GPS da Suunto para corrida é bom, mas tela pode melhorar
14/07/14 10:01Nas últimas semanas, testei o Ambit2 R, relógico com GPS especial para corrida desenvolvido pela Suunto, empresa finlandesa conhecida por seus relógicos esportivos e equipamentos de alta tecnologia voltados para esportes de aventura.
O aparelho é muito bom, em alguns aspectos até melhor que concorrentes da mesma faixa de preço. Seu ponto mais fraco, porém, pode fazer que um eventual candidato a comprador desista da aquisição: a qualidade da tela e a apresentação dos resultados.
Vamos por partes.
Para meu gosto, o relógio é lindo. É um pouco maior e mais pesado do que o GPS que uso normalmente (aproximadamente 70 gramas contra 50 gramas do meu), mas não é mangolão. Homens de pulso mais fino e mulheres que prefiram aparelhos mais delicados provavelmente não vão gostar; uma opção na cor branca dá impressão de mais leveza, mas obviamente tamanho e peso são os mesmos.
Não dá para sair usando de saída. É preciso, no mínimo, ler o Guia Rápido de operação para entender qual botão faz o quê. São cinco, dois do lado esquerdo e três do direito e, surpresa!, nenhum deles é liga/desliga; o Suunto fica ligado direto, funcionando como relógio normal quando não em tarefa de corrida.
Os botões mais usados são os da direita, para iniciar, parar e gravar corrida (o do alto), trocar de tela, selecionar tarefas e dar Ok (o do centro) e iluminar a tela e bloquear a tela (o de baixo). Os botões superior e inferior também funcionam como navegadores nos menus.
Donde você já percebeu que, diferentemente de boa parte dos GPS lançados mais recentemente, o da Suunto não tem tela sensível ao toque. Para mim, tudo bem: os modelos com tela sensível ao toque que testei funcionaram bem, mas exigem muito mais cuidado e precisão no acionamento do que os de botão.
Gostei muito do fato de que, na primeira operação, não é preciso dar muitas explicações ao aparelho. Na verdade, não se faz nenhuma configuração com os botões. Apenas aciona-se o botão de partida, que abre o menu Exercício; com o botão central, seleciona-se a atividade (Corrida, no caso).
Antes de abrir a tela específica, o aparelho procura o sinal do satélite e faz o emparelhamento com a cinta de monitoramento cardíaco (bem confortável, similar às mais novas da Garmin, ainda que de design diferente). Isso leva alguns segundos. Quando volta a tela de corrida, basta apertar o botão de superior, do lado direito, e sair correndo.
A sequência também é simples. Para interromper a cronometragem, basta um leve toque no mesmo botão; outro toque a faz recomeçar. Quando terminar, aperte o botão e segure um pouquinho. O aparelho arquiva automaticamente o exercício.
Daí vem a parte mais demorada do processo de relacionamento com o Suunto. É preciso fazer criar uma conta no serviço online da empresa (Movescount) e apresentar o relógio para o sistema. Uma vez feito isso, o usuário passa a ter um sistema muito confortável e prático para configurar o aparelho: é tudo feito via computador, usando seu teclado grande e/ou o mouse.
Parar mim, foi ótimo, muito melhor do que fazer a configuração via botões, na telinha do relógio. Em outros aparelhos, é preciso fazer esdrúxulas combinações de toques nos vários botões para mexer nas configurações. Claro que já decorei o do meu, que é bastante simples, mas, de qualquer forma, o do Suunto é muito confortável.
E o site é ótimo, comparável aos melhores momentos do sistema da Garmin; do ponto de vista da apresentação, é até mais bonito e modernoso, na avaliação deste vivente.
No site, dá para fazer gato e sapato com o relógio. Mostra todos os dados, tanto expandindo uma tela para cada um, com gráficos (velocidade ou altimetria, por exemplo), quanto colocando tudo numa imensa e completíssima tabela, que facilita a comparação dos diversos itens examinados.
O site é também a porta de entrada para compartilhar os dados, se você quiser, e para dar um enorme banho de loja no seu relógio, enchendo o bicho de aplicativos gratuitos.
Você pode ter um treinador virtual ou um corredor fantasma, que o desafia no treinamento (a Garmin também tem isso); há aplicativo para medir a eficiência da corrida e um calculador de tempo da maratona, baseado no desempenho no treino.
Há aplicativos divertidos, como o que calcula quantas cervejas você pode tomar, sem ganho de peso, depois de um determinado exercício; há um similar para vinho, mas não encontrei um para chocolate… Ah, o usuário pode também criar seu próprio aplicativo modelo disponível do site (eu nem tentei…).
Entre as tantas configurações disponíveis, o usuário pode modificar e organizar as informações que quer ver na tela. Com o que chegamos ao que me pareceu o ponto mais negativo do Ambit2 R.
A tela é grande, maior do que a do Garmin 210, o que permitiria apresentar números de bom tamanho. Não é, porém, o que faz a Suunto.
Por padrão, a tela tem três divisões. A mais importante é a central, com algarismos grandes, maiores do que o similar da Garmin; nas outras subdivisões –a superior e a inferior–, o tamanho dos algarismos despenca, ficando menor do que os apresentados na tela do concorrente.
Não medi com régua nem os algarismo do Garmin nem os do Suunto; as informações que dou são de impressão da visualização, que é o que importa para o corredor. Talvez o mais importante, na verdade, não seja exatamente o tamanho dos algarismos, mas sim a tipologia usada, o contraste e a definição da tela.
Em tudo isso, o Suunto deixa a desejar. Com 57 anos, já não tenho a visão de outros tempos e uso óculos para leitura; nos treinos, vou sem óculos, mas não às cegas. Consigo ver os números com muito mais facilidade no meu GPS do que no Suunto testado.
Imaginei que, se ficassem apenas dois campos na tela, o sistema automaticamente dividiria o espaço em dois, deixando por conseguinte algarismos maiores. Não consegui fazer isso; também não encontrei no Manual disponível na internet orientação para tornar isso possível.
De qualquer modo, destaco que mesmo o campo principal da tela, com algarismos grandes (maiores do que os do meu relógio), são menos claros, mais difíceis de ler.
Outras operações do Suunto são muito fáceis. O sistema de carregamento e comunicação com o computador é por meio de um cabo USB, que se fica ao relógio por clipe.
Uma vez conectado ao computador e estando o site na tela, ele transmite automaticamente as novas informações ao Movescount e também recarrega a bateria.
Nos treinos, não tive nenhum problema. Como todos os outros GPS que testei, o Ambit2 R também tem problemas quando o corredor troca brutalmente de ritmo, da corrida para a caminhada, por exemplo, ou de um trote para um tiro de 200 metros; do mais rápido para o mais lento a transição também não é automática.
Resumo da ópera: o Ambit2 R é um relógio GPS bem competitivo. Com preço de lista de R$ 1.199 (inclui carregador e cinta de monitoramento cardíaco), é tão bom quanto modelos de preço similar produzidos por marcas tradicionais.
O fabricante informa o tempo de duração da bateria?
Em modo relógio, 14 dias; em modo GPS, de 8h a 25h, dependendo dos inbtervalos de captação de sinal (quanto mais precisão, menos tempo)
Rodolfo isso e fácil de resolver.
Da para configurar TODAS as telas do Ambit 2.
Se quiser da para por varias telas com UM ou DOIS dados com isso o número fica maior.
Eu uso em esportes outdoor e cada qual tem sua necessidade eu configuro muito individualmente cada modo.
Para acessar isso no página do movescount acessa na parte superior o termo gear, seleciona o ambit2 depois entra em qual modo esportivo quer configurar.
Por exemplo em trekking tenho 3 configurados cada qual visando o que preciso e principalmente como fazer a betaria durar 4 dias….
Se um dia quiser alguma atividade outdoor manda um oi por lá.
P.S. Também tem como configurar para ele se perder menos nessas mudanças de velocidade abruptas.
Obrigado. Fica a dica. Eu organizei as telas como eu queria, para corrida, mas não consegui deixar os números maiores (falha minha); de qqr modo, acho que a resolução e o tipo utilizado poderiam ser melhores para tornar mais fácil a leitura