Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Rodolfo Lucena

+ corrida

Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

Perfil completo

Goleador da Copa de 94 é tema de documentário

Por Rodolfo Lucena
31/05/14 09:04

Hristo Stoichkov é o maior ídolo futebolístico da Bulgária: fez o gol de empate com a Alemanha na Copa de 1994, abrindo caminho para a vitória que levou o país à sua maior glória em campos de futebol.
Ele é o tema de documentário apresentado neste sábado no Cinefoot, festival de cinema sobre futebol que está rolando em São Paulo e em Belo Horizonte (confira AQUI a programação).

O filme é dirigido por Borislav Kolev, um dos mais respeitados críticos de cinema e jornalista cultural da Bulgária, também conhecido pelos seus apaixonados roteiros para documentários sobre esporte.

Entrevistei o diretor (foto) para uma reportagem publicada hoje na Folha (confira AQUI). Para você, trago mais detalhes, com os melhores trechos de nossa conversa por e-mail.

Áîðèñëàâ Êîëåâ,  ñöåíàðèñò è ðåæèñüîð íà äîêóìåíòàëíèÿ ôèëì "Ñòîè÷êîâ"FOLHA – Por que o senhor decidiu fazer “Stoichkov”? Como foi o nascimento do filme?

BORISLAV KOLEV – Em 2009, eu e meus produtores da Camera, uma das maiores companhias de cinema da Bulgária, conhecida no Brasil pela série de TV “Undercover”, decidimos que um ícone esportivo como Stoichkov merecia ter sua vida registrada em cinema. Entramos em contato com ele que, na época, trabalhava como treinador na África do Sul. Ele disse: “Ok, turma, peguem o avião e venham para cá!” E nós fomos para Johannesburg. Stoichkov entendeu que nós tínhamos um projeto sério e começamos as filmagens na África do Sul. Era março de 2010.

Esta foi a sua primeira experiência como diretor. Como é trocar de lado, passar de crítico de cinema a realizador?

Esta é a minha estreia na direção, mas antes já havia participado de seis filmes como roteirista. Como crítico de cinema e jornalista da área cultural, eu já havia chegado ao topo na Bulgária. Precisava de um novo desafio, eis a razão para trocar de posição. E eu me arrisco a dizer que tive sucesso na mudança. “Stoichkov” teve muito sucesso na Bulgária e tem sido apresentado em festivais de cinema no mundo todo. Grandes redes de TV compraram o filme. Ganhei a oportunidade de fazer meu Segundo documentário e agora estou preparando meu primeiro longa metragem de ficção.

Como foi trabalhar com Stoichkov? A experiência mudou a opinião que o senhor tinha dele?

Stoichkov tem uma personalidade difícil, e isso todo mundo sabe. Mas, se ele não tivesse essa personalidade, ele não teria tido uma carreira tão bem sucedida e não seria esse megastar. Nossa equipe de filmagem temia que fosse muito dfícil trabalhar com ele, mas acabamos não tendo muitos problemas. Houve uma exceção: durante as filmagens, ele desapareceu de repente por tr\ês meses sem dar a menor explicação. Parou de responder às nossas ligações. Simplesmente se evaporou! Depois de três meses, meu telephone tocou: Stoichkov! E ele disse, como se nada tivesse acontecido: “E aí, cara, quando é que a gente vai filmar?”

Na sua opinião, qual a parte mais emocionante do filme?

Para mim e para todos os búlgaros, a parte mais emocionante do filme é a vitória sobre a Alemanha na Copa de 1994 e o encontro com nosso time em Sofia depois do Mundial. O povo recebeu os jogadores como heróis, o sucesso deles foi importante para aumentar a confiança no país e uniu a nação.

Há alguma coisa que o senhor gostaria de ter feito diferente?

Ah, há muitas. Mas agora é tarde demais para qualquer mudança.

O filme tem muitas cenas de jogos e lances de gol. Qual seu preferido?

Para todos os búlgaros, é claro que o gol mais importante de Stoichkov foi contra a Alemanha (na Copa de 1994). Mas ele fez gols brilhantes no Barcelona, alguns deles em cooperação com Romário. Para mim, eles formaram a melhor dupla de artilheiros do mundo na primeira metade dos anos 1990.

Seu filme também aborda aspectos políticos que influenciaram a vida do jogador…

Sob o comunismo, Stoichkov foi banido do futebol por causa de uma transgressão inocente. Foi uma decisão criminosa das autoridades comunistas. Mas isso já é passado. Stoichkov é um líder nato, dentro e for a do campo. Há muitos grandes jogadores na história do futebol, mas os verdadeiros megastar não são tantos. Stoichkov é um deles não apenas por ter sido um grande artilheiro, mas também um líder, uma pessoa absolutamente carismática.

Ele também é famoso por seus acessos de grandeza. Teria dito, por exemplo: “Há dois Cristos, um no céu e outro no Barcelona”…

Essa frase de Stoichkov é parte da lenda sobre ele, mas ele nunca disse isso. Como qualquer superstar, a vida de Stoichkov é retratada também com frases e atos que ele nunca disse ou realizou.

Qual é a importância de Stoichkov para a Bulgária?

Ele é o verdadeiro embaixador da Bulgária. As pessoas conhecem o nosso país por causa dele.

Ele foi maior do que Pelé? Como o senhor o compara a Pelé, Maradona ou Messi?

Na minha opinião, os megastars não podem ser comparados, cada um teve sua época. Para mim, a pessoa mais influente na história do futebol foi Johan Cruyiff. Ele fez duas revoluções no futebol, como jogador e depois com técnico. E não são apenas revoluções esportivas, mas também estéticas.

O senhor vai vir ao Brasil para a Copa? Quais suas expectativas?

Infelizmente, vou assistir à Copa pela TV. Como qualquer fã de futebol, espero ver jogos espetaculares. E tenho certeza de que o Brasil será o campeão do mundo.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Torcedores rivais se unem contra a violência policial

Por Rodolfo Lucena
30/05/14 07:13

As manifestações populares ocorridas em maio e junho do ano passado em Istambul mostraram a ânsia da juventude por democracia e tiveram uma presença inusitada: torcedores fanáticos de times rivais lutaram ombro a ombro ao lado dos manifestantes, enfrentando a polícia. No que parecia impossível, os “ultras”, como são chamados os aguerridos e muitas vezes violentos fãs, fizeram uma aliança, sacramentada por uma foto que correu o mundo.

30istanbul

A imagem também emocionou o cineasta alemão Olli Waldhauer, 39, até então especializados em produzir vídeos institucionais e comerciais. Largou seu sofá e seu conforto em Colônia e voou, com um parceiro, até Istanbul, onde começou a fazer seu primeiro documentário.

É “Istanbul United”, que passa neste sábado em São Paulo durante o Cineffot, festival de cinema especializado em futebol. Entrevistei Waldhauer para o caderno Esporte da Folha, numa conversa bem mais ampla do que o que foi possível publicar na edição impressa do jornal (leia AQUI).

Foram vários e-mails trocados com Waldhauer, que sempre respondeu com simpatia. Esta é a segunda vez que vem ao Brasil, e ainda não teve tempo de assistir a uma partida do Grêmio. Tenho certeza de que a visão da torcida tricolor mudaria para sempre sua visão do que é um fã de futebol.

Brincadeiras à parte, ele contou que assistiu a um jogo entre Fluminense e Vasco, no Maracanã, na sua primeira visita ao país, há cerca de dois meses. Achou a experiência superlegal, ainda que a partida tenha sido uma porcaria. Ossos do ofício.

Enfim, leia a seguir a entrevista.

30istanbul olliFOLHA – Quando o senhor decidiu fazer o filme, o que o levou a se interessar pela história?

OLLI WALDHAUER – A ideia surgiu quando vi a imagem de torcedores se reunindo, cada um com a camiseta de seu time, todos sorrindo. Naquele momento eu percebi que alguma coisa muito especial estava acontecendo?

 O senhor buscou recursos via internet. Quais foram os resultados?

Fizemos uma campenha de crowfunding (arrecadação de recursos pela internet) no site indiegogo. Crowdfunding é ótimo. Na primeira vez, Farid (codiretor) e eu fomos a Istambul com nossos recursos próprios. Voltamos, fizemos o vídeo básico para a campanha e começamos a arrecadação de US$ 15 mil. Claro que isso não foi suficiente para completar o filme, mas a questão não era essa. O que queríamos era ter um feedback do mundo lá fora. Muita gente ficou entusiasmada com nosso projeto, a resposta foi sensacional. E tudo isso nos fez acreditar ainda mais que estávamos fazendo uma coisa legal, que ficava maior a cada dia e não poderia mais ser interrompida, mesmo se nós fôssemos à falência.

Como foi a produção do filme?

Muita gente quis nos ajudar. Parecia que todos queriam contribuir com alguma coisa, foi uma ótima experiência. Então conseguimos montanhas de material fornecidos pelos participantes das manifestações em Gezi. Já as relações com a TV turca não foram tão fáceis, prefiro não entrar em detalhes a respeito… O encontro com os ultras–chave aconteceu por acidente. Nós encontramos muitos e falamos com muitos, mas, no final, ficamos apenas com Kerem e Chait, que encontramos duas horas depois de termos chegado a Istambul, durante os protestos. Ayhan, o advogado, Cace e Sue vieram depois.

Qual sua visão pessoal da história?
Para mim, é uma história de amor e ódio. Ambos têm uma forte ligação. Ninguém amaria seu time, seu país  ou sua religião se fosse a existência de um outro lado que não gostasse de nada daquilo ou, pior, que odiasse tudo aquilo. O ódio vindo “do outro lado” é o que faz com que você fique mais e mais junto com seus companheiros e construa uma unidade mais forte a cada dia. O especial sobre o que aconteceu em Istambul foi que uma parte das três torcidas superou sua rivalidade mútua em nome de um objetivo maior. Foi temporário, mas tenho certeza de que isso foi apenas o começo. Eles vão lutar lado a lado mais frequentemente. Claro que isso não será uma coisa diária nem vai acontecer durante o campeonato, mas vai acontecer em ocasiões especiais.

O senhor acredita que houve uma integração política dos ultras? Ou eles apenas viram mais uma oportunidade para jogar coisas na polícia?

Os ultras são seres humanos, têm opiniões políticas, têm ideais que vão além do futebol. Então por que eles não poderia se solidarizar com os manifestantes? Eles apenas têm mais experiência de enfrentar a opressão e a violência policial. E nem todos os ultras foram apoio os manifestantes de Gezi, assim como nem  todos os cidadãos apoiaram o movimento. Os ultras são apenas uma parte da sociedade ligada entre si por seu profundo amor pelo seu time. Então eu acho que ninguém deve dizer que eles foram às ruas apenas para jogar coisas na polícia. Se quiserem,eles podem fazer isso a cada fim de semana, nos estádios. Eles se somaram ao grupo como parte da resistência e para compartilhar sua experiência no enfrentamento à polícia.

Para os manifestantes, qual foi a importância da presença dos ultras?

Os manifestantes pensaram duas coisas. Primeiro: se os ultras podem se unir e superar seus ódios, nós podemos conseguir qualquer coisa; em segundo lugar, os manifestantes se sentiram mais fortes, seguros e protegidos [com a presença e a ação dos ultras]. Foi muito importante.

O senhor acredita que esse tipo de aliança improvável possa acontecer em outros pontos do planeta? E qual seria o inimigo comum?

Sim, eu realmente acredito que isso vai acontecer. Um inimigo comum? Não sei. Mas talvez por justiça social. Ou quando os governos se tornam uma ditadura. Mas isso não pode ser planejado; vai acontecer quando acontecer.

O senhor é torcedor de algum time? E tem amigos torcedores de times rivais?

Torço para o Colônia; mais especificamente o 1.FC Köln. Um dos meus melhores e mais antigos amigos torce pelo time errado. Duas vezes por ano, somos inimigos durante 90 minutos de não podemos assistir juntos aos jogos. Mas isso nunca afetou nossa amizade.

O senhor pretende vir para a Copa?

Espero poder voltar para a Copa e acompanhar alguns jogos nas ruas de São Paulo ou do Rio. Minha única expectativa é assistir a grandes jogos internacionais diariamente durante quatro semanas. Mas não sei quem vai ganhar. Acho que o Brasil tem mais chances de levar a Copa.

 

PS.: Se você puder, vá assistir a “Istanbul United”. Será neste sábado, às 19h (clique AQUI para mais informações). A programação completa do Cinefoot está AQUI. E o site oficial do filme, com um trailer bem legal, está AQUI.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Fisiologista Renato Lotufo, 58, morre em São Paulo

Por Rodolfo Lucena
28/05/14 09:46

O corpo do fisiologista Renato Lotufo será enterrado hoje em São Paulo, depois de velório na casa de um familiar. Lotufo tinha 58 anos e morreu ontem em uma clínica particular onde estava internado havia alguns meses. Ele sofria de uma doença degenerativa chamada afasia progressiva primária, que tem sintomas similares ao mal de Alzheimer.

Lotufo foi um dos mais importantes fisiologistas do país, com uma carreira destacada na seleção brasileira e no Corinthians.

“É uma grande perda. Lotufo foi um dos precursores, ao lado do Turíbio (Leite de Barros), no São Paulo, da fisiologia aplicada ao esporte”, disse Paulo de Faria, ex-médico do Corinthians.

Desde ontem, parentes, amigos e conhecidos vêm deixando mensagens na página de Lotufo no Facebook. “Disposto a nos ensinar, não mediu esforços pra me ajudar a entender o enigma fisiológico da máquina humana dentro do espectro da fisiologia do exercício e do esforço”, escreve um ex-aluna.

Como lembrança dele, deixo aqui uma imagem de um de seus momentos de alegria, o casório com Rosana (foto Arquivo Pessoal, publicada na página dele).

28lotufo

Em 2002, passei por uma avaliação física com ele, que me pareceu uma pessoa totalmente focada em resultados, tratando o corredor amador como se fosse profissional. A impressão que tive foi a de que ele se dera a missão de obter de cada um o máximo de desempenho possível.

Em 1995, lembra o jornalista e corredor Vicent Sobrinho, Lotufo participou da preparação dos ultramaratonistas que, sob o comando do treinador Wanderlei de Oliveira, participaria do Mundial da modalidade no ano seguinte, em Moscou. Lotufo acompanhou o grupo na disputa.

Deixa mulher e três filhos.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Inchada, delegação brasileira volta sem medalhas das Bahamas

Por Rodolfo Lucena
26/05/14 09:09

Uma nutricionista e uma psicóloga, dois massagistas, dois fisioterapeutas, um médico e o diligente trabalho de nove treinadores integrantes da comissão técnica não foram suficientes para que o Brasil trouxesse uma medalhinha de sua participação na primeira edição do Mundial de revezamentos, realizada neste fim de semana em Nassau, nas Bahamas.

No total, a comitiva brasileira teve nada menos do que 19 acompanhantes, que deram apoio a 20 atletas –duas equipes masculinas e duas femininas, cada um com cinco componentes. Nas pistas, o desempenho brasileiro foi apenas mediano, ainda que possa festejar a classificação para o Mundial de atletismo, no ano que vem.

A vaga era garantida para quem chegasse à final, e todas as equipes brasileiras disputaram a prova decisiva de sua modalidade –o país, está, portanto, garantido nas provas de 4×100 m masculina e feminina e 4×400 m masculino e feminino na competição de Pequim-2015.

Em entrevista por e-mail, na semana passada, o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, José Antonio Martins Fernandes, me disse que esperava “bons resultados”, sem especificar o que isso significava.

Sobre o tamanho da delegação, ele afirmou: “Entendemos que a equipe seja adequada” (a resposta de Fernandes, na íntegra, está AQUI).

Como você deve ter lido aqui no blog, a delegação brasileira parece ter um largo descompasso entre o número de atletas e o de acompanhantes, comparado com delegações que o Brasil enviou para outras competições e com delegações de outros países.

A CBAt mandou para o Sul-americano de cross country, no Paraguai, apenas sete acompanhantes para 23 atletas. Em Nassau, o Canadá teve os mesmos 20 atletas que o Brasil, mas a delegação tinha apenas sete acompanhantes; para 39 atletas, a Jamaica levou 11 pessoas no suporte (saiba mais AQUI).

Quanto aos resultados do Brasil, não foram nada excepcionais, ainda que tenham demonstrado um bom esforço dos atletas. Em todas as provas classificatórias, as quatro equipes cravaram o melhor tempo da temporada.

Por um lado, isso é bom. Afinal, a simples presença na final garantia a classificação para o Mundial de Pequim. Mas deixa um sabor amargo de algo que foi sem ter sido –sabe aquela história do “tem, mas acabou”? É mais ou menos isso.

Por exemplo, os 38s10 que o Brasil cravou na classificação dos 4×100 masculino valeriam o bronze na final. Mas houve queda no desempenho, e os 38s40 efetivamente corridos serviram apenas para um honroso quarto lugar.

É bem verdade que Jamaica e Grã-Bretanha também fizeram marcas inferiores às de qualificação. Já Trinidad e Tobago deu o máximo na final, conquistando a prata e dando o troco aos britânicos, que tinham ficado na frente na prova classificatória.

A diferença entre o tempo de classificação e o tempo da final, no 4×100 feminino, foi de mais 45 centésimos de segundo –uma eternidade que deixou as próprias atletas decepcionadas.

“Infelizmente, as passagens não foram perfeitas”, comentou Franciela Krasuki, citada em noticiário distribuído pela CBAt. Sobre a sétima colocação do grupo, ela disse ainda: “A competição mostrou ser mais forte do que muita gente esperava. Temos de estar felizes por ter participado do primeiro Mundial de Revezamentos e de ter ficado entre as melhores, embora o objetivo fosse maior”.

O pessoal do masculino também foi discreto nos comentários. “Chegamos juntos e detalhes nos tiraram a oportunidade de subir ao pódio. Fica um gosto difícil de assimilar porque vimos que faltou muito pouco”, disse Bruno Lins, da equipe do 4x100m.

Segundo noticiário distribuído pela CBAt, ele afirmou: “A medalha seria uma grande recompensa por todo o esforço que tivemos. Mas temos de reconhecer que esta equipe começa bem e mostra que o trabalho está sendo bem feito”.

No 4×400 m masculino, o Brasil ficou em sétimo lugar (mesmo posto do Mundial do ano passado); no feminino, terminou em oitavo. “ Tentamos fazer o melhor, mas não conseguimos repetir a corrida da classificação”, disse Joelma Souza. Ao que Geisa Coutinho dá um nota mais otimista:  “Acho que o objetivo de participar de uma final tão importante como num Mundial foi atingido”.

No geral, o Brasil ficou em 11º lugar entre 43 países (29 pontuaram), atrás da Nigéria,de Trinidad e Tobago e dos donos da casa. Os Estados Unidos foram os campeões, seguidos por Jamaica e Quênia.

Três recordes mundiais foram batidos. No sábado, as mulheres do Quênia passearam no 4×1.500 m, fechando em 16min33s58, mais de meio minuto sobre a marca anterior. Ganharam um bônus de US$ 50 mil além dos US$ 50 mil reservados aos campeões de cada prova.

Mais suada foi a conquista dos jamaicanos no 4×200. Liderados pela “Fera”, como Yohan Blake gosta de chamar a si mesmo, o quarteto caribenho conseguiu uma melhora de suados cinco centésimos de segundo sobre a marca estabelecida há 20 anos pelos Estados Unidos. O novo recorde é de 1min18s63.

E na tarde de ontem os quenianos voltaram a derrubar marcas, desta vez no masculino: no 4×1.500 m, o time africano cravou 14min22s22, que agora é o tempo a ser batido nessa competição.

Acompanhei pela TV todas as provas do segundo dia. E vou lhe dizer uma coisa: o que mais gostei foi de ver a participação das equipes e a alegria dos vencedores nas finais B. De modo geral, foram provas bem disputadas, e os caras ficavam realmente felizes, alguns rostos pareciam a imagem do êxtase…

Digo isso porque, como se sabe, “Final B” não vale nada, ninguém ganha medalha nem os resultados contam pontos para o quadro geral. É uma espécie de prêmio de consolação –mais provavelmente, uma estratégia para não deixar muitos “buracos” na transmissão televisiva.

Bom, na opinião deste telespectador, funcionou.

 

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Camundongos, ratos e sapos, todos eles gostam de correr

Por Rodolfo Lucena
23/05/14 10:14

Volta e meia algum grupo de defesa dos direitos dos animais reclama de testes em laboratórios. Não é frequente, mas até as experiências que colocam ratinhos e assemelhados em rodas girantes são criticadas.

Em casa, os hamsters são a diversão da criançada correndo sem parar naquelas rodas, numa maratona sem fim.

Será que isso é apenas um traço de comportamento neurótico de animais encarcerados? Ou, se livres e na natureza, os bichinhos dedicariam algum tempo para exercitar o corpitcho?

Pasmem, senhoras e senhores, prezado leitor, respeitável leitora: a resposta é positiva.

Camundongos, ratos, parentes de hamsters e até sapos gostam de uma corridinha de vez em quando.

Pelo menos, é a conclusão a que chegaram cientistas holandeses depois de buscarem um resposta para a pergunta feita acima (se, na vida real, os bichos usariam uma roda de corrida).

Eles colocaram rodinhas de corrida em um gramado e em uma área de dunas e monitoraram os artefatos com sensores de movimentos e câmeras escondidas (foto Divulgação).

23animais

Os camundongos adoraram. Iam e vinham para a rodinha como se fossem frequentadores assíduos de uma academia, deixando os cientistas abismados e satisfeitos.

“Quando vi que os ratinhos compareciam, fiquei muito feliz, disse Johanna Meijer, cientista especializada em eletrofisiologia do cérebro, que atuia no centro médico da universidade de Leiden. “Tive de rir dos resultados, mas ao mesmo tempo é um trabalho sério. É divertido, mas importante.”

Camundongos ficaram de um a 18 minutos na rodinha. Na avaliação dos cientistas, a corrida traz para os animais algum tipo de satisfação, não se tratando de comportamento gerado por ansiedade ou estresse.

Ainda que ratinhos representassem 88% dos animais vistos nos 12 mil takes de vídeo, outros bichos também aproveitaram a roda de correr. Lesmas devem ter chegado lá por acaso, mas alguns sapos experimentaram o artefato, saíram e voltaram mais tarde. Eles não corriam, claro, mas experimentavam o giro do objeto.

O trabalho dos cientistas holandeses foi aceito em publicação especializada, depois de sofrer cuidadosa revisão por outros pesquisadores. Especialistas em comportamento animal, analisando os resultados, aceitam que a corrida possa ser uma atividade voluntária dos bichinhos; em laboratórios, eles ficam mais ativos por causa do estresse, especula um cientista.

“Há um motivação intrínseca nos animais, em todos os organismos vivos, para serem ativos”, avalia a doutora Meijer.

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Brasil leva 20 atletas e 19 acompanhantes para o Mundial de revezamentos

Por Rodolfo Lucena
21/05/14 14:21

No que alguns blogs estão chamando de Trem da Alegria, a seleção brasileira que participa do Mundial de revezamentos embarcou ontem para as Bahamas. Foram 20 atletas e 19 acompanhantes, um grupo que salta aos olhos pela presença de não competidores.

A desproporção é mais gritante ainda se compararmos com algumas das outras delegações que participam do encontro ou mesmo com as delegações brasileiras que recentemente participaram de eventos internacionais em locais menos charmosos do que o Caribe.

O treinador e blogueiro Danilo Balu deu-se ao trabalho de fazer um amplo levantamento e informa que, para o Sul-americano de marcha, na Bolívia, a CBAt mandou 17 atletas e sete acompanhantes. A equipe de apoio também foi composta por sete pessoas na delegação para o Sul-americano de cross country, no Paraguai, para onde foram 23 atletas.

Em comparação com outras delegações presentes no Mundial de revezamentos, que será realizado neste fim de semana, também salta aos olhos a desproporção da delegação brasileira em relação às dos demais competidores.

O rico Canadá, por exemplo, leva a Nassau os mesmo 20 atletas que o Brasil envia, mas terá apenas sete acompanhantes. A Jamaica, candidata a muitos ouros, terá 39 atletas e 11 pessoas no suporte (leia AQUI o levantamento completo feito por Balu).

Os atletas brasileiros convocados são os seguintes: no masculino, 4×100 m, Jefferson Lucindo (Brasil Foods/ILF-RJ), Bruno Lins (FCTE-SP), Jorge Henrique Vides (Brasil Foods/ILF-RJ), Aldemir Gomes Junior (Orcampi/Unimed-SP), Vitor Hugo dos Santos (Brasil Foods/ILF-RJ); 4×400 m, Anderson Henriques (Procempa/Sogipa-RS), Hugo Balduino de Sousa (BM&FBovespa-SP), Pedro Burmann (Procempa/Sogipa-RS), Wagner Francisco Cardoso (BM&FBovespa-SP), Jonathan Henrique Ferreira da Silva (BM&FBovespa-SP); no feminino, 4×100 m, Franciela Krasucki (Pinheiros-SP), Rosângela Santos (Pinheiros-SP), Evelyn Carolina Santos (Pinheiros/SP), Vanusa Henrique dos Santos (BM&FBovespa-SP), Tamiris de Liz (Corville-SC); 4×400 m, Joelma das Neves Sousa (Pinheiros-SP), Geisa Coutinho (Orcampi/Unimed-SP), Liliane Fernandes (Pinheiros-SP), Jailma Sales de Lima (BM&FBovespa-SP) e Cristiane dos Santos Silva (Brusque-SC).

Os 19 acompanhantes são o chefe da delegação, Carlos Alberto Lancetta, presidente da Federação de Atletismo do Estado do Rio de Janeiro, tendo como delegado Clovis Alberto Franciscon, gerente de Alto Rendimento da CBAt. O treinador-chefe será Ricardo D’Angelo (SP), e a comissão técnica terá ainda Katsuhiko Nakaya (SP), Adriano da Costa Vitorino (SP), Paulo Servo Costa (RJ), José Figueiredo (RN), Sanderlei Parrela (SP), Luiz Alberto de Oliveira (CBAt), Leonardo Ribas (RS) e Evandro de Lazari (SP). A equipe de suporte inclui o médico Warlindo Carneiro da Silva Neto (CBAt), os fisioterapeutas Marcos Vitullo (SP) e Vitor Stefanini (SP), os massagistas Jorge Antonio Lima e Nelson Guarnier Filho (ambos CBAt), a psicóloga Simone Meyer Sanches Mendes (CBAt) e a nutricionista Danielli Botture (CBAt). Completa o grupo um membro do programa “Heróis Olímpicos”.

Mandei à CBAt uma série de perguntas pedindo esclarecimento sobre o assunto. Em resposta, acabo de receber nota da entidade em que o presidente José Antonio Martins Fernandes afirma que “o número de pessoas na delegação brasileira que disputará o 1º Mundial de Revezamentos nas Bahamas é compatível com o que temos enviado para os eventos de ponta do Atletismo Mundial”. Apesar de bastante detalhado, o texto não diz quanto efetivamente a entidade está gastando com a viagem –os custos, segundo ele, são fechados apenas após a realização dos eventos.

Ao final, ele faz ainda outras considerações. A seguir, publico a íntegra do texto enviado pela assessoria da CBAT e assinado pelo seu presidente. No documento, estão incluídas as perguntas que fiz e as respectivas respostas.

“A CBAt vem a público esclarecer fatos referentes à Seleção Brasileira que disputará o 1º Campeonato Mundial de Revezamentos nas Bahamas, no próximo fim de semana. Alguns comentários publicados basearam-se somente no número de integrantes da delegação, sem levar em conta a importância da presença da comissão técnica e da equipe multidisciplinar. Também não buscaram o esclarecimento, deixando de ouvir o outro lado (a CBAt).

“Tenho atendido a todos os questionamentos que recebo na CBAt, da mesma forma que a nossa equipe de trabalho atende os casos que pode resolver. Neste caso específico, atendi o advogado Alberto Murray, crítico ferrenho do esporte nacional e presidente do Clube  (ONG) Sylvio de Magalhães Padilha, assim como o blog do jornalista Rodolfo Lucena, colunista  da Folha, cujas perguntas a CBAt responde abaixo.

PERGUNTA – Por que a delegação de acompanhantes é tão grande nessa jornada?

RESPOSTA – O número de pessoas na delegação brasileira que disputará o 1º Mundial de Revezamentos nas Bahamas é compatível com o que temos enviado para os eventos de ponta do Atletismo Mundial. Assim, temos 5 atletas para cada uma das provas olímpicas de revezamento (4 titulares e 1 reserva). Para cada equipe vão dois treinadores especialistas, além de um treinador-chefe. Seguem, ainda, 7 integrantes da equipe de apoio multidisciplinar: um médico, dois fisioterapeutas, dois massagistas, uma psicóloga e uma nutricionista. Completam a delegação o chefe da equipe, o delegado da CBAt junto à organização e um assessor de imprensa. Entendemos que a equipe seja adequada, em provas que nosso País tem larga tradição e em que há esperanças de bons resultados em campeonatos internacionais, como no Ibero-Americano este ano, no PAN e no Mundial em 2015 e na Olimpíada do Rio, em 2016.

Quanto à equipe multidisciplinar de apoio, ela foi implantada a partir do Campeonato Mundial de Moscou, ratificada no Fórum do Atletismo Nacional realizado em novembro do ano passado, com mais de 150 técnicos, e aprovada na Assembleia Geral neste ano. Foi possível enviar a equipe nos principais eventos graças ao suporte financeiro do Plano Brasil Medalhas, implantado pelo Governo Federal para todas as modalidades esportivas, e sobre o qual temos de prestar contas. As competições em que a equipe multidisciplinar atua são as de primeiro nível, como Mundiais, PAN e Olímpiadas.  A equipe multidisciplinar é composta por médicos, fisioterapeutas, massagistas, nutricionistas, fisiologistas, e profissionais ligados às ciências do esporte. O objetivo é acompanhar o dia a dia dos atletas que estão dentro dos programas da Confederação, e em sistema de rodízio, os profissionais acompanham as seleções em Campeonatos, mas também em Campings de treinamento e competições internacionais.

PERGUNTA – Quanto a CBAt está gastando para levar todo o grupo? Por favor, especifique qual é o custo da viagem dos atletas e da viagem dos acompanhantes.

RESPOSTA – Os custos constam sempre dos relatórios oficiais, feitos para análise dos setores competentes (auditoria independente, Conselho Fiscal, Assembleia Geral etc.). Os custos de uma delegação se referem a passagens aéreas (comprada por preço de mercado à época, serviço feito por empresa licitada), hospedagem, alimentação, e despesas ocasionais (medicamentos, frutas, lanches e outras pequenas despesas). Parte dos custos com passagens é bancada pelo COB, como o revezamento feminino, já se encontra em Miami; parte das passagens é suprida pela IAAF, para a qual fazemos um fechamento semestral de contas. Os atletas que estão entre os 20 primeiros do mundo e a equipe multidisciplinar são cobertos com o Plano Brasil Medalhas do Governo Federal. Portanto, estamos fazendo o melhor possível, para dar todas as condições aos atletas estejam entre os 20 primeiros do mundo e aos que possam alcançar tal condição, conforme o plano do Governo Federal, e entre os 30 do mundo para os programas da CBAt com suporte do COB.

PERGUNTA – Em outros certames, a CBAt optou por equipe de acompanhantes mais enxuta. Por que a mudança? Como o senhor sabe, as delegações em campeonatos recentes foram de 68 atletas e mais 12 profissionais, no Chile. Para o Paraguai, foram 23 e 7. Para a Bolívia, foram 17 e 7. Por que agora 20 e 19? Em outras delegações, a diferença é muito maior. A Espanha, por exemplo, leva 12 atletas e quatro no staff… Por que diferença tão gritante no Brasil?

RESPOSTA – No Chile, a equipe de atletismo integrou a delegação do COB. Como sempre, há profissionais de apoio do COB que atenderam diversos esportes, inclusive o atletismo. Quanto às competições na Bolívia e no Paraguai foram eventos regionais, enquanto nas Bahamas teremos um Campeonato Mundial – em provas que o Brasil tem tradição. Além da importância do evento em si, é uma grande oportunidade também como preparação para o Mundial de Atletismo de Pequim e para os Jogos do Rio. Estamos próximos de realizar a Olimpíada, e lembramos na época da Olimpíada em Barcelona, as equipes da Espanha eram muito fortes, e não sabemos o que ocorre agora, pois as delegações estão menores. No caso da Jamaica, que tem uma delegação grande (39 atletas), eles usam um sistema de credenciais diferenciado. Os técnicos pessoais dos atletas e equipe multidisciplinar acompanham a delegação, com credenciais obtidas junto à IAAF. Ela dispõem de credenciais para uso desse tipo de preparação de atleta, por isso nos campeonatos mundiais, vemos muitos membros das equipes  com essas credenciais (EUA, Alemanha, França etc.). A Jamaica, neste campeonato, está muito perto de Bahamas, e por isso os jamaicanos irão com muita gente, já que a passagem custa entre 150 a 200 dólares.

PERGUNTA – Que resultados a CBAt espera obter neste Mundial?

RESPOSTA – Pelo desempenho das equipes nos vários campings feitos no Brasil e no exterior, há esperanças de bons resultados principalmente no 4×400 m masculino, 4×100 m feminino (embora sem dúvida Ana Cláudia Lemos, lesionada, faça falta). O 4×100 m masculino, mesclado com velocistas experientes e outros mais jovens  também é esperança. O 4×400 m feminino, que também tem resultados históricos bons, não está no mesmo nível, mas entendemos que possa obter um bom resultado.

PERGUNTA – Quanto foi investido e como foram os investimentos na preparação da delegação?

RESPOSTA – Parte dos recursos vem do Plano Brasil medalhas, do Governo Federal, já que temos atletas no grupo que integram o Programa Bolsa Pódio. Outros atletas recebem benefícios dos programas de apoio da CBAt patrocinados pela CAIXA. O Comitê Olímpico Brasileiro também apoiou os Campings de revezamento. Os custos dos investimentos feitos especificamente pela CBAt não estão fechados ainda, porque fazem parte de um programa anual. E constará dos nossos relatórios oficiais.

PERGUNTA – Como foram selecionados os atletas? E os integrantes da comissão?

RESPOSTA – A seleção é convocada por critérios técnicos, condições financeiras disponíveis e índices estabelecidos para a qualificação. Conforme aprovado no Fórum de Alto rendimento e na Assembleia Geral. Os revezamentos foram escolhidos por critério técnico, somente os revezamentos olímpicos, nos quais estamos trabalhando há meses. Os técnicos são fixos para os revezamentos. Dois técnicos dirigem cada equipe de revezamento e têm avaliação e rodízio, caso necessário, a cada dois anos. Geralmente os técnicos escalados têm um ou mais dos principais atletas. Cada técnico só pode treinar uma equipe de revezamento, para que outros técnicos tenham chance de desenvolvimento e também treinar a Seleção. Os integrantes da comissão são escolhidos conforme o grupo de atletas convocados, geralmente eles trabalham com esses atletas no dia a dia.

“Faço mais algumas considerações:

“1 – O Brasil realizará a Olímpiada em breve, e o atletismo terá papel de destaque, com a CBAt tendo de realizar diversas tarefas que serão solicitadas pela IAAF, COI e Comitê Organizador RIO 2016. A CBAt tem de estar preparada com parte técnica, arbitragem, administrativa, staff, dentro e fora da pista, além de outras atribuições.

 “2 – O atletismo é complexo, cada prova do atletismo equivale a uma modalidade esportiva.  São 23 provas Femininas e 24 provas masculinas,  cada atleta de nível olímpico geralmente tem seu técnico e seu staff, e sua metodologia de treino e de vida. É extremamente diferente de uma modalidade coletiva, onde uma equipe vai com sua comissão técnica E seu staff, definido para a equipe toda.

3 – O atletismo é a modalidade que mais viaja pelo mundo, os atletas bem ranqueados estão sempre em campings internacionais e competições, geralmente nos EUA ou na Europa. A viagem não é de turismo, principalmente nesta, pois a Delegação chega na quarta e quinta-feira, e tem treinos e palestras todos os dias, além da competição ser no  sábado e domingo, com retorno na segunda-feira.

 4 – Só pessoas não esclarecidas destes fatos poderiam supor que não há profissionalismo em um evento mundial. Com a nova gestão iniciada em março de 2013, trouxemos novas pessoas e ideias para a CBAt. Assim, quem comanda o alto rendimento é o Prof. Dr. Antonio Carlos Gomes, com mestrado e doutorado pela Universidade de Moscou, em Gestão e Treinamento, feitos durante 12 anos. Oriundo do atletismo, ele depois passou pelo também pelo futebol e está de volta às origens agora.”

Bom, é isso. Apesar das explicações dadas pelo dirigente, de fato a atual comitiva parece desproporcional em comparação a outras delegações da CBAt.

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Passeio de bicicleta tem rota gratuita no Ibirapuera

Por Rodolfo Lucena
19/05/14 08:20

Pois é, a gente vive anos e anos em São Paulo e às vezes passa ao largo de coisas bacanas da cidade, mesmo tentando estar ligado no que o povo anda fazendo…

Falo deste seu blogueiro, que até alguns dias atrás nunca tinha ouvido falar do Bike Tour SP, uma iniciativa muito legal para promover o turismo pedalado na cidade.

E olha que o programa já existe há cerca de um ano, iniciativa de dois irmãos apaixonados por bicicletas e interessados na cidade e na apresentação de suas coisas bacanas.

Funciona assim: monitores comandam pequenos grupos (até dez pessoas), que circulam por roteiros predefinidos. Cada passeador leva um conjunto de fones de ouvido, comandados pelo monitor: por ali recebem informações sobre os monumentos e pontos turísticos por onde passam.

Tudo gratuito. O turista entra com o corpo e a vontade de conhecer. Deve levar também um quilo de alimento não perecível –a comida arrecada é doada para uma instituição que cuida de hansenianos.

Até agora, ofereciam dois roteiros, ambos na região central da cidade: um no centro velho mesmo e outro no espigão da Paulista.

No último sábado, participei do último teste para entrada de circulação de um novo circuito, este pelas alamedas do parque Ibirapuera (foto Divulgação).

19biketour

O passeio dura cerca de uma hora, com várias paradas em que a turma recebe informações sobre a história do parque, os monumentos, prédios e jardins.

Achei bem legal, mas preferiria que o passeio fosse um pouco mais longo e que fossem maiores os intervalos entre cada parada. Assim daria para ver um pouco mais do parque e também pedalar um pouco mais.

Porque as bicicletas –também incluídas no passeio—são o máximo, pelo menos na avaliação deste bagual do ciclismo. Acostumado que estou aos “camelos” de aluguel em parque, pesadões, me achei numa nave espacial ao comandar a troca de marcha das leves e confortáveis “bicis” do Bike Tour.

Enfim, é muito bom, mas dá para melhorar, especialmente em relação ao percurso, quantidade e tempo de paradas. De qualquer forma, vale a visita, vale o passeio.

Para saber mais, confira a página do Bike Tour SP clicando AQUI.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Central Park não é para corredores madrugadores

Por Rodolfo Lucena
16/05/14 10:31

Eu adoro correr de madrugada. Na época em que eu ainda fazia longões –tomara que consigo voltar a eles–, não era incomum acordar ás quatro da matina para sair rolando pela cidade, levando meu nariz e minha barriga à minha frente.

Fiz isso em São Paulo e em vários outras cidades Brasil afora e por esse mundão veio sem porteira. Agora fiquei sabendo que posso fazer isso em Nova York, desde que não adentre o Central Park.

Por lei, o aprazível reduto de corridas, caminhadas, shows e algumas atividades ilegais fica oficialmente fechado das uma da manhã às seis da matina, ainda que não tenha grades… Seis da matina, gente???!! Para muitos trabalhadores brasileiros, isso já é quase horário de almoço…

Quem se arrisca a romper o horário do toque de recolher pode ser chamado às falas pela polícia, receber uma notificação e ser levado à barra dos tribunais como criminoso.

Foi o que aconteceu com a estrela midiática do mundo das relações públicas, o escritor e palestrante Peter Shankman, que resolveu conversar com seus monstros internos durante uma corrida na madrugada. Encontrou com um amigo às 4 da manhã e partiram para uma voltinha de 16 km pelo parque.

Não deu nem para aquecer. Às 4h47, a dupla foi parada por policiais, recebendo citação por descumprimento do toque de recolher… A brincadeira redundou em processo.

Na última quarta-feira, a ação chegou à Corte Criminal de Manhattan (!!!), onde a audiência foi realizada. O juiz dispensou o escritor-palestrante corredor, e o processo pode acabar extinto em breve: “Se eu não for preso nos próximos seis meses, a ação acaba completamente”, explicou Shankman.

Ele disse ainda que, na mesma manhã em que seu processo foi julgado, havia outras quatro pessoas na corte por causa do mesmo “crime”. Ao que soube, todas as ações foram arquivadas.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Garoto de dez anos vence o pai na meia maratona

Por Rodolfo Lucena
14/05/14 10:03

A moda das corridas cada vez mais longas está pegando até as criancinhas. E não são meninos pobres da Índia que dão espetáculo para ajudar a sustentar suas famílias empobrecidas: nos EUA, um garotão de dez anos, muito bem criado, acaba de vencer o próprio pai em uma meia maratona.

Noah Bliss correu a meia de Wisconsin em 1h37, completando cerca de dois minutos antes de seu pai

De quebra, quebrou o recorde mundial para sua idade, de acordo com uma entidade que acompanha os dados internacionais, a Associação of Road Racing Staticians, que tinha registrado como melhor marca para a idade 1h38. Mas a entidades oficial de atletismos dos EUA, USA Track&Field, tem outros dados, dando o recorde para  Jerome Daniels, que em 1984, quando tinha dez anos, correu a meia maratona em 1h25.

Recorde ou não recorde, o certo é que o garotão foi o primeiro na faixa etária sub19 e 71º no geral, superando mais de 2.000 corredores.

Noah começou a correr com o pai, aos sete anos, e fez sua primeira meia maratona no ano seguinte, lado a lado com sua mãe. Agora, deixa ambos par trás…

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Meia de Sampa entrega kit sem sacola

Por Rodolfo Lucena
12/05/14 08:32
A Meia Maratona de Sampa foi realizada com sucesso neste domingo –pelo menos, não recebi nenhuma reclamação–, mas a entrega dos kits provocou irritação e revolta em alguns corredores. Isso porque, apesar de a inscrição ter custado R$ 114,90 para quem se registrou depois de 13 de abril, o kit não foi entregue completo.
“Fiquei indignada”, diz a atriz Danielle Pereira Barros, 30, que corre há um ano. Ela explica: “O kit,  que deveria vir com camiseta manga longa de poliamida, sacola de treino, gorro e gel de carboidrato, tinha apenas a camiseta e o gorro, tudo solto, sem sacola nem gel”.
Buscou explicações na hora, sem sucesso: “Perguntei a respeito da sacola e me disseram que não iam entregar. O moço que estava entregando o kit não sabia explicar direito e disse que não tinha e pronto. Pedi para falar com o responsável, que primeiro disse que enviariam o restante do Kit por correio. Eu contestei, falei que era impossível, já que somos mais de cinco mil inscritos. Aí ele falou que vai entregar no dia da prova (no numero do atleta veio um papel para retirada da sacola). Eu perguntei se ele garantia que iam entregar as sacolas no domingo e a resposta foi negativa”.
Danielle não se deu por satisfeita e continuou sua investigação: “Liguei no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)  da Ativo, e o atendente nem sabia que não iam entregar o kit completo. Depois falou que me  enviaria o restante do kit em sete dias úteis… Eu não pago a corrida parcelada e não acho que devo receber o kit parcelado”.
“Nunca vi isso”, resume o representante comercial Geraldo Oliveira Júnior, 67, veterano de mais de 20 maratonas. “Alegaram que a importação [da sacola] atrasou e a O2 vai entrar em contato para enviar”, diz ele.
Essa foi a explicação, aliás, dada pela organização em mensagem que enviou aos participantes da corrida (mas que nem todos receberam a julgar pelo que me disse Danielle).
Já outro corredor que consultei recebeu a informação antes de ir buscar seu kit e não ficou surpreso. A íntegra do texto enviado pela organização é a seguinte: “COMUNICADO IMPORTANTE Devido a problemas de importação, a sacola presente no kit do atleta não será entregue nos dias de retirada do kit. A O2 entrará em contato com todos os inscritos, informando como será o processo de entrega desse item”.
Também enviei pedido de informação ao SAC da empresa, informando que era para publicação de reportagem a respeito, mas não obtive resposta até agora.
Também consultei a empresa organizadora sobre o local escolhido para a entrega dos kits, a área de vendas de um empreendimento imobiliário, o que causou estranheza em alguns atletas.
Danielle não gostou da ideia. “Cheguei lá e na entrada  fui recebida pela recepcionista  que pediu meu endereço, telefone, CPF. Depois de passar tudo, ela me fala: `Como está cheia a sala onde se retira o kit, vou chamar um corretor para apresentar o novo projeto de apartamento para você`. Neguei, disse que não me interessava conhecer o apartamento,  então ela me deixou entrar na tal sala, que estava completamente vazia …”
Nosso veterano corredor Geraldo, de fartos bigodes, também se declarou surpreendido pela estratégia de captura de dados.
“Logo que entra somos abordados pelas atendentes e praticamente obrigado a preencher cadastro, lógico que é para tentar vender”, diz ele. E completa: “Preenchi, pois achei desagradável dizer não”.
Eu fico me perguntando se desagradável não é quem coloca entraves desnecessários em um processo que, em boa parte das corridas, já é bem chatinho.
Aqui ficam algumas das reclamções que ouvi e o que pude conseguir de manifestação da organizadora. Este espaço, como sempre, está aberto para a empresa dar suas explicações.
Independentemente disso, minha opinião é de que as corridas pagas são um processo comercial como qualquer outro, um contrato em que as duas partes têm resposabilidades bem definidas.
O corredor tem de pagar a inscrição, correr com o número e o chip (se for o caso) e se portar de forma civilizada e honesta ao longo do trajeto. A organização tem de prover o que está no regulamento ou o que prometeu no site da corrida. Além de garantir, é claro, a segurança de todos, percurso aferido e água a intervalos regulares.
PS.: Depois da corrida, em que várias pessoas bateram seus recordes pessoais e ficaram muito satiseitas, a Danielle mandou para mim essa mensagem, atualizando a situação dos tais sacolas: “Acabei de chegar da prova e como previa não entregaram as sacolas, também não encontrei ninguém responsável pela O2, apenas as meninas que ficam nos estandes de venda e assinatura da revista. Fui a um desses stands para perguntar da  sacola e  já havia outro corredor fazendo a mesma pergunta. A resposta que obtivemos foi que a sacola chegou  hoje no aeroporto e não tinha ninguém para buscar.  Poxa, deve vir de longe pois na entrega dos kits disseram que o problema tinha sido no navio de importação. Ninguém soube responder quando e como vão entregar as sacolas e o gel. Uma das meninas disse que TALVEZ entreguem numa próxima corrida…”.
A RESPOSTA DOS ORGANIZADORES

No início da tarde desta segunda-feira, recebi de Amanda Vegas, da área de marketing da Esfera BR, a seguinte mensagem:

“Em nome da Esfera BR e O2 gostaria de esclarecer a questão com os kits do nosso último evento realizado em São Paulo no dia 11 de Maio (domingo) – Meia de Sampa. Infelizmente tivemos um problema na importação das sacolas do kit que não chegaram a tempo para o evento.
“Desculpamo-nos pelo imprevisto e ressalto que nos empenhamos sempre para que os atletas desfrutem de um excelente evento.
“Infelizmente o imprevisto não pode ser solucionado a tempo e reitero o pedido de desculpa aos participantes da prova.
“De qualquer forma notificamos que o inicio do envio das sacolas deverá acontecer no máximo até o dia 16 de maio (próxima sexta-feira).
“Todos os inscritos na prova irão receber as sacolas conforme o que foi divulgado na ocasião das inscrições.
Mais informações estarão disponíveis em breve no site da prova: http://21ksudamericano.ativo.com/meiadesampa/.”

 
Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
Posts anteriores
Posts seguintes
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailrodolfolucena.folha@uol.com.br
  • FacebookFacebook
  • Twitter@rrlucena

Buscar

Busca
Publicidade

Tags

rocinha corrida rodolfo ocupação morro do alemão video rocinha dondocas tv folha são silvestre adriana aparecida rodolfo lucena rocinha rio de janeiro
  • Recent posts Rodolfo Lucena
  1. 1

    A despedida do blogueiro

  2. 2

    A música da maratona

  3. 3

    Tênis da Nike falha, e queniano vence em Berlim com bolhas e sangue nos pés

  4. 4

    Segundão agora tenta o recorde mundial na maratona de Berlim

  5. 5

    São Silvestre abre inscrições a R$ 145

SEE PREVIOUS POSTS

Arquivo

  • ARQUIVO DE 01/11/2006 a 29/02/2012

Blogs da Folha

Categorias

  • Geral
  • Vídeos
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).