Os nerds também querem correr
06/07/12 12:46Desculpe-me por usar este espaço para uma revelação pessoal de alta intensidade dramática, mas o fato é que, neste momento, vivo em séria crise de abstinência de séries televisivas. Minhas prediletas estão em compasso de espera ou época de muda, outras que gosto passaram a horário tardio, e há as que não consigo ver por causa de compromisso concomitantes.
A salvação é a internet ou o zapear desesperado pelos canais em que existe mais chance de encontrar algo interessante. Pois dia desses estava nesse clima quando parei em um antigo episódio de minha série preferida, a “The Big Bang Theory”.
Se você nunca ouviu falar, explico: a teoria científica do big bang não tem nada a ver com a história, que simplesmente acompanha um bando de jovens cientistas, cheios de doutorados e mestrados (menos um engenheiro que trabalha em projetos para a Nasa). Do alto de sua sabedoria, nas suas redomas de cristal laboratoriais, eles têm dificuldades em entender os meandros e as complexidades de nossa vida pedestre, ainda mais quando entram em cena as mulheres. Por sinal, a vizinha de dois dos cientistas é uma sensacional garçonete, que encarna o papel de loira burra, mas é totalmente excelente no conhecimento do cotidiano dos mortais.
Pronto, você já entendeu a trama. O episódio que achei, um velhão de temporada antiga, trata do drama de um dos cientistas, o mais cheio de si e fanático pela física pura. Ele chegou à conclusão que, apesar de suia sabedoria e brilhantismo, é mortal. Trata, então, de tomar medidas para tentar ampliar seu tempo de vida, para que os demais humanos possam gozar mais tempo de sua presença no planeta.
O primeiro passo é tentar melhorar sua condição física de branquelo esquelético. O que ele vai fazer?
Dou-lhe uma, dou-lhe duas … você acertou: correr.
Busca como treinadora, orientadora e parceira sua curvilínea vizinha, que adora a ideia e logo veste suas roupitchas de malhação para fazer uma corridinha nas ruas de Pasadena (fotos Divulgação/Warner Bros).
Sheldon, o tal supernerd, também capricha no modelito e mostra enorme garra e poder de decisão para encarar a nova empreitada. No hora do vamos ver, porém, ele descobre que, como diz o povo, na prática a teoria é outra.
De qualquer forma, é bom saber que até o dr. Sheldon Cooper tem consciência de que a corrida pode ajudar a aumentar nosso tempo de vida (se não fizer isso, pelo menos torna mais divertido o tempo que a gente tiver). Talvez não sirva para ele, que prefere algo mais cibernético, mas para gente de carne e osso é superválido.
O seriado é excelente! Sheldon Cooper e Penny, impagáveis. Mas tenho um amigo, o Rodrigo Montoro, também nerd, que levou tão a sério a preocupação em voltar à forma, que virou iron man e possui um blog com o “mesmo” nome do seu artigo – http://nerdsrun.blogspot.com.br/2010/09/ironman-2012-o-inicio.html?m=1