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Rodolfo Lucena

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Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Com neve e tudo, brasileiro aquece os músculos para a maratona de Tóquio

Por Rodolfo Lucena
17/02/14 11:21

As tempestades de neve que atingem o Japão já provocaram pelo menos 12 mortes, além de prejuízos gigantescos, até agora não calculados. Para um grupo de mais de 30 mil maratonistas, surge uma questão mais mundana: será que a maratona de Tóquio vai ser mantida? A prova está marcada para a manhã do próximo domingo (noite de sábado aqui no Brasil) e deverá ter diversos brasileiros na linha de largada.

Um deles é CARLYLE VILARINHO, que mora em Brasília e mandou o texto abaixo sobre sua preparação e suas expectativas para a prova. A mensagem foi escrita no último sábado, antes de ele viajar para Tóquio, onde já chegou e está bem, como mostra a foto abaixo (arquivo pessoal). Sem mais delongas, vamos ao texto de VILARINHO, especial para este blog.

16blogvaleesta“Antes de me inscrever para qualquer prova a primeira coisa que faço é buscar informações básicas sobre a mesma. Isto é: altimetria do percurso; logística e custo para chegar à cidade da prova; e clima e temperatura no dia da prova.

“Segui esse ritual antes de me inscrever para a Maratona de Tóquio.  A altimetria me parece ótima, bastante plana, como gosto. O percurso é bastante curioso, passando por bairros de arquitetura antiga, contemporânea e futurística.

“A logística e o custo da viagem não são nada assustadores. O tempo da viagem é longo, mas não muito maior que uma viagem Brasília-Santiago do Chile. A diária em um hotel Ibis em Tóquio, na região de Shinjuru, bairro moderno, jovial e de vida noturna,  é menor que no Ibis de Botafogo (RJ) ou do mesmo Ibis São Paulo Morumbi.  Não como, não comerei,  não recomendo, mas um Big Mac por lá custa a metade do preço que aqui no Brasil. Clique AQUI para ver o índice Big Mac da revista britânica “The Economist”  .

“Então temos a temperatura e o clima. Séries históricas indicam temperatura ente 2°C e 10°C no dia da prova. Para mim, que gosto de correr no frio, perfeito. Acontece que  nosso planeta Terra esta passando  por severas mudanças climáticas. Em 2012 a Maratona de Nova Iorque teve que ser cancelada devido aos efeitos e estragos provados pela tempestade Sandy.

“Agora, duas semanas antes da Maratona, todo o Japão é fortemente castigado pela maior nevasca dos últimos 50 anos. Isto me diz respeito. Estou com inscrição assegurada para essa maratona, muitos quilômetros rodados, madrugadas de sábado nas ruas escuras de Brasília. Tenho fé. Estarei em Tóquio. Vou correr, fazer bom tempo e mostrar para vocês aqui no blog do Lucena  minhas impressões sobre essa maratona.

“Meu voo é Brasília-Atlanta-Narita. Também Atlanta está sob forte nevasca, com centenas de voos cancelados.  Estou otimista. No que diz respeito ao clima, o pior já passou.

“A história da Maratona de Tóquio é bastante recente.  Começa em 2007;  em 2013 ingressou  no seleto clube da World Marathon  Majors,  juntamente com Nova Iorque, Chicago, Boston, Londres e Berlim.

“Para correr a Maratona de Tóquio, primeiramente me inscrevi na loteria e uma vez sorteado efetuei a inscrição. A inscrição para a loteria acontece de 1º a 30 de agosto de cada ano. No principio de outubro sai o resultado, o candidato é informado e, se contemplado, tem dez dias para efetuar a inscrição definitiva, que custa 12.000 ienes  (equivalente a R$ 280). Para este ano de 2014, na loteria houve 300 mil  candidatos às 36 mil vagas disponíveis para a prova. Não posso afirmar,  creio que exista uma outra seleção para candidatos não residentes, afinal é a segunda vez  que sou sorteado. Quando chegar agosto, se inscreva. O link é este AQUI.

“Para esta edição de 2014, os organizadores convidaram para a elite os corredores Abel Kirui, queniano, 31 anos, bicampeão mundial da maratona ( Berlim 2009, 2h06min59, e Daegu 2011, 2h07min49). Outro convidado, Tadese Tola, etíope, 26 anos, vencedor da meia maratona de Nova Iorque 2008 e 2009, vencedor da maratona de Paris 2010.  O recorde do percurso pertence a Denis Kimetto,  2h06min50, em 2013, mas neste ano ele  não correrá por lá. Quem vai  tentar bater este tempo é o também queniano  Geoffrey Kipsang, de 21 anos, que estreou na maratona de Berlim em 2013 com 2h06min12.

“Dos corredores japoneses de elite estarão os representantes do pais na Olimpíada de Londres, Arata Fujiwara e  Kentaro Nakamoto .

“Entre as mulheres a grande favorita é queniana  Lucy Kabuu Wangui, que tem 2h19min34 na maratona de Dubai. Outra candidata é a etíope   Tirfi Tsegaye, cujo melhor tempo é 2h21min19, segundo lugar na maratona de Berlin 2012.

“Este pangaré que aqui escreve deseja se divertir bastante, curtir muito a prova e, se possível, terminar em torno de quatro horas. Depois tomar cerveja Sapporo e comer muito sushi.

“Para entrar no clima, você pode acompanhar a prova pela internet, às 21h10h (hora de Brasília, no sábado, 22). O site é este AQUI.”

 

 

 

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Queniana bate recorde da meia maratona e mira marca de britânica na maratona

Por Rodolfo Lucena
16/02/14 11:18

Onze anos depois de a britânica Paula Radcliffe ter corrido a maratona em então impensáveis 2h15min25, parece que finalmente seu recorde corre o risco de ser ameaçado.

A queniana Florence Jebet Kiplagat venceu hoje a meia maratona de Barcelona com 1h05min12, estabelecendo novo recorde mundial para a distância e se apresentando como forte candidata a bater a marca de Radcliffe na distância mais longa.

O melhor tempo do mundo na meia maratona, até hoje, era da também queniana Mary Jepkosgei Keitany, que havia cravado 1h05min50 em Ras Al Khaimah em 18 de fevereiro de 2011.

A largada se deu em boas condições para correr:  temperatura de 13 graus Celsius e 64% de umidade relativa do ar.  Kiplagat, que vai fazer 27 anos na próxima semana, largou séria, disposta a conquistar a marca. Passou o km 5 em ritmo de recorde, com 15min48, e ainda acelerou, cruzando pela marca do km 10 em 31min07.

Duas vezes campeã mundial (cross country 2009, meia maratona 2010), ela conseguiu sustentar o esforço no km 15 (46min35); quando passou pela marca de 20 km com 1h01min56, era evidente que conseguiria quebrar o recorde mundial de sua compatriota.

A grande questão agora é: será que ela consegue transferir esse poder para a maratona? Até agora, sua melhor marca na distância mais longa é de 2h19min44, estabelecida em 2011.

A julgar por suas passagens quilômetro a quilômetro, seria relativamente fácil chegar ao recorde da maratona. Acontece que são outros 21 km a serem percorridos e dificilmente alguém consegue manter seu máximo por tanto tempo. Talvez fosse preciso reduzir um pouco o ritmo dos primeiros quilômetros para conseguir desafiar a marca de Paula Radcliffe.

Consultei duas calculadoras automáticas de tempo e nenhuma acredita em novo recorde, baseado no tempo atual de Kiplagat. Essas calculadoras são programas que fazem previsão de tempo final em uma determinada distância com base em a) tempo em alguma outra distância; e b) estimativa de perda ou  melhora de desempenho conforme a distância a calcular seja maior ou menor.

Na calculadora usada pelo site Marathon Guide, o tempo previsto para Kiplagat na maratona é de 2h16min33. Menos conservadora, a calculadora da revista norte-americana “Runner`s World” prevê tempo final de 2h15min56 na maratona, considerando o recorde de Kiplagat.

Claro que isso é apenas um exercício de matemática válido para conversa de bar ou papo de pós-prova em domingo nublado. Quando Paula Radcliffe estabeleceu o recorde mundial da maratona, em Londres em 2003, ela passou a meia maratona no “altíssimo” tempo de 1h08min02.

Pelas calculadoras que usei, ela jamais conseguiria terminar a prova nem sequer em menos de 2h21 (2h21min50 segundo a calculadora da RW; 2h22min29 segundo a do MG). Como se sabe, porém, a britânica fez um belíssimo split negativo (jargão de corredor para dizer que correu a segunda metade da prova em menos tempo que a primeira) e terminou em 2h15min25, marca que deve completar 11 anos em abril próximo (duvido que caia antes disso).

Apenas para exercício, deixo a seguir as passagens de Florence Kiplagat hoje e de Paula Radcliffe em 2003. Os únicos dados comparáveis que tenho são as marcas do km 10, do km 20 e da meia maratona.

10 km:  31min07 – 32min01

20 km: 1h01min56 – 1h04min28

Meia maratona: 1h05min12 – 1h08min02

Dá para perceber como a queniana (número em letras mais grossas) voa em comparação com a britânica. Será que, numa futura maratona, conseguirá manter o ritmo? Quem viver verá.

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Pesquisa inédita mostra perfil de corredoras brasileiras

Por Rodolfo Lucena
14/02/14 10:01

Acabo de receber um resumo da pesquisa DNA de Corredora 2014, baseada em 5.267 questionários respondidos via internet. As mulheres entrevistadas responderam a uma bateria de 54 perguntas. Além disso, houve entrevistas presenciais, em que foram ouvidas corredoras individualmente e em grupo.

O resultado é bem interessante, ainda que eu acredite que especialistas em estatística vão dizer que eles não podem ser extrapolados para o universo das corredoras brasileiras.

Basta ver as faixas de renda para perceber que o universo de corredoras ouvidas está longe de representar a situação brasileira (27% das entrevistas têm renda familiar superior a R$ 9.745).

De qualquer modo, é uma amostragem muito grande; no mínimo, temos um perfil das entrevistadas, o que já é alguma coisa, considerando a falta de estatísticas sobre o mundo das corridas no Brasil.

Então vamos a alguns resultados, começando pelo perfil socioeconômico. A maior parte (45%) tem renda familiar de R$ 1.734 a R$ 7.495. Até aí morreu o Neves, como diria o outro, pois a pesquisa cria uma faixa gigantesca; para ser coerente com as demais faixas usadas, essa deveria estar dividida em pelo menos três grupos.  As outras faixas são até R$ 1.085 (4%); de R$ 1.085 a R$ 1.734 (9%); de R$ 7.475 a R$ 9.745 (15%) e a já citada acima de R$ 9.745.

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As corredoras entrevistadas são jovens adultas e têm alto nível de escolaridade: 40% fizeram pós-graduação, 6% têm mestrado e  2% doutorado; apenas 1% das ouvidas têm somente o ensino fundamental. A maior parte (49%) tem de 35 a 45 anos; a segunda faixa etária mais frequente (37%) é a de 25 a 35 anos.

As corredoras são relativamente novatas no esporte: 27% correm há menos de um ano, 34% já praticam esporte há entre um e três anos. Uma em cada cinco é veterana: corre há mais de cinco anos.

Quase um terço (28%) pratica o esporte até duas vezes por semana, mas a maioria disparada é mais assídua: 62% das corredoras ouvidas vão às ruas ou à esteira de três a quatro vezes por semana.

A julgar pela pesquisa, o que elas querem é melhorar a qualidade de vida (49%), sem deixar de buscar a beleza (17% têm como objetivo moldar o corpo). Apenas dois por cento treinam com objetivo absolutamente competitivo, para participar de provas.

A maioria quer ficar longe das quatro paredes quando pratica seu esporte predileto: 40% vão às ruas e 19% escolhem treinar em parques como palco predileto de ação. Elas são rigorosas em sua dedicação à melhoria de qualidade de vida e preparação física: mais de 60% seguem algum tipo de dieta e 75% frequentam academia para fortalecer a musculatura.

A maioria é independente =64% não usam os serviços de assessoria esportiva, buscando informações em sites e portais de corrida.

E gostam de participar de provas (apesar de, como visto acima, apenas 2% terem dito que treinam para melhorar o desempenho em corrida). Das entrevistadas, 22% participaram em de cinco a seis corridas no ano passado, e a mesma percentagem chutou o pau da barraca, correndo mais de dez provas no período.

Elas preferem provas de 5 km (42%) e de 10 km (34%); com 10% das preferências, a meia maratona é o tipo de prova que mais deve crescer nos próximos anos, na avaliação dos analistas da empresa Marketing Iguana Sports, que realizou a pesquisa (as imagens aqui expostas são da apresentação da pesquisa). Elas também gostam de provas exclusivas: 78% já participaram de corridas femininas.

14dna2

Como as respostas anteriores atestam, a universo das atletas femininas ainda é de corredoras em evolução, que estão se testando em distâncias cada vez maiores. Por isso, não é surpresa o fato de que apenas 31% das ouvidas já participaram de meia maratona. Já a maratona propriamente dita ainda é um objetivo distante para a imensa maioria: apenas 6% das entrevistadas já correram os míticos 42.195 metros. E, a julgar pelas respostas anteriores, não devem se dedicar tão cedo a essa distância.

Enfim, esses são alguns dados da pesquisa, que é muito bem-vinda. Apesar de obviamente não ser um retrato do universo das corredoras brasileiras, parece ser uma boa amostragem das atletas que vemos nas ruas, nos parques e, especialmente, nas corridas de rua. Tomara que ajude as empresas da área a conseguirem patrocínios para mais e melhores provas.

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Conheça as dez melhores maratonas do mundo

Por Rodolfo Lucena
12/02/14 11:09

A melhor maratona do mundo é a próxima que você for fazer, na minha não solicitada opinião.

Há divergências, porém, e a internet pulula de listas de “dez melhores” de acordo com os mais diversos critérios –tamanho, beleza do percurso, grau de dificuldade e outros tantos.

A famosa revista “Forbes”, de economia, negócios e dinheiro em geral, fez uma lista de dez  maratonas que valem a viagem –o ranking integra seu guia anual de turismo.

A lista não é apresentada em ordem de qualidade, já que todas são excelentes, na opinião do pessoal que fez o ranking. A apresentação é cronológica. Vamos a elas. Boa parte já deve estar lotada, mas vale conferir a lista para planos futuros…

Napa Valley Marathon, 2 de março  –está muito em cima da hora, mas, se alguém estiver de banda nos EUA pode tentar dar um pulinho lá…

Maratona de Paris, 6 de abril — Ula-lá!! Essa costuma ter brasileiros a rodo.

Maratona de Londres, 13 de abril – Marílson Gomes dos Santos e Paulo Roberto de Almeida Paula vão estar lá representando o Brasil na elite internacional dos maratonistas

Maratona de Boston, 21 de abril – a edição deste ano será uma das mais bacanas da história, a julgar pela lista de corredores de elite

Big Sur International Marathon, 27 de abril –para mim, a mais linda e gostosa maratona do planeta; as inscrições acabam muito cedo. Se você se interessar, fique de olho a partir de agosto ou setembro deste ano

Maratona de Vancouver, Canadá, 4 de maio –gostei muito da edição do ano passado, porém, faltou água nos postos dos km 33 e 36 (aproximadamente)

Maratona da Grande Muralha da China, 17 de maio –destino imprescindível para os maraturistas, exige a compra de um pacote turístico com a inscrição; quando fiz, fui o único brasileiro na maratona, que hoje está mais conhecida

Marathon de la Baie du Mont Saint-Michel, 25 de maio –essa bem que eu gostaria de fazer

Big Five Marathon, Limpopo, África do Sul, 21 de junho –maratona e safari num só evento; já está lotada neste ano

Maratona de Atenas, 9 de novembro –segue o percurso oficial da Olimpíada de 2004; quando fiz, estava um calorão dos infernos;  em novembro, é esperado que a temperatura esteja mais amena

O texto da “Forbes” traz várias informações sobre turismo em cada um dos locais citados e ainda, em alguns casos, dá dicas de hotéis sofisticados. Para conferir o texto original, em inglês, clique AQUI.

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Fazer exercício ajuda a envelhecer melhor e viver mais

Por Rodolfo Lucena
10/02/14 14:14

Alguns de nós, corredores, acabamos parecendo evangelistas, apóstolos de determinadas ideias. Saímos por aí tentando convencer os outros de que a razão é nossa: correr descalço é a solução, fazer a dieta paleolítica é o ó do borogodó, virar vegano é o caminho para a salvação e outras afirmações absolutas a que faltam corroboração científica e o saudável benefício da dúvida.

Cá comigo, eu prefiro não advogar para nada. Por experiência própria, sei o quanto fazer exercício ajuda a melhorar a qualidade de vida. Sei também o quanto pode piorar a qualidade de vida (meu rosário de lesões fala por si só).

Quando nós falamos de exercício não necessariamente estamos nos referindo à mesma coisa de que médicos e cientistas falam quando mencionam os benefícios da atividade física ou da vida ativa. Para mim, exercício é correr percursos encabritados durante umas duas horas, quatro a seis vezes por semana. É como me sinto bem, o corpo sua e a mente voa.

Não é um critério médico, como se pode perceber por um dos mais recentes e amplos estudos sobre o impacto da atividade física na saúde e da longevidade das pessoas. Trata-se de um trabalho publicado na edição deste mês do “British Journal of Sports Medicine”, revista especializada em medicina esportiva, em que os artigos só são aceitos depois de revisados por uma junta de revisores qualificados.

A pesquisa usou informações de uma gigantesca base de dados médicos da Grã-Bretanha, o English Longitudinal Study of Ageing, que estuda o envelhecimento de dezenas de milhares de pessoas ao longo de década, Para avaliar o efeito da atividade física no envelhecimento, os pesquisadores selecionaram 3.454 homens e mulheres de 55 a 73 anos, que se declararam saudáveis no ano-base da pesquisa (2002/2003).

Eles foram separados em dois grupos, o de sedentários e o dos que tinham atividade física. Estes não eram necessariamente ultramaratonistas nem jogadores de futebol de fim de semana, tenistas amadores ou caminhantes dedicados.

Nada disso. Para se enquadrar na lista de não sedentário, bastava uma hora por semana de exercício moderado ou vigoroso. O exercício não precisava ser algo formal (corrida, aulas de ginástica, caminhada, natação); atividades como jardinagem, lavação de carro ou dança de salão já são suficiente para o sujeito ser considerado fisicamente ativo.

Feito isso, os pesquisadores voltaram a analisar as informações do mesmo grupo oito anos depois –ou sejam, quando tinham de 63 a 81 anos. Quantos morreram, quantos ficaram vivos e, dos vivos, quantos passaram a fazer atividade física ou deixaram de praticar exercício (considerada aquela generosa definição de exercício).

Também fizeram o recenseamento  do estado de saúde do grupo ao longo dos anos, baseados em diagnósticos de diabetes, doenças cardíacas, demências e outras condições graves. Para completar, os cientistas entraram em contato com os indivíduos e fizeram testes específicos de memória e capacidade de raciocínio; alguns poucos usaram por uma semana um monitor de atividades físicas, para confirmar se o registrado batia com o informado nas entrevistas.

Resumo da ópera: os que faziam atividade viveram mais (ou, colocado de outra forma, houve mais mortes entre os sedentários) e apresentaram melhores condições de saúde em geral.

Usando a linguagem do estudo: os que tinham algum tipo de atividade física conseguiram um envelhecimento mais saudável, com menor incidência de doenças crônicas, perda de memória e incapacitação física de algum tipo.

O mais legal é que os que não era fisicamente ativos no início do estudo, mas passaram a ter alguma atividade física no período, também se beneficiaram muito. Seu risco de doenças crônicas e problemas físicos é de 1/7 dos que continuaram sedentários ou abandonaram a atividade física.

Sobre o risco de mortalidade, outros estudos já apontavam o mesmo caminho, indicando que vale a pena começar a fazer exercício mesmo em idade considerada “avançada”. Um estudo que acompanhou 2.000 homens de meia idade mostrou que aqueles que iniciaram a prática de atividade física depois dos 50 anos tinham menor risco de morte nos 35 anos seguintes do que os sedentários.

A pesquisa britânica agora demonstra que os que se exercitam não apenas vivem mais mas vivem melhor.

Portanto, `bora correr!!

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Prepare-se para a melhor maratona de Boston da história

Por Rodolfo Lucena
06/02/14 00:51

Ih, tá certo, a edição de 2011, que registrou os mais rápidos tempos de maratona jamais corridos pelo homem (2h03min02, Geoffrey Mutai, e 2h03min06, Moses Mosop, ambos quenianos), vai ser difícil de bater. Mas a deste ano promete ser ainda mais competitiva e conta com o mais rápido elenco jamais reunido para essa prova, conforme recente anúncio feito pelos organizadores.

Os campeões do ano passado, Lelisa Desisa, que muitos consideram o atleta de melhor perfomance em 2013, e Rita Jeptoo vão ter muito trabalho para bisar a vitória.

No masculino, há nada menos que SETE atletas que já correram abaixo de 2h05min30. Um deles, claro, é o próprio Desisa; outro é o sujeito apontado como seu mais provável rival, o recordista mundial dos 25 km Dennis Kimetto. Há ainda ninguém menos que o já citado Mosop, e os etíopes Gebre Gebremariam e Markos Geneti.

No elenco feminino, nove atletas têm marcas pessoais sub2h23. Além da campeã, as outras três mais bem colocadas no ano passado também voltam à cena: Meseret Hailu, Sharon Cherop e Shalane Flanagan. Vamos ver se a norte-americana consegue pelo menos chegar ao pódio desta vez.

Ainda que com marca pessoal distante dos tempos estratosféricos das mais rápidas (a etíope Mare Dibaba tem 2h19min52 e a queniana Rita Jeptoo, 2h19min57), a brasileira Adriana Aparecida da Silva aparece como uma das estrelas dessa galáxia de concorrentes internacionais. O melhor tempo de Adriana é 2h29min17.

A maratona de Boston, mais tradicional prova do Gênero no planeta, será realizada no dia 21 de abril.

 

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Correr à noite exige mais cuidado e atenção

Por Rodolfo Lucena
03/02/14 12:16

Com o calorão que está fazendo, cresce o número de corredores que preferem ir para a rua no final do dia ou mesmo à noite, tentando fugir da canícula.

Isso tem pelo menos um aspecto positivo, pois demonstra que alguns (ou muitos, sei lá) já perceberam que o melhor treino não é aquele em que a gente enfrenta e supera as mais adversas condições, mas sim aquele em que a a gente busca as melhores condições para ter um bom desempenho.

Há, porém, um aspecto fortemente negativo. Seja por desconhecimento ou inexperiência, seja pelo sentimento de que corredor pode tudo, muitos desses atletas da noite não estão tomando precauções básicas de segurança.

Pelo menos, é o que tenho observado na minha atual condição de caminhante e, às vezes, caroneiro em veículos motorizados.

Há gente que corre de roupas escuras em lugares escuros ou mesmo rodovias com péssimas condições de iluminação.

O pior, porém, são os corredores que se imaginam intocáveis e circulam nas ruas sem a menor atenção aos carros, motos e bicicletas –cujos condutores, por sua vez, não costumam dar a menor atenção para os corredores.

Bom, já saíram muitos manuais de segurança para quem corre à noite, mas , pelo jeito, ainda não deram os resultados necessários.

Façamos aqui mais uma tentativa.

A primeira dica que dou ao corredor noturno (e a qualquer corredor de rua) é um segredo básico, mas nem sempre de fácil assimilação: não somos de ferro, aço ou qualquer outro material que suporte o ataque de veículos automotores. Por isso, preste atenção no trânsito, observe os sinais, obedeça às regras, fique de olho no semáforo.

De modo geral, a obediência à lei é o que se espera de todos os que estão nas ruas, mas sabemos que nem sempre é o que acontece. Portanto, fique MUITO ESPERTO nos cruzamentos; sempre pode vir alguém maior do que você e fazer uma conversão irregular.

Para mim, carros, motos e bicicletas que fazem essas inesperadas viradas à esquerda são os que oferecem o maior risco ao corredor. A gente está seguindo numa boa pela Sumaré, por exemplo, e de repente um veículo trava em cima, vindo do nada…

Bom, seguindo as recomendações. Para ficar esperto, é preciso estar com todos os sentidos alertas. Por isso, ao correr na rua, NÃO USE fones de ouvido muito menos converse ao celular enquanto estiver em movimento.

Use roupas claras, de preferência com faixas reflexivas; em geral, os tênis de corrida já têm elementos reflexivos, mas são pequenos. Avalie a necessidade de comprar aqueles coletes reflexivos semelhantes aos usados por garis e profissionais que atuam no trânsito. São baratos, não pesam quase nada e aumentam bastante a visibilidade de seu corpitcho. Eu usei durante uma noite inteira, durante uma corrida de 100 km na Itália, e não sofri nada…

Lembre-se de que, com exceção de algumas grandes avenidas, as ruas de São Paulo (e imagino que de grande parte das cidades) são mal iluminadas. As calçadas oferecem armadilhas metro a metro. Por isso, avalie também se vale a pena comprar uma lâmpada de cabeça. Elas são um pouco incômodas, mas usá-las é muito melhor do que levar um tombo.

Há quem recomende levar algum material de segurança, como apito, mas não sei se isso funciona no caso de ataque.

Revistas dos EUA recomendam às mulheres (e a qualquer um que circule em ambientes menos seguros) carregar dispositivos como tubos com gás pimenta; também não sei qual a eficácia disso frente a um ataque. Imagino que sejam ótimos contra cães, mas não sei se funcionam contra eventuais trombadinhas ou craqueados.

Em resumo, não saia por aí à noite como se estivesse em um passeio pelo campo. O mundo lá fora é perigoso, e é preciso se precaver para não se dar mal.

Não vá morrer por aí.

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Corredor gosta de cerveja e cachorros

Por Rodolfo Lucena
29/01/14 10:38

Já que este não é um blog de tecnologia, começo falando de “big data”. Odeio ficar usando expressões em línguas exógenas, mas algumas acabam sendo tão dominantes que acabam virando parte de uma espécie de idioma internacional da área de negócios em geral.

A tal de big data é mais uma expressão para essa série do novo léxico internacional. Refere-se à grande quantidade de informações em formato digital que a humanidade vem produzindo nos últimos 50 anos, mormente neste século.

Apesar de, na aparência, ser uma expressão substantiva, “informaçãozona” ou “informações em enorme quantidade”, na verdade é uma expressão verbal, de ação, porque sempre nos referimos ao uso da big data, a como usar big data ou a conhecimentos que conseguimos por meio da análise dessas grandes quantidades de informações aparentemente dissociadas.

A análise é, pois, o ponto fulcral; não basta ter muito, é preciso saber usar. Vai daí o conceito, também expresso em idioma outro que não a última flor do lácio, de data mining, mineração de informações, peneira da dados.

As empresas peneiram enormes quantidades de dados no afã de descobrir algo sobre uma comunidade, um grupo de pessoas, um produto ou qualquer outra coisa. Há um conhecido experimento do Google que usou o monitoramento de redes sociais para prever a eclosão de epidemias de gripe.

Vai daí que ganha enorme importância o tipo de “peneira” usado, ou seja, a ferramenta eletrônica empregada para mapear os dados. Empresas que criam esse tipo de produto procuram demonstrar ao mundo que ele funciona e que pode dar resultados efetivos ou, pelo menos interessantes, que é capaz de juntar cré com lé e produzir cifrões –afinal de contas, o objetivo de tudo isso é gerar informação comprável ou vendável.

E assim chegamos ao mundo da corrida. Uma das empresas que desenvolvem esse tipo de ferramenta de mineração e análise de grande quantidade de dados resolveu empregar seu produto para produzir um perfil de pessoas que, no Twitter, se dizem corredores e/ou falam sobre kms ou km.

Os resultados são curiosos, mas, antes de prosseguir, devo dizer que, baseado apenas nos parcos conhecimentos que tenho de estatística e em entrevistas que já fiz com estatísticos e renomados analistas de mercado e produtores de pesquisas eleitorais, eles NÃO TÊM relevância estatística.

Isso significa dizer que, por maior que seja a amostra utilizada, os resultados NÂO PODEM ser extrapolados para o universo dos corredores brasileiros. Ou, dizendo de outra forma, a amostra utilizada NÃO REPRESENTA o universo dos corredores brasileiros, mas tão somente a própria amostra.

O que não significa que, como disse antes, os resultados não sejam bacanas ou não permitam fazer algumas análises específicas de mercado. São e permitem, e é por isso que estou falando deles aqui. Afinal, ela REPRESENTA um enorme contingente de corredores conectados.

Bom, a  empresa de monitoramento é a E.life. De junho a novembro do ano passado, analisou os dados públicos de 374.312 perfis individuais identificados como corredores.

Descobriram que homens costumam citar mais marcas, enquanto mulheres se atêm mais ao relato da atividade. Além de corrida, praticam outros exercícios: vão à academia, andam de bicicleta e jogam futebol. Do ponto de vista das profissões, há mais engenheiros, advogados e professores, mas os fotógrafos surpreendem, chegando em quinto lugar, atrás dos administradores de empresa. Falo surpreendem porque, apesar de não ter dados estatísticos, duvido que, na sociedade brasileira, fotógrafo seja a quarta profissão mais populosa.

Sobre os assuntos tratados além da corrida, o tema mais citado foi a própria internet; em seguida, menções relacionadas a remédios, especialmente analgésicos. Outros temas com grande número de menções foram cerveja e bichinhos de estimação. Bancos, equipamentos eletrônicos, supermercados e refrigerantes também são muito citados nos tweets dos perfis analisados.

O estudo ainda fez outras peneiradas, vinculadas a marcas, como a de banco ou supermercado mais citado, além de demonstrar temas mais citados por perfis que citam marcas de produto de corrida. Prefiro não entrar nesse terreno, porque já fica perigosamente próximo ao da propaganda e não vejo relevância para a compreensão mais geral dos corredores.

Bueno, de qualquer forma, fica registrado que o mundo dos corredores conectados já foi alvo, é e continuará sendo tema de análise das empresas, pois forma um universo mobilizado e interessado em comprar coisas de sua área e mesmo fora dela, como se vê.

 PS.: Agradeço a você e a todos que vêm comentando o meu projeto de percorrer 460 km por São Paulo, o balanço e as reportagens a respeito O trabalho foi feito para você. Obgd, abs e vamo que vamo!

 


 
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SP, 460, com Ana Maria Braga e fratura por estresse

Por Rodolfo Lucena
26/01/14 12:57

Agora é oficial: ontem a cidade de São Paulo completou seu 460º ano com pompa e circunstância, dores e alegrias, violência indesejada. Como você deve ter acompanhado, houve shows na cidade, apresentações as mais diversas, choques nas ruas, além de reportagens especiais em todas as mídias.

Por aqui, como você lembra, nós começamos a festa mais cedo. A comemoração bloguística corredística teve início no dia primeiro de dezembro, quando dei a largada em meu percurso de 460 km pela cidade, rodando um quilômetro por ano de existência de São Paulo.

Se você perdeu algum momento, está devidamente convidado para revisitar este blog, dia por dia, pois fiz relatos especiais de cada percurso, com entrevistas com convidados especiais, que iluminaram aspectos pouco conhecidos da urbe.

Um resumão bem resumido da minha trajetória saiu no domingo passado na revista “sãopaulo”, o magazine dominical da Folha. Se você perdeu, pode dar uma lida clicando AQUI.

O TV Folha, programa semanal da Folha veiculado na TV Cultura, também fez reportagem de balanço da ultra-homenagem. O vídeo está AQUI.

Além disso, vários colegas blogueiros e outras mídias registraram o trabalho. O programa “Mais Você”, da Ana Maria Braga, dedicou mais de cinco minutos ao projeto, incluindo um entrevista em locação especial, no Granito de Guaianases. Apresentando gravação, Ana Maria fez comentários muito simpáticos, que agradeço. Se você não viu ou quer rever o vídeo, clique AQUI.

Ah, se estiver a fim de saber mais sobre a superpedra da zona leste, leia o relato de minha visita à região, AQUI.

Para mim, esse projeto foi mais do que um feito esportivo. Ainda que muita gente percorra tal distância em muito menos tempo, para as minhas condições foi um exercício considerável. O mais importante, porém, foram as descobertas: tratou-se de uma corrida-reportagem ou de uma reportagem caminhada, em que minhas passadas me ajudaram a conhecer um pouco mais de São Paulo, permitindo que eu compartilhasse com você essas descobertas.

O lado ruim é que o exercício extra cobrou um preço. Logo no início do projeto, sofri uma fratura por estresse no joelho direito. As fissuras na cabeça da tíbia, por padrão, deveriam levar o paciente ao repouso para facilitar a recuperação. Optamos por suspender as corridas, transformando todo o percurso em caminhadas.

Foi possível, com um ou outro episódio de dores fortes, tratadas com gelo. Além disso, ao longo do período fiz fisioterapia e exercícios para tentar minorar o problema e acelerar a recuperação. Agora, terminado o projeto, fico em descanso por algumas semanas (algumas caminhadas são permitidas, mas de distância pouca).

Espero poder retornar às corridas em algum momento no futuro. Sei que, se houver, a volta será um novo aprendizado: trotes de cinco minutos, de dez minutos, com progressão lenta e gradual. Pelo jeito, meu sonho de voltar a correr maratonas em menos de cinco horas está ficando cada vez mais longe. É duro enfrentar isso, e não sei se estou preparado. Por enquanto, prefiro pensar que, se e quando voltar, vou queimar o chão, seja o que isso venha a significar na hora.

Ih, acho que este texto está ficando meio chororô demais. Não é disso que se trata. É hora de, pelo menos, começar a sacudir a poeira, como diz a canção. A volta por cima há de vir.

Penso, por exemplo, em filhotes que esse percurso por São Paulo possa ter. Vários leitores e companheiros nas redes sociais disseram que “isso dá um livro”. De fato, material há de sobra e talvez valha a pena juntar tudo num bloco só, um mergulho nas entranhas paulistanas.

Também tenho milhares de foto, mais de 7.000 imagens e uns 20 vídeos. Claro que boa parte é repetitiva, ruim etc. E tal. Mas algumas dezenas devem se salvar e, como certeza, formam um mosaico fascinante da Pauliceia. Quem sabe isso não vira uma mostra ou algo assemelhado?

Por enquanto, são sonhos. Se e quando meu joelho melhorar, talvez virem projetos.

Vamo que vamo!

 

 

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Balanço geral do percurso de 460 km por São Paulo é tema de reportagem da TV Folha

Por Rodolfo Lucena
20/01/14 12:09

selo_rodolfo_correndoBom, meu amigo, minha amiga, talvez você já esteja um pouco cansado da série de publicações que venho fazendo a respeito do que foi o meu percurso de 460 km por São Paulo.

Desculpe aí, então, porque aqui vai mais uma dose.

No último domingo, ontem para ser exato, a TV Folha levou ao ar breve vídeo que conta um pouquinho do que foi a minha jornada. Se você não assistiu, invista três minutos de sua vida nessa experiência. Não por este que vos fala, mas para ter noção do brilhantismo da edição da turma do TV Folha, a quem sempre tenho de tirar o chapéu.

Eu achei muito legal. Assista e depois me conte o que você achou. Para ver, basta CLICAR AQUI.

A revista “sãopaulo”, publicação dominical da Folha, também trouxe reportagem em que eu mesmo tento tirar alguma sabedoria do que foram meus milhões de passos pela cidade.

Aqui vai um aperitivo desse balanço ainda provisório, pois com certeza tenho muito mais o que aprender com essa gigantesca experiêcia: “São Paulo não é nem minha terra, mas virou minha pátria, como acontece com milhões de migrantes que aqui aportam vindos de todos os recantos do país. Sou gaúcho e gremista, mas vivo na Pauliceia há mais de 30 anos. Aqui plantei árvores, tive filhas, escrevi livros. Aqui fiz minha primeira corrida”.

Para ler o texto todo, CLIQUE AQUI.

Antes de ir embora, confira esta foto, que fiz na sala de balê da sede da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis.

sapatilhas

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