Cresce presença de brasileiros em maratonas internacionais
29/04/15 11:15Crise ou não crise, os maratonistas brasileiros seguem viajando pelo mundo. E não é só para a vizinha maratona de Buenos Aires, para as provas gringas de Nova York e Disney ou para as belezuras de Paris. Os corredores brasucas estão virando verdadeiros globe trotters, segundo indica um estudo internacional recentemente publicado.
Segundo os dados divulgados pelo site RunRepeat, os brasileiros não estão entre os maiores viajantes do mundo, mas também não ficam lá na rabeira. De 2009 a 2014, diz a pesquisa, a presença de corredores brasileiros em provas internacionais aumentou 40,42%.
Pode não ser muita coisa, comparada à alta da presença russa, que foi de 300%, mas é muito mais significativa do que o movimento dos suíços, cuja participação em provas no estrangeiro caiu mais de 30%.
É bem verdade que o trabalho não é um levantamento estatístico que reflete o universo de cada país. Antes, é uma fotografia baseada em um corte no universo de maratonas internacionais.
O estudo acompanhou 12 provas ao longo de seis anos: Chicago, Marine Corps (Washington), Boston, Londres, Paris, Berlim, Frankfurt, Atenas, Amsterdã, Budapeste, Varsóvia e Madrid.
Com mais de 1 milhão de registros, foi possível montar quadros envolvendo atletas amadores de 47 países, analisando seu desempenho e também o grau de popularidade da maratona nas diversas nações (como eu escrevi em reportagem publicada na Folha, que você pode conferir AQUI).
Um dos recortes escolhidos foi a divisão por gênero: como é a presença das mulheres na maratona? Tem crescido? Quais os países mais feministas? E os mais misóginos?
A resposta, no plano geral, não é muito positiva: na média geral, as mulheres respondem por 29, 76% do total de concluintes no universo analisado. Os corredores dos Estados Unidos têm a divisão mais igualitária, com 45,15% de mulheres, seguidos por Canadá e Nova Zelândia.
No extremo oposto, aparecem Portugal e Espanha, com menos de 10% de mulheres.
A pesquisa também analisou o desempenho dos corredores de acordo com sua origem nacional. Os brasileiros estão na parte de baixo da tabela, com média de 4h21min21; os espanhóis são os melhores, com 4h55min35, e os oriundos das Filipinas, os piores: 5h05min13.
Abaixo você pode ver um quadro com a média de tempo por nação, contabilizando todo o período analisado (2009 a 2014). Para ver todos os dados da pesquisa, basta clicar AQUI.