Corredor muda de assunto e conversa com Ken Follett sobre literatura e best-sellers
03/09/14 13:10A primeira benesse que a fama e a fortuna propiciaram para o escritor britânico Ken Follet foi a possibilidade de mudar com a família para o sul da França, apreciando a boa comida, o bom clima, as belezas e o sol delicioso da região. Até então era um fracassado candidato a escritor. Funcionário de uma editora, produzia no tempo livre histórias de espionagem.
Foram aceitas por editoras, viraram livros, mas uma a uma encalharam nas prateleiras. Foram dez tentativas. O décimo-primeiro livro de Follett foi “O Buraco da Agulha”, lançado em 1978 com estrondoso sucesso, ampliado depois de virar um ótimo filme estrelado pelo não menos ótimo Donald Sutherland.
Desde então, o autor britânico acumula best-sellers de leitura extensiva: vários volumes têm mais de mil páginas. Isso não assusta seu leitorado, que já comprou mais de 150 milhões de exemplares e, a julgar pelas expectativas de mercado, vai continuar se divertindo com as rocambolescas tramas que Follet arquiteta.
Na semana passada, ele esteve brevemente no Brasil. Deu uma palestra durante a Bienal do Livro, quando também autografou alguns exemplares de seu mais recente sucesso, “Eternidade Por Um Fio”, que finaliza a triologia “Século”. Na manhã de quinta-feira, 28 de agosto, conversei com ele em um dos restaurantes do luxuoso hotel em que estava instalado em São Paulo (foto Ernesto Rodrigues/Folhapress).
Em boa forma física, vestia um elegante terno quase completo –faltavam-lhe as meias. Apesar de viajar por empresa britânica de alto coturno, teve a bagagem extraviada pela companhia, que lhe prometia entregar as malas perdidas em 24 horas.
A reportagem que produzi com, base na entrevista foi publicada na Folha no sábado 29 (leia AQUI), mas nossa conversa rendeu muito mais que os parcos caracteres impressos. Por isso, deixo hoje de falar de corrida e trago para você a transcrição de minha conversa com um dos maiores escritores de best-sellers do mundo.
Por que seus livros são tão grossos?
Bem, essa é uma longa história, a história do século 20. São três longos livros. É por causa da história. Há algumas histórias são curtas, dão livros pequenos, como um pequeno livro sobre um assassinato. Pode ser muito rápido. Mas, se você tem um grande livro como esse, que é sobre guerras, revoluções, política, romance, é um livro grande. As pessoas gostam de livros grandes.
Parece que é uma tendência…
As pessoas gostam de livros grandes. Se um livro é bom, as pessoas querem ficar lendo por bastante tempo. Claro que, se for chato, é terrível… Você lê algumas páginas e fica pensando em quanto mais vai ter de ler… Mas, se é empolgante, interessante, você não quer que ele termine. Meus livros grossos são mais populares que meus livros mais curtos…
O senhor recebe feedback dos leitores?
Sim, claro, ele tuítam, respondem aos meus tuítes, mandam cartas, e eu tenho uma página no Facebook. Então ouço muito os meus leitores. O que eu gosto de ouvi-los dizendo é “comecei a ler seu livro e não consegui mais parar”. “Pilares da Terra” foi o primeiro livro realmente longo que eu escrevi, com mais de mil páginas… E um dos leitores me disse: “Eu adorei, mas queria que fosse maior”.
Por que escrever um livro sobre o século 20, tendo sucesso garantido nos cenários medievais?
Eu queria produzir outro livro grande, mas não queria continuar imediatamente no terreno medieval depois de “Mundo Sem fim”. Eu fiquei matutando sobre o que eu deveria escrever, qual seria um período empolgante da história, e então pensei no século 20. É muito dramático. Nós tivemos três grande guerras: a Primeira Guerra Mundial, a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria.
A Primeira Guerra foi a guerra mais terrível que a humanidade tinha tido até então, e a Segunda Guerra Mundial foi ainda pior. E a Guerra Fria nunca se transformou numa guerra quente, mas, se tivesse se transformado, nós todos estaríamos mortos, o mundo destruído. É terrivelmente dramático e é a nossa história. Você e eu nascemos no século 20, assim como nossos pais. As coisas que aconteceram no século 20 aconteceram conosco, nós estávamos lá, nós vivemos algumas desses eventos, e nossos pais e avós participaram de alguns deles.
Eu tenho fotos de meu avô em seu uniforme de soldado da Primeira Guerra Mundial. Ainda bem que ele não chegou a ir para o front de batalha, porque então provavelmente eu não estaria aqui falando com você. É a nossa história, uma história tremendamente dramática. Quando eu comecei a pensar no século 20 dessa forma, fiquei realmente empolgado.
O senhor faz muita pesquisa antes de escrever seus livros?
Para escrever “Eternidade Por Um Fio”, fiz duas viagens especiais. Fui a Cuba, porque uma das piores crises da Guerra Fria foi a Crise dos Mísseis, e geralmente as pessoas escrevem a respeito a partir do ponto de vista norte-americano. Mas eu queria que um de meus personagens estivesse em Cuba, porque aquilo poderia ser muito mais assustador. Um dos meus personagens está em Cuba. Eu precisava mesmo ir até lá, apenas por alguns dias, para sentir como é o país, para ver como é Cuba…
E como é Cuba?
As pessoas são muito bacanas, foi uma viagem ótima, mas é um país muito pobre. É um país muito pobre, mas as pessoas parecem muito felizes, alegres. Eles se divertem. Talvez seja por causa do clima, eles têm tempo bom por lá. Se você for pobre na Escócia, a vida é terrível porque você é pobre e passa muito frio. Mas imagino que, se você é pobre em Cuba, pelo menos você está quentinho. Não sei… Qualquer que seja a razão, Cuba se destaca para mim como um país muito pobre, mas muito alegre, feliz. Isso foi muito interessante.
E sua outra viagem?
Eu fui para o Sul profundo dos Estados Unidos para estudar a história da campanha pelos Direitos Civis, que é uma parte grande do meu livro, a campanha para que os afro-americanos tivessem direitos iguais aos dos brancos. Eu sabia bastante sobre a história, mas queria conhecer alguns dos lugares onde aconteceram aquelas manifestações e enfrentamentos, batalhas de verdade.
Foi muito comovente. Aquelas pessoas que, nos anos 1960, foram espancadas, presas ou mortas –muita gente foi assassinada naquele período–, aquelas pessoas são heróis hoje em dia. E há estátuas em homenagem a eles. Nos anos 1960, eles foram tratados como as piores pessoas do mundo, agora são grandes heróis. Foi uma viagem emocional. Eles enfrentaram aquela batalha e venceram. E hoje os Estados Unidos têm um presidente afro americano. O que é surpreendente.
E era impensável naquela época…
Totalmente! A maioria daquelas cidades não tinha sequer um policial afro-americano. Era uma força policial totalmente branca. Então a mudança é realmente impressionante. Foi uma viagem muito interessante. E é uma parte muito dramática do século 20 e da história do meu livro.
O senhor também conheceu um parlamentar cuja história lembra a de um de seus personagens…
John Lewis. Nos anos 1960, ele era líder de um grupo chamado SNCC (Student Nonviolent Coordinating Committee, comitê de coordenação de estudantes pela não-violência). Ele tinha 20 anos e era o líder desse grupo, e ele foi espancado, sua cabeça foi quebrada pela polícia em uma daquelas manifestações. É uma lesão muito grave… E hoje ele é um membro do Congresso norte-americano. Eu o entrevistei.
O senhor mesmo faz toda pesquisa ou tem pesquisadores que o auxiliam?
Eu faço a maior parte da pesquisa. Há um pesquisador que me ajuda de vez em quando para encontrar material mais difícil, livros antigos, mapas antigos, velhas fotografias… Mas a pesquisa mesmo sou eu quem faz, não posso passar isso para outra pessoa.
Eu uso especialistas na revisão. Depois de escrever a primeira versão de uma história, mostro para várias pessoas… No caso de “Eternidade por um Fio”, mostrei para especialistas em história dos EUA, da Rússia, da Alemanha e também para algumas pessoas que viveram aqueles momentos –eu tenho um amigo que foi um artista pop nos anos 1960, tenho dois amigos que lutaram no Vietnã. No caso dos especialistas, eu pago para que eles façam uma revisão e façam um relatório detalhado de suas observações. Daí eu corrijo e reescrevo.
No seu livro, houve alguma parte mais complicada para escrever?
Bem, eu não sabia direito como iria falar da vida sexual do presidente Kennedy. Porque é sabido que ele teve muitas mulheres, centenas delas… E isso é uma parte importante da história, e eu não sabia direito tratá-la. Mas então uma das amantes de Kennedy, Mimi Alford, escreveu um livro [“Once Upon a Secret”, Era uma vez um segredo (2013)] que foi publicado enquanto eu estava trabalhando em “Eternidade por um Fio”. Eu li o livro e entrei em contato com ela, pedi para me ajudar e ela concordou. Então cenas de sexo envolvendo o presidente Kennedy são autênticas. Pensei que seria difícil, mas, quando ela concordou em me ajudar ficou fácil.
Seus livros são produzidos como entretenimento, mas o senhor acredita que eles possam ser também educativos?
Acho que as pessoas leem meus livros por prazer, porque gostam da história. Mas eles também gostam da sensação de ter aprendido alguma coisa ou entendido melhor algum momento. Talvez as razões do início da Primeira Guerra ou da Guerra do Vietnã. Não foi por isso que eles compraram o livro, mas é uma espécie de bônus, um extra. Acho que os leitores gostam disso. Nós escritores temos de dar aos leitores algo que eles não possam ter na televisão. Os dramas televisivos são ótimos, mas eu quero que as pessoas desliguem a TV e peguem meus livros. Então eu tenho de dar a elas alguma coisa especial. E aprender algo de história é como os extras que você recebe nos DVDs…
O senhor trabalha com muitos fatos, muitos personagens. Há um método para não se perder no meio da história?
Eu passo muito tempo planejando cada livro. Para esse livro, por exemplo, foram oito meses de planejamento. Então, antes de começara escrever o primeiro capítulo eu faço um looongo sumário do livro, que conta o que acontece em cada capítulo, mostra quem são os personagens, quais seus sentimentos, o que eles esperam, o que eles temem… Então, grande parte do livro está definida desde o início.
Quando escrevo a primeira versão, trabalho com esse sumário na minha frente. Vejo o que acontece no capítulo um, qual a primeira coisa, o que vem depois e assim por diante. Ter esse esboço torna mais fácil escrever a história, garante que o conjunto seja coerente. Antes de começar a escrever o primeiro capítulo eu já sei como o livro vai terminar. Tudo se movimenta logicamente em direção àquele desfecho.
O senhor nunca é surpreendido por algum personagem, como alguns autores às vezes comentam a respeito de suas criaturas?
Não, isso não acontece comigo. Algumas vezes eu chego a algum ponto na história e percebo que o que eu escrevi no esboço não vai funcionar e daí eu tenho de mudar, pensar em algo diferente. Mas isso não acontece muitas vezes porque eu invisto muito tempo no planejamento da história, pensando nessas pessoas, nas suas vidas, no que eles querem, o que eles temem… Então a maioria das decisões artísticas é tomada quando eu faço o plano geral do livro.
E quanto o senhor trabalha, tem um horário definido?
Eu escrevo o dia todo. Às vezes leio autores que dizem que escrevem pela manhã. Gabriel García Márquez costuma dizer que escrevia pela manhã e escrevia à tarde Bem que eu gostaria! Para mim, a escrita toma o dia todo. Eu gosto de começar cedo, de manhã eu estou cheio de energia… De tarde, lá pelas cinco da tarde, eu já estou meio esgotado. Em geral, paro de trabalhar às cinco e às seis eu tomo uma taça de champanhe.
Para cada livro, eu traço um plano de trabalho. Eu vejo quantas páginas o livro vai ter calculo quantas páginas preciso escrever por dia para terminar no prazo desejado. E daí vou em frente. Se chego na sexta e não estou com a cota da semana pronta, escrevo no sábado. Se sábado não for suficiente, trabalho no domingo.
O senhor falou de seu champanhe diário. O senhor é um apreciador de vinhos?
Eu gosto muito de champanhe, em geral bebo champanhe. Eu conheço bastante os vinhos franceses, mas gosto de todos os tipos de vinho. Gosto muito dos vinhos espanhóis, por exemplo, ou dos italianos, algumas vezes dos vinhos australianos.
Além de apreciar vinhos, o que o senhor faz quando não está escrevendo?
Gosto muito de ir ao teatro. Vivo em Londres, então há muitos teatros para ir, é uma das vantagens de viver em Londres. Eu gosto especialmente de peças de Shakespeare… E eu toco baixo em duas bandas, e venho fazendo isso há muitos anos. É ótimo, muito relaxante, muito divertido. E muito diferente de escrever…
Uma das boas coisas de tocar numa banda é que você percebe na hora qual o sentimento do público, se a plateia está gostando ou não. Com o livro é muito diferente. Você demora dois anos, às vezes três anos para escrever, depois tem de ser impresso, vai para as livrarias, as pessoas compram, e eventualmente algum leitor manda uma carta ou um tuíte…
Com a banda, você vê: se eles dançam ou se mexem, é porque você está indo bem… Se estão quietos, é terrível… Você tem de fazer algo, tocar melhor, uma outra música talvez, é muito difícil… Mas você sabe na hora a reação do público; com o livro, demora anos para você saber se gostaram.
A crítica costuma torcer o nariz para best-sellers, que não são considerados alta literatura. È importante fazer alta literatura?
Para mim, não é importante. Eu sempre quis escrever histórias que encantassem milhões de pessoas. Eu entendo que outros autores tenham projetos diferentes. Alguns deles, escritores de alta literatura, são meus amigos,e eu respeito o que eles fazem, mas não é o que eu faço. Eu não esse conceito sobre o meu trabalho.
Eu sempre penso sobre os leitores quando eu escrevo. Será que eles vão acreditar que tal fato acontecer?, será que eles vão se interessar?, será que eles vão se importar?, será que eles vão se perguntar o que vem depois?. Eu faço essas perguntas a mim mesmo, penso nos leitores o tempo todo.
Meus amigos que produzem alta literatura não pensam desse jeito, eles não se perguntam sobre os leitores. Muitos deles dizem que escrevem para eles mesmos, escrevem o que eles pensam que é bom. Talvez outras pessoas gostem, talvez não, mas eles escrevem do mesmo jeito. Eu não fui assim, eu tento escrever o que as pessoas vão gostar.
Considerando a resposta dos leitores, são seriam os best-sellers a alta literatura?
O público com certeza é um crítico severo. Se eles não gostam de um livro, não vão comprar o próximo. Mesmo que você tenha escrito 25 sucessos, você ainda tem de garantir que seu próximo livro seja bom. Não penso muito sobre o que é ou deixa de ser alta literatura, sei que muitas pessoas pensam e há muita gente que não considere importante a literatura popular…
Eu realmente escrevo de uma maneira muito tradicional. De certa forma, escrevo do jeito que autores do século 19 escreviam: há uma história, há personagens, há acontecimentos, não é algo impressionista. Claro que nós sabemos que, no século 20, autores fizeram várias experiências com o romance, e tivemos livros muito incomuns, como “Ulisses”, de James Joyce, ou a obra de Proust,q eu foi algo completamente diferente. Mas eu não faço isso, eu escrevo do jeito tradicional, e quase todos os autores na lista de best-sellers escrevem de forma tradicional.
O senhor falou da reação severa do público. Algum de seus livros foi rejeitado?
Não (bate na madeira…). Bem, meus primeiros livros, os livros do começo de minha carreira não fizeram sucesso. Escrevi dez livros que foram um fracasso até fazer “O Buraco da Agulha”. Desde então, todos os meus livros fizeram sucesso.
E como “O Buraco da Agulha” mudou sua vida?
Bom, com o sucesso de “O Buraco da Agulha” eu pude deixar de trabalhar em outras coisas e me dedicar somente a escrever. Eu trabalhava numa editora, pedi demissão e me transformei em escritor de tempo integral. E tinha muito mais dinheiro do que antes, o que foi muito bom. E fui morar com a minha família na França, que era um sonho antigo, morar no sul da França, que é quente e ensolarado.
Mas a coisa mais importante, quando aquele livro fez sucesso, era saber se eu poderia escrever outro livro tão bom. Muita gente escreve um bom livro e então sua carreira acaba, eles simplesmente não conseguem fazer sucessos novamente. Isso acontece com muita gente. E eu pensava: será que isso vai acontecer comigo? E eu pensava que tinha de escrever logo outro livro e que ele precisava ser tão bom quanto “O Buraco da Agulha”. E acho que, de certa forma, é o que eu venho fazendo desde então…
Com “Pilares da Terra”, o sucesso foi ainda maior…
Aquilo foi diferente. Até então, eu vinha escrevendo livros de espionagem, e “Pilares da Terra” foi sobre a construção de uma igreja na Idade Média. Foi uma mudança bastante radical, mas no final se tornou maios popular do que tudo que eu tinha escrito até então. Foi um sucesso enorme. Escrever aquela história foi uma boa decisão. Foi uma decisão arriscada, e muita gente tinha dúvidas sobre aquele caminho, mas realmente funcionou bem.
Nos últimos anos, a sua mulher se tornou a presidente de sua companhia. Como é trabalhar com ela?
É ótimo! Ser um escritor é um negócio, mas, se eu gastar meu tempo cuidando dos negócios não vou escrever livros. Eu tenho de me concentrar nisso, em escrever. Toda essa história com advogados, contadores, contratos, é muito difícil de administrar. Minha mulher estava na política, era congressista. Quando ela se aposentou, pedi que ela cuidasse dos meus negócios, e estou muito feliz com isso, eu não preciso me preocupar com nada…
Escrever livros em série é uma tendência….
Não sei. Quando escrevi “Pilares da Terra”, as pessoas começaram a me perguntar sobre o que viria depois. De certa forma, houve uma demanda dos leitores. Era o que eles queriam… E eu esperei bastante tempo, foram 18 anos de intervalo até que eu lancei uma sequência de “Pilares da Terra”, mas por todo aquele tempo os leitores me pediam uma sequência. Como leitor, eu também gosto de séries…
Planos para o futuro…
Estou escrevendo um terceiro livro da série “Pilares…”. O segundo da série se passa 200 anos depois de “Pilares da Terra”; neste agora serão outros 200 anos de intervalo, então é no século 16. E é sobre espionagem, porque no século 16 já havia espiões e havia muitas armações, muitos planos para matara a rainha Elizabeth… Essa é a história em que estou trabalhando. Depois disso, não sei direito. Eu pretendo escrever uns três livros nos próximos nove anos, livros longos como esses, mas mais que isso não sei…
Muito boa a sua entrevista! Eu sou apreciador de “literatura pra valer” mas já li livros do Follet para me dirvertir e me diverti muito. Não gosto quando entrevistadores de autores de best-sellers se colocam numa posição superior e ficam fazendo perguntas provocadoras enquanto mantêm um ar “blasé”. A sua foi ótima e o fato dele falar que é amigo de autores “sérios” foi muito bom para esclarecer que não há uma briga entre essas pessoas (pelo menos não por causa disso …) e a convivência é boa de modo geral, apesar do que é insinuado em algumas reportagens ou críticas.