Deu a lógica nos 10.000 m das mulheres
03/08/12 19:31A etíope Tirunesh Dibaba confirmou hoje sua condição de melhor do mundo na distância, sagrando-se bicampeã olímpica. O ouro veio com 30min20s75. Suas compatriotas, porém, não conseguiram fazer dobradinha nem muito menos trifeta, apesar de terem entrado na prova com o segundo e o terceiro melhores tempos do ano.
É que a queniana Sally Kipyego tratou de estragar a festa das rivais. Ele chegou a liderar na marca dos 9.000 m, mas não conseguiu segurar o ataque de Dibaba. Completou em 30min26s37, levando consigo a compatriota Vivian Cheruiyot, com 30min30s44, capturando prata e bronze para o Quênia (fotos Reuters).
A prova largou com as japonesas buscando a ponta: Kayoko Fukushi liderou nos primeiros mil metros; depois, Hitomi Niiya pegou a liderança até cruzar a marca de 4.000 m. Kipyego liderou no meio tempo, cedendo para a etíope Werknesh Kidane, que puxou enquanto deu, mas acabou abrindo espaço para as duas queniana.
De qualquer forma, a Etiópia sai sorrindo do primeiro embate, pois um ouro vale mais que prata e bronze. Neste sábado, porém, os compatriotas de Paul Tergat vão tentar dar a volta nos corredores da terra de Haile.
Desta vez, porém, prometo não errar no horário (peço desculpas pela falha em meu post anterior). A corrida está marcada para as 21h15, horário local, o que dá 17h15 cá em nossas plagas.
Na prova masculina, a melhor marca da temporada é do queniano Wilson Kiprop, 25, com 27min01s98. Seus compatriotas também não estão mal: Moses Ndiema Masai já correu 27min02s25 neste ano (seu melhor é 26min49s20), enquanto Bedan Karoki Muchiri, 22, fica mais para trás, com 27min05s50.
A esquadra etíope tem marcas igualmente estrondosas, além de vir comandada pelo espetacular Kenenisa Bekele, recordista mundial da distância (cravou 26min17s53 em Bruxelas, em 2005). Aos 30 anos, é quase um senhor, comparado com a turma que o acompanha, mas cravou 27min02s59 neste ano e seu tempo de classificação foi 26min43s16. Ele está meio triste porque não conseguiu vaga na turma dos 5.000 m, então vai vir botando fogo pelas ventas. Sua equipe se completa com os não menos competentes Tariku Bekele, 27min03s24, e Gebregziabher Gebremariam, com 27min03s58 no ano.
Mas há gente disposta a estragar a festa do povo do leste africano. Dois pupilos do ex-campeão da maratona de Nova York Alberto Salazar prometem botar pimenta no angu de quenianos etíopes.
Filha de pai britânico, Mo Farah nasceu na Somália e corre pelos donos da casa. Desde o ano passado, treina em Eugene, Oregon, sob a batuta de Salazar. Seu tempo de classificação foi 26min46s57. Seu colega de treinos, Galen Rupp, é a esperança norte-americana de reerguimento nas provas de fundo: classificou-se com 26min48 cravados, mas neste ano vem correndo mais leve: sua melhor marca é 27min25s33.
Completando a turma dos que se qualificaram com tempos sub27, temos o eritreu Zersenay Tadese, que é uma fera e fez 26min51s09, mas tem como melhor tempo a marca de 26min37s25. Ele é o recordista mundial da meia maratona, com 58min23.
Então não deve ser um passeio do Bekele como na última?
Vamos ver agora à tarde… Mas tem muita gente boa correndo, Bekele tb é sensacional…