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Rodolfo Lucena

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Perfil Rodolfo Lucena é ultramaratonista e colunista do caderno "Equilíbrio" da Folha

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Corrida de Aracaju deixa atletas sem água

Por Rodolfo Lucena
27/03/12 12:04

 Aracaju é a única capital do nordeste que ainda não conheço. A cada ano, juro que vou visitá-la em março e participar da corrida de aniversário da cidade. É uma prova muito bonita, mas também muito difícil, tanto por causa do percurso quanto por causa do calor. E fica ainda mais complicado porque a organização tem falhado na entrega de água aos atletas, como nos conta LIA CAMPOS, corredora de Fortaleza, que participou da prova. Acompanhe a seguir o relato de Lia (que nos saúda na foto abaixo), especial para este blog.

 

“A Corrida Cidade de Aracaju acontece sempre no dia 17 de março, o  aniversário de Aracaju. Foi quando, há 157 anos, a capital de Sergipe foi transferida da cidade de São Cristóvão para Aracaju. A corrida larga na antiga capital e a chegada é na atual.

“Apesar de ter muito corredor de outros Estados, a prova, que está na sua 29ª. edição e é organizada pela Prefeitura de Aracaju, é claramente voltada para os sergipanos. Pra começar, sergipano não paga inscrição. A premiação também valoriza os da terra: prêmio em dinheiro para os dez primeiros colocados de Sergipe, assim como para os cinco primeiros funcionários públicos de Aracaju e para o sergipano mais idoso da prova (todos para o masculino e feminino).

“Foi fácil pegar meu kit, apesar de ouvir de um corredor baiano que algumas pessoas que fizeram a inscrição pela internet tiveram problemas devido ao fato de seu nome não constar da lista.

“A cidade de São Cristóvão fica a 25 km de Aracaju, a distância da corrida. Para esse trajeto de ida, a organização oferece ônibus para os atletas. Às 16 horas em ponto foi dada a largada. O calor era grande. Sol forte e abafado.

“Os primeiros 2 km são feitos dentro da cidade, em ruas de paralelepípedo. A população inteira fica nas ruas torcendo e aplaudindo. Aliás, a torcida em quase todo o percurso da prova é algo de chamar a atenção. Muitas famílias, muitas crianças. Tanto na zona rural quanto já dentro de Aracaju, a população comparece para torcer e animar os corredores. Muito legal mesmo.

“O percurso da prova é um capítulo à parte.  A região é toda montanhosa, então os primeiros 12km são todos de subidas e descidas bem difíceis. Segundo um blog que li, são exatas 17 subidas. Não tive ânimo de conferir a contagem, mas que são muitas, isso é verdade! Felizmente sopra um vento para aplacar o calor. O visual verde, o cheiro da natureza e os pastos ao longo do percurso são de encher os olhos e diminuir o cansaço.

“Depois de 12 km bastante sofridos, o sobe/desce termina e passamos a correr no plano. Todo o percurso, TODO mesmo, é interditado para os corredores. A partir do momento em que entramos em Aracaju, a polícia foi eficientíssima em  parar o trânsito nos cruzamentos na hora em que um corredor estivesse passando.  Nisso eles foram perfeitos. Mas infelizmente pecaram em um ponto para o qual que não existe perdão, principalmente em prova que acontece no Nordeste: a falta de água.

“Com postos de água a cada 3 km, o último em que peguei água foi o do km 12. Os outros não tinham nem uma gota. Absurdo dos absurdos numa prova tão longa e difícil. A reclamação foi geral. Conversei com outros corredores e me falaram que é comum a falta de água mesmo. Incompreensível para uma prova tão bem organizada em outros aspectos! É certo que vários corredores pegam copos para “tomar banho”, mas a organização deveria prever isso, considerando o intenso calor.

“Na chegada, kit alimentação com frutas e sanduíche e escoteiros distribuindo a medalha. Prêmio em dinheiro para os dez primeiros lugares e para os cinco primeiros de cada faixa etária. Isso faz com que a corrida tenha um nível muito alto. Os vencedores  levam para casa R$ 6.300. Neste ano dois quenianos participaram da prova, um homem e uma mulher. Não deu outra: primeiro lugar para ambos. Feminino, Pascalia Kipcoech, com 1h28 (vencedora da meia de SP deste ano), e  Stanley Coech no masculino, com 1h17.

“Corrida aprovada (com exceção da falta d’água) e recomendada para quem gosta de provas difíceis e diferentes, além de poder passear pela cidade agradabilíssima que é Aracaju, considerada a capital nordestina com melhor índice de qualidade de vida. Título mais do que justo.”

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Comentários

  1. CARLOS YUGI SHIBUYA comentou em 03/04/12 at 17:21

    Boa noite, Rodolfo! Concordo com os comentários todos sobre falta de água em provas! É um absurdo! Tive essa infeliz experiência na 11.a Meia Maratona de Joinville, dia 11/03, o que prejudicou em muito os objetivos traçados. Com calor é crime! Concordo também com o Janildo Rocha Barbosa, MEDALHA DE PLÁSTICO TÁ VIRANDO PRAGA NAS PROVAS EM TODO O BRASIL! Teve medalha de plástico na das Praias em Mongaguá (26/02), até na do SESC Santo Amaro (15/01)! Que decepção! Alô, organizadores, mais RESPEITO, afinal o preço das inscrições não é barato! Abraços!

  2. janildo rocha barbosa comentou em 01/04/12 at 19:04

    Este ano não pude particpar da belissima prova Cidade de Aracaju, tive o prazer de corrê-la em 2007 e concordo com todos os comentários. cidade belissima, ótimo apoio ao corredor. tive oportunidade de saber sobre a prova deste ano através de um amigo e colega de treinos, o qual participou e auferiu nota 9,5. não fosse pela medalha, que segundo ele e eu o apoio nesse aspecto, deixou a desejar. esse negócio de ofertar ao corredores medalhas de plástico é algo muito pobre. o corredor fica satisfeito e feliz é com a medalha de metal. deixou a desejar também no quesito medalha. espero que no ano vindouro revejam essa falha.

  3. Sandra Nitta comentou em 31/03/12 at 23:39

    É difícil aceitar que falhas tão graves ainda possam acontecer em provas de corridas de rua. A organização deve ter condições de dimensionar a quantidade correta de camisetas por tamanho, medalhas, postos de hidratação e kits pós-prova (se houver) para todos os corredores inscritos! Acredito que um ponto que possa atrapalhar esse dimensionamento da água durante a prova é a quantidade de pipocas. De qualquer forma, a Organização precisa de uma margem de segurança para essa situação.

  4. gustavo giroti comentou em 28/03/12 at 11:31

    dos 12 aos 25 k sem água? po, nem no desafrio deve ser tanto assim, meio que absurdo!!!!!

  5. José Araújo comentou em 28/03/12 at 9:04

    Também participei dessa prova e confirmo o relato da atleta. Aracaju é uma cidade agadabilíssima, mas a organização da corrida cometeu alguns pecados. Só achei que o título da matéria foi infeliz e não condiz com o texto como um todo.

  6. Pedro Henrique comentou em 28/03/12 at 0:50

    é pra quem pode… ela deve ser paulista ……ou gaúcha …

    • Lia Campos comentou em 29/03/12 at 21:36

      Cearense!

  7. VALDIRCARLINI comentou em 27/03/12 at 23:56

    aqui só não falta quando chove pois alaga tudo,e uma pena que ainda o efeito do maior ilusionista- ex presidente predomina no governo,entende,não é só agua não e so percorrer mais alguns kms. que vai ver falta de esgoto e tudo mais,um povo maravilhoso uma cidade que era pra ser cartão postal do Brasil sendo usada a favores de baroes,e uma pena,mas seu povo um dia vai aprender,pois são bons demais e merecem muito mais..

  8. jose ailton tavares junior comentou em 27/03/12 at 20:03

    Boa noite, RodolfoLucena e a corredora cearense LiaCampos com certeza ano que vem esperamos contar com sua presença pela primeira vez em minha terra e o seu retorno Lia. Espero que a falha da falta de agua por conta dos organizadors nem venha ocorrer e desde já Aracaju e todo Sergipe estaremos de braços abertos. Morei 34 anos no RJ e retornei com minha familia toda carioca em 1995, e digo de coração que essa cidade é simplesmente espetacular quem conheçe se apaixona. Um grande abraço a todos.

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