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Rodolfo Lucena

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Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Aos 92, morre na França maratonista que foi a “sombra” de Zatopek

Por Rodolfo Lucena
01/07/13 12:13

O campeão da maratona olímpica de Melbourne-1956, Alain Mimoun, morreu na noite de quinta-feira última em Champigny-sur-Marne, um subúrbio de Paris.

Mimoun nasceu em 1º de janeiro de 1921, na Algéria, que na época era colônia da França (portanto os lá nascidos tinham nacionalidade francesa). Vinha levando uma vida ativa, dentro das possibilidades –em 2004, foi um dos atletas que carregaram a tocha olímpica durante a passagem da chama por Paris.

Ele foi um dos primeiros corredores de longa distância vindos da África.

Na Olimpíada de Londres-1948, enfrentou nada menos que um então quase desconhecido soldado tcheco, Emil Zatopek. Ficou para trás nos 10.000 m e, além da medalha de prata, sentiu o gosto amargo da derrota.

Dois anos depois, tentou dar o troco no campeonato europeu. Sem sucesso, ficou novamente em segundo, agora nos 5.000 m e nos 10.000 m, perdendo para Zatopek.

Treinou o que deu para a Olimpíada seguinte, pensando em se recupera nas provas de pista. E aconteceu o que se sabe: em Helsinque-1952, Zatopek se consagrou como o maior corredor de fundo da histórica olímpica, com ouro nos 5.000 m, ouro nos 10.000 m e ouro na maratona. Para Mimoun, restou a glória de ser conhecido com a sombra da Zatopek (na foto AP, ele está atrás do grande tcheco nos 10.000 m em Helsinque).

O francês não era brasileiro, mas não desistia fácil. Voltou a enfrentar Zatopek em 1956, nos Jogos de Melbourne. Dessa vez, a roda da vida girou a seu favor. Tornou-se campeão olímpico da maratona, mas não saiu da pista até a chegada de seu rival, que completou em modesto sexto lugar. Pediu um abraço e recebeu: “Para mim, valeu mais do que a medalha”, disse então Mimoun.

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Comentários

  1. Rodrigo Reina comentou em 02/07/13 at 9:16

    Um grande atleta e vencedor. Contemporâneo do fantástico Zatopek, o não menos talentoso Mimoun deu um exemplo de perseverança e crença em si mesmo de que poderia vencer o grande astro e ídolo tcheco, ao vencê-lo 12 anos depois, após muitos revezes.

    Que Deus o tenha e o anjo das asas nos pés o guie para sempre no céu dos corredores.

    Fique em paz!
    Rodrigo Reina
    São Paulo – SP

  2. Gustavo Araujo comentou em 02/07/13 at 9:10

    Olá, Rodolfo. Você leu “Correr”, a mini biografia de Zatopek escrita por Jean Echenoz? Sinceramente, não gostei muito. Achei superficial demais. Fiquei com aquela sensação de que um corredor tão extraordinário como Zatopek merecia uma abordagem mais profunda. Bem, não vou me alongar aqui. Se interessar, fiz uma resenha sobre o livro no blog http://www.pontopacifico73.com
    Um abraço.

    • rlucena comentou em 03/07/13 at 17:04

      Li e já escrevi a respeito. Minha opinião é semelhante à sua. O autor revelou que usou apenas uma fonte (registros feitos em um jornal) e faz uma abordagem bem específica e limitada da carreira dele. Mas tem o mérito de falar sobre Zatopek, pois há muito pouco escrito sobre ele, e a grande biografia está esgotada há anos

  3. jaime paixao dos santos comentou em 02/07/13 at 8:16

    O verdadeiro espirito esportivo esta nas palavras de Alain Mimoun, de que nao teria sentido correr, competir, se nao existisse Emil Zatopek….um admirava o outro e eu os dois.

  4. carlyle comentou em 01/07/13 at 16:20

    Bela historia. As vezes ser vice é uma gloria, é o qeu devia pnsar o grande Alain Mimoun.

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