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Rodolfo Lucena

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Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Estão abertas as inscrições para a São Silvestre

Por Rodolfo Lucena
20/09/12 12:27

Começou. De hoje até 31 de dezembro as conversas entre corredores brasileiros serão marcadas pela maior e mais importante corrida de rua do país. É que começou exatamente neste 20 de setembro, data magna da Pátria gaúcha –nada a ver com a São Silvestre, mas eu não podia deixar de lembrar a efeméride farroupilha–, o período de inscrições para a São Silvestre.

Como você leu aqui no blog, neste ano novamente o percurso da prova sofre modificações. Para começar, o mais importante: a corrida vai ser realizada de manhã –fato inédito na história da tradicional prova, que chega à sua edição de número 88.

A largada geral será às 9h do dia 31 de dezembro, não mais em frente ao prédio do Museu de Arte de São Paulo, mas um pouquinho além, nas proximidades da rua Frei Caneca. A elite feminina larga às 7h40 e os portadores de necessidades especiais partem às 7h10.

Seguirá reto, sem dobrar na Consolação, imitando o primeiro quilômetro do ano passado. Depois terá a descida da rua Major Natanael, ao lado do cemitério do Araçá, trecho mais criticado por treinadores, especialistas e até pelo técnico de Marílson Gomes dos Santos.

Depois envereda pela avenida Pacaembu, faz voltas pela região da barra Funda, retoma um pouco o seu percurso de anos atrás e logo o modifica, seguindo pelo largo do Arouche e tangenciando a praça da República para voltar ao teatro Municipal e então, para alegria dos tradicionalistas, tomar o rumo da Brigadeiro, subir aquela gloriosa rampa e, enfim, adentrar a Paulista para a chegada épica.

Há muitas críticas à São Silvestre: é muvucada, o percurso é ruim, não dá para correr, o calor é demais e por aí vai. Em contrapartida, é divertida, emblemática, desafiadora, festiva.

E cara, bem cara: a inscrição básica, agora, está custando R$ 120, no site oficial (AQUI). É a lei do capitalismo: cada vendedor procurar cobrar o máximo que o mercado aceitar pagar. E o mercado dos corredores está aceitando pagar muito caro, como fica evidente pela profusão de corridas chiques.

Enfim, paga quem pode ou quer muito participar do evento. As inscrições vão até o dia 30 de novembro ou quando atingir o limite de 25 mil atletas.

Quanto ao novo trajeto, já publiquei aqui no blog, mas repito para você poder dar uma nova olhada:

Largada: Av. Paulista – próximo à rua Frei Caneca (sentido Consolação)
– Av. Paulista até Rua Haddock Lobo;
– Túnel José Roberto Fanganiello Melhem;
– Av. Dr. Arnaldo até Rua Major Natanael;
– Rua Major Natanael;
– Rua Desembargador Paulo Passalaqua;
– Av. Pacaembu, sentido Estádio (Contra-fluxo);
– Baixos do Viaduto da Av. Gal. Olímpio da Silveira;
– Av. Pacaembu, ambos os sentidos até Rua Margarida;
– Rua Margarida;
– Al. Olga;
– Rua Tagipuru;
– Rua Fuad Naufel;
– Av. Auro Soares de Moura Andrade, sent. Bairro/Centro;
– Av. Pacaembu, sentido Marginal Tietê;
– Viaduto Pacaembu, sentido Marginal Tietê;
– Av. Dr. Abraão Ribeiro
– Av. Marquês de São Vicente;
– Rua Norma Pieruccini Giannotti;
– Av. Rudge;
– Viaduto Eng. Orlando Murgel;
– Av. Rio Branco;
– Av. Duque de Caxias, pista da direita (Contra-fluxo);
– Av. São João;
– Largo do Arouche;
– Av. Vieira de Carvalho, sent. Bairro / Centro;
– Praça da Republica;
– Av. Ipiranga (Contra-Fluxo);
– Av. São João (Contra-Fluxo);
– Rua Conselheiro Crispiniano;
– Praça Ramos de Azevedo;
– Viaduto do Chá;
– Rua Líbero Badaró;
– Largo São Francisco;
– Av. Brig. Luís Antônio;
– Vd. Brig. Luiz Antônio;
– Av. Brig. Luis Antônio;
– Av. Paulista;
– Chegada: Av. Paulista, sentido Consolação em frente à GAZETA.

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Motorista que atropelou corredores ficará detido até o fim do mês

Por Rodolfo Lucena
19/09/12 12:26

O motoboy Ricardo Gonçalves dos Santos, 32, que atropelou sete corredores que participavam de uma maratona de revezamento em São Paulo no último domingo, vai ficar preso pelo menos até o final do mês, segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária.

No domingo, ele furou o bloqueio estabelecido pela CET e atingiu participantes da corrida.  Vários corredores tentaram persegui-lo, mas a chegada imediata da polícia evitou problemas maiores. Dos sete feridos, pelo menos dois tiveram de ser transferidos de ambulância para hospitais na região.

O motorista foi submetido a teste de bafômetro, que deu negativo. Segundo relatou à polícia, ele perdeu o controle do carro depois de ter sido fechado por outro veículo.

Indiciado sob a acusação de tentativa de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), Ricardo dos Santos foi transferido na tarde de ontem para  o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos, na Grande São Paulo, na tarde desta terça-feira.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, ele permanecerá em regime de observação, que dura de dez a 15 dias –ou seja, pelo menos até o final do mês. Nesse período, receberá visita apenas de seu advogado.

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Cinzas de Caballo Blanco tingem as trilhas do Colorado

Por Rodolfo Lucena
18/09/12 09:40

Cerca de seis meses depois da morte do grande ultramaratonista Micah True, conhecido como Caballo Blanco, um grupo de amigos fez uma corrida em sua homenagem e espalhou parte de suas cinzas pelas trilhas de Boulder, no Colorado, onde o corredor vivia parte do ano.

A trajetória de Caballo Blanco foi contada no livro “Nascido para Correr”: ele é o gringo que redescobre o prazer de correr livre ao tomar contato com uma tribo de corredores descalços do México.

Dedicou os últimos anos de sua carreira a uma vida simples, organizando uma super ultramaratona na região do México onde vivem aqueles índicos e trabalhando para recolher donativos para a tribo dos tarahumara. Morreu de problemas cardíacos, ao 58 anos, enquanto percorria sozinho uma trilha no Novo México (EUA).

Depois de sua morte, ultramaratonistas realizaram corridas em sua memória em vários pontos dos EUA. Agora, a cerimônia foi mais privada.

Cerca de 20 de seus amigos se reuniram na última sexta-feira em Chautauqua e espalharam suas cinzas em trilhas em que Caballo Blanco costumava correr.

“Eu sofro e choro todos os dias de saudade”, disse Maria Walton, sua namorada. “Hoje ele volta às trilhas de Boulder, de que ele gostava tanto.”

Ela e os amigos do ultracorredor vão realizar cerimônia semelhante nas Barrancas Del Cobre (Copper Canyon), onde era Caballo Blanco dirigia sua ultramaratona. A prova vai continuar existindo, agora dirigida por Josue Stephens, amigo de Micah True e também ultramaratonista.

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Acidente fere corredores do revezamento Pão de Açúcar

Por Rodolfo Lucena
17/09/12 12:54

Só a intervenção rápida da polícia evitou o pior: corredores indignados tentaram pegar o motorista do carro que, na manhã de ontem, derrubou alambrados e feriu sete atletas que participavam da Maratona de revezamento Pão de Açúcar, em São Paulo.

O primeiro a ser atingido, segundo relato da reportagem do jornal “Agora”, foi o bancário André Araújo Braga Pinto, 24.

“Estava correndo e de repente senti um impacto no braço esquerdo. Quando olhei pra trás, vi o carro. Ele derrubou e arrastou a grade de contenção, que caiu em cima do meu braço”, contou ele ao jornal.

Também disse que viu corredores que, revoltados, chutaram a lataria do automóvel. “Cheguei a ver o homem que estava dirigindo, ele estava com o rosto machucado. Algumas pessoas pularam o alambrado xingando e querendo pegar o motorista, mas a polícia não deixou”, afirmou um adolescente que viu o acidente e pediu para não ser identificado.

O motorista Ricardo Gonçalves dos Santos, que dirigia um Palio. Outros seis corredores foram feridos, alguns tendo de receber atendimento médico. Pinto, o primeiro a ser atingido, saiu apenas com escoriações leves e continuou sua prova.

Além do acidente, que demonstra que é preciso fazer um cinturão de proteção ainda maior em torno do percurso dessa prova, os corredores também sofreram com atitudes do pessoal da organização.

Um amigo meu que correu por lá mais tarde, quando a prova já estava perto do final, relata cenas desagradáveis: “Era cerca de 11h30, e a organização começou a desmontar a estrutura e ainda tinha um monte de gente correndo! Se antes os atletas iam até quase o viaduto da Indianópolis, na subida da 23 de Maio ainda em direção ao aeroporto, era umas 11h30, agora o pessoal tinha que fazer o retorno em qualquer lugar, pulando a grade que separa as pistas”.

 

 

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Dicas para driblar o furdúncio na maratona de revezamento

Por Rodolfo Lucena
13/09/12 12:25

Provas de revezamento são aquela alegria: o pessoal da firma monta um time, tem a equipe da turma da rua, a academia organiza grupos, a família que corre unida permanece unida e por aí vai.

Quando é a maior prova de revezamento do país, então, a coisa fica mais divertida ainda: uniformes especiais são encomendados, a preparação de cada um é cobrado, churrascadas são marcadas.

Ainda bem, porque durante a prova propriamente dita as coisas nem sempre andam no melhor dos mundos. É muito difícil evitar algum perrengue na muvuca que se forma quando mais de 35 mil pessoas correm, caminham, se perdem, se encontram, se abraçam, riem, se irritam, comem e bebem em um mesmo e limitado território.

É o que vai acontecer neste domingo na 20ª edição da maratona de revezamento Pão de Açucar, no parque do Ibirapuera e arredores, zona sul de São Paulo. Desta vez não vou estar lá, mas já corri essa prova algumas vezes, com as mais diversas composições de time, e trago a seguir algumas dicas para você tentar driblar o furdúncio do revezamento e aproveitar melhor o dia.

A primeira e essencial dica é: arme-se de muito bom humor e espírito esportivo, pois a confusão é sempre motivo para discórdia e incomodação. O melhor é passar batido por eventuais desacertos.

E desacerto vão ocorrer esteja certo: a cada ano recebo mensagens e leio pela internet afora reclamações sobre o evento. A série de curvas pouco depois da largada (veja o mapa abaixo), por exemplo, deve provocar engarrafamentos para os corredores que vão fazer as primeiras.

Fico abismado ao ver que o desenho do trajeto continua com esses que, pelo menos no papel, me parecem erros primários de projeto. Não sei. Faz anos que não acompanho a prova ao vivo e pode ser que, na prática, as coisas funcionem. Tenho minhas dúvidas.

Bueno, voltando às dicas. Faça pelo menos uma reunião de equipe, para que cada componente saiba quando será sua vez de entrar no jogo e como deverá proceder.

Cada corredor deve ter o seu mapa ou, pelo menos, entender direito como é o percurso e onde são os pontos de troca. Equipes de oito atletas devem ficar especialmente atentas, pois há um ponto de troca para os corredores que farão as pernas pares e outro para os que farão as pernas ímpares.

Equipes de quatro e de dois atletas também têm áreas próprias para a troca, como você pode ver no mapa (entre no site na prova e amplie o desenho para ficar mais seguro).

Todos devem chegar cedo. Nas equipes de oito, pelo menos os três primeiros devem se encontrar pelo menos meia hora antes da largada; nas de quatro corredores, os dois primeiros devem chegar antes.

Se você for o capitão do grupo, especialmente dos times de oito integrantes, fique com os números dos celulares de todos, especialmente dos que vão fazer a partir da quarta perna. Esse povo teima em chegar atrasado e deixar o líder da equipe de cabelos em pé.

Quem estiver correndo deve ficar mais esperto ao se aproximar do posto de troca, mas o corredor que está esperando é o principal responsável por ver o colega e chamar a sua atenção. Afinal, o cara vem botando os bofes para fora, precisa se concentrar em correr, quem está descansado pode fazer alguma coisa, não é mesmo?

Outra coisa: vai estar a maior confusão em toda a região ibirapuerística. Portanto, deixe o carro em casa e vá de metrô, meu amigo, minha amiga revezamentística. Desça na estação Brigadeiro (linha verde) e enfrente com calma e equilíbrio as ladeironas até a área da largada. Se resolver preguiçar um pouco, use um dos ônibus gratuitos colocados pela organização para fazer o percurso entre a av. Paulista e local da corrida. Para adentrar o coletivo é preciso mostrar o número de peito.

Se você tem outras dicas, não se avexe não: mande sua orientação no comentário aqui no blog.

Sucesso a todos. E que o furdúncio seja derrotado neste domingo.

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Nas pistas, Brad Pitt vira bebê chorão

Por Rodolfo Lucena
11/09/12 09:41

Descobri esses dias que, apesar do que dizem as más línguas, a carreira artística de Brad Pitt vai muito além de seu casamento com Angelina Jolie.

Fuçando nas prateleiras menos vistosas da locadora, encontrei “Conflitos de Sangue”, título com que “Across the Tracks” (Através das pistas, em tradução livre) chegou ao DVD no Brasil. Anteriormente, fora comercializado no país com o título “Correndo do Destino”.

É costume, em certas áreas, ridicularizar as traduções de títulos de filmes estrangeiros (“Giant” virou “Assim Caminha a Humanidade”), mas acho que o tradutor foi mais feliz em captar o espírito da história do que quem fez o título original, no caso desse drama em que o atletismo escolar disputa o estrelato com os dois jovens galãs Brad Pitt, que tinha 28 anos na época em que o filme foi lançado (1991), e Ricky Schroder, então com 21 anos.

A história é a seguinte: Joe Maloney, interpretado por Pitt, é um candidato a astro de sua escola nas pistas de atletismo. Ganha todas nas carreiras de 800 m e é candidato a uma bolsa em Stanford –único forma que lhe permitiria seguir o caminho universitário, pois é de família pobre.

Eis senão quando seu irmão mais novo, Billy, consegue liberdade condicional do reformatório, onde fora parar depois de um roubo de carro. O garoto quer se regenerar, mas logo se mete novamente com os antigos amigos.

Em relação cheia de conflito, os dois irmãos brigam e tentam proteger um ao outro. Buscando tirar o caçula do caminho das drogas, Joe chama o irmão para correr nas madrugadas e o incentiva a entrar na equipe de atletismo da escola.

Acontece que Billy se revela um ótimo corredor, enquanto Joe se vê às voltas com um período de crise no trabalho e nas pistas. Vira praticamente um bebê chorão, com aquela história de “não consigo”, “não vai dar” e por aí afora.

Tenta se recuperar para a corrida final, que pode decidir se conseguirá ou não a sonhada bolsa na universidade famosa. Seu único rival é o próprio irmão.

Drama de quinta categoria, por certo, mas dá para ver. Há várias filmagens legais de corrida, ainda que eu ache que o diretor Sandy Tung abdicou de consultoria especializada. Aposto que treinadores e especialistas em provas de pista conseguirão encontrar falhas no estilo dos corredores…

De qualquer forma, é curioso.

Schroder, com quem Pitt divide o estrelato, já era então um ator premiado, com carreira desde tenra idade. Quando tinha nove anos, ganhou o prêmio de melhor ator do ano, no Golde Globe Award, pela sua atuação como o filho de um boxeador em “O Campeão”. Naquele longa, o ator principal era John Voigh. Que, como você sabe, é o pai de Angelina Jolie. E assim este texto termina como começou, falando de alguém que nem chegou perto do filme em questão.

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Amantes do futebol vão levar seus times para o asfalto

Por Rodolfo Lucena
10/09/12 11:06

Já temos corrida de montanha, corrida na praia, corrida para mulheres, corrida para velozes, corrida com caminhada. Agora, tem corrida para quem gosta de futebol. Ontem foi realizada em São Paulo a primeira etapa da série Futebol Run, dedicada ao Corinthians.

Para este ano, já estão marcadas provas para as torcidas do Palmeiras e do Santos. A do São Paulo está na fila, mas ainda não tem data. Para o ano que vem, a Geo Eventos, braço das organizações Globo, planeja realizar pelo menos 12 corridas vinculadas a equipes de futebol, em vários Estados.

Se for tudo com a prova de ontem, os torcedores-corredores terão bons momentos de diversão. A Timão Run teve largada na praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, para percursos de 4 km e 8 km, além de eventos para a garotada –Louquinhos por Corrida.

O clima foi mesmo de festa, com direito ao hino corintiano e gritos de guerra da torcida se derramando dos alto-falantes que preparavam os corredores para o desafio que viria a seguir.

Corri a versão de 8 km, que se tornou mais desafiadora por causa do forte calor do dia, apesar da largada às 8h. O percurso não teve mistério: saímos em direção à av. São João, passamos por baixo dela para virar à esquerda, pegando uma forte subida até entrar no elevado Costa e Silva.

Quem estava com saudades do Minhocão, extirpado do percurso da São Silvestre, pode ter ontem uma pequena amostra das ondulações do trajeto, que são leves, mas sempre cobram algum esforço da musculatura. Pouco depois dos 3.500 m, fizemos o retorno para cumprir de volta quase o mesmo trajeto.

Agora, porém, pegamos mais descidas, o que facilita um pouco. Voltando para o estádio, a avenida Pacaembu tem leve subida, o suficiente para deixar o atleta mais esperto. Enfim avistamos o pórtico de chegada, mas apenas para dar um tchauzinho: circundamos a praça, entramos no estádio e damos a volta no gramado onde o Corinthians tantas alegrias deu à sua torcida.

Feita a “volta olímpica”, enfim descemos com tudo para a chegada, todo mundo uniformizado com a camiseta da prova, enfeitada com o brasão corintiano. A organização não permitiu corredores com camisetas de outros times nem alusões a rivais do Corinthians, em nome da segurança.

De modo geral, a organização me pareceu boa. O desenho do percurso foi bem feito, com apenas um erro chato logo na largada, que teve duas curvas uma em seguida à outra, provocando um engarrafamento e alguns choques (os que eu vi, sem maiores consequências).

Além disso, é bom lembrar que, ao correr nas ruas, é preciso estar sempre atento ao piso, pois o asfalto tem ondulações e, às vezes, buracos ou reentrâncias para tampas de esgoto –uma delas funcionou com armadilha para uma garota que estava à minha frente. Ela tropeçou e foi ao chão; só não caiu com tudo porque o corredor que estava ao lado dela ajudou a aliviar a queda, mas tomou um arranhão chato.

Também achei a inscrição um pouco cara (preço inicial de R$ 80), mas parece que as corridas de rua estão mesmo com os valores inflacionados.  Para comparação, a maratona realizada ontem no Rio teve o mesmo custo. Questionei a organização sobre isso e a resposta foi a seguinte: “Os valores de inscrição estão na média do mercado de corridas de rua em São Paulo e baseados no kit, que irá contemplar uma camiseta e uma medalha exclusiva de cada time participante”.

Cada torcida terá sua chance de colorir o asfalto com suas cores. No dia 4 de novembro, será a vez dos palmeirenses, em prova que terá saída do bairro da Arena Palestra e chegada no Estádio do Pacaembu. A prova dos santistas tem jeito de percurso bem bacana: marcada para dia 25 de novembro, larga do Centro de Treinamento Rei Pelé e chega na Vila Belmiro. A corrida dedicada à torcida são-paulina terá largada e chegada no Morumbi, mas a data ainda não foi marcada.

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Maratona vira tema de farpas na campanha presidencial dos EUA

Por Rodolfo Lucena
07/09/12 12:48

Você já deve ter lido a história, que eu contei no caderno Mundo, da Folha (AQUI). Mas, se não leu, eu reconto para que fique mais fácil acompanhar as novidades do caso.

Paulo Ryan, o candidato a vice na chapa republicana que concorre à presidência dos EUA, mentiu sobre seu tempo na única maratona que fez na vida.

Ele estava de sangue doce, dando entrevista a um programa de rádio, falando sobre seu passado, coisas que fizera na juventude etc. A certa altura, contou de suas peripécias como atleta universitário, dizendo que tinha se dedicado a corridas de longa distância.

O radialista então perguntou se Ryan, que tem 42 anos e gosta de se mostrar como um sujeito atlético e em boa forma física, tinha corrida maratona e qual era seu recorde pessoal.

Como quem não quer nada, o político republicano deixou escapar: “Ah, menos de três horas, fiz em duas horas, 50 minutos e alguma coisa…”. O entrevistador deixou por isso mesmo, apenas exclamou, espantado: “Nóóóóssa…”

A revista “Runner`s World”, porém, foi atrás da história e descobriu a farsa: não havia registro daquela ótima maratona de Ryan, mas sim de um tempo muito razoável, mas de 4h01min25. Foi em 1991, na Grandma`s Marathon, e Ryan tinha então 21 anos.

Foi uma balbúrdia. Primeiro, assessores do candidato republicano tentaram explicar, sem muito sucesso. Até que o próprio Ryan emitiu desmentido. Disse que o irmão dele era o mais rápido da família e não tinha corrido sub3h. E que, se fosse para arredondar o próprio tempo, deveria ter sido para quatro horas…

Blogueiros norte-americanos, agências de notícias, jornais e maratonistas anônimos não perdoaram. Afinal, quem é que se esquece do seu melhor tempo na maratona, mesmo que ela tenha sido realizada há mais de 20 anos. Meu amigo Bob Dolphin, que tem 82 anos e já correu 500 maratonas, sabe de cor seu melhor tempo e também o tempo de sua primeira investida nos 42.195 metros.

Um jornal até criou, de blague, o sistema de cálculo Paul Ryan, em que você informa seu tempo de maratona e o programa “corrige” a marca (imagem abaixo).

Bom, tudo isso é passado, mas eu precisava contar para você saber direitinho do que se trata a história nova: o filho de Joe Biden, que é vice-presidente dos Estados Unidos, também resolveu tirar sua casquinha…

“Até minha mãe ganha dele na maratona”, brincou Beau Biden.

Falando sério, mas cheio de veneno, declarou: “Acredito na matemática da chapa Romney-Ryan quando se trata do orçamento. Já em relação ao seu tempo de maratona, não tenho certeza de que possa crer na sua matemática…”.

Durante palestra a uma plateia formada por veteranos de guerra e seus familiares, Biden filho mandou ver: “Vocês que correm, sabem, não mesmo? Pessoal do Exército, da Marinha, da Força Aérea, vocês sabem, qual é o seu melhor tempo, não é? Isso não é algo que se possa esquecer”.

E daí deu o golpe final, relembrando toda a patacoada dos números errados.

“Acho que Ryan já revisou seu tempo e agora está em torno de qautro horas. Antes, tinha dito que era de menos de três horas, o que quase o deixaria em condições de lutar por uma vaga na Olimpíada. Agora é de cerca de quarto horas. Está perto, chegando perto de minha mãe, que corre uma maartona em cerca de quarto horas e meia, então eu acho que ele tem condições de competir com minha mãe. Ou talvez não. Eu acho que  minha mãe pode vencê-lo.”

A senhora mãe dele, a dona Jill (foto Reuters), estava lá, sentada à esquerda do filho, e ficou em silêncio enquanto era aplaudida pela plateia. Ela costuma correr oito quilômetros, cinco vezes por semana, segundo disse em 2010 à revista “Runner`s World”. Em 1998, completou a Marine Corps Marathon, em Washington, em 4h30min02. Ela tinha então 47 anos (hoje tem 61).

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PureView é boa companhia para o corredor, ainda que pesado

Por Rodolfo Lucena
04/09/12 15:39

Você que acompanha este blog deve ter notado que, ultimamente, tenho colocado no ar mais fotos de minha lavra. A cobertura da 10 Milhas Garoto foi praticamente uma sucessão de imagens, assim como os registros de um recente treino que fiz pelas ruas de São Paulo.

É que vinha testando um celular inteligente que recentemente chegou às lojas brasileiras e tem uma ótima câmera de lambuja. Para ser mais preciso, trata-se de uma supercâmera que também tem recursos para comunicação por voz e dados.

Estou falando do Nokia 808 PureView, que foi lançado no início deste ano em uma feira especializada em Barcelona, Espanha, apresentado como o aparelho com câmera de maior resolução na atualidade. De fato, seu sensor de 41 Mpixels permite produzir imagens de mais de 38 Mpixels.

Essa numerália se refere aos pontos que formam a imagem. No caso da foto de maior resolução produzida pelo PureView, como a versão original da foto abaixo, são 7.152 pontos (pixels) por 5.368 pixels.

A tela tem vidro especial, que possibilita excelente percepção das cores. As dimensões do aparelho, porém, talvez não sejam confortáveis para todos. Ele é um pouco maior e mais alongado do que o iPhone 4s: 123,9 mm de altura, 60,2 mm de largura e 13,9 mm de espessura contra 115,2 x 58,6 x 9,3 mm do aparelho da Apple. Por conta disso –e da lente Carl Zeiss de sua câmera—é quase 30 gramas mais pesado.

O aparelho é meio desbalanceado, pois o lado em que fica a câmera é mais gordinho e pesado. Por via das dúvidas, fiquei experimentando o bichinho em casa por um ou dois dias antes de sair com ele para minhas corridas.  A Maria Eduarda, abaixo, até fez pose para sair bem na foto.

Os testes, como você já percebeu, foram todos das habilidades do PureView como câmera –não fiz nem uma mísera ligaçãozinho telefônica com ele, mas naveguei um pouco pela internet usando o recursos de comunicação sem fio (a configuração não tem mistério, é só seguir os passos e preencher os espaços pedidos pelo telefone/câmera). Sobre os demais recursos e o funcionamento como câmera, meu colega Emérson Kimura fez uma ótima avaliação publicada no site de Tec na Folha.com, veja AQUI.

Levei o aparelho em uma pochete acolchoada e que promete ser impermeável, mas não é lá muito não (depois de um longão, fica encharcada de suor. O PureView não reclamou nem tomou atitudes impensadas, não comandadas por seu usuário (não ria, o meu telefonezinho comum faz isso o tempo todo, liga quando não é para ligar, trava quando não é para travar e assim por diante; a câmera que às vezes uso, então, muda de modo de operação como quem troca de camisa).

De modo geral, é bem fácil de usar. Tem um botão físico para acionar a câmera –serve para colocar o aparelho em modo fotográfico e também para disparar o obturador. Se preferir, o fotógrafo pode usar o disparador virtual, que fica do lado direito de quem olha para a tela e precisa. Na extrema esquerda da lateral do aparelho, há outro botão, que serve para dar zoom ou aumentar/diminuir o volume, dependendo do modo em que o aparelho esteja operando.

Para quem vai usar o PureView para tirar fotos durante uma corrida, o momento mais delicado é a hora de tirá-lo do bolso ou da pochete. Não há uma área ergonômica para posicionar a mão e segurar firmemente o aparelho, como acontece em câmeras semiprofissionais e maiores. Isso também não seria esperado, pois, afinal, trata-se de um telefone. O resultado é que você precisar ter cuidado e pensar nos seus movimentos antes de sacar o telefone, especialmente se for um sujeito meio desastrado como eu.

Não deixei o aparelho cair no chão nem uminha vez –ainda bem, pois o prejuízo seria salgado: R$ 1.999 na loja da Nokia. Mas tive de parar a cada vez que queria fotografar. Os resultados foram bem satisfatórios, como este close de uma rosa na avenida Paulista.

Já as imagens em contraluz nem sempre deram bom resultado. Contra o sol aberto, em geral ficou esse jeitão enevoado, como se uma leve bruma cobrisse a cena (abaixo).

Claro que eu poderia forçar o acionamento do flash, o que melhoraria a composição, mas queria fazer tudo no automático. Nas condições de luz mais comumente aceitas como boas para fotografar, a máquina compareceu, como nesta cena na praia da Costa, em Vila Velha.

Ela também oferece muitos recursos para quem quiser experimentar sua veia artística. Além do modo automático, há um modo cenas, pré-configurado para situações como esporte, fotos na neve ou noturnas. Usei este último para a imagem abaixo.

Mesmo dando zoom total, ficou tudo focado e sem tremeliques na cena, como você percebe a seguir (para fazer essas imagens, apoiei a câmera em um moirão do cercado onde ficava a corujinha; em outras experiências com zoom, qualquer movimento prejudicava a imagem)

Voltando ao automático, o disparador responde rápido e dá para capturar cenas como a ação desse surfista na Barra do Jucu.

Além disso, há um modo chamado criativo, que permite ao usuário fazer uma série de acertos (luz, contraste, resolução e por aí vai), além de mudar a captura para sépia ou preto e branco, como a primeira imagem publicada nesta resenha.

Todos esses recursos me deixaram bem satisfeito, mas não tenho certeza de que sejam determinantes para a compra do equipamento ou que façam alguém desistir do incensado iPhone 4s, que é um pouco mais caro (R$ 2.199, modelo com 16 Gbytes e câmera de 8 Mpixels).

Isso porque boa parte dos fotógrafos amadores (a maioria, talvez) não precisa de tantos recursos nem quer pensar muito antes de fazer seu clique; além do mais, até os mais simples programas gratuitos para edição de imagem possibilitam mexidas semelhantes a algumas das propiciadas pelo PureView.

O aparelho também permite gravar bons vídeos em alta resolução, com som bastante razoável (segundo a Nokia, a propaganda de apresentação do PureView foi feita com o próprio). E ajuda a fazer boas fotos de corrida, sendo um bom companheiro para a jornada, ainda que pesadinho.

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10 Milhas Garoto tropeça feio na falta de água

Por Rodolfo Lucena
03/09/12 11:57

O cenário é uma beleza, o percurso é desafiador, a medalha é bonita, o povo é simpático, mas a 23ª edição da 10 Milhas Garoto, realizada em Vitória e Vila Velha, castigou os corredores com um erro inaceitável: faltou água nos momentos mais quentes da prova, prejudicando os corredores mais lentos. Vi senhoras caídas ou sentadas na calçada, gente reclamando em altos brados, e a população abrindo a geladeira para ajudar os corredores, numa demonstração bacana de solidariedade –que não deveria ser necessária.

Gato escaldado da prova do ano passado, quando a temperatura passou dos 30 graus, fiquei torcendo ao longo da tarde de sábado, nublada e com ventinho até frio, para que o clima se repetisse no domingo. Que nada! Às sete da manhã o sol já dominava o céu, não havia vento nem nuvens.

Na orla de Vitória, estava tudo bonitinho. Muita água antes da largada, figuras com uniformes engraçadinhos e até perna de pau sinalizavam a área para os corredores se organizarem antes da partida, mas a maioria dos atletas não deu muita bola para a orientação.

Nos quatro quilômetros iniciais, a gente circula por terreno plano na capital do Espírito Santo, preparando a alma para o desafio que logo estará á nossa frente. Cruza-se pequeno pontilhão, de onde se tem uma amostra do visual que nos aguarda.

A maioria foca mesmo no que vem pela frente, a temida Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha.

Neste ano, um lado inteiro da travessia ficou reservado para os corredores, melhorando muito a situação em relação à prova do ano passado, quando tivemos de dividir território com os carros –houve concerto de buzinadas e reclamações, lado a lado com sorrisos e incentivos, mas a tensão era evidente.

Mais seguros e tranquilos, a multidão ocupa cada metro dos 4 km de ponte, que só neste oportunidade abre para pedestres –muitos moradores e turistas aproveitam a chance para fazer um passeio diferente e curtir a vista bacana.

Já os corredores de elite nem olhar para o lado olham, ainda mais nesta edição, em que havia uma enorme quantidade de candidatos aos primeiros postos. Qualquer um da foto abaixo, por exemplo, poderia abocanhar o primeiro prêmio.

Eles tinham recém tomado o café da manhã no sábado e estavam de bom humor, como as poses demonstram. As feras ali presentes são Nelson Priva, da Tanzânia, o queniano Mark Korir e o etíope Fikre Assefa; as moças: Dorcas Kiptarus, do Quênia, Zaitune Nikoka, da Tanzânia, e Meseret Biratu, da Etiópia.

Pois nenhum deles levou a taça. A vitória ficou com os quenianos Joseph Aperumoi, com 47min01, e Rumokol Elizabeth, que cravou novo recorde na prova: 54min13 –a marca anterior, de Marcia Narloch, era 55min05, estabelecida em 1991. Os melhores brasileiros, que levaram de prêmio um carro 0 km, foram Giovani dos Santos (terceiro lugar, 47min29) e Sueli Pereira (segunda colocada, 56min23).

Todos eles já tinham terminado a prova quando eu passei da metade da ponte, boa parte em ritmo de caminhada, para aproveitar o visual e tirar as fotos abaixo.

Ao longo de todo o percurso da ponte não há posto de água, o que é compensado por um posto salvador do outro lado, na entrada de Vila Velha, na altura do km 8. Com 1h02 de prova, avistei o posto e tratei de engolir meu gel de carboidrato, já pensando na aguinha gelada e gostosa que viria a seguir.

Nananina. O posto do km 8 estava seco, o que logo gerou reclamações e gritos entre os corredores que estavam em ritmo semelhante ao meu. Provocou baixas, também, como esta senhora, que caiu na altura do km 9.

“Esse aí só chegou agora”, disse uma senhora, apontando para o rapaz que fazia o atendimento de emergência. “Escreve aí que faz meia hora que a gente chamou a ambulância”, denunciou ela ao ver que eu fotografava a cena.

Segui esperando que o posto do km 10 tivesse água, ouvindo o tempo todo comentários tristes, raivosos, decepcionados de corredores que sentiam o calor e culpavam, com razão, a falta de água por sua queda de rendimento.

O posto do km 10 estava seco, e os voluntários que ali tinham trabalhado buscavam a proteção da sombra dos prédios. Alguns corredores, naquela altura, tiveram a sorte de receber água do público –eu fui um dos beneficiados.

Dois ou três goles me foram suficientes para tocar o barco à frente, enfim, chegando a um belo trecho de praia. No dia anterior, eu havia percorrido toda aquela orla, capturando imagens que me pareceram artísticas, como estas duas.

Na manhã do domingo, porém, o calor castigava e o sol ardia. Cerca de uma hora e 15 minutos depois da largada, os termômetros continuavam em ascensão. Chegariam aos 28 graus, mais de 50% de diferença em relação à temperatura da largada. O visual, porém, dava uma refrescada.

O que não refrescava era a raiva e o desapontamento dos corredores em relação ao desamparo em que ficamos todos. O posto do km 12 também estava seco.

Na altura do km 13, uma cena que lembrou os saques que caminha de comida em regiões famélicas do país. Uma camionete carregada de garrafas de água cruzou o caminho dos corredores, e foi atacada. Pessoas que assistiam à prova, na calçada, se mobilizaram para pegar os fardos e distribuir da melhor forma possível. Quem pegava uma garrafa tomava dois ou três goles e passava para alguém desabastecido.

O posto do km 14 também estava vazio, e a raiva dos corredores contra a organização era expressa em reclamações cada vez mais emocionadas, que não dispensava palavrões. Em contrapartida, pouco depois, uma família improvisou uma área de atendimento levando garrafas de água da própria geladeira (havia até uma garrafa de água com gás…).

E assim seguimos, os lentos e bravos, até o final, não sem ver ainda gente abatida pelo caminho, como esta senhora:

Na chegada, sempre há a sensação de conquista, a crença na vitória, a lembrança do inspirador cenário e da fraternal confraternização com os companheiros de corrida. O sofrimento passou, agora há que lamber as feridas, guardar a medalha e ir buscar alento no mar sem fim.

 

PS.: Este blogueiro viajou a Vitória/Vila Velha a convite da Garoto.

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