Conquistas do judô refletem preparo especializado, diz médico da delegação
16/07/15 07:17“O trabalho com os atletas do judô começou um mês antes dos jogos Pan Americanos quando foi definida a lista definitiva dos atletas que iriam a esta competição. Para cada um desses atletas, foi escolhido um atleta de apoio que iria com eles para auxiliar no treinamento. Também foram convocados os atletas da base que ficariam na ajuda na no período de aclimatação.”
Isso é o que nos conta o ortopedista MATEUS SAITO, médico que acompanhou a delegração brasileira de judocas que foi ao Pan em Toronto.
Doutor Mateus, que teve de sair apressadamente do grupo porque fraturou o joelho numa disputa amadora de basquete, escreveu este artigo especialmente para nosso blog. Aqui ele conta os bastidores, muito do que foi feito para que os atletas chegassem a Toronto em sua melhor forma e com as melhores condições para competir. Fiquemos, pois, com o texto que ele enviou diretamente de sua cama de recuperação. Obrigado, Saito, o blog +Corrida agradece.
“A concentração foi feita em Mangaratiba, litoral sul do Rio de Janeiro, próximo Angra dos Reis, onde a confederação brasileira de judô e o Comitê Olímpico Brasileiro farão aclimatação para os jogos Olímpicos do Rio de janeiro em 2016.
O hotel providenciou instalações para treinamento físico para treinamento específico do Judô e acomodação para os atletas, isolando-os da agitação do dia-a-dia, permitindo uma alimentação balanceada e todo o acompanhamento multi profissional que a CBJ oferece.
Houve acompanhamento de nutricionista, psicólogo, preparador físico, médico, fisioterapeuta, psicólogo, e os melhores técnicos.
O controle do peso é um ponto crucial para a preparação do atleta. Se ele chegar à competição muito pesado, ele é desclassificado. Se chegar muito leve, ficará em desvantagem em relação ao seu oponente.
Os atletas das seleções de base sub 18 e sub 21 em preparação para o Campeonato Panamericano sub 18 e sub 21, que seria será realizado na Costa Rica. Esses atletas tiveram a oportunidade de treinar com medalhistas olímpicos como Tiago Camilo e Mayra Aguiar, seus ídolos
A delegação partiu do do hotel onde estava hospedado e foi para o ano para aeroporto do Galeão. No aeroporto do Galeão estrategicamente fica localizada a sede da Confederação Brasileira de Judô, onde os atletas puderam deixar alguns pertences que não iria para o Canadá.
Depois de dez dias em Mangaratiba a delegação seguiu para a Universidade de York já em Toronto no Canadá.
O termo original para essa função do atleta de apoio é “ukê” , o atleta que ajuda o principal a aperfeiçoar os seus golpes. Optou-se por essa formação para evitar que um atleta principal se lesione ao apoiar outro.
Na Universidade de York montou ser uma base para o time Brasil. Essa base continha entre outras coisas um chef treinado em Saquarema onde aprendeu a fazer o feijão e arroz com tempero brasileiro. Essa alimentação era supervisionada pela nutricionista da base e pelas nutricionistas da confederação .
Os atletas iam para a vila Pan-Americana dois dias antes da sua luta assim em cada atleta teria mais tempo para treinar o máximo possível antes de ir para sua competição como médico responsável zelar pela saúde deles.
Sou médico ortopedista, especializado em cirurgia da mão. Também tenho o título de medicina esportiva. Esta formação me permite atender aos casos gerais de trauma e aos detalhes das lesões da mão, estrutura complexa que é a arma de muitos dos atletas.
Na VilaPpan-Americana, boa parte do piso térreo do prédio do Brasil foi destinado ao departamento médico, onde médicos e fisioterapeutas do cobre das modalidades trabalhar em conjunto para reabilitação e manutenção da saúde desses atletas.
A vila contava com uma policlínica com ressonância magnética, exames de ultrassom e laboratoriais. Também continha uma farmácia que dispensava os medicamentos prescritos para os atletas.
O refeitório apresentava nos tipos de comida tentando satisfazer o paladar de todos os países americanos. Uma inovação este ano foi nomear as diferentes ilhas de comidas com os nomes de bairros ou áreas conhecidos da cidade.
Uma boa surpresa neste ano foi a redução do espaço preservado para os refrigerantes em relação ao espaço da água, isotônico e suco de frutas. Também não havia a presença de fast food na praça de alimentação.”