Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Rodolfo Lucena

+ corrida

Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

Perfil completo

Com emoção e belas imagens, filme busca o espírito da maratona

Por Rodolfo Lucena
17/06/13 10:58

Na semana passada, um grupo de convidados teve a oportunidade de assistir, em Nova York, a uma sessão especial do documentário “O Espírito da Maratona 2”. Infelizmente, eu não estava entre os felizardos, mas encontrei um blogueiro que lá esteve presente e, com base nas informações que ele disponibilizou AQUI, conto um pouco da história para você.

A primeira edição do documentário, lançada em 2008, acompanhou a trajetória de três corredores que se preparavam para participar da maratona de Chicago. Também não vi esse, mas Lauren Johnston afirma que o filme deixava o sujeito doidão, louco para sair do cinema e meter o pé no asfalto.

O segundo bebe nas mesmas fontes. Agora, acompanha sete corredores de diferentes origens –há, por exemplo, um atleta russo de elite e uma corredora de Ruanda— que vão participar da maratona de Roma.

Por que eles correm?, para onde eles correm?, para quem eles correm? são as perguntas que cada um responde com suas passadas. Vi o trailer oficial do filme, que você também pode conferir AQUI, e de fato é emocionante.

Ele demonstra, como nós todos sabemos, que correr não é só corrida. A gente corre para ficar em forma, para melhorar a saúde, para combater o tempo, mas tudo isso acaba ficando para trás quando a gente descobre o que a corrida faz com a gente  e o que a gente faz com a corrida.

Bueno, só espero que um dia eu possa ver cada um desses documentários e tantos outros filmes sobre maratonas que vêm surgindo em vários recantos do mundo e não chegam a nossos cinemas.

Enquanto isso, o melhor é calçar os tênis e queimar o chão, botar o coração para funcionar, que a mente corre atrás.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Livro traz dicas e boas explicações sobre alongamento

Por Rodolfo Lucena
14/06/13 13:13

De vez em quando, publicações especializadas trazem à baila uma suposta polêmica sobre alongamento. Se melhora ou não o desempenho, se deve ou não ser feito antes ou depois dos treinos, se cada exercício deve durar 20 ou 30 segundos, um minuto ou três minutos, se devem ser feitas três repetições ou apenas uma e assim por diante.

Cada posição veementemente defendida busca apoio em pesquisas científicas, o que mostra que não basta um texto ter sido publicado em revista médica para que seja o rei da cocada preta. Para cada pesquisa que diz uma coisa, há uma contraparte que diz outra ou faz referências diferentes.

Pela minha experiência, cada vez que tenho de recorrer à fisioterapia, os especialistas orientam para fazer alongamentos e exercícios específicos, sempre procurando fazer um aquecimento antes do início das atividades. Afinal, os músculos precisam ter alguma flexibilidade para aguentar o tranco do dia a dia e as intempéries da corrida (que, não sendo para buscar alimento ou fugir a algum perigo, é uma coisa totalmente antinatural, como disse com propriedade o doutor Drauzio Varella).

Dito isso, sempre procuro aprender alguma coisa a mais sobre alongamento, mesmo que eu nem sempre coloque o aprendizado em prática (dá uma preguiça). Tenho, é claro, o clássico livro de Bob Anderson, e nos últimos dias venho lendo um lançamento recente no país: “Enciclopédia de Exercícios de Alongamento”, de Óscar Morán Esquerdo.

Espanhol, o autor é professor de educação física e treinador de halterofilismo e fisiculturismo. Seu livro oferece um cardápio diferente do disponível na obra de Anderson, o famoso “Alongue-se”.

Enquanto aquele é totalmente focado nos exercícios, a “Enciclopédia…” traz interessantes prolegômenos, discutindo a teoria do alongamento e fazendo recomendações sobre o processo de alongamento (isso Anderson também faz, ainda que menos extensivamente).

Antes de apresentar os exercícios propriamente ditos, a “Enciclopédia…” mostra o grupo de músculos que será abordado, onde se localizam, sua origem, inserção e principais funções. Também faz comentários sobre elementos a prestar atenção hora de alongar aquele grupo muscular.

Cada exercício, descrito e ilustrado, também é acompanhado por texto de orientação e comentários sobre dificuldades e variações.

Tudo bem bacaninha, com ilustrações grandes e claras, em que se percebem os músculos trabalhados e é possível entender a ação proposta. Eu não formei opinião definitiva sobre a qualidade das ilustrações, que são muito mais elaboradas e sofisticadas que as do livro de Anderson (pelo menos, da antiga edição que tenho em casa). Algumas me pareceram legais, outras grosseiras, mas o que importa é que, como disse, são bem claras, e o leitor percebe onde deve sentir o alongamento.

Há também anexos bem instrutivos, com exceção do primeiro, que apresenta modelos para avaliar a mobilidade do indivíduo. Alto lá, é brincadeira, eu não gostei do teste porque nem tentei fazê-lo, a flexibilidade não é a minha característica mais marcante.

O autor recomenda que cada exercício seja feito em séries de três a seis repetições, cada uma durando de dez a 20 segundos. Propõe sessões de 15 minutos, de três a sete vezes por semana, para quem quiser manter “um nível aceitável” de mobilidade articular. Quem deseja melhorar deve realizar sessões de 15 a 30 minutos, cinco a seis vezes por semana.

Apesar de divulgador do alongamento e de seus benefícios, o autor deixa claro que a flexibilidade tem grau de importância relativo, conforme o esporte praticado –um ginasta precisa ser mais flexível do que um corredor de fundo, por exemplo. Também lembra que, apesar de a flexibilidade ser útil para prevenir alguns tipos de lesão, estas podem ocorrer com qualquer um. Não dá para dizer que pessoas mais flexíveis tenham menor risco de lesão, ressalta.

Tudo isso, é claro, contribui para que nem todos (ou será que poucos?) se dediquem com afinco à tarefa, que “muitos consideram chata” no dizer do próprio autor. Mas, garante, é “essencial para saúde ótima do sistema locomotor”.

Ele diz também que cada sessão deve procurar trabalhar todos os conjuntos musculares. Senti falta, porém, de dicas para montagem das sessões –o livro de A Anderson traz indicações de séries para antes e depois de treinos de acordo com o esporte praticado. Dado o escopo da “Enciclopédia…”, talvez isso não fosse o caso mesmo, mas um anexo com alguns exemplos de sessões de alongamento seriam muito úteis para quem não conta com orientação especializada.

Lançada pela editora Novo Século, a “Enciclopédia…” tem 240 páginas em formato grande (24,5 x 19,5 cm, semelhante ao livro de Bob Anderson) e não é exatamente barata: custa R$ 79,90. Bom, parece que o preço alto é comum aos dois: a edição atualizada de “Alongue-se” custa dez reais a mais.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Começa circuito de corridas baratas no ABCD paulista

Por Rodolfo Lucena
12/06/13 10:28

Se você correr, talvez ainda consiga fazer a inscrição na etapa de São Caetano do primeiro Circuito Popular de Corrida de Rua do Grande ABC.

O evento será realizado neste domingo e oferece corrida de 10 km e caminhada de 5 km.

Quando recebi a informação sobre o evento já havia mais de 2.000 inscritos. Então é preciso correr mesmo. Mas, se você não conseguir vaga e tiver interesse em dar suas pernadas na região do ABCD, não fique triste. Haverá provas, ao longo do ano, em outras seis cidades.

Depois de São Caetano, a competição acontecerá em Rio Grande da Serra (7 de julho), Mauá (11 de Agosto), Ribeirão Pires (15 de setembro), São Bernardo (13 de outubro), Diadema (10 de novembro) e Santo André (1º de dezembro).

As inscrições podem ser feitas pela internet, AQUI ou AQUI. Há também inscrições presenciais: retire a ficha na portaria do Diário do Grande ABC (Rua Catequese, 562, Bairro Jardim, Santo André). O custo para participar de cada etapa é de R$ 20. O atleta que desejar marcar presença nas sete provas pode se inscrever com o preço promocional de R$ 100.

Depois de São Caetano, a competição acontecerá em Rio Grande da Serra (7 de julho), Mauá (11 de Agosto), Ribeirão Pires (15 de setembro), São Bernardo (13 de outubro), Diadema (10 de novembro) e Santo André (1 de dezembro).

E o legal é que vai funcionar como um campeonato: os corredores vão acumulando pontos ao longo da temporada. Ao fim de cada etapa, haverá troféus para os cinco primeiros colocados, masculino e feminino, e medalhas para os que completarem o percurso. Além disso, os 200 primeiros receberão pontuação de acordo com a colocação –o líder ganha 200 pontos, o segundo em diante leva um ponto. Quem somar o maior número de pontos ao término das sete etapas será declarado o vencedor, com direito a troféu especial.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Corredores com fibrose cística participam da maratona de Porto Alegre

Por Rodolfo Lucena
10/06/13 10:10

Diversos corredores com fibrose cística vão participar da maratona de Porto Alegre no próximo domingo. É uma diversão, mas também um testemunho: demonstram que é possível praticar exercícios mesmo tendo a doença. Ou melhor: os exercícios são benéficos para quem enfrenta essa condição.

“A fibrose cística é uma doença genética que afeta especialmente os sistemas digestivo e respiratório. Nos pulmões, a doença provoca o acúmulo de secreções, que acabam por obstruir as vias aéreas, causando infecções e perda progressiva da função pulmonar”, me diz Cristiano Silveira, da Equipe de Fibra, um grupo que reúne atletas que enfrentam a doença.

Ele conta que o projeto, realizado em conjunto com o Instituto Unidos pela Vida, nasceu sob a inspiração da triatleta canadense Lisa Bentley (44), que tem fibrose cística.

“Lisa era professora de matemática em Ontário e recebeu o diagnóstico de FC aos 19 anos. Ao invés de desanimar, o que seria normal para quem recebe um diagnóstico devastador de uma doença progressiva e até hoje sem cura, Lisa decidiu enfrentar o problema desafiando seu corpo. Ela começou a praticar o triatlo em 1990 e dez anos depois chegou ao lugar mais alto do pódio em uma etapa da competição disputada na Nova Zelândia. A partir daí, foram 11 títulos no Ironman. Lisa parou de competir em 2007, mas até hoje sua história inspira as pessoas com FC, acostumadas às restrições médicas”, diz Cristiano.

Organizado já há alguns anos, o grupo de “atletas de fibra”, como eles se chamam, vem participando de provas e divulgando a importância de manter a prática de exercício físico para enfrentar melhor a condição. Para isso, realizam também encontros e palestras.

“No ano passado, levamos o argentino Marcos Marini, primeira pessoa com FC na América do Sul a completar uma maratona, para palestrar para pais e pacientes um dia antes da meia maratona do Rio”, diz Cristiano.

Agora, na maratona de Porto Alegre, além da presença de mais de uma dúzia de atletas nas diversas modalidades (especialmente no revezamento), também haverá uma palestra gratuita.

O evento “O Exercício Físico na Fibrose Cística”, promovido pela Equipe de Fibra em parceria com o Instituto Unidos pela Vida, será realizado no próximo dia 15, sábado, às 14h, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre (Av. Loureiro da Silva, 255 sala 301).

Cristiano será um dos palestrantes, ao lado da atleta “de fibra” Thamiris Sabas, que vem participando de provas regularmente, chamando a atenção dos seus médicos com os ganhos que teve a partir do dia em que decidiu correr. Também vão falar a psicóloga Verônica Stasiak, diretora do instituto; a dra. Janice Lukrafka e a educadora física Inaê Cherobin.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail contato@unidospelavida.org.br ou pelo telefone (0xx41) 9636-9493.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Corredor muda de assunto e indica documentários

Por Rodolfo Lucena
07/06/13 12:27

 

Curtiu o cenário da foto acima? O verde, as montanhas, as árvores, o vale? Em algum cantinho escondido desse mundão, há um riacho que, vez por outra, corta a estrada de chão batido, se entranha na terra e aparece do outro lado, correndo entre pedras, sombreado de verde.

Pois lhe digo: já corri lá. E me emocionei ao ver de novo aquele chão em um documentário  que está agora passando em São Paulo. Trata-se de “Walachai” (foto Divulgação), filme que revisita uma cidadezinha do interior gaúcho. Tal e qual o significado da palavra em alemão, é um “lugar longínquo, perdido no tempo”.

Lá se fala um alemão que já não existe, vive-se do que se planta e ama-se a terra, como registra com poesia a diretora Rejane Zilles, filha daquele rincão. Nada é só bucolismo, porém: a agricultura já não sustenta as famílias, filhos de agricultores procuram lugar nas fábricas da região, a população local envelhece e empobrece.

Vale a pena ver, é a fotografia de um momento do Brasil, além de declaração de amor à terra. Saiba mais sobre o filme clicando AQUI.

Já minha outra indicação para o final de semana não tem nada a ver com corrida, pelo menos à primeira vista. Nos meus longões, deixo o pensamento voar, reflito sobre minha vida, revejo meus planos, confiro saudades. De certa forma, é o que faz a jovem diretora Petra Costa em “Elena”, um documentário que é pura poesia, ainda que cheio de dor.

Quase uma menina, Petra mostra maturidade na composição fílmica de sua busca por explicações para o suicídio de sua irmã mais velha. Não há como não se emocionar e fazer daquele tempo no cinema um momento de reflexão sobre a vida. Saiba mais AQUI.

E do mundo pessoal, partimos para o universal. A terceira indicação deste blogueiro é uma grande reportagem sobre o período mais dramático da história recente do Brasil, o golpe militar de 64.

Filho do jornalista gaúcho Flavio Tavares, que foi militante antiditadura, preso político e exilado, Camilo Tavares queria saber por que nascera no México, e não na pátria de seus pais. O resultado é “O Dia Que Durou 21 Anos”, uma belíssima reportagem em forma de cinema, contando a participação do governo norte-americano no golpe militar de 1964.

Apesar de focado, o filme não faz proselitismo. Deixa que os personagens falem e usa gravações e documentos divulgados pelo próprio governo norte-americano para costurar a história de nossos anos de chumbo.

Sobre o filme, Flavio Tavares escreveu à “Zero Hora”: “Naqueles anos, eu era colunista político em Brasília da ´Última Hora`, o único jornal que não apoiou o golpe, mas não sabia da dimensão e da profundidade da participação direta dos Estados Unidos” (leia AQUI o texto completo).

Já o diretor Camilo afirma, em entrevista à “Folha”: “A gente tem pouca noção de quanto os Estados Unidos interferiram [no golpe]” (leia AQUI o texto completo).

Bueno, é isso. Depois dos treinos e corridas do final de semana, dê um descanso às pernas e vá ao cinema. Aproveite.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Corredora é morta por cães na Califórnia

Por Rodolfo Lucena
05/06/13 11:37

Deixe-me dizer logo de saída: eu adoro cachorros. Tenho um casal de pastores alemães, já tive um são bernardo e uma dogue de bordeaux maravilhosa. Como imagino que todos –ou, pelo menos, muitos– donos de cães, sei que eles podem ser perigosos.

Podem ser mortais.

Para os corredores, cachorros soltos na estrada são um dos perigos mais recorrentes. No interior do Rio Grande do Sul, há uma trilha sensacional para correr, mas dá medo passar por lá, tantos são os latidos ameaçadores.

Em geral, são cães de guarda em pequenas propriedades, e não costumam passar das cercas. E se passarem, eu sempre me pergunto, e carrego uma pedra na mão.

Nunca fui atacado na estrada nem nas ruas de cidades por onde andei, mas conheço corredores que contam tristes e apavorantes histórias de seus encontros com os animais.

Há mesmo quem não sobreviva para contar.

Foi o que aconteceu com uma senhora de 63 anos, que no início de maio fazia seu treino diário por estradas secundárias, pouco movimentadas, na pequena comunidade de Littlerock, no deserto de Mojave, na Califórnia.

Ela foi atacada por quatro pit bulls e sangrou até a morte, apesar de ter recebido algum tipo de ajuda. Uma motorista viu o ataque, buzinou, tentando afastar os cachorros, e chamou a polícia.

Quando os agentes chegaram, ainda havia um cachorro atacando a corredora, Pamela Marie Devitt. O animal fugiu para o deserto, mas voltou em seguida e atacou um dos policiais, que se safou atirando no cão. Mesmo assim, o bicho escapou.

Na região, a polícia descobriu uma plantação de maconha que era protegida por seis pit bulls. O dono foi preso, sob suspeita de ser o responsável pelo cultivo ilegal, e os cães também foram recolhidos. Até agora, porém, não vi notícia se a polícia conseguiu determinar se alguns deles foram os atacantes da corredora. A último informação que vi na internet foi de que estavam sendo feitos exames de DNA.

Às agências de notícias, o viúvo da corredora morta declarou: “Não culpo os cachorros. Culpo as pessoas que não têm responsabilidade no cuidado de seus cães”.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Melhor brasileiro na Comrades pede desculpas por fracasso

Por Rodolfo Lucena
03/06/13 16:53

Multicampeão da maratona da Disney, Adriano Bastos é conhecido dos corredores brasileiros pela alegria com que participa das corridas, pelas fantasias que usa, pela sua roupa de triatlo… Ele enfrentou no último fim de semana o maior desafio de sua carreira: a ultramaratona Comrades, na África do Sul.

Ao longo dos últimos meses, compartilhou em uma rede social a evolução de seus treinos e chegou até a criar uma promoção, oferecendo um prêmio a quem acertasse o tempo que faria na mais famosa e mais populosa ultra do mundo. Esperava disputar o primeiro posto; no mínimo, conquistar uma medalha de ouro, que é direito dos dez primeiros colocados.

Adriano fracassou. Foi o melhor brasileiro na prova, mas ficou longe da marca sonhada, da classificação gloriosa.

Ele não fugiu nem se escondeu. No domingo à noite, publicou em sua página um longo texto em que comenta a prova e analisa seu desempenho. Com a devida autorização, reproduzo a seguir o relato de ADRIANO BASTOS.

“Quero apenas pedir sinceras desculpas a todos que ficaram na expectativa para que eu fizesse um ótimo resultado hoje na Comrades Marathon.

Juro que tentei e dei o meu melhor, mas infelizmente não deu para alcançar o resultado desejado de pelo menos chegar entre os dez primeiros ou finalizar a prova dentro de um tempo digno perto de tudo o que treinei e gerei de expectativa em vocês. Fui derrubado pelas câimbras, que começaram a pegar feio com apenas 35km de prova, e finalizei me arrastando em horríveis 6h52min37seg para o tanto que me preparei.

Digo que a sensação é realmente desanimadora e frustrante, mas a vida e as competições continuam.

O que me restou dessa experiência?

Muita dor muscular, aprendizado com essa prova e essa minúscula medalha Silver (confeccionada em prata pura e maciça), dada a quem completa a prova entre 6h e 7h29min59seg, pequenina mas com valor inestimável por todo esforço e superação que ela representa.

A prova é muito pior do que eu imaginava, o grau de dificuldade dela é insano, nem em sonho imaginei encontrar algo tão difícil e pesado assim. Sobe sem parar durante os primeiros 50 km (com apenas algumas descidinhas rápidas no meio, porém muito declinadas o que detona muito a musculatura), incluindo em vários trechos deste inicio, subidas com inclinações piores e mais extensas que a Biologia, na USP. E depois disso, faltando 37 km, vem uma sequência de sobe e desce um pouco mais suave até faltar apenas 18 km. quando pegamos uma descida enorme e sem fim, para a seguir enfrentarmos uma pesadíssima subida com quase 3km de extensão, desce novamente bem inclinado para enfrentar a ultima subida pesada da prova, literalmente uma Biologia com quase 2 km de extensão, ela termina faltando 7km para o fim. Depois disso tem mais um pouco de sobe e desce e os últimos 3km da prova termina descendo.

Realmente subestimei a prova e ficou claro minha incapacidade de corrê-la pensando em vitória. No máximo dá para pensar em chegar entre os dez primeiros, e isso realmente seria possível se não fossem as caibras que me forçaram a caminhar durante muito tempo. O décimo colocado finalizou em 5h51min, já o campeão em absurdos 5h32min, e eu senti na pele o que significa tentar correr essa prova para um tempo desses, só para super-homens mesmo.

Já completei um Ironman em Porto Seguro com 40°C na cabeça, em 1998, e digo que que as nove horas daquele Ironman foram fichinha perto das 6h de sofrimento aqui.

Sem falar o calor totalmente atípico neste ano e um vento contra fortíssimo, que fazia a musculatura sofrer ainda mais. Normalmente a temperatura fica em torno de 15°C no decorrer da prova, e neste ano largamos já com 20°C às 5h30 da madrugada, e com 2h de prova a temperatura já estava em 30°C. Muita gente quebrou e passou mal, inclusive os favoritos. Dos 18 mil inscritos, apenas 10 mil completaram.

Larguei na elite e de cara passamos o primeiro km para 3min23, depois o ritmo deu uma estacionada e ficou entre 3min35 e 3min45, subindo. Quando a subida era muito ingrime, o ritmo subia para 4min10.

Corri no pelotão principal junto com líderes até o km 25, em uma média de 3min45/km. Foi quando enfrentamos a primeira subida realmente pesada da prova, a Fields Hill, uma subida inclinada como a Biologia e com 4 km de extensão. Um grupo de cerca de 30 atletas forçou o ritmo e foi embora; eu fiquei no segundo pelotão, que tinha uns 60 atletas.

Naquela subida as minhas pernas e minha cabeça pediam pelo amor de Deus para eu andar, mas me mantive firme correndo. Eu via o grupo principal cada vez mais distante, pensava que não podia desanimar, que precisava continuar ali fazendo o meu ritmo e acreditando numa quebra dos atletas que estavam na frente.

Passei a correr num buraco, com apenas mais três ou quatro atletas ao meu lado. Ao finalizar a subida, a média já tinha caído para 3min49/km. Os 29 km iniciais só subindo me detonaram muito mais rápido do que imaginava e senti as pernas já começarem a pesar e o ritmo subir.

Cheguei à placa de 52km (com 35 km de prova; na Comrades, as marcações de km são regressivas, a largada é km 87 e assim vai regredindo mostrando quanto falta) com a média já em 3min52/km. Aí veio o pesadelo: comecei a sentir câimbras na musculatura posterior das duas coxas e daí em diante tive que parar várias vezes para relaxar a musculatura e alongar.

A musculatura dava espasmos repentinos, causando dores insuportáveis e até me fazendo gritar em alguns momentos. Um desses momentos aconteceu diante de um posto de abastecimento e apoio e rapidamente chegaram em mim dois médicos que subiram minha bermuda e começaram a massagear meus dois posteriores com pomada e gelo. Fiquei ali parado por quase um minuto.

Enquanto isso vários atletas que tinham ficado para trás começaram a me passar. Quando voltei a correr, continuei a ser ultrapassado.

Imaginem essa situação acontecendo com mais 52 m de prova pela frente e com MUITA subida a enfrentar ainda. Fui tentando administrar essa situação e ainda conseguindo manter a média abaixo de 4min/km, mas, faltando 40 km de prova, entortei de vez. As várias paradas ocasionadas pelas câimbras e a retomada seguinte da corrida foram minando a musculatura. Cada vez que voltava a correr, voltava mais travado e com novas dores musculares e articulares na região da virilha.

Ao atingir a placa de 34km para o final, as câimbras vieram numa intensidade muito forte, me forçando a caminhar muito mais do correr, passei a fechar cada km para 6min ou mais. Isto se manteve até a placa de falta 25 km, quando nem trotar conseguia mais. Simplesmente caminhei da placa 25km até a placa 19km, não tinha como correr.

Caminhei durante 1 hora, cada km era percorrido em exatos 10 minutos, nunca imaginei passar por isso numa prova. Por varias vezes passaram por mim vans que recolhiam os atletas desistentes, e por varias vezes pensei em entrar numa delas e desistir de completar a prova. A sensação física de esgotamento e câimbras seguidas faziam a cabeça trabalhar totalmente contra, mas eu não podia fazer isso de forma alguma por dois simples motivos, o primeiro por respeito a todos torceram por mim, que acompanharam toda minha preparação nos últimos meses e ficaram na expectativa ai no Brasil ou mesmo aqui enquanto corriam a prova também. O segundo motivo para honrar a promoção que criei na minha página do Face e por respeito a todos que participaram e deram seus palpites, eu precisa premiar dignamente um de vocês. Foi uma semana inteira de auê em cima desta promoção, fazendo uma baita divulgação, interagindo com todos e recebendo mais de 2 mil palpites, para simplesmente eu desistir e não completar a prova. Não, de forma alguma!!!

Naquele momento coloquei na cabeça que iria até o fim nem que fosse caminhando mesmo. Pensar em tudo isso e nas pessoas que ficaram na torcida, foi o que me fez ter o compromisso de continuar ali na prova. Enquanto caminhava, em cada posto de abastecimento (tinha um a cada 1.600m) comia batata cozida com sal e tomava refrigerante e isotonico e isso foi estabilizando meu organismo e a contração muscular.

Depois da placa de 19 km percebi um alivio na musculatura, arrisquei e consegui voltar a correr, mantendo média entre 4min15 e 4min30 nas descidas e subidas mais leves e de 5min nas subidas mais pesadas. Consegui subir correndo e sem caminhar as duas últimas e mais temidas subidas, a Little Pollys e a Polly Shortts.

Depois da Polly Shortts, quando pegamos um trecho longo de descida inclinada, começou a dar caibras novamente, tive que caminhar mais uma vez por aproximadamente 1 minuto até que veio uma moça oferecer ajuda, passando uma pomada no posterior da minha coxa e então aliviou a caibra e consegui retomar a corrida até o fim.

Ficou claro que errei feio ao tentar ir no ritmo do primeiro pelotão sem conhecer a realidade da prova, mas no meu caso, que estava ali pensando na vitória, precisava correr esse risco. Estavam ali no pelotão simplesmente o vencedor de 2011 e vencedor de 2012. No começo estava muito fácil correr junto com eles, mas depois de 25 km de prova, quando eles apertaram o ritmo de verdade em plena subida mais pesada da prova, ficou nítida a superioridade desses atletas.

Se eu volto para esta prova, sinceramente não sei. Depois do que passei hoje, neste exato momento digo que essa possibilidade está em 0%. Abri mão de muitas provas no Brasil neste primeiro semestre para concentrar meus treinos para essa prova e chegar aqui e não fazer nem metade do que eu esperava fazer e conquistar.

A única coisa que sei é que para conhecer a realidade dessa prova e saber seu real grau de dificuldade somente estando aqui para sentir na pele. Agora que sei, poderei pensar melhor se vale a pena mesmo voltar pra cá tentando usar uma estratégia mais conservadora. Hoje, por não conhecer a prova, dentro da minha realidade, não respeitei o ritmo inicial como deveria.

Obrigado a todos e vamos em frente!!!”

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Corrida da Diversidade enche de cor o centro de São Paulo

Por Rodolfo Lucena
31/05/13 12:30

No dia da Diversity Run, a Corrida pela Diversidade Humana, as drag queens não apareceram para participar da Corrida do Salto Alto, que faria a preliminar da prova principal. Mas uma representante dos transformistas fez bonito como mestre de cerimônias do evento, realizado ontem no centro de São Paulo.  Contando piadas, fazendo brincadeiras com os corredores, ela animou a tarde cinzenta antes da largada da prova, que passa a fazer parte do programa do Mês do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis).

“Fui escolhida porque tenho experiência de correr da polícia”, disse a drag Queen, montadona em um vestidão vermelho. E logo se apresentou ao público: “Meu nome é Ioiô Vieira, sou muito conhecida aqui no centro como Mulher feijoada, aquela que já vem com linguiça…”

Com bom humor, foi chamando os corredores para se posicionarem para a largada: “O Centro é nosso!”, dizia, enquanto festejava: “Estou vendo muito hétero por aí, isso é bom para o movimento gay”. Logo os cerca de 300 participantes estavam prontos para a partida, e Ioiô chamou outra famosa drag queen para fazer a largada da primeira Diversity Run.

A madrinha da prova foi Márcia Pantera, que também fez breve discurso para a turma e declarou abertos os trabalhos, liberando a passagem dos atletas pelo pórtico enfeitado com balões nas cores do arco-íris.

 A partir daí, ninguém mais se importava com opção sexual de quem quer que fosse: todo mundo saiu queimando o chão (foto Joel Silva/Folhapress).

Eu mesmo fiz o primeiro dos 7 km da prova em 5min42, coisa que ultimamente não faço nem em treino de tiro. Me entusiasmei, mas também fiquei triste, percebendo o quanto estava precisando me esforçar para manter um ritmo que, há alguns anos, era a minha velocidade de cruzeiro e maratona.

Aqui, porém, se tratava de coisa pequena. O percurso tinha uma sequência de idas e vindas pelas ruas do centro, passando pela Conselheiro Crispiniano, Barão de Itapetininga, 7 de Abril, 24 de Maio e até por um trechinho da avenida Ipiranga, entre outras (veja o mapa abaixo).

É legal ver o Centro se abrir para uma atividade esportiva, ainda mais em feriado e com uma prova que teve preço acessível –pelo menos, bem mais barata que as inflacionadas corridas da moda. Em contrapartida, também ficam expostas as mazelas da cidade, a sujeira das ruas, o calçamento arrebentado, o asfalto mal acabado.

Bastou sair do calçadão, onde há mais movimento, e já nos demos de cara com um grupo de craqueiros estirados na soleira da porta de uma loja fechada na 7 de Abril. Com a ação da polícia na Cracolândia, os usuários de drogas vêm se espalhando por várias outras ruas próximas.

Alguns abordavam corredores –em geral, mulheres–, pedindo água ou qualquer coisa. Mas, apesar de notar o receio dos corredores, não cheguei a ver nenhum ato de violência. Ao contrário, um garotão vestido em farrapos, carregando uma garrafa com um líquido branco, tentou acompanhar os atletas, todo interessado.

“De quanto é essa corrida”, perguntou a um sujeito que corria perto de mim, para ouvir a resposta assustadora (e inverídica): “Dez quilômetros”. O garoto ainda deu uns três ou quatro passos fingindo correr e desistiu, saiu massageando o quadril e dizendo qualquer coisa que não deu para ouvir…

Minha primeira volta –seriam três no total—no curto percurso foi muito rápida para meus padrões, e tratei de começar a reduzir o ritmo, com medo de não aguentar, mesmo considerando que a prova não era muito longa. Caminhei um pouquinho nos postos de água e voltei à carga, diblando obstáculos, como caçambas lotadas de lixo de obras que tomavam conta da calçada na Barão de Itapetininga.

Apesar da prova festiva, havia pouca gente de fantasia. Um ou outro usava algum adereço, como a moça que levava uma peruca colorida (foto) e um rapaz que se vestiu de anjo –ou, pelo menos, usava asas e levava sobre a cabeça um halo de santo. No mais, roupas comuns de corrida e uniformes de equipe –a Guarda Civil Metropolitana tinha o grupo mais numeroso no evento, com 17 corredores.

E assim transcorreu, sem maiores dramas ou emoções, a primeira Diversity Run. O vencedor foi Cleyton Batista, que completou em 21min09s84. A campeã foi Andrea Keila Galvão, com 22min09s90. Este seu blogueiro fechou em 37min42, num média de 6min15 por quilômetro –segundo meu GPS, o percurso teve 6 km, e não 7km. Mesmo assim, tá bom demais da conta.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Velocidade incrível: sete corredores sub27min disputam 10.000 m nos EUA

Por Rodolfo Lucena
29/05/13 10:30

Deu para a Fórmula 1. Se você gosta de altíssima velocidade, tem de ficar ligado na corrida de 10.000 m que vai ser disputada nesta sexta-feira, nos Estados Unidos. Evento integrante do meeting Prefontaine Classic, que faz parte do circuito Liga Diamante, a prova terá nada menos que sete (!!!) corredores que já completaram a distância em menos de 27 minutos.

Puxando o pelotão, nada menos que o recordista mundial, Kenenisa Bekele, cuja marca é de 26min17s53. O etíope de 30 anos também é recordista dos 5.000 m em pista e em ginásio.

Um de seus desafiantes sub27 é o britânico Mo Farah, campeão olímpico dos 5.000 m e dos 10.000 m. Apesar de sua nacionalidade, muitos o encaram como prata da casa, pois ele treina sob a orientação do ex-recordista mundial da maratona Alberto Salazar, figurinha carimbada nos campos de Eugene, onde será realizado Prefontaine Classic.

Mas todo mundo é fera: não tem nem unzinho que seja com marca pessoal igual ou superior a 28 minutos. É todo mundo sub28. Se você quer saber como ficariam os brasileiros nessa parada, basta dizer que a melhor marca nacional neste ano é de 28min23s89, de Giovani dos Santos.

A Bandsports tem transmitido ao vivo as competições da Liga Diamante, mas ainda não recebi a programação oficial para saber exatamente os horários das transmissões e o que vai ser acompanhado. O Prefontaine Classic é disputado em dois dias, na sexta e no sábado, e o site oficial você visita clicando AQUI.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Quarentão, Hailé começa a colecionar recordes na faixa etária

Por Rodolfo Lucena
27/05/13 14:39

Ex-recordista mundial da maratona e dono de trocentos recordes mundiais nas mais diferentes distâncias –na última conta, se bem me lembro, eram 27…–, o etíope Hailé Gebrselassie mostrou no último domingo, na Grã-Bretanha, que ainda tem pernas para deixar a molecada nervosa…

Para quem pergunta, brincando, se Hailé é hoje empresário, político ou atleta, o “velhinho” respondeu no asfalto: completou 10 km em 28 minutos cravados, chegando em aplaudidíssimo terceiro lugar na prestigiosa Bupa Great Manchester Run.

Ele derruba, assim, o recorde para cidadãos de 40 anos ou mais; a marca anterior, 28min51, fora estabelecida em 2003 pelo português Paulo Catarino.

E não é que o etíope tenha ficado deitado no meio do pelotão aguardando a hora de disparar. Pentacampeão dessa prova, ele saiu com tudo, liderando o primeiro pelotão na passagem pela metade da prova; após o sexto quilômetro, tentou escapar, mas não deu para ele.

Mesmo assim, o pelotão definhou e Hailé ficou no encalço dos dois primeiros, que foram se digladiando até o fim, sem abrir muita vantagem em relação ao novo recordista master. Moses Kipsiro, de Uganda, conseguiu pernas suficiente para bater o queniano Wilson Kipsang por apenas um segundo, vencendo em 27min52.

No feminino, a etíope Tirunesh Dibaba estabeleceu novo recorde a prova e melhor marca do mundo neste ano ao vencer com 30min49.

Só para comparar: o melhor tempo brasileiro deste ano, nos 10 km, é de Gilmar Silvestre Lopes, que tem 24 anos e correu a distância em 30min01. No feminina, a marca é de Rosangela Raimundo Pereira Faria, de 38 anos: 36min35.

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
Posts anteriores
Posts seguintes
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailrodolfolucena.folha@uol.com.br
  • FacebookFacebook
  • Twitter@rrlucena

Buscar

Busca
Publicidade

Tags

rocinha corrida rodolfo ocupação morro do alemão video rocinha dondocas tv folha são silvestre adriana aparecida rodolfo lucena rocinha rio de janeiro
  • Recent posts Rodolfo Lucena
  1. 1

    A despedida do blogueiro

  2. 2

    A música da maratona

  3. 3

    Tênis da Nike falha, e queniano vence em Berlim com bolhas e sangue nos pés

  4. 4

    Segundão agora tenta o recorde mundial na maratona de Berlim

  5. 5

    São Silvestre abre inscrições a R$ 145

SEE PREVIOUS POSTS

Arquivo

  • ARQUIVO DE 01/11/2006 a 29/02/2012

Blogs da Folha

Categorias

  • Geral
  • Vídeos
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).