Corredora critica atendimento médico na São Silvestre
02/01/15 18:43No final do ano passado, acompanhei pela tevê a 90ª edição da corrida de São Silvestre. Fiz ao vivo meus comentários na minha página do Facebook (AQUI) e no meu Twitter (AQUI).
De longe, deu para sofrer com a turma o calorão das passagens e também me empolguei com o esforço do Giovani dos Santos para tentar encostar no pelotão líder, em plena subida da Brigadeiro. Não é fácil para ninguém, que o diga Mark Korir, que já estava quase festejando, com um sorriso amarelo, o bivice e acabou caindo para o quarto lugar.
Bueno, de longe, fiquei só imaginando a diversão da massa e também calculando os perrengues e erros que a organização faria neste ano.
Começou com a trapalhada da identificação dos números de peito: muitos corredores receberam o número em que o nome da corrida era a Volta Internacional da Pampulha.
Bueno, isso é chato, mas não atrapalha a corrida de ninguém.
Já o mau atendimento durante a prova é prejudicial. E deixa sequelas tanto para o corredor que sofre quanto para a organização, que fica mal falada.
Veja só, por exemplo, o que aconteceu com a Ana Sílvia D`Alessandro, que estava superentusiasmada para fazer sua segunda São Silvestre. Tão entusiasmada que nem deu bola para o braço engessado, culpa de lesão anterior, e resolveu se jogar na Paulista.
Acelerou, brincou, correu e sofreu. Tanto que parou no atendimento médico. Daí, meus amigos, a coisa degringolou. Mas me adianto.
Em vez de eu seguir, deixo com você o relato da corredora, que já foi um das organizadores do grupo Corredores de São José dos Campos e Regão e atualmente organiza esporadicamente treinos independentes para uma assessoria esportiva. Ela mandou para mim a seguinte mensagem, com a devida autorização para divulgação:
“A desorganização foi tamanha!!! Correr sob sol forte e o primeiro posto de hidratação ficar a kms da largada foi lamentável.
Particularmente, motivo que faz com que lhe escreva, foi o que ocorreu comigo. Estou com gesso no braço e, appesar das orientações do treinador, claro que me lancei para ganhar tempo nas duas descidas iniciais.
O braço reclamou.
Parei na ambulância solicitando analgésico. Fui atendida . Recebi comprimido de paracetamol e aguardei o copo de água. Não tinha!!!! Isso. Não havia! E a hidratação estava ainda distante para quem necessitasse de algo mais urgente. Saquei minha dose de 30ml de isotônico e tomei.
A senhora que foi atendida depois de mim não tinha líquido com ela. Engoliu a seco e depois desistiu.
Infelizmente o atendimento não foi registrado pois a atendente ( não sei a profissao exata) não localizou o livro de registro das ocorrências. Isso! Ela me fez esperar, virou, remexeu e nada do tal livro.
Foi bom: a dor foi se transformando em indignação e fui querendo sair dali.
Saí aborrecida! A falta de zelo para conosco foi grande.”
E assim termina o relato da corredora, que conseguiu terminar sua prova e teve a medalha da São Silvestre para ajudar nos festejos da virada do ano.
Fica o regsitro de mais um problema no atendimento aos atletas. Pode ter sido pequeno, mas, no caso da senhora atendida depois de D`Alessandro, teve como consequência a desistência da corrida.
Afora isso, digo e repito: no verão brasileiro, ou no período de calor, de setembro a maio (pelo menos; em algumas regiões, o calor forte dura o ano inteiro), as corridas deveriam começar no máximo às sete da manhã. Maratonas poderiam começar ainda mais cedo para colaborar com a saúde e o desempenho dos atletas.
Bueno, termino esta primeira mensagem do ano lhe desejando um ótimo 2015, com muita alegria corrida! VAMO QUE VAMO!!!
Ela com braço engessado nem deveria estar correndo! De cara o erro foi dela! Mas todos sabemos como é a SS e não deveriamos esperar muita organização, visto que, se fosse do interesse dos mesmos ela poderia melhorar em tudo!
Prezados, o titulo do artigo está errado. Sou professora de enfermagem e mãe de um medico. Esta falha foi de enfermagem a quem compete cuidar das pessoas, por exemplo, das necessidades essenciais como a hidratação. Enquanto não valorizarmos a profissão, entendendo sua importância e papel social, estaremos atribuindo tudo a uma única categoria, que sem duvida não dá conta de tudo. Meus colegas talvez fiquem indignados com meu comentário, mas autonomia na profissão também implica em responsabilidade.
Damaris Gomes Maranhão
Obrigado pela sua elucidação Damaris. A maioria das pessoas não atentam para essa diferença e atribuem responsabilidades para quem não as tem – e você didaticamente nos ajuda a entender isso.
Abraço e parabéns!
Além de não ter água gelada em nenhum posto.
E faltou água de um lado no posto do Largo São Francisco.
Acho que precisam aumentar o valor da inscrição para esse ano para poder comprar gelo.
Não foi padrão FIFA.
E VAMOS QUE VAMOS.
Existem pessoas sem noção, correr com uma fratura, que irresponsabilidade!!
É, eu participei este ano, pela primeira vez corri sem inscrição, corri a prova toda cantando, brincando e incentivando as pessoas ao meu lado, ouvi muita reclamação, principalmente no primeiro abastecimento de água o que foi feito em uma rua muito estreita para o tamanho da prova, no demais foi só emoção do inicio ao fim.
A tradicional corrida de São Silvestre de São Paulo sempre será a noturna – ela deixou de ser tradicional quando virou vespertina e “acabou” quando passou para a manhã.
Quanto ao percurso, o primeiro posto d’água estava localizado ao sair da Av. Pacaembu onde se formou um funil e os corredores tiveram que parar de correr no tumulto que se formou – ou seguir adiante por uma quadra até o Memorial da A.L., e assim cortar um quilômetro do percurso. Muitos fizeram isso!
Desrespeito e amadorismo, anos após anos, já não dá pra esperar nada além disso…