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Rodolfo Lucena

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Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Brasil, prata na maratona olímpica

Por Rodolfo Lucena
16/08/12 12:09

Os resultados do atletismo brasileiro nos Jogos Olímpicos foram desanimadoras, mas os maratonistas do país tiveram um bom desempenho, ainda que não tenham levado nenhuma medalha.

O que eles demonstraram foi espírito de luta, determinação para ir até o fim, apesar do cansaço e das dores musculares, que podem ser terríveis para quem corre por duas horas praticamente no limite de sua capacidade.

Ainda que nenhum deles tenha registrado na prova olímpica sua melhor marca, é preciso dar um bom desconto, considerando que o percurso não favorecia a conquista de tempos extravelozes e que o clima também castigou a turma (se a memória não me falha, a prova começou com 18º Celsius e 72% de umidade relativa do ar).

Mesmo assim, se houvesse competição por país, o Brasil levaria a medalha de prata (dê uma conferida no quadro abaixo, com os resultados dos 20 primeiros colocados na maratona olímpica). Ficaria atrás apenas do Quênia.

Seja pelo ritmo inicial, seja pelo calor ou outras razões que não vieram a público, a esquadra etíope simplesmente desapareceu. Outros times nacionais também foram dizimados pelo caminho, com destaque para a lesão que tirou o norte-americano Ryan Hall do caminho.

A todas essas e apesar de serem filhos desta pátria subdesenvolvida, em que há menos maratonas ao longo de todo o ano do que as que se contam em um fim de semana nos EUA, Marílson Gomes dos Santos, Paulo Roberto de Almeida Paula e Franck Caldeira mandaram ver.

A história deles e a história de outros corredores brasileiros que chegaram aos Jogos neste século e às mais recentes edições do Pan nos autoriza a dizer que o Brasil, pode, sim ser celeiro de bons maratonistas, capazes de enfrentar os melhores do mundo.

Há que criar oportunidades para que os talentos apareçam, para que jovens se interessem por essa extenuante –mas gloriosa—competição. E há que, uma vez descobertos os talentos ou os corredores com bom potencial, criar condições para que sejam aprimorados.

E não se trata de jogar no colo do governo as responsabilidades; no caso da maratona, acredito que a iniciativa privada tem todas as condições de lançar projetos de seleção e formação de atletas.

O que está claro é que o Brasil tem potencial. Mas o ouro não brota sozinho da mina. É preciso trabalhar a terra para, depois, não ficar choramingando ao ver outros levando os troféus.

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Comentários

  1. João Pedro de Freitas Xavier comentou em 16/08/12 at 13:25

    Rodolfo: parabéns pelo artigo, que enfocou, com rara precisão, a dimensão dos resultados alcançados pelos maratonistas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Londres. Sugiro encaminhares uma cópia para os responsáveis pelo Comitê Brasileiro para os Jogos Olímpicos do Rio, com a observação de que tais ponderações servem para todas as outras modalidades desportivas. Parabéns, também, aos representantes brasileiros na Maratona Olímpica, que servem de exemplo e inspiração para os esportistas amadores, como nós.

    • rlucena comentou em 17/08/12 at 10:22

      Muito obrigado.

  2. Adolfo Neto comentou em 16/08/12 at 12:39

    ” há menos maratonas ao longo de todo o ano do que as que se contam em um fim de semana nos EUA ”
    >> Sério?

    • rlucena comentou em 17/08/12 at 10:24

      Totalmente sério. Nos EUA, há mais de 400 maratonas no ano; dá uma média superior a oito por final de semana

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