Florence Kiplagat bate recorde mundial da meia maratona
16/02/15 11:30Nas mesmas ruas de Barcelona onde bateu o recorde mundial da maratona do ano passado, a queniana Florence Kiplagat estabeleceu neste domingo (15.2) nova melhor marca para a distância. Ela venceu a Mitja Marató de Barcelona em 1h05min09 (foto Divulgação).
Conseguiu tirar três segundos de sua marca anterior e ainda quebrou os recordes nas distâncias de 15 km e 20 km em provas de rua. Sem querer parecer ave de mau agouro e considerando acontecimentos recentes entre a elite feminina queniana, é bom esperar os resultados do antidoping…
Para estabelecer a nova marca, Kiplagat contou com coelhos masculinos, que a levaram em ritmo forte por mais da metade da prova. Ela sentiu-se obriga a reduzir, fazendo os últimos cinco quilômetros em 20 segundos a mais do que no ano passado.
“Já no quilômetro 11 eu percebi que daria para quebrar o recorde e fiquei ainda mais confidante na passagem do km 15. Mas achei melhor dar uma segurada porque estou me preparando para a maratona de Londres”, disse ela, esbanjando saúde.
Apesar dessa performance esplêndida, não há nada que garanta que ela possa desafiar o recorde mundial da maratona ou mesmo a segunda melhor marca do planeta. Ambas foram estabelecidas por Paula Radcliffe, que correu 2h15min25 em 2003 e 2h17min18 em 2002. A britânica, por sinal, voltará a correr a maratona de Londres em abril, na sua despedida do maratonismo profissional.
No ano passado, por exemplo, quando quebrou o recorde da meia maratona em Barcelona, acabou Mem segundo lugar na maratona de Londres, com 2h20min24. Aliás, nenhuma mulher c orreu a maratona em menos de 2h20 no ano passado; em 2013, apenas Rita Jeptoo conseguiu a façanha, mas ela está agora com suas marcas em risco porque foi pega em exame antidoping, como você já leu neste blog (se não leu, confira AQUI).
Afinal, como se sabe, não bastar multiplicar por dois o tempo na meia maratona para calcular o resultado na prova mais longa. Ainda que vários atletas da superelite internacional consigam fazer o que é conhecido como “split negativo” (fazer a segunda metade em menos tempo do que a primeira), a maioria perde força e energia, reduzidno o ritmo.
Tanto é assim que calculadoras automática de tempo de conclusão da maratona estimam em 2h15min49 a marca de chegada para quem passa a meia em 1h05min09 (o recorde que Kiplagat acabou de estabelecer). Ou seja, ficaria aquém do tempo de Radcliffe. Outra calculadora, baseada em diferentes critérios, prevê marca ainda pior: 2h17min07.
Mas tudo isso é papel, lápis e computador. Na hora do vamo ver, o que vale mesmo é a borracha queimando o asfalto.
Vamo que vamo!