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Rodolfo Lucena

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Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Com 557 voltas na pista, Mauro vence prova de 24 horas no Rio

Por Rodolfo Lucena
16/07/12 14:45

Tem gente que cansa só de levantar da cama, outros se esforçam para começar a fazer exercício. Alguns de nós preferem corridas de 5 km, há muitos que se aventuram nos 10 km, e até a meia maratona já recebe multidões. A épica distância da maratona, porém, é bem menos popular. E são pouquíssimos os que se atrevem a ir além, enfrentando as ultramaratonas.

Este seu blogueiro já esteve lá, em provas de até 100 km, e sonha um dia voltar ao mundo das distâncias muito longas. Mas sempre me dediquei a provas com visual bacana, de preferência largando em um ponto do mundo e chegando a outro. Há, porém, quem não dê bola para o mundo: centrados nas profundezas do próprio espírito, rodam pelo mesmo caminho horas sem fim.

É força de expressão: correm durante tempo bem definido em uma pista de 400 metros, como os 191 atletas que participaram da 5ª Ultramaratona de 24 Horas dos Fuzileiros Navais, organizada pela Corpore. A prova foi realizada no último fim de semana, na pista de atletismo do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, da Marinha, no Rio de Janeiro (foto Divulgação).

O campeão foi Mauro Benedito Rosa, que realizou nada menos do que 557 voltas na pista, totalizando 222.800 metros. Dá para imaginar uma coisa dessas? O cara fez em média cerca de 9,3 km por hora ao longo de 24 horas…

E ele é reincidente nessa brincadeira. No ano passado, foi o campeão das 24h de Campinas, onde não precisou correr tanto: fez “apenas” 207.100 metros.

No feminino, a recordista sul-americana Denise Paiva Lucas Campos voltou a confirmar sua superioridade nessa modalidade de prova, completando 519 voltas, num total de 207.600 m. Ao longo das primeiras horas da prova, ela manteve um ritmo superior ao que imprimira em 2009, quando quebrou o recorde sul-americano das 24 horas, completando 224.484 metros. Mais tarde, porém, não conseguiu manter a mesma batida.

O que não abalou sua hegemonia: terminou com 20 km a mais do que a segunda colocada, Maria Claudia Ferreira Souto.

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Peça faz da maratona metáfora da vida

Por Rodolfo Lucena
13/07/12 14:01

Os dois atores ficam quase o tempo todo correndo no pequeno tabuleiro vazio, onde apenas uma parede serve como definidora de espaço e tela para as imagens que se sucedem em ritmo às vezes lento, às vezes alucinante: paisagens azuladas, noite, dia, cenas urbanas, luzes.

Trata-se da peça “Maratona de Nova York”, em cartaz em São Paulo até o final do mês (fotos Zé Carlos Barreta/Folhapress).

O título pode enganar eventuais desavisados, então conto desde já: a história não tratada da fenomenal corrida nos Estados Unidos. A maior maratona do mundo é o sonho de consumo, objetivo dos dois amigos que se encontram numa noite para treinar e deixam que a gente, a plateia, bisbilhote sua conversa, como se escutássemos por detrás da porta de quarto fechado.

Eles falam as bobagens que corredor diz durante os treinos. Reclamam do esforço, dizem que vão desistir, se provocam. Largam palavrões e algumas impropriedades misóginas –coisa que o leitor deste blog certamente não faz–, contam piadas em que os alvos são eles mesmos.

Fracassam, caem e se recuperam como fazemos todos no dia a dia. “Não é uma questão de ganhar, de perder, mas de superação, uma metáfora para outra coisa que está por baixo. Maratona é uma metáfora perfeita para a vida, desde o soldado que correu de Maratona a Atenas e depois morreu”, me disse Bel Kutner, a diretora da peça, depois de um ensaio a poucos dias da estreia.

Também atriz, atualmente em ação na Globo, na novela “Gabriela”, Bel diz que corre “muito sem-vergonha”.  Especifica: “Faço esteira um pouquinho”.

Já os atores têm um pouco mais de contato com o tema em questão: Anderson Muller corre há mais de 20 anos e já completou duas maratonas; Raoni Carneiro (à esq. nas fotos) já fez algumas meias maratonas, mas hoje se dedica ao bootcamp, aulas de academia que combinam exercícios em solo e na água, saltos e escaladas, com o objetivo de levar o corpo à exaustão.

Os dois, aliás, terminam a peça exaustos, empapados de suor. Calculam que correm pelo menos seis quilômetros durante o espetáculo, em que vida e morte estão sempre presentes.

Eles recontam, por sinal, a história do soldado ateniense que inspirou a criação da maratona. Dizem, porém, que ele correu 42 quilômetros, o que deixou alguns observadores mais detalhistas loucos para corrigir. Calma, pessoal, trata-se de licença poética. O que importa é o esforço, o feito.

A peça tem um certo tom de comédia e, de fato, apresenta cenas engraçadas, em que a gente ri de si mesmo, lembrando que alguma vez também já fez alguma bobagem como aquela. Mas, acima de tudo, é uma reflexão corrida sobre os sonhos e a vida. Tal e qual fazemos a cada treino.

A peça está em cartaz no Teatro Cacilda Becker (r. Tito, 295; tel. 3864-4513), de sexta a domingo até o próximo dia 29.

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Marílson começa reta final para maratona olímpica

Por Rodolfo Lucena
12/07/12 09:17

Maior esperança –ainda que remota– de medalha entre os maratonistas brasileiros, Marílson Gomes dos Santos já está na reta final de sua preparação para a prova, que será realizada no dia 12 de agosto.

Ele seguiu para Paipa, na Colômbia, esperando conseguir os benefícios da vida na altitude –a cidade fica a 2.577 metros acima do nível do mar.  A principal delas, basicamente, é aumentar a capacidade do sangue de transportar oxigênio.

“Lá tenho tudo de que um atleta precisa: descanso, treino, alimentação, fora os benefícios fisiológicos de treinar em altitude. Vários atletas já se preparam na altitude. Então, será bom para entrar em condição de igualdade com os outros atletas”, disse o corredor, cuja melhor marca é de 2h06min34 (Londres, 2011).

Apesar de o tempo estar aquém das marcas de quenianos e etíopes selecionados, o brasileiro diz que é impossível fazer previsões sobre a maratona: “Já vi tanta coisa acontecer. Não tem nome, não tem marca que faça com que a prova seja definida antes. De repente, posso ter chances reais de medalha como posso não ter nenhuma chance”.

Além de Marílson, a seleção brasileira para a maratona olímpica terá Paulo Roberto de Almeida Paula e Franck Caldeira. No feminino, Adriana Aparecida da Silva vai vestir as cores nacionais.

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Aos 83 anos, lenda das pistas carrega tocha olímpica

Por Rodolfo Lucena
11/07/12 10:18

O primeiro homem da história a correr a milha em menos de quatro minutos voltou à pista onde, há 58 anos, conquistou seu feito histórico. Entre jovens entusiasmados e sob aplausos da galera que tudo acompanhava da arquibancada, sir Roger Bannister carregou por alguns metros a tocha olímpica no estádio de Oxford, na Grã-Bretanha.

Emocionado, Bannister, de 83 anos, caminhou por cerca de 30 metros levando a tocha na mão esquerda, que manteve sempre erguida (foto AP). Sorrindo, disse depois: “De certa forma, estou de volta para o meu esporte. Eu levei dez anos treinando para romper a barreira dos quatro minutos na milha (1.609,34 m)”.

No dia 6 de maio de 1954, ele cravou 3min59.4 na pista que hoje leva seu nome. E por pouco a marca não saiu: “O tempo estava tão ruim naquele dia que eu quase desisti de fazer a tentativa”, revelou ele. Completou: “Ainda bem que eu tentei, porque talvez não viesse a ter outra oportunidade para tentar a marca”.

De fato, uma conjuminância de fatores contribuiu para o sucesso, a começar pelos fracassos de Bannister na Olimpíada. Nos Jogos de Helsinque-1952, nem sequer conquistou uma medalha, terminando em quarto lugar nos 1.500 m.

Talvez, se tivesse levado o ouro, iria pensar em se aposentar. Acabou treinando forte por mais dois anos, focado na milha, em que os quatro minutos pareciam então ser uma barreira intransponível.

Os principais candidatos para quebrar o tabu eram o australiano John Landy e o americano Wes Santee, que já tinham chegado a 4min02. Parecia ser apenas questão de tempo para que um deles entrasse na história.

Bannister deu azar na escolha do dia de sua tentativa: estava frio, chuvoso e ventava bastante durante o desafio entre a turma da Universidade de Oxford e o pessoal da União de Atletismo Amador.

O então garotão manteve a fleuma britânica, deu tempo ao tempo, pensando no que fazer. Aproximava-se a hora da disputa; uma bandeira britânica que tremulava no alto de uma igreja passou a balançar menos vigorosamente. O vento amainava, era o dia e a hora de correr como nunca.

Seus compatriotas Chris Brasher e Chris Chataway serviram de coelhos à perfeição. Brasher rodou a primeira volta em 58s, fechando a primeira metade da milha em 1min58. Chataway assumiu a ponta e fechou a passagem da terceira volta em 3min01. Tudo certo, agora a bola estava nos pés de Bannister, que precisava completar a última volta em menos de 59s. Foi o que fez, como registra a história.

“Quebrar a barreira dos quatro minutos na milha foi uma conquista marcante na história de nosso esporte. Abriu caminho para o que fizemos nos final dos anos 1970 e início dos anos 1980”, comenta outra lenda do atletismo britânico, Sebastian Coe, que foi recordista da milha e conquistou dois ouros olímpicos nos 1.500 m.

Apesar de tão incensada, a marca de Bannister não durou nem dois meses. Seis semanas depois, Landy cravou 3min57.9 em Turku, Finlândia. O recorde atual é de 3min43.13, estabelecido pelo marroquino Hicham El Guerrouj em 1999.

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Encontro com a bêbada descalça na maratona do Rio

Por Rodolfo Lucena
10/07/12 14:20

Conheço o LUÍS EDUARDO TAVARES há muitos carnavais. Ele foi o meu primeiro treinador de corrida, na equipe dele fiz minha primeira maratona. Depois, fui cuidar da vida, mas, de vez em quando, acompanho as andanças do cara, que acaba de completar, no Rio de Janeiro, sua maratona de número 24.

Não foi tarefa fácil: havia sete anos que ele não participava de uma maratona. Neste ano, quando completa 45 anos, resolveu reinvestir suas fichas na distância. Programou-se oara enfrentar a maratona do Rio, realizada no último domingo, já pensando nas provas da Disney: em janeiro próximo, quer realizar o Desafio do Pateta, correndo a meia maratona e, no dia seguinte, a maratona.

Ele vai ter de treinar um bocado, como você vai perceber lendo o relato que publico abaixo. Talvez até precise passar por um pouco de fisioterapia, depois dos perrengues cariocas. Mas é melhor eu parar de falar e deixar que o TAVARES conte sua história.

 “Pretendia concluir próximo de 5h, porém o mau tempo, com chuva e frio, prejudicou o meu desempenho: a baixa temperatura fez com que meu tendão começasse a latejar e incomodar bastante.

“A pista alagada e cheia de poças piorou o problema, pois cada pisada resfriava a região do tendão, deixando a área mais rígida.

“Para encurtar a história: no km 25 eu já parecia um robô correndo, pois não tinha mobilidade nos meus tendões de Aquiles. Tive de diminuir mais ainda meu ritmo de prova, que já estava bem lento naquela altura.

“Com o esforço exagerado, fui desgastando de forma prematura o resto da musculatura, como os quadríceps, os joelhos e a região da canela.

“Estava até meio abatido quando, no km 30, apareceu do nada uma garota que tinha acabado de sair de uma boate. De saia, descalça e bêbada, ela quis me acompanhar. E ela foi do km 30 até o km 35 ao meu lado, conversando. Até que foi boa a companhia, pois me distraiu um pouco do meu sofrimento e ajudar a passar o tempo mais rapidamente…

“O problema é que ela não parava de falar. Estava delirando de felicidade por aguentar correr por tanto tempo, atribuindo o bom rendimento às vodcas que tinha tomado.

“Até que ela desistiu e eu segui sozinho, em ritmo lento, só pensando em completar. Sabia que, mais para a frente, teria ajuda. No km 40, dois amigos me esperavam para puxar no esforço decisivo; no km 41, minha namorada me esperava e também se somou à turma, ajudando a me puxar no trecho final da prova.

“Completei em 5h45, com muitas dores. O mais importante é que voltei a correr uma maratona.”

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Corrida em Paris é aperitivo para Jogos de Londres

Por Rodolfo Lucena
09/07/12 13:55

 O domingo foi de boas corridas cá por terras brasileiras. Mesmo reclamando da chuva, os quenianos de plantão estabeleceram novos recordes para a maratona do Rio de Janeiro. Willy Cangogo Kmutai completou em 2h15min01 e Thabita Kibet fechou em 2h34min41.

No Paraná, o frio abusou, deixando encarangados os participantes da meia maratona das Cataratas, onde também houve dobradinha queniana no mais alto do pódio. Bem Mutai fez 1h02min03, e Paskalia Chepkorir Kipkoech  marcou 1h08min20.

São tempos que parecem sensacionais, mágicos até para a maioria de nós outros, corredores amadores. O fato, porém, é que nem de longe se ombreiam com o que a elite internacional anda fazendo pelo mundo afora.

São coisas de deixar qualquer um atônito, como a prova masculina dos 5.000 m da etapa de Paris da Liga Diamante, realizada na noite da última sexta-feira. Ela serviu como uma espécie de aperitivo mostra o tipo de concorrência que se pode esperar para os Jogos Olímpicos de Londres.

Com base nos resultados, o recordista mundial da distância, Kenenisa Bekele, anunciou que não vai tentar repetir em Londres-2012 o duplo ouro de Pequim-2008.

“Não vou correr os 5.000 m na próxima Olimpíada, mas isso não me deixa tão desapontado assim porque ainda tenho minha vaga nos 10.000 m. O problema é que simplesmente não estou treinado o suficiente para disputar os 5.000 m”, disse o etíope.

Sem estar bem treinado, Bekele completou a prova em 12min55s79, seu melhor tempo neste ano e muito mais rápido, por exemplo, do que o recorde sul-americano de Marilson Gomes dos Santos (13min19s43). O problema é que isso lhe valeu apenas um melancólico nono lugar, com  quatro outros etíopes na sua frente –é provável que os três melhores sejam escolhidas para a seleção do país que vai a Londres.

A prova de Paris fica na história como palco de alta velocidade às pampas: nada menos do que seis corredores fecharam em menos de 12min50. O etíope Dejen Gebremsekel  venceu com o melhor tempo do ano, 12min46s81, e seu jovem compatriota Hagos Gebrhiwet estabeleceu novo recorde mundial júnior, chegando em segundo em 12min47s53.

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Os nerds também querem correr

Por Rodolfo Lucena
06/07/12 12:46

Desculpe-me por usar este espaço para uma revelação pessoal de alta intensidade dramática, mas o fato é que, neste momento, vivo em séria crise de abstinência de séries televisivas. Minhas prediletas estão em compasso de espera ou época de muda, outras que gosto passaram a horário tardio, e há as que não consigo ver por causa de compromisso concomitantes.

A salvação é a internet ou o zapear desesperado pelos canais em que existe mais chance de encontrar algo interessante. Pois dia desses estava nesse clima quando parei em um antigo episódio de minha série preferida, a “The Big Bang Theory”.

Se você nunca ouviu falar, explico: a teoria científica do big bang não tem nada a ver com a história, que simplesmente acompanha um bando de jovens cientistas, cheios de doutorados e mestrados (menos um engenheiro que trabalha em projetos para a Nasa). Do alto de sua sabedoria, nas suas redomas de cristal laboratoriais, eles têm dificuldades em entender os meandros e as complexidades de nossa vida pedestre, ainda mais quando entram em cena as mulheres. Por sinal, a vizinha de dois dos cientistas é uma sensacional garçonete, que encarna o papel de loira burra, mas é totalmente excelente no conhecimento do cotidiano dos mortais.

Pronto, você já entendeu a trama. O episódio que achei, um velhão de temporada antiga, trata do drama de um dos cientistas, o mais cheio de si e fanático pela física pura. Ele chegou à conclusão que, apesar de suia sabedoria e brilhantismo, é mortal. Trata, então, de tomar medidas para tentar ampliar seu tempo de vida, para que os demais humanos possam gozar mais tempo de sua presença no planeta.

O primeiro passo é tentar melhorar sua condição física de branquelo esquelético. O que ele vai fazer?

Dou-lhe uma, dou-lhe duas … você acertou: correr.

Busca como treinadora, orientadora e parceira sua curvilínea vizinha, que adora a ideia e logo veste suas roupitchas de malhação para fazer uma corridinha nas ruas de Pasadena (fotos Divulgação/Warner Bros).

Sheldon, o tal supernerd, também capricha no modelito e mostra enorme garra e poder de decisão para encarar a nova empreitada. No hora do vamos ver, porém, ele descobre que, como diz o povo, na prática a teoria é outra.

 De qualquer forma, é bom saber que até o dr. Sheldon Cooper tem consciência de que a corrida pode ajudar a aumentar nosso tempo de vida (se não fizer isso, pelo menos torna mais divertido o tempo que a gente tiver). Talvez não sirva para ele, que prefere algo mais cibernético, mas para gente de carne e osso é superválido.

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Duplo amputado, Pistorius corre nos Jogos Olímpicos

Por Rodolfo Lucena
04/07/12 12:11

O sul-africano Oscar Pistorius vai fazer história na Olimpíada de Londres. Será o primeiro corredor sem as duas pernas a participar dos Jogos Olímpicos convencionais.

Conhecido como Blade Runner por causa do tipo de prótese que usa, Pistorius é recordista paraolímpico em diversas modalidades de velocidade. Nos últimos tempos, vem conseguindo competir em meetings convencionais, tendo participado até de etapas da Liga Diamante.

No ano passado, ele se qualificou para o Mundial de Daegu e chegou a competir no time sul-africano que ganhou a prata, mas ficou fora da final.

Agora, ele vinha lutando bravamente para conseguir o tempo de qualificação para participar dos 400 m individual. Na última tentativa, ficou fora da marca exigida por meros dois centésimos de segundo. Não teve choro nem vela.

Se a marca não lhe dava direito à disputa individual, era mais do que suficiente para garantir sua presença no revezamento 4×400. E isso acabou acontecendo: a confederação anunciou hoje o time, afirmando que Pistorius foi selecionado por seus méritos, e não por ser o mais famoso atleta paraolímpico em todo o mundo.

“É o dia mais feliz de minha vida”, exultou ele, que vai participar, em Londres, dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos.

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Conheça a seleção brasileira de atletismo; chance de ouro é pequena

Por Rodolfo Lucena
03/07/12 17:40

A CBAt anunciou hoje a seleção brasileira que vai disputar as provas de atletismo nos Jogos Olímpicos de Londres. São 36 atletas, 18 no masculino e 18 no feminino. As chances de ouro, porém, são muito pequenas, para não dizer remotas.

Baseado no ranking internacional, o presidente da Associação de Treinadores de Corrida de São Paulo, Nélson Evêncio, avalia que apenas Fabiana Murer dá hoje esperança de primeiro lugar. A russa Isinbaeva, porém, é a favorita. Apesar de não estar na lista das melhores marcadas do ano, em competição em estádio, ela já saltou neste 5,01 m em prova indoor, mais do que a melhor marca de Fabiana.

No salto em distância, Mauro Vinicius Hilário Lourenço da Silva pode aparecer na disputa por medalha. Outros possíveis candidatos a pódio são Maurren Maggi e Marílson Gomes dos Santos, se etíopes e quenianos quebrarem na batalha intra-africana.

Considerando o nível da competição, chegar às finais já poderá ser uma grande conquista para muitos atletas brasileiros. Na avaliação de Evêncio, os times do 4×100 no masculino e no feminino podem estar na competição derradeira, assim como Bruno Lins, que está tendo um ótimo ano.

Também são apostas de finalistas, na opinião do treinador, Keila Costa, no salto triplo, Rosângela Cristina, nos 100 m, e Fabio Gomes dos Santos no salto com vara.

Outros nomes que ele aponta são os de Fabiano Peçanha  e
Kleberson Davide, nos 800 m, e o de Geisa Rafaela Arcanjo, no arremesso de peso.

Conheça a seguir a seleção brasileira de atletismo tal como divulgada pela CBAt.

Masculino
Bruno Lins Tenório de Barros (SC) – 200 m – 4×100 m
Aldemir Gomes da Silva Junior (RJ) 200 m – 4×100 m
Sandro Ricardo Rodrigues Viana (SP) 200 m – 4×100 m
Carlos Roberto Pio de Moraes Junior (SP) 4×100 m
Nilson de Oliveira André (SP) 4×100 m
José Carlos Gomes Moreira (PR) 4X100 m
Fabiano Peçanha (SP) 800 m
Kleberson Davide (SP) 800 m
Mauro Vinicius Hilário Lourenço da Silva (SP) Salto em distância
Jonathan Henrique Silva (SP) Salto triplo
Guilherme Henrique Cobbo (SP) Salto em altura
Fabio Gomes da Silva (SP) Salto com vara
Ronald Odair de Oliveira Julião (SP) Lançamento do disco
Luiz Alberto Cardoso de Araujo (SP) Decatlo
Caio Oliveira de Sena Bonfim (DF) 20km Marcha
Marilson Gomes dos Santos (SP) Maratona
Paulo Roberto de Almeida Paula (MG) Maratona
Franck Caldeira de Almeida (SP) Maratona

Feminino
Rosangela Cristina Oliveira Santos (RJ) 100 m – 4×100 m
Ana Claudia Lemos da Silva (SP) 200 m – 4×100 m
Franciela das Graças Krasucki (SP) 4×100 m
Evelyn Carolina de Oliveira dos Santos (SP) 4×100 m
Tamiris de Liz (SC) 4×100 m
Vanda Ferreira Gomes (SP) 4×100 m
Geisa Aparecida Muniz Coutinho (SP) 4×400 m
Joelma das Neves Souza (SP) 4×400 m
Jailma Sales de Lima (SP) 4×400 m
Lucimar Teodoro (SP) 4×400 m
Aline Leone dos Santos (SP) 4×400 m
Fabiana de Almeida Murer (SP) Salto com vara
Maurren Higa Maggi (SP) Salto em distância
Keila da Silva Costa (SP) Salto triplo
Geisa Rafaela Arcanjo (SP) Arremesso do peso
Andressa Oliveira de Morais (SP) Lançamento do disco
Laila Ferrer e Silva (SP) Lançamento do dardo
Adriana Aparecida da Silva (SP) Maratona

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Campeão truculento empurra garotinha na pista

Por Rodolfo Lucena
03/07/12 16:21

Quando você pensa que já viu de tudo nas pistas de atletismo aparece o atleta francês Mahiedine Mekhissi-Benabbad para mostrar que ainda há surpresas.

Ele ainda estava sendo aplaudido, no ultimo domingo, depois de vencer a prova de 3.000 m com obstáculos no campeonato europeu de atletismo, quando partiu para uma agressão que transformou as palmas em um OH! de espanto e indignação.

Ele se dirigiu a uma das garotas fantasiadas como Appy, a mascote do evento, deu um safanão para jogar longe uma sacola de brindes que ela segurava e empurrou a menina com as duas mãos (fotos Reprodução).

A garota ficou surpresa, chocada, mas não se machucou. Já a organização do evento, que foi realizado em Helsinque, vai atrás de alguma punição para o atleta, que parece ter algo contra mascotes de campeonato.

Depois de vencer a mesma prova no Europeu passado, em 2010 em Barcelona, ele fez uma das mascotes se ajoelhar na sua frente, apenas para ser depois empurrada ao chão.

No ano passado, ele foi suspenso por dez meses depois de se envolver em uma briga com outro corredor francês, Mehdi Baala, ao final da prova de 1.500 m na etapa de Mônaco da Liga Diamante.

O atleta não comentou o incidente.

Donde se conclui que nem sempre a corrida é capaz de acalmar os ânimos…

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