Depois do eclipse, uma maratona em terreno perigoso
21/11/12 10:18Tadeu é um sujeito econômico com as palavras, mas prolífico quando se trata de correr maratonas. Nascido JOSÉ TADEU GUGLIELMO, fez sua primeira São Silvestre em 1995; hoje com 47 anos, traz no currículo uma penca de maratonas nos lugares mais surpreendentes, do Himalaia à Grande Muralha da China. A mais recente estrela de sua galáxia pessoal foi a Maratona do Eclipse Solar, assim chamada porque realizada durante o último eclipse, visto com perfeição da costa da Austrália. É de lá que vem o relato de TADEU, que compartilho agora com você.
“Port Douglas é uma cidade no extremo norte de Queensland, na Austrália, a cerca de 70 km ao norte de Cairns, onde há um aeroporto, e a 2.500 km de Sydney. Sua população permanente é de cerca de 4.800 habitantes, porém na alta temporada de verão esse número chega a dobrar. A cidade tem esse nome em homenagem a um ex-premier de Queensland, John Douglas. Port Douglas se desenvolveu rapidamente, com base na indústria de mineração e corte de madeira ocorrendo na área em torno do rio Daintree.
“A cidade situa-se adjacente a duas áreas de Patrimônio Mundial, a Grande Barreira de Corais e a floresta tropical Daintree, sendo a número 3 na lista das 100 Melhores Cidades na Austrália organizada pela revista “Viajante Australiano”. Lá foi realizada, no último dia 14, a Maratona do Eclipse Solar.
“A função começou cedo. Todos os corredores se reuniram antes do nascer do sol na área de largada, no Four Mile Beach, onde foi servido um café da manhã.
“O sol nasceu às 5h30. Às 5h44 começou o eclipse, que se tornou total às 6h38, durando então dois minutos. A maratona largou às 6h45, da praia, onde todos os corredores estavam reunidos para apreciar o fenômeno.
“Nada de muito asfalto nessa prova que, acima de tudo, é uma corrida de aventura. Partes do percurso foram percorridas em terreno onde cuidados extras tiveram que ser tomados. A superfície foi uma mistura de asfalto, grama, areia e cascalho.
“O terreno variou de plano a montanhoso, com a mais íngreme subida, uma trilha que me quebrou após o 15 km e levou para dentro da floresta. Depois do 19 km, o curso virou e voltou a descer a mesma trilha. Em suma, não foi uma das maratonas normais, mas sim uma prova de aventura. Fazer um bom tempo já não era esperado.
Mesmo assim, tivemos momentos excepcionais, culminando com a magia da chegada: todos os corredores que completaram a maratona e a meia foram recepcionados por aborígenes, que nos entregaram uma linda medalha.”
Grande Tadeu! Parabéns por mais esta conquista.
uma prova bem curiosa, principalmente para quem gosta de corridas de aventura assim como eu… obrigado pelo relato!