Ultramaratona reduz o cérebro, dizem cientistas europeus
14/12/12 12:00Olhaí, quando alguém comenta que os ultramaratonistas não batem bem da cabeça talvez não esteja muito longe da realidade. O sujeito fica tanto tempo correndo que até o cérebro pede água e vai minguando, minguando…
Pelo menos esse é o resultado de um estudo feito por cientistas europeus usando como cobaia corredores que participaram da Transeuropeia, uma ultramaratona gigante realizada por etapas.
Eu tenho a impressão de que esse estudo já foi publicado anteriormente, impressão essa reforçada pelo fato de que a pesquisa foi feita com corredores que estiveram na edição de 2009 da Transeuropeia.
Mas a reportagem a respeito foi publicada na edição do último dia 10 da revista alemã “Der Spiegel” e traduzida pelo meu amigo Fábio Shiro Monteiro, que toca violão em terras germânicas, mas está sempre atento a alguma novidade do mundo do podismo.
Bom, vamos ao que diz o texto, segundo a tradução que o Fábio mandou especialmente para este blog:
“Corredores de extremas distâncias consomem mais reservas do que eles imaginam, e seus cérebros ficam menores. Esse encolhimento espantoso foi descoberto pelos médicos Wolfgang Freund e Uwe Schütz, juntamente com outros colegas de Ulm, ao examinarem dez participantes da ultramaratona Transeuropeia de 2009. Os esportistas correram 64 etapas em dias seguidos, cada uma delas de 70 km em média, do sul da Itália ao Cabo Norte.
“Os cientistas usaram um aparelho móvel de ressonância nuclear magnética para mapear as consequências desse esforço físico na cabeça dos atletas. Resultado: o volume da massa cinzenta diminuiu continuamente; depois de 4.000 km, a perda foi em média de 6%.
“Os médicos atribuem o encolhimento da massa cerebral à imensa demanda de energia do corpo. Freund acha que, aparentemente, o tecido cerebral também é metabolizado: “Os corredores gastam reservas de gordura de todos os cantos.”
“Para consolo dos esportistas, os neurônios não morrem, apenas encolhem. Oito meses depois da ultramaratona, os cérebros recuperaram seu tamanho original.”
Ufa!!! Ou seja: lavou, tá novo!
No texto não há referências a ultramaratonas curtas (o que parece ser uma contradição em termos), mas acho que quem faz apenas cem quilômetros ou provinhas de 24 horas ou 48 horas não tem tanta perda.
Alguns anos foi feito uma pesquisa e disseram que o OVO fazia mal para a saude e há pouco tempo saiu outra matéria falando que o OVO agora faz bem para saúde…Se for para morrer correndo Ultramaratonas, morrerei feliz pacas, pois antes era sedentário, mal da saúde e quase morri depois que descobri a endorfina correndo jamais vou parar de correr…Portanto acho que esses cientistas alemães devem ser malucos.
Valeuuuu….Bons treinos,
Jorge Cerqueira
http://www.jmaratona.com
Por essa eu não esperava… emagrece na cabeça??????
“Provinhas” de 48 horas rsrsrsr. Só você mesmo Rodolfo…