Vontade de chorar na meia maratona de Lisboa
06/04/12 00:32A Andreia Oliveira é paulista de Campinas, mas vive em Portugal desde 2007 e se adaptou tão bem que até seu jeito de escrever tem sotaque da terrinha. Corredora dedicada, faz parte do grupo facebuquiano de corredores Portugal Running. Em março, Andreia fez sua estreia na meia maratona. Correu a prova de Lisboa, com sua emocionante largada na ponte sobre o Tejo e belo e histórico trajeto pelas ruas da capital portuguesa. Ela mandou para este blog o seguinte relato, que compartilho com você.
” A primeira vez será para sempre inesquecível. Já na noite anterior ao grande dia, a ansiedade foi forte. Havia chovido, e pensamos que poderia haver chuva na prova, mas, quando chegou o grande dia –25 de março–, fez sol e um calor intenso, o que foi pior.
Marcamos um encontrão com toda malta do Portugal Running e lá fomos nós, alguns pela primeira vez também e outros já com maratonas nas costas, mas a emoção é sempre a mesma.
Quando olhamos aquela ponte, com a multidão –havia mais de 37 mil inscritos–, a adrenalina ferve no corpo. Só pensei que iria terminar essa prova seja em que tempo e condição for.
Comecei bem calma até sair da confusão, só queria guardar o fôlego para as partes mais duras. É muito cansativo, mas, cada vez que passa pela cabeça “vou parar”, ali está o público que parece adivinhar os pensamentos e nos incentiva a correr mais.
Ouvi meu nome por diversas vezes, mas achava que era do meu subconsciente. Depois que fui saber que eram pessoas conhecidas que estavam a assistir a prova e me cumprimentaram. Eu já estava ligada no automático.
Andei, coxeei, corri e, quando passamos pela meta (chegada) no Mosteiro dos Jerônimos, o cérebro quer nos trair. Vemos o ponto final ali ao lado, mas é preciso ainda dar uma volta, são mais cinco quilômetros até a chegada.
As pernas parecem não obedecer. Confesso: foi desanimador e deu vontade de chorar. O legal é que há sempre alguém a correr ao seu lado, pessoas que não se conhecem, mas basta um olhar, um sorriso e aquilo nos dá imensa força.
Quando tentava parar, aparecia alguém e dizia “vá, não desista, falta pouco”. Mentira, às vezes faltava uns 8 km ou 9 km.
Mas, enfim, depois de 2h14 a correr lá estava ela a minha espera. Abri os braços e fui ao encontro da chegada, suor, lágrimas e dores, e acima de tudo o sabor da vitória.
Sou orgulhosa de mim mesma. Fui atrás de um sonho e ele se tornou realidade. Isso é mesmo viciante.”
My name is Hempel Schorn. I was born in Montreal, Canada. I have studied in Montreal and Madrid and lived and worked in Montreal. You have a really nice blog!
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Também corri essa prova. Achei muito boa. A distância total foi 21,32km. Um pouco mais da distância oficial da Meia.
Boa a notícia Rodolfo, parabéns por ilustrar tambem nesse livro a sua história, agora uma pergunta também terá a versão deste livro em Português?
Bons treinos,
Jorge Cerqueira
http://www.jmaratona.com
Oi, que eu saiba, não haverá versão em nenhum outro idioma além do inglês