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Rodolfo Lucena

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Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Corredora critica atendimento médico na São Silvestre

Por Rodolfo Lucena
02/01/15 18:43

No final do ano passado, acompanhei pela tevê a 90ª edição da corrida de São Silvestre. Fiz ao vivo meus comentários na minha página do Facebook (AQUI) e no meu Twitter (AQUI).

De longe, deu para sofrer com a turma o calorão das passagens e também me empolguei com o esforço do Giovani dos Santos para tentar encostar no pelotão líder, em plena subida da Brigadeiro. Não é fácil para ninguém, que o diga Mark Korir, que já estava quase festejando, com um sorriso amarelo, o bivice e acabou caindo para o quarto lugar.

Bueno, de longe, fiquei só imaginando a diversão da massa e também calculando os perrengues e erros que a organização faria neste ano.

Começou com a trapalhada da identificação dos números de peito: muitos corredores receberam o número em que o nome da corrida era a Volta Internacional da Pampulha.

Bueno, isso é chato, mas não atrapalha a corrida de ninguém.

Já o mau atendimento durante a prova é prejudicial. E deixa sequelas tanto para o corredor que sofre quanto para a organização, que fica mal falada.

Veja só, por exemplo, o que aconteceu com a Ana Sílvia D`Alessandro, que estava superentusiasmada para fazer sua segunda São Silvestre. Tão entusiasmada que nem deu bola para o braço engessado, culpa de lesão anterior, e resolveu se jogar na Paulista.

Acelerou, brincou, correu e sofreu. Tanto que parou no atendimento médico. Daí, meus amigos, a coisa degringolou. Mas me adianto.

Em vez de eu seguir, deixo com você o relato da corredora, que já foi um das organizadores do grupo Corredores de São José dos Campos e Regão e atualmente organiza esporadicamente treinos independentes para uma assessoria esportiva. Ela mandou para mim a seguinte mensagem, com a devida autorização para divulgação:

“A desorganização foi tamanha!!! Correr sob sol forte e o primeiro posto de hidratação ficar a kms da largada foi lamentável.

Particularmente,  motivo que faz com que lhe escreva, foi o que ocorreu comigo. Estou com gesso no braço e, appesar das orientações do treinador, claro que me lancei para ganhar tempo nas duas descidas iniciais.

O braço reclamou.

Parei na ambulância solicitando analgésico.  Fui atendida . Recebi comprimido de paracetamol e aguardei o copo de água.  Não tinha!!!! Isso. Não havia! E a hidratação estava ainda distante para quem necessitasse de algo mais urgente.  Saquei minha dose de 30ml de isotônico e tomei.

A senhora que foi atendida depois de mim não tinha líquido com ela. Engoliu a seco e depois desistiu.

Infelizmente o atendimento não foi registrado pois a atendente ( não sei a profissao exata) não localizou o livro de registro das ocorrências.  Isso! Ela me fez esperar, virou, remexeu e nada do tal livro.

Foi bom: a dor foi se transformando em indignação e fui querendo sair dali.

Saí aborrecida! A falta de zelo para conosco foi grande.”

E assim termina o relato da corredora, que conseguiu terminar sua prova e teve a medalha da São Silvestre para ajudar nos festejos da virada do ano.

Fica o regsitro de mais um problema no atendimento aos atletas. Pode ter sido pequeno, mas, no caso da senhora atendida depois de D`Alessandro, teve como consequência a desistência da corrida.

Afora isso, digo e repito: no verão brasileiro, ou no período de calor, de setembro a maio (pelo menos; em algumas regiões, o calor forte dura o ano inteiro), as corridas deveriam começar no máximo às sete da manhã. Maratonas poderiam começar ainda mais cedo para colaborar com a saúde e o desempenho dos atletas.

Bueno, termino esta primeira mensagem do ano lhe desejando um ótimo 2015, com muita alegria corrida! VAMO QUE VAMO!!!

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Comentários

  1. Mario comentou em 05/01/15 at 6:23

    Ela com braço engessado nem deveria estar correndo! De cara o erro foi dela! Mas todos sabemos como é a SS e não deveriamos esperar muita organização, visto que, se fosse do interesse dos mesmos ela poderia melhorar em tudo!

  2. Damaris Gomes Maranhão comentou em 04/01/15 at 17:21

    Prezados, o titulo do artigo está errado. Sou professora de enfermagem e mãe de um medico. Esta falha foi de enfermagem a quem compete cuidar das pessoas, por exemplo, das necessidades essenciais como a hidratação. Enquanto não valorizarmos a profissão, entendendo sua importância e papel social, estaremos atribuindo tudo a uma única categoria, que sem duvida não dá conta de tudo. Meus colegas talvez fiquem indignados com meu comentário, mas autonomia na profissão também implica em responsabilidade.
    Damaris Gomes Maranhão

    • JC Góes comentou em 06/01/15 at 15:53

      Obrigado pela sua elucidação Damaris. A maioria das pessoas não atentam para essa diferença e atribuem responsabilidades para quem não as tem – e você didaticamente nos ajuda a entender isso.
      Abraço e parabéns!

  3. Fernando Costa comentou em 04/01/15 at 15:57

    Além de não ter água gelada em nenhum posto.
    E faltou água de um lado no posto do Largo São Francisco.
    Acho que precisam aumentar o valor da inscrição para esse ano para poder comprar gelo.
    Não foi padrão FIFA.
    E VAMOS QUE VAMOS.

  4. Jorge comentou em 04/01/15 at 12:07

    Existem pessoas sem noção, correr com uma fratura, que irresponsabilidade!!

  5. Jaime Paixão dos Santos comentou em 04/01/15 at 1:47

    É, eu participei este ano, pela primeira vez corri sem inscrição, corri a prova toda cantando, brincando e incentivando as pessoas ao meu lado, ouvi muita reclamação, principalmente no primeiro abastecimento de água o que foi feito em uma rua muito estreita para o tamanho da prova, no demais foi só emoção do inicio ao fim.

  6. JC Góes comentou em 03/01/15 at 19:13

    A tradicional corrida de São Silvestre de São Paulo sempre será a noturna – ela deixou de ser tradicional quando virou vespertina e “acabou” quando passou para a manhã.
    Quanto ao percurso, o primeiro posto d’água estava localizado ao sair da Av. Pacaembu onde se formou um funil e os corredores tiveram que parar de correr no tumulto que se formou – ou seguir adiante por uma quadra até o Memorial da A.L., e assim cortar um quilômetro do percurso. Muitos fizeram isso!
    Desrespeito e amadorismo, anos após anos, já não dá pra esperar nada além disso…

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