Depois de morte de soldado corredor, Jerusalém cancela maratona
20/03/13 12:27A maratona de Jerusalém, marcada para a próxima sexta-feira, foi cancelada por causa das condições climáticas da região, que colocam em risco a saúde dos participantes.
Na semana passada, um jovem soldado israelense, Michael Michalevitch, de 29, morreu ao participar da meia maratona da cidade, realizada em condições climáticas adversas: apesar de ser inverno na região, as temperaturas chegaram a 32 graus.
Para tentar minorar o problema, o horário de largada da meia maratona foi antecipado em meia hora, mas isso não aliviou muito as coisas: além da morte de um corredor, houve pelo menos quatro casos de desmaio e dezenas de participantes tiveram de receber atendimento médico –pelo menos 12 foram hospitalizados. (na foto AP, uma corredora recebe atendimento na corrida da semana passada)
A Prefeitura de Jerusalém, responsável pela prova, disse que a competição foi realizada dentro de normas estabelecidas pela área de saúde. Mesmo assim, Yitzhak Aharonovich, ministro da segurança pública de Israel, disse que os organizadores poderiam ser responsabilizados pela morte, pois deveriam ter cancelado a prova.
Bem para cá do Oriente Médio, a maratona de Barcelona também registrou a morte de um participante da corrida, realizada no último domingo. Um corredor de 45 anos sofreu um ataque cardíaco depois de completar a prova em 4h05min10; foi atendido imediatamente, no local, e depois hospitalizado, mas não resistiu.
Há quem não goste quando coloco aqui no blog notícias como estas. Mas todos nós precisamos estar conscientes de que a corrida é um esporte de risco. É supersaudável, a gente fica muito feliz ao correr, mas também precisamos nos precaver, fazer exames médicos regularmente, ouvir o corpo e não ter medo de abandonar uma prova ou um treino quando as condições forem desfavoráveis.
Abandonar uma prova não é desistir da corrida e não é vergonha para ninguém; ao contrário, é uma demonstração de sua maturidade e de seu amor por si e pela família e demais pessoas queridas –afinal, quando a gente morre, já era, quem sofre são os que ficam.