Mundial de meia maratona tem cenário maravilhoso
04/10/12 12:21Está certo que o Rio é a Cidade Maravilhosa, mas Kavarna também não é de se jogar fora. Confesso a minha ignorância: até alguns meses atrás, quando começaram a sair as notícias sobre o Mundial de meia maratona, nunca tinha ouvido falar dessa cidade turística da Bulgária. Hoje, já sei coisas que talvez nunca mais me sejam úteis.
A cidade foi fundada por colonos gregos no século 5 antes de Cristo e, 400 anos depois, foi parcialmente destruída: exatamente a parte em que moravam os ricaços caiu no mar Negro.
Mais uns 200 anos e conseguiram deixar tudo mais ou menso na boa, agora já sob o domínio dos romanos, que eram os reis do mundo naquela época. Vou parar por aqui, lembrando apenas que, no início deste século, os rochedos de Kavarna viraram palco para bandas de rock, em festivais que atraíram a juventude europeia.
Agora, vamos ao que interessa: neste sábado, a cidade recebe o Mundial de meia maratona. Oito brasileiros foram convocados pela CBAt e embarcaram há dois dias; desde ontem estão em terras búlgaras. Agora parece que está tudo bem, mas, logo ao chegar, passaram alguns perregues, segundo registros nas redes sociais.
Mas o que não mata engorda, e a turma lá está seca para correr bem. O mais rápido da seleção masculina é Giovani dos Santos, com 1h02min12 de recorde pessoal; os demais são José Márcio Leão, Luís Fernando de Almeida Paula e Gilmar Silvestre Lopes.
A equipe feminina tem Sueli Pereira da Silva, Sirlene Sousa de Pinho e Roselaine de Souza Silva, além da caçulinha da turma, a maranhense Adriana Cristina da Luz, de apenas 19 anos, mas cheia de títulos: é campeã brasileira dos 5.000 e dos 10.000 m sub-23 e do Sul-Americano de Meia Maratona (Paraguai, em agosto).
“Vai ser o meu primeiro mundial e não vejo a hora de competir com algumas das melhores atletas do planeta”, disse a garota.
De fato, tantos as moças quanto os rapazes terão oportunidade ímpar de encontrar a nata da elite internacional.
No feminino, as quenianas têm quatro dos cinco últimos títulos por equipe. São lideradas pela nossa conhecida Pasalia Chepkorir Kipkoech, 23, que ganhou a meia do Rio com 1h07min17. A esquadra queniana tem ainda, entre outras, a veterana Lydia Cheromei, de 35 anos, que corre como uma menina: foi segunda em Praga neste ano com 1h07min26.
As etíopes serão formidáveis adversárias, como sempre, mas a mais rápida das concorrentes das quenianas nesta temporada é a norte-americana Shalane Flanagan (1h08min52).
No masculino, segundo o site da IAAF, a grande dúvida parece ser se Zersenay Tadese, da Eritreia, vai ganhar com recorde mundial ou sem. Dono do atual recorde, ele tem quatro títulos mundiais na distância. Chega aos 30 anos mandando bem: no primeiro semestre, venceu em Lisboa com 59min34.
Para levar o quinto título, terá de derrotar os quenianos, que não são fracos não, como você sabe. Um deles é Eliud Kipchoge, 27, que estreou na distância no mês passado e cravou 59min25. Dois anos mais novo, Stephen Kibet Kosgei é também mais veloz, chegando à bela cidad búlgara credenciado por uma vitória em 58min54.
Quando a gente vê esses números, pensa logo quão lentos ainda são os representantes brasileiros. Mas o jogo é para ser jogado e é participando de eventos assim que os atletas do país podem buscar chances de crescer.
parabéns Rodolfo Lucena,fico feliz em ler reportagem sobre corrida,(atletismo) por jornalistas q tem propiedade sobre o assunto.será q o fato de vc correr, ser um atleta em meio a mutidão,colabora para boas informações sobre os eventos?