha do nome não é explicada na página Prefeitura de São Paulo dedicada à origem dos nomes das ruas paulistanas. Lá diz apenas o que todos sabemos: “Bucolismo é um gênero de poesia ou outra obra literária que exalta a beleza do campo”.

Como se vê na cena acima, o campo passa longe da rua do Bucolismo.

Eu por lá ainda circulei um pouco até descobrir a rota de volta à praça da Sé, onde acabei meu treino de 21 km e mais um pouquinho, com mais de 2h30 de rodagem. Tomei um cafezinho, comi umas bolachas e fiz uma fezinha na mega-sena, que estava acumulada em quase R$ 5 milhões.

Não ganhei, mas me diverti

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O nome do corredor que vai para as ruas

Por Rodolfo Lucena
02/03/12 13:26

Correr nas ruas das grandes metrópoles ou das pequenas cidades interioranas é uma experiência de vida. Quem coloca calções e camiseta e parte para o asfalto se desprende da máscara carregada ao longo do dia, no trabalho e em boa parte das relações humanas.

Ali, na rua, o corredor está inteiro, mostrando o que é e o que pode fazer. Na corrida, não há mentira, ainda que alguns tentem fraudar provas, cortar caminhos ou usar substâncias ilegais em competições. Para o sujeito comum, porém, o asfalto é a hora de verdade.

Sem a defesa do terno e gravata, do sapato, da pasta e do carro, o corredor fica também exposto à avaliação, ao exame, à admiração e à chacota dos passantes. Há quem não resista a fazer uma gracinha qualquer quando vê passar um sujeito correndo. Tasca logo um apelido, grita uma piada, às vezes mesmo um palavrão.

Pelos caminhos deste mundo, já fui chamado de várias coisas. Papai Noel é recorrente, assim como Bin Laden ou Osama, mais coloquial. Quando meus cabelos não estava tão brancos, alguém até me apelidou de Maradona (vá entender).

Na minha primeira maratona, em Porto Alegre, uns garotos de uma favela que então ficava no caminho da prova gritaram: “Olha o Rei Leão!”. Quase na chegada, ouvi o incentivo: “Vai, Sansão!”.

Quando fiz minha primeira ultra, na África do Sul, passamos por parques onde famílias faziam sua diversão dominical. Lá, um pai me apontou para seu filho: “É o Selvagem de Bornéu!”.

Aqui em São Paulo, às vezes alguém grita: “Vai, Tiozinho!”, o que não chega exatamente a ser um incentivo. Mas o mais surpreendente aconteceu nesta semana, durante um treino na avenida Pacaembu.
Passei por uma esquina onde um povo da rua ainda dormia sob uma marquise. Um deles acordou de repente, talvez por causa do movimento de minha passagem. Imaginou coisas, por certo, pois gritou: “Homem das Neves!”.

Essa eu nunca tinha ouvido. Com o calor que está fazendo em São Paulo, uma nevezinha não seria de jogar fora…

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Técnico dá dicas para iniciantes na corrida

Por Rodolfo Lucena
01/03/12 14:14

A minha coluna desta semana no caderno Equilíbrio, da Folha (AQUI, para assinantes da Folha e/ou do UOL), trata sobre as dúvidas e medos que assombram candidatos a corredores, iniciantes e mesmo veteranos nesse esporte simples, mas cheio de mistérios.

Para produzi-la, usei as mensagens que recebo e também consultei especialistas da área. Um deles foi o treinador Miguel Sarkis, que a seguir dá dicas para quem está começando no mundo das corridas. Veteranos também podem se beneficiar dos ensinamentos de Sarkis.

Respiração: “O iniciante deve ser orientado para que respire calmamente e expire na mesma proporção, sem se preocupar em exagerar”.

Postura: “A postura deve ser focada a partir da cabeça, até a ponta do dedão dos pés. Cabeça erguida, queixo elevado, olhar direcionado para cima do muro do vizinho ou para o horizonte imaginário. Os ombros devem estar alinhados, os braços executando um “chicotear” após um balançar conduzido, em movimento anteroposterior, com leve cruzamento a frente do corpo. Tronco projetado para a frente, com discreta inclinação, pernas movimentando-se em elevação do joelho, frente e acima do corpo, em projeção acima, na direção da linha da pélvis”.

Distância a correr: “A distância necessária e possível a um iniciante deve ser proporcional às suas necessidades e possibilidades. É preciso fazer um processo de adaptação, que se dá em várias etapas. O começo pode ser algo em torno dos 10 minutos, 20 minutos ou mais tempo, com períodos de descanso”.

Velocidade: “A velocidade deve ser baseada em algo em torno de 50 a 80% da freqüência cardíaca máxima definida por exame de esteira e avaliada por médico do esporte”.

Hidratação: “A água e as bebidas isotônicas devem ser ingeridas de acordo com a necessidade de cada pessoa. Água: Antes, durante e depois do exercício, qualquer que seja a duração e principalmente se a temperatura ambiente estiver elevada, acima dos 25 graus. Água e bebidas isotônicas: antes, durante e depois de treinos com duração acima de uma hora”.

Perguntei a Miguel Sarkis quais eram os grandes medos do iniciante e como ele respondia ao problema.

O debutante, me disse ele, tem medo de morrer: “Muitos têm pensamentos relacionados com o medo de sofrer e de morrer. Então orientamos treinamentos a partir de recomendações médicas e instruímos para que o exercício seja realizado por etapas, de forma que o iniciante perceba as melhoras, apesar do esforço. Promovemos o conhecimento de assuntos a respeito do treinamento programado, para diminuir o nível de ansiedade, permitindo maior concentração nos objetivos e meios para se condicionar, sem riscos”.

Quanto ao medo de se machucar, Sarkis diz: “A lesão é um grande vilão na corrida. Não há quem nunca tenha se machucado em treinos ou em provas. A orientação pontual dos limites e das distâncias a serem cumpridas pelos jovens corredores devem ocupar lugar de destaque na planilha de treino do iniciante”.

O corredor novato –e acho que muitos dos mais experientes— tem medo de não conseguir seu intuito. Sarkis filosofa: “A falha é um instrumento de uma educação religiosa. “Se você errar, Deus lhe castigará”. Nós, que vivemos em um continente religioso ao extremo, sempre cuidaremos dos erros, então é melhor orientar o iniciante pelo que será positivo e fortalecer o foco no que o aluno é capaz. Assim, não haverá muitos erros”.

Os corredores mais experientes, por seu lado, também demonstram angústia e insegurança, relata o treinador. Há, por exemplo, quem ache que nunca está bem e que precisa de planilha de treinamentos mais forte. Sarkis relata: “Sempre haverá quem nos pergunte de incrementos de quilometragens da planilha de treinos, principalmente por não terem o desconfiômetro ligado. É necessário explicar qual é a necessária elevação de cargas, mês a mês, semestre a semestre. Quilometragens aumentadas abruptamente geralmente revelam um estado de insegurança pessoal e de descrença dos princípios da fisiologia do exercício”.

E ele continua: “Conseguir os objetivos está ligado a cumprir a tarefa mais básica de todas as atividades físicas praticadas no mundo: base, paciência, determinação e cumprimento da adaptação e dos planos macros de treinamentos”.

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Maratonista revela estratégia para vitória no Sul-americano

Por Rodolfo Lucena
29/02/12 12:51

A atleta Conceição Oliveira, que conquistou domingo em Caracas o título de campeã sul-americana da maratona, mandou mensagem contando um pouco como foi a corrida, quais as dificuldades encontradas e como ela fez para deixar para trás suas adversárias.

“A prova foi excelente, apesar de ser extremamente difícil, com um percurso que começa descendo, mas tem muito sobe-e-desce na segunda parte. Em um trecho, chegamos a quase mil metros acima do nível do mar.”

Com um desafio desses, uma montanha na segunda etapa da prova, quando todas já estariam cansadas, Conceição resolveu partir para uma estratégia arriscada: planejou sair forte no começo para ter tranquilidade para administrar a prova na segunda etapa.  

 Tarefa dada, tarefa cumprida: “Comecei liderando e, aos poucos, construí uma enorme diferença, cheguei a ter vantagem de quatro minutos e meio sobre a segunda colocada”. Para a gente ter uma ideia mais precisa, essa diferença representa uma distância de cerca de um quilômetro…

O problema é que, na maratona, mesmo um quilômetro pode não ser vantagem suficiente para garantir a vitória. Tal como o programa do Chacrinha, a maratona só acaba quando termina. E a brasileira aprendeu isso da pior forma possível, levando um susto danado: “A colombiana Ruby Riátiva me surpreendeu no final, tirando toda a diferença que tinha colocado no inicio da prova”.

De fato, a rival não tirou “toda” a diferença. Conceição ainda pode ir até a linha de chegada de sangue doce: “Eu estava tranquila para assegurar a vitória”, diz a corredora de 36 anos, vinda lá de Campo Maior, interior do Piauí. No final, a diferença sobre Ruby foi de apenas sete segundos. Num hora dessas, se fosse de meio segundo também estaria ótimo.

“Estou muito feliz por ter colocado o Brasil no lugar mais alto do pódio e com uma sensação de dever comprido, pois tive muito pouco tempo de preparação. Agora vou descansar e voltar aos treinos com toda garra, porque o ano está apenas começando”, completa a maratonista.

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