Motoristas nervosos xingam maratonistas em Porto Alegre
20/06/13 12:33Pois é, aconteceu logo em Porto Alegre, minha terra natal. No domingo passado, dia em que foi realizada a mais tradicional maratona deste país, que chegou à sua 30ª edição de forma ininterrupta, os motoristas da cidade demonstraram pouca paciência com as interrupções do trânsito.
É o que me conta o advogado Herivelto Francisco Gomes, 49, que reclamou do “mau humor” dos motoristas. “Eles estavam muito, mas muito impacientes com o fechamento dos cruzamentos, vários deles até xingaram os corredores”, conta o corredor, que completou na cidade sua 12ª maratona.
Alguns motoristas chamaram de “vagabundos” os maratonistas, diz Herivelto, lamentando também a falta de público ao longo do percurso da prova.
Em compensação, as mudanças que notou no trajeto da corrida –ele havia corrida a maratona de Porto Alegre em 2010—foram para melhor. “Ainda é o percurso mais rápido do Brasil, a organização da prova é excelente e o clima é sempre agradável”, diz, mesmo considerando que neste ano o dia estava “bem úmido e passava aquela falsa sensação de que não precisava se hidratar tanto”.
Minha experiência pra correr minha primeira Maratona, na 30ª Maratona Internacional de Porto Allegre – 2013
Maratona, não são “apenas” 42km
É a soma de 1 sonho + 1 desafio + 166 dias de preparação + 77 treinos + 1.084km corridos nos treinos + 81,675 calorias gastas + 107:15:02 horas correndo + 85 géis de carboidrato + 4 potes de Whey + 1 frasco de BCAA + 50 treinos na academia + 2 pares de Tênis + 2 unhas perdidas + treinar no mínimo 1 meia maratona todos os sábados de janeiro até junho (ou seja, 23 MEIAS MARTONAS) + 2 treinos de 25 km + 2 treinos de 27km + 2 treinos de 30km + 2 treinos de 35km.
Ufa!!! Mas não acabou, tem a questão de abrir mão de muitas outras coisas (comidas, saídas, festas e etc) para treinar e descansar. Tudo isso em meio ao novo trabalho (desafio) e à pós-graduação.
Mas tudo isso tem suas conquistas e compensações. Treino com amigos (não vou citar nomes porque foram muitos e todos com igual importância), muitas conversar, incentivos, conselhos e dicas. FUNDAMENTAL!!!
Enfim foi dada a largada. Faltava os últimos 42km desse desafio. E tempo de sobra pra pensar e planejar a prova, pensar na vida em suas diversas esferas e por que não tempo também pra rezar. Sim, rezei 1 rosário (pra não quem sabe, um rosário são 3 Terços). Rezar pra agradecer a oportunidade que eu estava tendo de fazer o que mais gosto, rezar por todos os colegas corredores e rezar principalmente pelos mais necessitados…. De Ave-Maria em Ave-Maria , Pai Nosso em Pai Nosso completei meu Rosário e segui com a minha Maratona.
Ainda restavam 21km a percorrer. O tempo ajudou, a organização da 30ª Maratona Internacional de porto Alegre ajudou (muita hidratação, Gatorade e organização impar) e a energia enviada pelos meus amigos tb.
Por experiência, muitos dizem que a partir do km 35, a Maratona seria um sacrifício. Mas comigo foi diferente. Difícil foi passar pela placa de 1 km e pensar que eu tinha que correr 41km.
No km 35, o que eu mais queria era terminar a prova. E como estava me sentindo bem, fiz as contas e percebi que poder fazer um tempo muito, mas muito abaixo do que eu pretendia. Pensava em completar a prova em 4h20, mas se eu mantivesse meu pace fecharia em 4h05. Mas porque 4h05 se eu posso chegar em 3h59???…rsrs… Foi onde baixei meu pace em quase 30seg por km, completando os 42.340km (sacanagem, tinha 150 metros a mais….rsrs) em 3h59, com pace de 4:40 no último KM.
Passei pelo pórtico e em 15 segundos passou um filme na minha cabeça sobre estes últimos 6 meses, e chorei feito criança, com direito a soluços…rsrs!!
Por isso que eu digo, NÃO SÃO APENAS 42KM.
É UMA ESCOLHA DE VIDA. A BUSCA DE UM SONHO.
Antes achava loucura fazer uma Maratona. Já Fiz uma.
Enquanto treinava, dizia que faria apenas uma. Hoje já planejo a segunda, terceira…..
Renato Divino
Campinas/SP
Também participei da prova. Há muitos elogios a se fazer a organização : transporte,horario,hidratação,trajeto, etc. Porem não há participação popular a altura da prova e no final os motoristas deixaram esta triste realidade.
Eu mandei vários calarem a boca.
Pq não gritam com os políticos por melhores condições de vida.
Apesar da tecnologia e interatividade das informações, a ALIENAÇÃO é uma realidade!!
Foi a primeira maratona em Porto Alegre,minha segunda no currículo,realmente por ser uma prova tradicional no cenário brasileiro nem hotéis e lugares para compras tinham conhecimento da prova,é lamentável mas a organização e as poucas mas sinceros aplausos daqueles que se encontravam no trajeto valeu apena,quem sabe o ano que vem isso mude.
Lamentavel o comportamento destes motoristas. Em todos os países que já corri, sediar uma maratona é motivo de orgulho para a cidade e seus cidadãos. Antes, durante e pós maratona os corredores são tratados com deferencia em todos os espaços da cidade (restaurantes, lojas, hoteis, etc) .
A Maratona de Porto Alegre é, de longe, a Melhor Maratona do Brasil, muito organizada, ótima infraestrutura, excelente percurso.
Por isto, é lamentavel que alguns motoristas motoristas queiram destratar os maratonistas. Tivessem noção do quanto os maratonistas gostam da Maratona de Porto Alegre ao invés de xingarem eles desceriam de seus carros e se colocariam nas beiradas calçadas incentivando os corredores.
Aproveito o gancho para dizer que tambem aqui em Brasilia este comportamento dos motoristas é bastante frequente. Aqui, alem dos xingamentos em dias de corridas, durante a semana no percurso que liga minha casa ao Parque da Cidade sinto que os motoristas tem deliberada intenção de quererem me atropelar.
MAs não serão meia duzia de motoristas mal educados e desreipeitosos que irão estragar a Ótima Maratona de Porto Alegre.
Pois é Rodolfo… Realmente foi uma cena triste. Em diversos pontos isto ocorreu. Posso destacar o ponto da Princesa Isabel (quase na Azenha), onde diversos motoristas estavam buzinando. Quanto ao público, na avenida Ipiranga havia um pequeno grupo de pessoas (cerca de 10) que estavam apoiando os atletas. E realmente isto faz a diferença. Na hora em que estes desconhecidos incentivavam, dava mais força para correr. E foi assim que segui em frente: considerando as buzinas como forma de incentivo, e não como uma forma de protesto. Abraço
Olá Rodolfo.
Alguns dias atrás escrevi sobre isso também na Meia de Curitiba. Mesmo com avisos nas ruas interditadas por mais d euma semana, o pessoal prefere ficar parado reclamando ao invés de mudar o itinerário no “caótico” trânsito do domingo cedo.
http://www.corridasdoluizz.com.br/2013/06/e-so-em-curitiba-que-os-motoristas.html
Abraços
Achei que era só na nossa cidade que os motoristas chingavam e metiam o carro em cima dos atletas… não estamos sós!!! infelizmente.