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Rodolfo Lucena

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Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Pesquisadores de SP querem analisar sono de corredores

Por Rodolfo Lucena
03/10/12 09:55

Um grupo de pesquisadores do Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício está buscando corredores voluntários interessados em participar de uma pesquisa sobre distúrbios do sono.

Os corredores participantes –homens saudáveis de 20 a 45 anos, que não tenham problemas para dormir— devem se comprometer a participar da corrida Santos Dumont, prova de 10 km que será realizada no próximo dia 12 de outubro em São Paulo.

Além disso, antes daquela data, os voluntários deverão dormir uma noite no Instituto do Sono para que seu sono seja monitorado e os dados obtidos sirvam de parâmetro para comparar com os resultados de depois da prova.

Por sinal, depois da corrida, os voluntários  mais uma vez vão passar uma noite no Instituto do Sono.

Além do monitoramento durante o sono, os pesquisadores também farão exames de sangue –haverá coleta em vários horários, para efeito de comparação dos resultados.

Os pesquisadores não pagam nada para os voluntários –aliás, essa é uma das características do trabalho voluntário—e também não têm condições de arcar com o custo da inscrição.

Em contrapartida, os voluntários receberão gratuitamente exames de sangue completo (hemograma, glicose, ureia etc.) e a polissonografia, que monitora a qualidade do sono do indivíduo (e é um exame bem caro, custa em torno de R$ 800, segundo me disse a pesquisadora Carolina Ackel D’Elia).

Há poucas vagas para voluntários, que serão aceitos basicamente por ordem de chegada. Para mais informações, você pode entrar com contato com Gilberto Pantiga Jr, pelo e-mail  gpantiga@hotmail.com ou pelo celular:  (011) 95214-4946.

Bom sono a todos.

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Uma doce voz de comando na maratona de Berlim

Por Rodolfo Lucena
02/10/12 15:30

Aquele final da maratona de Berlim, sem nenhuma tentativa aparente de ataque para conquista definitiva da posição, ainda vai dar panos para manga. Mas isso é lá na elite. Cá entre nós, corredores do mundo, aquela prova sempre será maravilhosa, um palco para tentar superar nosso passado, atingir novo recorde pessoal. Era esse o objetivo do jornalista Breno Altman, 50, que atravessou o oceano rumo ao Velho Mundo para buscar sua primeira maratona sub4h. A partir de agora, fiquemos com o relato que ele escreveu especialmente para este blog.

“Berlim surgiu em minha programação para 2012 quase por acaso. Meu objetivo original era correr, em junho que passou, a Comrades, famosa ultramaratona sul-africana. Mas fui reprovado no teste, os 42 km de Paris, disputados em abril. Completei em pífias 4h47, depois de ter sentido muita dor no joelho a partir do km 25. Achei prudente acumular mais experiência em maratonas antes da aventura a que me propunha, adiada para 2013. Foi assim que vim parar na capital alemã.

“Durante cinco meses me preparei com afinco. Corri 1.470 km nas ruas e em esteiras. Fiz de duas a três sessões semanais de musculação. Tomei suplementos. Perdi peso. Completei praticamente 85% dos treinos propostos na planilha. A caminho dos 51 anos, sentia-me pronto para alcançar minha meta: realizar uma maratona abaixo das quatro horas.

“Tive o cuidado de chegar seis dias antes, para melhor me adaptar ao fuso horário. Escolhi um hotel colado ao Portal de Brandenburgo, local de partida e chegada da prova. Alimentei-me corretamente e descansei bastante nos dias anteriores. Estava seguindo o manual à risca, o que não é pouca coisa quando se está em uma cidade tão cheia de história, cultura e gastronomia. Mas era a hora da verdade e eu não queria falhar.

“O tiro de largada foi dado pontualmente às 9h, com 10º de temperatura, mas só consegui transpor o portal depois de 23 minutos. Minha estratégia era  simples. Para organizar o ritmo e evitar a exaustão psicologica, dividi a maratona em cinco provas de 8 km, com os 2,2 km finais ficando por conta do estoque de energia e raça.

“O desenho era o de uma pirâmide com platô: começar mais lento, acelerar acima da média do km 8 ao 32, reduzir paulatinamente a partir daí. Eu havia furado alguns longões, não estava seguro de ter resistência para avançar os dez quilômetros finais em marcha batida.

“A primeira parte correu muito bem. Quando entrei na antiga área oriental de Berlim, já me aproximando da avenida Karl Marx (incrível, mas o revisionismo pós-muro manteve essa homenagem!), eu tinha matado os primeiros 8k em 45min30,  5min41/km, com frequência cardíaca média de 155 batimentos. Minha confiança no resultado cresceu. Já estava na exata toada para ficar abaixo das 4h, com pouco esforço, e a temperatura em 11º.

“Mas percebi um problema que me levou a um desvio do plano. Como corremos em ziguezague, o GPS marca uma distância maior do que a aferida na prova. Comecei a dar tiros de 12 a 14 km/h toda vez que meu frequencímetro marcava o fim da volta, até chegar à placa oficial de quilometragem. Óbvio que deveria ter distribuido essa diferença pelo conjunto da maratona. Os maiores erros, porém, cometemos quando nos sentimos por cima da carne seca…

“Mesmo assim, tudo seguia como previsto.

“Fechei os 16 km em 1h30m28s, ritmo de 5min39/km, fcm de 157 batimentos, apesar do termômetro já bater em 12º. Estava na Hermannplatz, extremo sudeste do percurso, fazendo o contorno para retornar à faixa ocidental da cidade. Bati nos 24km com 2h14m25, 5min36/km, frequencia média de 159 bpm. O calor já era de 14º, mas me sentia inteiro.

“Alcancei o km 32 em 2h59m29s, 5min37/km, fcm de 161bpm. Era o momento de desacelerar. Estava cansado. O calor subira para 16º. Minha frequencia cardíaca já estava no limiar anaeróbico há quase uma hora. E eu tinha uma gordura de 2min08 para queimar. Aí vieram os problemas.

“Primeiro, comecei a sentir os quadríceps, provavelmente por conta dos tiros absurdos que tinha dado desde o início da prova. Depois, impaciente, ao ver lotado o último posto de água, energético e frutas, no km 35, resolvi não parar. Já estava em Charlottenburg, bairro principal da zona ocidental. Meu tanque estava nas últimas gotas da reserva, mas joguei com a sorte. Paguei um preço alto.

“Comecei a sentir enorme fadiga muscular, além do joelho esquerdo me impor progressivamente uma dor insuportável. Ainda fechei o km 40 dentro da meta, com 3h46m32, ritmo de 5min40/km, fcm de 162 bpm. O objetivo estava perto, mas as forças se esvaíam. O sistema cardiovascular permanecia intacto. As pernas, porém, pesavam toneladas.

“Minha velocidade despencou. Fiz o km 41 em 6min28, o seguinte em 7min. Passei o Portal de Brandenburgo trotando, para logo caminhar, a poucos metros do final. Uma senhora, corredora enxuta com mais de 60 anos, segurou-me pelo braço e mandou eu não desistir.

“Foi uma doce voz de comando. Não sei de onde tirei energias, mas fiz os últimos 200 metros a 16 km/h. Não foi o suficiente. Terminei a maratona em 4h00m48. Um nadinha me separou do objetivo traçado.

“Não foi tudo o que queria. Logo depois da prova senti um pouco de raiva pelos erros, de frustração. Mas fiz quase 50 minutos mais rápido que em Paris. Já posso dizer que sou um berlinense. Não nos termos de Kennedy em 1961, em seu grito de guerra contra os soviéticos,  mas pelo orgulho de não ter feito feio na pátria de Marx e Beethoven.”

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Sites especializados levantam suspeitas sobre final da maratona de Berlim

Por Rodolfo Lucena
30/09/12 11:32

Foi dramático. Quando passaram o km 35, o maratonista mais veloz do mundo, Geoffrey Mutai, e seu companheiro de treinamento, o debutante Dennis Kimetto, estavam em ritmo para buscar e derrubar o recorde mundial da maratona.

Poucos minutos depois, a TV alemã colocou na tela a previsão de chegada, se eles mantivessem a balada de até então: 2h03min35, três maravilhosos segundos abaixo do recorde mundial de Patrick Makau, estabelecido no ano passado ali mesmo na prova alemã.

Pois então se deu o desastre. O km 38 foi o mais lento desde a meia maratona –3min02 contra 2min56 do anterior. Mutai e seu compatriota pareciam ter perdido o gás. E, de fato, foram declinando como balões a murchar.

Vistos de cima, em belíssima tomada televisiva, pareciam em ritmo intenso, mas os números demonstravam o contrário. Só pioravam, sempre lado a lado ou, no máximo, com Mutai uma passada à frente. Fizeram o km 42 em 3min10 (!), depois de terem corrido o km 41 em 3min07. E se arrastaram pelos 195 metros restantes, sem caretas de dor nem tentativas de escapada, apenas a demonstração de esforço sem resultado.

Mutai demorou 37 segundos para percorrer a distância final (não dá para comparar, é claro, mas, apenas como referência, Bolt corre 200 m em 19s19) e completou em 2h04min15, o quarto melhor tempo da história em percursos homologados pela IAAF (em Boston, que não é aceito para efeito de recorde por ser ponto a ponto e por causa da inclinação do percurso, o próprio Mutai cravou 2h03min02 no ano passado, e o segundo colocado, Moses Mosop, fez 2h03min06). Kimetto chegou um segundo depois, sagrando-se o melhor debutante da história (foto Reuters).

Com a vitória, Mutai tornou-se também campeão por antecipação do World Marathon Majors 2011/2012, e vai levar US$ 500 mil como prêmio, além da bolada recebida da maratona de Berlim –40 mil euros pela vitória e 30 mil euros de bônus pelo tempo sub2h04min30, num total equivalente a mais de R$ 182 mil.

Os quilômetros finais e, especialmente, essa chegada sem disputa, em que o debutante Kimetto nem esboçou gesto de desafio, fizeram alguns sites especializados levantarem suspeitas de marmelada. Afinal, argumentam esses sites, Mutai tinha muito a ganhar com a vitória, enquanto para Kimetto, seu protegido, o segundo lugar já seria glorioso. Por isso, o novato se contentou em seguir os passos do mestre, dizem alguns sites.

“Isso pode ter sido uma coisa planejada”, disse o narrador da Universal Sports, que fazia a transmissão oficial pela internet, segundo citação feita pelo site LetsRun. Eu não consegui confirmar, pois o vídeo não está disponível para o Brasil.

O próprio site dá uma esquentada na questão usando comentários de internautas anônimos, que eu não vou repetir aqui, e afirma que “a integridade de nosso esporte está em risco”.

Mais tarde, volta a bater na tecla: “Com um incentivo de US$ 500 mil em risco, é natural que as pessoas especulem sobre essa final entre companheiros de treino”.

O site britânico Digibet.info também põe lenha da fogueira, ainda que seja um pouco menos agressivo que o LetsRun. Chama a final de “bizarra”, pois mesmo com a chegada poucos metros à frente, nenhum dos corredores tentou dar uma escapada. E avalia que Kimetto “não parecia disposto” a desafiar seu parceiro de treino.

Depois diz que essa não é a primeira vez que o corredor queniano deixa os organizadores com mais perguntas do que respostas. Para justificar a frase, lembra que, nas últimas provas internacionais em que participou, o debutante na maratona foi registrado com diferentes nomes e diferentes idades.

Em fevereiro, correu uma meia maratona como Dennis Kipruto Koech, que teria 18 anos. Dois meses depois, venceu outra meia sem o Kipruto e dizendo estar com 20 e poucos anos. Finalmente, bateu o recorde mundial dos 25 km, em Berlim, como Dennis Kimetto, nascido em 1984, tal como foi registrado agora para a maratona.

O site britânico aproveita para lembrar a fidelidade de Kimetto a seu protetor. “Ele me fez ganhar experiência na corrida e me ensinou como atacar”, disse o debutante quando venceu a meia maratona de Berlim, meses atrás. Hoje ele não atacou o seu mentor.

Bom, todo mundo tem o direito de desconfiar de quem quer que seja, e este blogueiro tem a obrigação de registrar suspeitas quando elas aparecem. Mas também é preciso ver o outro lado e lembrar que todo mundo é inocente até prova em contrário.

Em relação ao texto do site britânico, minha opinião é a seguinte: os caras desconfiaram da final, mas não tinham bala para sustentar suas dúvidas. Então levantaram essas histórias do Kimetto para apimentar a reportagem.

Não que essa confusão de identidades não seja verdadeira. Ela é, mas não provoca, como supõe o site, dúvidas para os organizadores. O próprio site oficial dos 25 km de Berlim, dos mesmos organizadores da maratona, registrou em um press release: “Novo nome e nova distância para o novato Dennis Kimeto”. Os dois nomes também aparecem na Wikipedia, enquanto a IAAF registra apenas Dennis Kipruto Kimetto, de 28 anos, mas é a mesma pessoa.

Não vi manifestações  dos corredores sobre as suspeitas de marmelada levantadas pelo site norte-americano LetsRun. Mas deram explicações sobre o que aconteceu na prova.

“Eu tinha chances de quebrar o recorde mundial, mas depois do km 35 eu tive dores na perna esquerda e decidi manter o ritmo”, afirmou Mutai. Completou: “Agradeço a Deus por vencer essa corrida. Era possível quebrar o recorde e eu tentei, mesmo sem conseguir me mover”.

Já Kimetto afirmou o seguinte: “Eu nem sequer esperava terminar perto dele, pois eu sabia que não podia vencê-lo. Mas estou muito feliz e, no futuro, vou tentar bater o recorde mundial”.

O fato é que, segundo as transmissões de TV, a temperatura aumentou consideravelmente ao longo da prova. Também na corrida feminina, a vencedora Aberu Kebede chegou a estar em ritmo de sub2h20 e acabou em pedestres 2h20min30. E não se pode dizer que a corredora etíope não tivesse incentivo para forçar o ritmo: seu bônus por terminar em sub2h21 foi de 15 mil euros, a metade do que ganharia se fechasse em menos de 2h20.

Além disso, segundo o site oficial da World Marathon Majors, Mutai ganharia o prêmio mesmo se terminasse em segundo. O máximo que seus competidores conseguiriam seria alcançar o mesmo número de pontos, e ele venceria pelo critério de desempate (competições direta)

Bom, fica a questão. Até agora, não vi nenhuma informação oficial sobre eventual investigação dessa suposta marmelada. Ou, num olhar mais otimista –menos cínico, talvez–, batalha épica, chegada dramática e terrível sofrimento, como também pode ser definida a final da maratona de Berlim 2012.

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Centenas de brasileiros ocupam asfalto na maratona de Berlim

Por Rodolfo Lucena
29/09/12 11:39

A maratona de Berlim, palco de quatro das cinco quebras de recorde mundial deste século (masculino), está se consolidando como destino dos brasileiros. Neste domingo, centenas de brasucas vão buscar a chegada nos portões de Brandenburgo –não cheguei a contar um por um, mas vários sites afirmam que são mais de 500.

Alguns amigos meus estarão por lá e prometem mandar relatos; vamos ver. Todos os que conheço apostam em recorde pessoal ou sonham com marcas escritas nas estrelas. O jornalista Breno Altmann busca baixar de quatro horas; o presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo, Nélson Evêncio, fala em fechar em 3h20.

E a elite internacional fala em recorde mundial. O queniano Patrick Makau, detentor da marca, disse acreditar que seu tempo será superado neste domingo pelo compatriota Geoffrey Mutai.

Pode ser, pois credenciais para isso Mutai tem de sobra. É o mais rápido maratonista da história, com 2h03min02 em Boston, marca não referendada pela IAAF porque o percurso não é homologado (o trajeto é ponto a ponto e, no total, há mais descidas do que subidas). Além disso, está seco para mostrar aos cartolas do Quênia que cometeram um erro ao não selecioná-lo para os Jogos de Londres.

Bom, quem viver verá. A corrida vai passar no SporTV 3 a partir das 3h30, segundo informa a programação do canal. Eu vou comentar a prova ao vivo pelo Twitter. Vá lá e confira comigo: twitter.com/rrlucena ou @rrlucena. Espero você nesta madrugada.

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Meninada do Norte e Nordeste se enfrenta na pista neste fim de semana

Por Rodolfo Lucena
28/09/12 15:38

Quem se interessa pelo futuro do atletismo brasileiro deve ficar de olho no que está acontecendo de hoje a domingo em Fortaleza. Mais de 200 jovens atletas disputam o Troféu Norte Nordeste de Atletismo de Menores, para a gurizada de 15 a 17 anos.

Se eu fosse olheiro de alguma dessas equipes profissionais, estariam muito interessado em ver o que rola na pista da Unifor, pois a região é tida como celeiro de bons nomes. Há competidores do Alagoas, Maranhão, Piauí, Bahia, Ceará, Amazonas, Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Norte, Pará, Paraíba e Sergipe.

A essas alturas, a primeira prova já aconteceu, foi a final masculina do lançamento de martelo (mas eu não tenho ainda o resultado). A última prova será realizada na manhã de domingo –800 m feminino, final do heptatlo.

A entrada é gratuita e o endereço do estádio é Av. Washington Soares, 1301 – Bairro Edson Queiroz.

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Obras na Sumaré parecem não ter fim

Por Rodolfo Lucena
27/09/12 11:51

Há alguns dias comentei aqui as obras que estavam em andamento na avenida Sumaré e em sua continuação, a av. Paulo 6°. Lá, o canteiro central é muito usado por corredores da região oeste da cidade, além de servir de pista para alguns ciclistas.

Em boa hora, a passarela central começou a receber uma repaginada, com destruição total do piso anterior, cheio de falhas e buracos, e construção de um novinho em folha.

A obra, porém, anda aos soluços –ou solavancos. No início, fizeram uma buraqueira geral e parecia que ia ficar daquele jeito meses, pois a bagunça ficou intocada por um bom tempo.

Depois, enfim começaram as obras de construção do novo piso. Rapidinho a pista tomou corpo, vindo desde lá de baixo, da altura da rua Caiubi, se não me falha a memória, e subindo sem descanso até a Sumaré virar Paulo 6º e mais um quarteirão e tanto.

Agora engruvinhou de novo. Parece que os caras não sabem como fazer a finalização do trabalho, como sugere a imagem lá do alto, captura na manhã de hoje, no final de meu treino. É uma situação que já dura vários dias.

Os trabalhadores desapareceram da área –pelo menos, não vi ninguém na minha corrida de hoje, o que não significa que não pudessem estar em outro ponto da obra…

E, com a parada, a pista já construída parece estar sofrendo. Já notei algumas rachaduras no tapete de concreto, que mal tem um mês de vida –se é que já dura isso.

Para o corredor, a tranqueira até que não atrapalha tanto. A gente apenas precisa ser mais cuidadoso ao cruzar pela área conflagrada. Mas seria mais legal para a cidade se as obras começassem e terminassem, você não acha?

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Santos festeja centenário com corrida de rua

Por Rodolfo Lucena
26/09/12 12:54

Já estão abertas as inscrições para a corrida de rua que vai integrar as comemorações do centenário do Santos.

A prova será no dia 25 de novembro e terá largada e chegada no estádio da Vila Belmiro, que foi palco de alguns dos mais dramáticos e belos embates do futebol brasileiro.

A Santos Run, que integra a série iniciada com a Timão Run, será disputada em várias distâncias: 8 km, 4 km e a Peixinhos da Vila (para crianças de 3 a 12 anos). Os organizadores esperam cerca de 3.000 participantes. Para mais informações, visite o site oficial, AQUI.

“Será mais um marco das comemorações do Centenário, vamos celebrar a Vila, a Vila dos craques, a Vila dos Meninos. A Santos Run vai misturar emoções do futebol com corrida de rua e a consagração será na chegada, passando por dentro do estádio. Nossa torcida merece um evento dessa grandeza. Estamos proporcionando ao torcedor que faça parte da história de nosso centenário. Isso não tem preço”, afirma o gerente de marketing do Santos, Armênio Neto. Na verdade, tem: o preço da inscrição geral é R$ 80 até o dia 9 de novembro; depois aumenta R$ 10.

E a moda da corrida vinculada ao futebol chegou também ao Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, porém, a ideia não é que cada torcida tenha sua prova, mas que todos celebrem juntos numa espécie de confraternização esportiva.

Essa, pelo menos, é a esperança dos organizadores da Corrida das Torcidas, que no próximo domingo leva cerca de 2.000 corredores/torcedores ao entorno do Maracanã. A largada e a chegada serão em frente à estátua de Bellini, capitão da seleção brasileira que conquistou a Copa de 1958.

O lendário teatro da Copa do Mundo de 1950, hoje em processo de remodelação, vai ver os atletas correndo uniformizados com as camisetas de seus times. Cada um terá sua glória particular, como acontece em todas as corridas; em conjunto, poderão dar novos troféus para seus clubes do coração.

O clube que tiver mais torcedores inscritos na prova ganhará um prêmio; haverá ainda um troféu por índice técnico, que levará em conta o resultado dos dez melhores corredores de cada clube após os 7,5 km de prova.

“Unir a força do futebol com a qualidade de vida que a prática da corrida de rua possibilita, e tudo isso com um toque de irreverência e descontração, é o que a Corrida das Torcidas vai fazer. Queremos mostrar que torcer, fazer exercício, e se divertir, tudo ao mesmo tempo, é possível. Com certeza teremos cenas bonitas e emocionantes proporcionadas pelos nossos corredores/torcedores”, diz Carlos Sampaio, um dos organizadores da prova.

Tomara que ele tenha razão, e que a prova não acabe em pancadaria, como frequentemente acontece quando torcidas rivais se encontram nos estádios (ou mesmo fora deles).

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Descalço, corredor enfrenta lixo e riscos da avenida Brasil

Por Rodolfo Lucena
25/09/12 12:56

Lá me ia eu, feliz e satisfeito no meu treino, descendo a Henrique Schaumann e cruzando a avenida Rebouças sem parar no sinal, quando adentro a avenida Brasil e vejo vir em minha direção um corredor descalço.

Foi o primeiro que vi no Brasil foram de corridas e descontando os corredores fantasiados de índio que participam de algumas provas. Ele vinha com os pés muito brancos pisando naquela mixórdia que o é o chão de São Paulo. Trazia nas mãos seus calçados de corrida, um modelo minimalista, desses que são quase uma segunda pele de tão finos. Por alguma razão, o corredor dispensou até aquela proteção mínima e tratou de jogar a pele contra o asfalto.

Tive poucos instantes para observá-lo, pois corríamos na mesma direção, mas em sentidos opostos, eu em direção ao Iburapuera, ele se preparando para chegar à Henrique Schaumann.

Percebi, porém, que seu tipo físico era diferente do que o que eu costumo ver associado a corredores descalços. Em geral, os vistos em algumas provas nos Estados Unidos são corredores mais velhos, experientes, dedicados a provas duras e de longa duração; de estrutura pequena, são secos e fortes.

Esse de pés brancos era em tudo diferente daquele perfil. Devia ter menos de 35 anos, com estrutura física mais pesada, mas em boa forma. Ainda que não caísse na categoria de gordinho, seu biotipo estava mais próximo do meu do que do biotipo que em geral vejo associado a corredores descalços.

Espero ter deixado claro que não estou dizendo que gordinhos ou pessoas com estrutura corporal mais pesada não correm ou não podem correr descalços; apenas, em geral, os corredores descalços que vi em corridas nos EUA são mais leves e secos.

Gostaria de entrevistar o cara esse visto na avenida Brasil, para entender suas razões, saber o que ele acha que está ganhando com isso e o que vem sofrendo.

Em geral, tenho passado ao largo dessa discussão sobre as supostas vantagens ou desvantagens da corrida de pés nus.

Primeiro, porque me parece uma discussão basicamente incentivada por algumas marcas de calçado esportivo; segundo, porque, quando não é essa a questão, as defesas e ataques não raro ganham tons religiosos, há o time de um lado e o time do outro, e cada um se acha dono da verdade absoluta e com a sagrada missão de evangelizar o mundo para que corra de acordo com seus ditames; finalmente, e não menos importante, porque tudo que li indica que são no mínimo tênues as bases científicas de defensores do minimalismo ou da corrida descalça E a dos seus opositores.

Pelo que já li e conversei com médicos, especialistas em biomecânica e fisioterapeutas, trata-se mais de uma questão de foro íntimo, desejo e fé do que de ciência provada e comprovada.

Há cientistas sérios que acreditam nas benesses da corrida descalça. Conversei com Yannis Pitsiladis, que há anos faz pesquisas genéticas, biomecânicas e sociais entre corredores do Quênia e outros países do leste da África.

Ele acredita que a corrida descalça é um dos fatores que fortalece os pés e pernas dos quenianos e etíopes. Diz mais: acredita que o homem que correr a maratona em menos de duas horas vai fazê-lo descalço –se as marcas de calçados de corrida permitirem. Mais ainda: brigou com o ortopedista de sua filha de 13 anos, que receitou botinhas ortopédicas para os pés chatos da menina; em lugar disso, fez com que ela caminhasse descalça em ares protegidas, exercitando os músculos dos pés. Ainda não tem os resultados, mas confia piamente que vai funcionar.

Mesmo ele, porém, se opõe com veemência a que a gente saia por aí, sem mais aquela, correndo descalço pelo mundo. Os riscos são enormes, tanto pela sujeira e pelos perigos que grassam pelo chão quanto pelo despreparo de nossa estrutura musculoesquelética de seres urbanos e calçados.

Aos que querem testar, Pitsiladis propõe que vão com calma. Procurem, em primeiro lugar, ambiente seguro, grama ou terra; experimentem poucos minutos de cada vez. Nas cidades, corram em parques e praças, fujam das ruas…

Ele acredita que o corredor só terá benefícios com a experiência.

A prática demonstra, porém, que não é bem assim. Novas lesões vêm surgindo –e eu cito de cabeça, de leitura distante–, notadas nos Estados Unidos, onde é maior o movimento de corredores descalços. Eles atingem estruturas que eram protegidas pelos calçados e que, nos pés nus, sofrem impacto direto, como a parte da frente dos pés.

De novo, não há prova definitiva de que a corrida descalça seja, por si só, a causa desses problemas. Pode ser o volume da corrida descalça, o exagero nos incrementos de quilometragem ou a intensidade maior do que a aceitável pelo corpo –ou tudo junto e misturado.

Enfim, o corredor descalço, no asfalto sujo e perigoso da avenida Brasil, me causou surpresa. Não sei se é bom ou ruim ou nem uma coisa nem outra; tenho certeza, porém, de que, se alguém for adotar esse estilo, deve fazê-lo aos poucos. E, se puder, quiser ou lembrar, mande para este blog notícias de seus experimentos.

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Começa revezamento-monstro em Curitiba

Por Rodolfo Lucena
24/09/12 15:52

O circuito é relativamente pequeno, uma volta de cerca de 3.600 m no parque Barigui, em Curitiba. Mas o objetivo é gigantesco: fechar um revezamento de uma semana sem parar, num total de 168 horas corridas e cerca de 1.500 km percorridos.

A prova, que é mais uma grande confraternização e homenagem à corrida, começou ao meio dia do último sábado e terá 168 participantes, cada um correndo ou caminhando no ritmo que lhe for possível.

Há gente de todas as idades, formas e preparo físico. Cada um dá suas pernadas, completa a volta –ou não—e recebe uma medalha de participação.

Com o evento, os organizadores esperam divulgar a prática da corrida e mostrar que em uma semana há muito tempo: qualquer um de nós consegue, se quiser, reservar um pouquinho dessas 168 horas semanais para algum tipo de exercício físico.

Até as 15h desta segunmda-feira, os revezadores já tinham percorrido 512.500 m. A prova vai até o meio-dia do próximo sábado.

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Preço da São Silvestre sobe mais de 30%

Por Rodolfo Lucena
21/09/12 13:20

O preço da inscrição para a São Silvestre não apenas aumentou como aumentou bastante, parece juro de banco.

Como você sabe, a inscrição para o pelotão geral agora custa R$ 120, sem descontos para quem faça seu registro no início do processo, como aconteceu no ano passado.

O regulamento atual afirma o seguinte: “As inscrições para a modalidade PELOTÃO GERAL custa [sic!] R$ 120,00 (cento e vinte reais), de 20 de Setembro de 2012 à [sic!] 30 de Novembro de 2012, ou quando o número máximo de inscritos for atingido.”

Isso significa um aumento de 33% em relação ao preço mais em conta no ano passado, que foi R$ 90,00, conforme a tabela publicada no regulamento da edição de 2011:

“As inscrições para a modalidade PELOTÃO GERAL custarão R$ 110,00 (cento e dez reais), porém se o ATLETA fizer a inscrição de acordo com os períodos abaixo pagará os seguintes valores:

b.1) R$ 90,00 (noventa reais) de 21 de Setembro a 10 de Outubro de 2011.
b.2) R$ 95,00 (noventa e cinco reais) de 11 de Outubro a 31 de Outubro de 2011.
b.3) R$ 100,00 (cem reais) de 01 de Novembro a 30 de Novembro de 2011, ou quando o número máximo de inscritos for atingido.
b.4) R$ 110,00 (cento e dez reais) a partir de 01 de dezembro a 20 de dezembro de 2011, se houver disponibilidades de vagas.”

Mesmo comparando os preços cheios, o aumento foi quase o dobro da  inflação dos últimos 12 meses: de R$ 110 para R$ 120 a alta é de 9% contra uma inflação de 5,31% nos últimos 12 meses –IPCA-esp, IBGE.

Não há, no regulamento atualmente disponível na internet, referência ao pelotão C, da elite dos endinheirados. No ano passado, a inscrição para esse pelotão era de R$ 500,00 ou R$ 800,00 (com um kit especial).

Aliás, o atual regulamento também não traz informações sobre o horário da largada, que, neste ano será na manhã do dia 31 de dezembro.

Mandei e-mail à assessoria da Fundação Cásper Líbero pedindo esclarecimentos sobre o aumento do preço da inscrição. Assim que receber a resposta, ela será incluída nesta mensagem.

Recebi do presidente da Yescom, Thadeus Kassabian, mensagem em que ele informa o seguinte: “Este ano as inscrições estão sendo feitas pela Fundação Cásper Líbero, que sera responsável por fazer o site de inscrições e o sistema de inscrições. O preço, formas e condições de pagamento são decididos exclusivamente pela Fundação Cásper Líbero. A Yescom não tem responsabilidade sobre as inscrições e não  decide o valor”.

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