Não há teste de sangue nos campos de treinamento quenianos, diz agência antidopagem
09/11/12 13:53A Wada, Agência Mundial Antidopagem, começa a levantar as cortinas de proteção que parecem estar erguidas sobre os corredores de longa distância do Quênia.
A entidade revelou que não são feitos testes do sangue dos corredores do país e outros que convergem para os grandes centros de treinamento do Quênia enquanto eles lá estão. Os atletas, que são alguns dos melhores corredores de longa distância do mundo não são testados para uso de EPO, transfusão ilegal de sangue ou uso de hormônio do crescimento.
Os testes antidoping realizados nos centros de treinamento são apenas os feitos a partir da coleta de urina dos corredores.
A informação está em declarações feitas pela Wada ao jornal britânico “The Daily Telegrapgh”: “A realidade é que as organizações antidopagem que realizam exams no Quênia –incluindo a IAAF e a regional africana da Wada—apenas testam a urina. A IAAF realiza os testes sanguíneos quando os atletas estão em período de competição ou em viagens ao exterior”.
A questão surge depois que Mathew Kisorio, um dos mais promissores atletas quenianos, foi pego em exame antidoping, acusado de uso de esteroides (anabolizantes). No mês passado, ele caiu atirando e fez declarações afirmando que o uso de EPO era generalizado do Quênia.
O uso dessa substância mimetiza, pela química, os efeitos do treinamento em altitude. O corpo do atleta passa a ser capaz de transportar mais oxigênio para as células, ampliando sua resistência –é o doping típico de corredores de longa distância.
Exames de sangue até detectam o uso dessa substância, mas apenas em um período limitado –os de sangue são mais abrangentes e capazes de apontar a presença da substância mesmo tendo passado um bom tempo da aplicação.
As declarações feitas por Kisorio e investigações e inferências feitas por uma pedaço da imprensa europeia estão levantando dúvidas sobre a honestidade dos corredores que lá treinam.
Isso é bom e isso é ruim, na minha opinião. É bom porque deixa claro que o doping vai ser perseguido e combatido em todos os lugares, mesmo em centros tidos como sacrossantos. E é ruim porque, não havendo denúncias ou casos específicos, deixa implícita a ideia de que todo mundo é bandido.
Alguns mais céticos dirão que a verdade é essa mesma: não há ninguém puro no atletismo de alto rendimento. Mesmo correndo o risco de passar por ingênuo, sou a favor do dito de que todo mundo é inocente até prova em contrário. Mas, uma vez provada a culpa , a punição deve ser rápida, de acordo com a lei.
Lucena,
Não é só no Quênia, aqui no Brasil o Ladetec não faz análise de sangue e nem de urina para detecção de EPO. Lá ainda rola a urina para detecção de EPO, aqui nem isso.
No inicio, diziam queo segredo dos quenianos vencedores é que corriam mais porque corriam descalços, depois veio a altitude, ou porque corriam desde crianças para ir ´para a escola, ou por causa da altitude, e tem tambem a justificativa da nutrição – a base de ugali e quase sem gordura. TAlvez um poucop de cada um dos fatores anteriores. Pelo visto agora vã oquereer dizer qeu o segredo é um doping bem feito? Não creio.