Marílson começa reta final para maratona olímpica
12/07/12 09:17Maior esperança –ainda que remota– de medalha entre os maratonistas brasileiros, Marílson Gomes dos Santos já está na reta final de sua preparação para a prova, que será realizada no dia 12 de agosto.
Ele seguiu para Paipa, na Colômbia, esperando conseguir os benefícios da vida na altitude –a cidade fica a 2.577 metros acima do nível do mar. A principal delas, basicamente, é aumentar a capacidade do sangue de transportar oxigênio.
“Lá tenho tudo de que um atleta precisa: descanso, treino, alimentação, fora os benefícios fisiológicos de treinar em altitude. Vários atletas já se preparam na altitude. Então, será bom para entrar em condição de igualdade com os outros atletas”, disse o corredor, cuja melhor marca é de 2h06min34 (Londres, 2011).
Apesar de o tempo estar aquém das marcas de quenianos e etíopes selecionados, o brasileiro diz que é impossível fazer previsões sobre a maratona: “Já vi tanta coisa acontecer. Não tem nome, não tem marca que faça com que a prova seja definida antes. De repente, posso ter chances reais de medalha como posso não ter nenhuma chance”.
Além de Marílson, a seleção brasileira para a maratona olímpica terá Paulo Roberto de Almeida Paula e Franck Caldeira. No feminino, Adriana Aparecida da Silva vai vestir as cores nacionais.
Só para complementar, hoje na sportv estava mostrando o mundial juvenil, assisti o programa durante 1 hora e não vi nhenhum brasuca competindo….e os juvenis de hoje serão os atletas olimpicos daqui a 4 ou 8 anos!
Caro Rodolfo, perdoe a ignorância crassa no assunto, mas em relação aos nossos maratonistas masculinos, por que é tão difícil uma renovação no Brasil?
O próprio esporte em si é um fator limitante, demandando tempo ao amadurecimento de novos atletas?
A questão merece um ensaio, pois se trata da questão de fundo do esporte brasileiro em todas as áreas. Na maratona, porém, houve alguma renovação. Paulo Roberto, por exemplo, é uma novidade no terreno, ainda que já seja experiente em distâncias mais curtas. Solonei, que não vai a Londres-2012, mas tem feito bons tempos, considerando o âmbito nacional, tb. Enfim, parece que as coisas andam lentamente. Minha impressão é de que o Brasil tem potencial para produzir muito mais atletas de ponta do que temos hoje, com apenas um sub2h10 na maratona. Mas o esporte não é fator limitante, e sim a falta de incentivo geral e a falta de uma política nacional de caça e formação de talentos.