Corredoras seminuas desfilam em vídeo feminista
09/03/14 10:21Num beco escuro, quatro mulheres dominam o gordinho. Uma o joga contra a parede, outra lhe coloca um estilete no pescoço: “Pede desculpas já ou eu corto tuas preciosidades”, ameaça. Suando, choramingando, o homem mal consegue responder, enquanto uma terceira lhe rasga a camisa: “Ele está com os mamilos durinhos.” Com violência, uma das atacantes lhe abre a bermuda em busca de suas partes íntimas.
É a cena mais dramática de “Majorité Opprimée” (Maioria oprimida), vídeo feminista francês que se tornou viral na web desde que, no mês passado, saiu em versão com legendas em inglês. Em cerca de 30 dias foi visto mais de 8 milhões de vezes (8.449.813 visualizações no momento em que escrevo); em comparação, a versão original, lançada há um ano, tem pouco mais de 533 mil visualizações.
O mote do filme é a inversão de papeis. De manhã cedo, o gordinho Pierre se prepara para levar o filho para a creche e encontra a mulher, que volta de sua corrida matinal devidamente sem camisa, de seios ao vento.
No caminho para a escola da criança, outra corredora seminua passa por ele, que mal move o rosto, num esforço para não chegar atrasado à escola. Na rua, é assediado por uma mendiga, que lhe assaca impropérios. Depois da agressão, vai reclamar na delegacia e a policial que o atende parece desconfiar de sua denúncia…
“Fiz esse filme porque estava de saco cheio com o machismo e com as pessoas que negavam o machismo. Não queria fazer algo moralista, então criei essa inversão de papéis para que os espectadores masculinos pudessem ter uma ideia do que uma mulher tem de enfrentar a cada dia. Muitos homens nem imaginam as coisas que uma mulher tem de aturar”, diz a diretora Eléonore Pourriat em entrevista exclusiva a este blogueiro.
Atriz e roteirista, Pourriat é uma parisiense de 42 anos envolvida com o que define como “empresa familiar”: escreve e atua em filmes dirigidos e produzidos por seu marido, Benoit Cohen. Os dois são casados há 16 anos e têm dois filhos adolescentes.
Trechos da entrevista que fiz com ela foram publicados na edição deste domingo da revista “sãopaulo” em reportagem de capa alusiva ao 8 de Março, Dia Internacional da Mulher (confira AQUI). A seguir, com a íntegra da minha conversa virtual com Eléonore Pourriat (foto Céline Nieszawer/Divulgação), este blog também faz uma homenagem às mulheres do planeta, as vivas e as para sempre lembradas.
Onde e quando a senhora nasceu? Como era sua família?
Nasci em Paris, há 42 anos. Minha mãe não trabalhava além de criar os filhos, fazer comida, lavar a roupa, arrumar a casa; meu pai teve uma grande carreira como médico. Minha mãe era uma feminista, ainda que pareça paradoxal.
Os dois eram loucos por cinema, meu pai parecia Jean-Luc Godard, e os dois conversam sobre cinema mais do sobre qualquer outra coisa. Comecei a ver filmes desde que nasci. Mas minha primeira paixão foi o teatro: desde os 15 anos eu queria ser uma atriz.
A senhora estudou cinema?
Fiz teatro em um conservatório e cursei literatura e línguas na universidade. Daí comecei a trabalhar como tradutora e roteirista de filmes. Assistir a filmes é a minha maior escola de cinema. Hoje sou uma atriz e roteirista. “Majorité Opprimée” foi o primeiro filme que dirigi.
Fale um pouco sobre sua carreira antes de “MO”.
Trabalho há 16 anos com Benoit Cohen, que é um diretor e produtor de filmes e meu marido. Nós escrevemos filmes juntos, eu atuo e ele dirige os filmes. Nós já fizemos cinco longa-metragens e uma série para a TV francesa, que teve duas temporadas. Atualmente estamos escrevendo uma comédia. Negócios de família: essa é minha ocupação principal. Também atuo como atriz, especialmente na televisão francesa. Mas também adoro escrever. Tenho um projeto para um romance e já escrevi duas peças de teatro. Mas dirigir meu primeiro filme, “Majorité Opprimée” , foi minha melhor experiência profissional até hoje. Quero mais!
Por que a senhora resolveu fazer “MO”?
Eu fiz “MO” em 2010 porque estava de saco cheio com o machismo e com as pessoas que negavam o machismo. Eu não queria que fosse um filme moralista, uma lição de moral, então resolvi fazer essa inversão de papeis para que o espectador masculino pudesse ter uma ideia do que uma mulher tem de enfrentar a cada dia. Muitos homens nem imaginam as coisas que uma mulher tem de aturar.
Por que “MO” só apareceu internacionalmente agora, apesar de realizado em 2010?
A Orange TV, que ajudou no financiamento do projeto, tinha exclusividade durante um ou dois anos. Depois meus produtores, Matthieu Prada e Benoit Cohen, tentaram vender para outros canais, mas parece que ninguém tinha interesse em um filme feminista. Então decidimos colocar no YouTube e deixar que as pessoas vissem e formassem sua própria opinião. Não aconteceu nada, até que, no final de janeiro, virou aquela LOUCURA! Começou na França, então eu coloquei no ar uma versão com legendas em inglês e, de uma hora para outra, estava sendo visto no mundo todo. Impressionante!!
Acho que as coisas mudaram na Europa nos últimos anos. Em 2010, as mulheres não estavam tão ativas. Hoje em dia, atitudes retrógradas estão de volta, e há uma urgente necessidade de que lutemos por nossos direitos, ou arriscamos perdê-los novamente.
Qual o impacto da viralização de seu vídeo?
Mais de 8,4 milhões de espectadores é algo gigantesco.. Mas até agora não vi um dólar sequer. Essa é a questão sobre a internet: é um passo, não um objetivo em si. Mas espero que essa publicidade toda facilite a produção de meus próximos filmes. É tão difícil conseguir financiamento quando você não trabalha com blockbusters…
Por que seu filme teve tanta repercussão?
Acho que toquei num ponto sensível ao mostrar o meu jeito de discordar da sociedade machista. Eu não sou a única a lutar, as mulheres estão lutando e vêm lutando por seus direitos há anos, mais ou menos de acordo com as condições sociais. Acho que o que as pessoas gostam no meu filme é o surpreendente humor que se torna amargo. Eu não tenho nenhuma lição a dar, nenhum programa a cumprir, sou apenas uma artista expressando seus sentimentos de uma forma particular. O grupo Femen, por exemplo, também tem sua maneira especial de se expressar.
A senhora se considera uma feminista?
Sim, sou uma feminista, o que significa dizer que quero que homens e mulheres tenham direitos iguais. Claro que meu filme não é um mundo ideal. Eu não fantasio sobre homens sendo atacados.
No YouTube, seu vídeo é classificado como restrito. Qual sua opinião sobre isso?
O vídeo foi provavelmente marcado por “haters”. O que me surpreende é que o YouTube tenha concordado com essa classificação. Ok, os diálogos são crus algumas vezes, mas vamos e convenhamos, há tanta vulgaridade na internet, eu fiquei furiosa com essa marcação. Não posso fazer nada contra ela, é o poder da internet, que pode te desintegrar tão rapidamente quanto te torna uma celebridade instantânea. De qualquer maneira, as pessoas continuam assistindo ao filme…
No seu filme, uma mulher ameaça cortar o sexo do protagonista…
Tentei abordar o maior medo dos homens, o complexo de castração. Toda a lógica do filme é mostrar equivalências entre o que uma mulher experimenta e o que um homem poderia viver num mundo em que os papeis dos gêneros fossem diferentes. O clímax do filme teria de ser tão assustador para o homem como o estupro é para a mulher. Eu tive a ideia de colocar uma mulher mordendo seu sexo. Não me importei com o realismo. A imaginação é a minha forma de criar realidade. O absurdo e a estranheza do ato o tornam violento e perturbador.
O mundo hoje está mais machista?
A ultradireita está crescendo na França. Teremos eleições municipais em breve e temo que possa surgir uma “onda negra”. Recentemente houve manifestações contra o casamento de gays, como manifestações segregacionistas, homofóbicas, racistas e antissemitas. A “onda negra” se levanta contra todas as minorias, e as mulheres sempre foram tratadas como uma minoria. Portanto, os direitos das mulheres estão, sim, em perigo hoje em dia.
A homofobia e a misoginia são universais. É por isso que meu filme inspira tanta gente. É um raio de sol na escuridão porque debocha do absurdo que é o machismo.
A senhora recebe mensagens de ódio? E elogios?
Tenho recebido muitas mensagens, a maioria delas entusiástica. As mulheres são emocionantes. Nós estamos juntas, compartilhamos uma visão do mundo. Também recebo muitas mensagens de homens, que me dizem serem feministas e que lutam por direitos iguais. Por outro lado, alguns maníacos mandam mensagens de ódio. Deixe que cuspam em seus computadores…
A senhora gostaria de ser um dos personagens de “MO”?
Não, não gostaria de ser nenhuma das personagens … mas eu sou o homem. Cada mulher já foi esse homem em alguma situação na sua vida. Acho que os personagens que eu crio são projeção de meus medos e inseguranças em relação a determinadas situações; são uma maneira de expor as zonas escuras dos seres humanos. Portanto, não gostaria de ser nenhum deles. Mas eu os amo, posso compreendê-los.
Fale sobre seus trabalhos mais recentes.
“You’ll be a Man” é um filme dirigido por Benoit Cohen, que foi lançado no ano passado. Escrevi o roteiro com Benoit, nosso filho faz o papel principal e eu interpreto a mãe. É uma bela história sobre a amizade entre uma criança e um jovem adulto. Foi selecionado para participar de vários festivais, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá, e já ganhou alguns prêmios. Eu tenho muito orgulho desse filme, que é uma produção independente. Benoit gosta de fazer o que quer quando quer, sem ficar esperando indefinidamente até que banqueiros liberem o financiamento para fazer o filme. Atualmente, nós dois estamos escrevendo o roteiro de uma comédia romântica sobre uma mulher de 45 anos que tenta reconquistar seu marido machão. Estamos nos divertindo…
O sucesso de “MO” pode mudar seus planos?
Espero que o sucesso na internet me ajude a conseguir recursos para filmar meu mockumentary [falso documentário, em geral com tons de sátira] sobre o modismo da depilação pubiana (na França, os rapazes estão forçando suas namoradas a se depilarem, imagino que isso também aconteça no Brasil. É chocante). Talvez me ajude a conseguir recursos para o longa que tenho em projeto, “The Portrait of Her Mother”, sobre relações entre mães e filhas.
O que a senhora faz quando não está filmando?
Estou sempre escrevendo alguma coisa ou reescrevendo. Sou workahólica. Moro em Paris com meu marido e nossos dois filhos adolescentes, e vamos para Nova York daqui a alguns meses. Todos eles estão me apoiando bastante nesse momento, apesar de nem sempre ser fácil ter uma família de artistas.
Quando não escrevo, leio. Adoro literature americana –Jonathan Safran Foer, Toni Morrison, Paul Auster e Joyce Carol Oates são meus mestres. No cinema, adoro Jane Campion. Ela é a encarnação do talento e da inteligência. Suas tomadas me levam às lágrimas. Sou ateia, mas, se tivesse uma religião, seria campionista. Não corro, como as personagens do filme, mas danço balê. Como uma boa menina, alguém poderia dizer.
PS.: O vídeo com legendas em inglês está AQUI.
o filme é genial: no nonsense da inversão de papéis sociais e no radicalismo das situações desnuda a violência cotidiana, implícita e explícita, a que muitas mulheres estão sujeitas, de um modo ou de outro. A manchete da reportagem é estúpida ( e o texto inicial também) e desqualifica a crítica contida no filme, mostrando mais uma vez como o machismo permeia nossa sociedade (e não só países “atrasados”).
Machismo e feminismo são ambos reforçadores de estereótipos.
Assim, claro: o mendigo achacador é homem, o folgado que não se preocupa com necessidades da família é homem, aqueles que exercem e perpetuam a violência são homens…
Bom dia!
Se o machismo ou o machista é ruim para a sociedade (eu repúdio ambos), porque o feminismo ou a feminista seria diferente… …Ambos são devastadores.
Não sei nem se vale a pena comentar sobre tão estapafúrdias ideias, mas já que é domingo a noite e não estou fazendo nada, vou me prestar a fazer este esforço.
Por mais que não seja a intenção da autora, este tipo de propaganda implicitamente incita ou, no mínimo, ajuda a legitimar um revanchismo arcaico que é comum no discurso de várias “feministas”. Não pela violência em si, mas pelo princípio de que “você tem que passar pelo que eu passo pra ver como é.” O que é isso se não vingança e misandria declaradas?
Os movimentos feministas (no plural mesmo porque são várias as facções que respondem pelo mesmo nome) se perdem totalmente em seu discurso de “promover a igualdade de direitos entre os sexos”. “Promover a igualdade” é simplesmente fazer serem cumpridas as leis. Com exceção de alguns países mais retrógrados e fundamentalistas espalhados pelo mundo, a maioria (senão a totalidade) dos países ocidentais garantem constitucionalmente a igualdade de direitos e deveres entre todos os cidadãos. É uma premissa fundamental da democracia.
Estupro é crime. Estupradores existem e sempre existiram e, espero eu que não, sempre existirão. São delinquentes, dementes e não são produto do machismo, muito menos da tal “sociedade patriarcal” ou da “cultura do estupro”. O mesmo vale para os crimes passionais e a violência doméstica, que tem suas punições previstas em lei como agressão, homicídio, ameaça e etc. O homem em geral sempre se preocupou em proteger e não violentar a mulher por razões naturais. Os que praticam tais atos desprezíveis não são “machistas” nem produto da sociedade machista, são criminosos! Assim como mulheres que estupram outras mulheres e violentam crianças também não são invenções da “sociedade misógina”. São criminosas e devem ser punidas pelo rigor da lei utilizando a mesma régua que incide sobre os homens. E se estupradores ainda conseguem realizar seus crimes isto não é culpa do machismo, é culpa da incompetência da polícia e da justiça.
Uma mulher correr com os seios à mostra não é o mesmo que um homem correr sem camisa. Seios femininos captam, sim, a atenção de homens e a razão é simples. O seio na mulher é parte do seu sistema reprodutor e uma zona erógena, ao contrário dos homens. Os homens se interessam por eles justamente por estes motivos e não vai ser uma “revolução cultural” que vai mudar isso. O máximo que pode acontecer é os homens reprimirem o seu ímpeto de olhar por medo de opressão. Uma mulher andar com os seios a mostra equivale-se a um homem andar com o pênis balançando na rua o que é em lei, diga-se de passagem, considerado atentado ao pudor. Claro que nada dá o direito ao homem de ser invasivo contra a mulher, mas não existe lei no mundo que mude o que atrai ou não o olhar de um homem. Se a questão é o “privilégio” de o homem poder andar sem camisa, mulheres podem usar saia, decotes, blusas de alça e não precisam de terno para estarem “bem vestidas”.
A argumentação destes grupos feministas orbita em torno da crença de que a sociedade é patriarcal, machista e, portanto, misógina. Em português claro, significa dizer que nossa sociedade privilegia e super valoriza as características e habilidades masculinas e despreza as femininas. O que não faz sentido porque, histórica e empiricamente, os homens sempre tenderam a dar a própria vida para salvar a vida de uma mulher. O desprezível neste caso sempre foi o homem. E aí mora uma das contradições fundamentais do argumento sobre igualdade. Se o feminino é marginalizado em prol do masculino, subentende-se que existam, então, diferenças visíveis entre as características e habilidades masculinas e femininas, caso contrário não haveria tal dicotomia. Não significa, é claro, que um seja melhor que o outro, mas que são diferentes em suas peculiaridades.
Entendo que muitas feministas não pregam esses absurdos, mas está no cerne do movimento a ideia de que homens e mulheres não possuem auto-determinantes biológicos que afetam o comportamento. Que a mulher se comporta como mulher e o homem como homem somente em função de uma construção social, ignorando toda e qualquer pré-disposição natural para qualquer tipo de comportamento, seja quanto a sexualidade, agressividade, ternura e tantas outras nuances. Na prática, significa dizer que a libido de “caçador” dos homens é uma construção da sociedade que não tem absolutamente nada a ver com a concentração de testosterona nas veias e que o fato de mulheres serem, em geral, mais comunicativas e se amolecerem ao verem um filhote ou um bebê nada tenha a ver com uma pré-disposição natural ao cuidado e à sociabilidade determinados por fatores biológicos.
Pregar a igualdade de direitos (e isto sim está coberto de razão) é apenas fazer com que a lei seja cumprida já que ela garante todas as premissas jurídicas. E, além disso, o nosso sistema legal pende para privilegiar a mulher, da mesma forma como as sociedades historicamente sempre tenderam, ao modo delas, a proteger as mulheres mais do que os homens. O motivo é simples. Apenas mulheres podem gerar filhos e os homens em geral são fisicamente mais fortes. Basta um homem para engravidar centenas de mulheres. Isto é arquétipo, está no inconsciente humano.
Um homem produz bilhões de espermatozóides em sua existência, uma mulher tem um número limitado de óvulos para liberar durante toda a vida. É aí que está a razão de os homens terem um comportamento sexual diferente do das mulheres. E o contrário, ou seja, um comportamento sexual igual, seria um problema para a espécie humana como um todo não fossem os métodos contraceptivos.
O modelo arquétipo de homem provedor e mulher cuidadora não é uma invenção da sociedade. A sociedade é uma consequência deste modelo que se provou mais eficiente perante a seleção natural. Querer mudar isso em meio século é negar milênios da história humana. E quem prega estas transformações ainda se diz marxista! Ignoram completamente a visão racional da história de Marx.
Não é feminilizando o homem e masculinizando a mulher que se vai conseguir uma sociedade melhor. Muito pelo contrário! O grau de infelicidade de homens e mulheres aumentou depois da investida feminista de inversão de papéis. Simplesmente porque esse processo cria uma crise de identidade coletiva. Além do mais, alterando o papel da mulher como esteio da família (e aí as feministas vão dizer que a família é apenas uma construção da sociedade burguesa ignorando o fato de que nos unimos para cuidar de nossa prole há milênios), a sociedade fica desestabilizada em suas convicções mais fundamentais. O resultado disto é que acabamos entregando a criação de nossos filhos ao estado e passamos a nos tornar cada vez mais dependentes, ao contrário da ilusão de “independência” que o discurso traz.
Desta forma estamos procurando agir como tartarugas que enterram os ovos na praia, vão embora e os filhos que se criem.
Mulher nenhuma é obrigada por lei a ter filhos nem a ser dona de casa. Deixem que cada um siga o seu caminho e as suas vontades e que a revolução, se for para acontecer, seja feita de forma orgânica, de baixo pra cima, não por uma imposição cultural “misândrica” e muito pouco “filógina” (para terminar com rótulos sociológicos do jeito que vocês gostam).
Parabéns a ela, consegiu aumentar ainda mais a distancia entre homens e mulheres. Quem odeia o estado pede mais estado. Que odeia as diferencas resalta mais as diferencas.