Pela primeira vez, cai obesidade infantil nos EUA; informação e prevenção funcionam contra o mal do século
26/02/14 11:01Eu, você e as torcidas do Flamengo, Corinthians, Chicago Bulls e Lakers sabemos: a obesidade é uma epidemia que assola a sociedade moderna, tanto nos países riquíssimos como em nações em desenvolvimento, como o Brasil.
A gordura em excesso traz riscos conhecidos: doenças cardíacas, diabetes e o escambau. E nosso próprio estilo de vida, cada vez mais sedentário, contribui para isso, ao lado da dieta hipercalórica e gordurosa que nos acostumamos a consumir.
Já está ficando chato escrever tudo isso, mas deixe-me montar primeiro o quadro e logo chego na novidade, que é uma ótima notícia.
Antes, lembro que governos e entidades médicas de vários âmbitos têm feito programas de incentivo à atividade física e à mudança da dieta da população. Os resultados são mais ou menos, para ficar no terreno do otimismo.
PORÉM, e este é um enorme PORÉM, ao que tudo indica a informação e todo esse trabalho de prevenção estão dando resultados onde mais importa: no cuidado com o futuro da humanidade, as criancinhas deste mundão velho sem porteira.
Dito isso baseado num sensacional dado recém-divulgado nos Estados Unidos. Na última década, caiu quase pela metade o índice obesidade entre crianças de dois a cinco anos. A taxa de redução, segundo a pesquisa, foi de 43%. Conforme os dados obtidos em 2012, cerca de 8% das crianças nessa faixa etária era obesa, contra 14% de obesos dez anos antes, em 2002.
Isso é sensacional, pois aumenta a esperança de um futuro um pouco mais saudável para essas crianças. As estatísticas dizem que crianças obesas de três a cinco anos têm cinco vezes mais chances de se tornarem adultos obesos ou com excesso de peso.
Essa é a primeira vez que foi registrada uma queda significativa da taxa de obesidade em qualquer uma das faixas etária analisadas, segundo Cynthia L. Ogden, pesquisador do Centers for Disease Control and Prevention e coordenadora do estudo, publicado hoje no “The Journal of the American Medical Association”. São indícios, acredita ela, de que o combate à obesidade infantil está dando resultado.
Destaca ainda que não dá para sair por aí soltando rojões, pois as taxas gerais continuam na mesma, e até aumentaram em alguns grupos populacionais, como mulheres de mais de 60 anos. Um terço dos adultos e 17% dos jovens dos Estados Unidos são obesos, aponta.
Ainda assim, a queda na taxa das crianças é promissora e pode indicar que os programas de informação e prevenção estão dando algum resultado. Há alguns números que indicam mudanças significativas nos hábitos da população.
Em relação a 1999, as crianças de hoje consomem menos calorias em refrigerantes. Um número maior de mulheres amamenta por mais tempo, o que pode gerar crianças mais saudáveis. Algumas pesquisas indicam que há uma redução na quantidade de calorias consumida por crianças na década (menos 7% para meninos e menos 4% para meninas), mas especialistas dizem que a redução é insuficiente para provocar diferença.
De qualquer forma, há luz no fim do túnel.
Tomara que no Brasil as coisas também estejam funcionando desse jeito. Tomara que cada vez mais mulheres tenham condições de amamentar seus filhos por pelo menos seis meses, que haja água limpa em abundância e que as escolas orientem a criança a comer bem.
Este blog está totalmente comprometido com a divulgação de práticas saudáveis, ainda que o blogueiro propriamente dito goste de uma costela gorda e muito chocolate.
Aí, Rodolfo: acho que o chocolate pode ser belga mas a costela gorda é melhor que seja feita e consumida no Rio Grande do Sul!!! Abraços!
O combate a obesidade virou um negócio bilionario. Criadores de dietas milagrosas ficam ricos da noite para o dia. Mas, será que a obesidade é algo novo? Claro que não, pois sempre existiu, é só ver as pinturas antigas, onde sempre havia um gordinho. Talvez os obesos estejam maiores hoje em dia devido a maior disponibilidade de produtos ricos em calorias. Será que todo gordinho vai desenvolver doenças como a diabetes e outras correlatas? As estatísticas médicas não demonstram isso, assim como amamentar até os seis meses não é garantia de nada.