Ponte JK é palco de corrida cara, mas gostosa
13/02/12 11:33A terceira edição da meia Maratona das Pontes, em Brasília, mais uma vez exigiu força e determinação dos corredores para completar o circuito difícil e enfrentar as agruras do clima da capital federal.
É uma prova bonita, com várias passagens pelo lago Paranoá. Participei da primeira edição dessa corrida, há dois anos (as fotos aqui publicadas são daquela corrida). Na prova de ontem, esteve presente o leitor CARLYLE VILARINHO, 54, que mandou suas impressões do evento e uma avaliação bem telegráfica.
Com 11 maratonas no currículo, esse economista que corre desde 2004 considerou “difícil” o percurso, ainda que bem bonito (como eu também achei). Podia ter sido pior por causa do calor e do clima seco de Brasília, mas a canícula foi abrandada pela chuva que durou quase toda a noite de sábado para domingo.
“Durante a prova o sol se manteve escondido, só lá pela segunda metade quis sair, anunciando um certo mormaço”, diz Vilarinho, que resume assim o circuito: “A largada foi no Pontão. Trezentos metros e cruzamos a Ponte Costa e Silva. A partir daí, uma subida de uns 3 km leva até o Clube de Golfe, na marca do km 5, voltando então em descida até a ponte JK”.
Permita-me agora fazer um interregno. A ponte Juscelino Kubitschek é muito bacana, com arcos que parecem se entrelaçar. Cruzando por ela, dá para perceber a beleza do lago Paranoá. Quando corri por lá não sabia, mas agora, pesquisando pela internet, fiquei sabendo que a construção dessa beleza arquitetônica foi marcada por denúncias e desencontros…
Diz a Wikipedia: “Pouco após o início da construção, teve início denúncias de superfaturamento. Orçada inicialmente em 39 milhões de reais, a obra acabou custando 160 milhões de reais devido a inúmeras revisões e ampliações do projeto, dentre elas, o caríssimo modo de construção no qual a ponte foi erguida sobre pilares que depois foram demolidos para que pudesse ser sustentada apenas pelos arcos. Apenas oito anos após a conclusão da obra, a ponte já apresentava problemas técnicos e falhas”.
Aliás, segundo a Wikipedia, desde o desenho original havia deficiência. “O projeto básico da ponte (…) revelou-se tão absurdo e desprovido de técnica que, de forma como foi dimensionada, a ponte não alcançaria a outra margem do Lago Sul, sendo necessário aumentar seu comprimento em 144 metros ou aterrar a margem do Lago.”
No ano passado, teve de passar por obras de manutenção por causa de um desnível, mas agora, ao que parece, tudo estava na mais perfeita ordem. Pelo menos para a realização de uma corrida.
Bom, passando a ponte, os corredores já estão quase na metade da prova. Pensam que o pior já passou, mas nananina, como nos conta Vilarinho: “Pegamos o sentido aeroporto. Ai um percurso que se alternam subidas e descidas até o final. A subida da QI 15, já no km 17, é de amargar, não termina nunca. Você vê uns corredores andando e tem vontade fazer o mesmo. Ali tem que ser meio besta e dizer pra si mesmo, EU POSSO. Então é fechar a cara e mandar ver”.
Segundo ele, a prova esteve bem organizada, com pontos de hidratação a cada 3 km e segurança no percurso para os atletas –1.200 corredores participaram do evento.
Vilarinho nota, porém, alguns pontos que considera problemáticos: “A prova é elitista, dificulta a participação de atletas com menor poder aquisitivo. O preço, R$ 70, é proibitivo para muita gente, é mais que 10% do salário mínimo. O local da entrega dos kit é de difícil acesso por transporte publico. O chip só é entregue no dia da corrida, duplo trabalho para todos”.
Apesar disso o corredor recomenda a prova. Eu também gostei bastante da edição em que participei, em 2010, quando tive oportunidade de conhecer alguns grupos de corredores de Brasília, todos bastante animados.
Ah, pontes no lago Paranoá…
Sabe que uma teve que ser demolida antes de finalizada?
Pois é, do mesmo projetista que mandou abrir um buraco na laje do elevado Paulo de Frontin que você sabe no que deu… e de outros também famosos… a tal ponte… os cabos que pendiam em cima de uma barcaça…. se engruvinharam em uma noite de vento… e lá se foi nosso rico dinheirinho pro fundo do lago…
Ver página 8 do PDF em http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=ponte%20lago%20parano%C3%A1%20sergio%20marques%20de%20souza&source=web&cd=7&ved=0CFIQFjAG&url=http%3A%2F%2Fsites.google.com%2Fsite%2Fcoloquiohh08%2Ftrabalhos-apresentados-2%2F03-J-ROGER-JOSE.pdf&ei=34w6T6_OGIfn0QHm0bCVCw&usg=AFQjCNHcnVgJK1v5YUQB1oGWpUUfzWrqUg&sig2=dyMxQgD1PIZt4Kszqe1I3g
Caro Rodolfo,
Sou do RJ, mas moro em Brasília a 1 ano, e participo de muitas provas e infelizmente 90% delas custam acima de R$70,00, hj em dia realizar uma prova virou uma fórmula de se arrecadar dinheiro de uma forma simples. Mas enfim o prazer que se sente no momento supera às vezes esse preço salgado..rs
A descrição indica ser uma prova realmente difícil, afinal correr 42km com muitas alternâncias de subida/descida é duro. Apenas discordo do motivo da prova ser “elitista”. R$ 70 pode não ser pouco, mas o pior em Brasília é a hospedagem, em que qualquer hotelzinho ruim custa muito.
Nesse Domingo meu marido e meu irmão participaram da corrida do Sol em São Paulo (partindo do Pacaembu) e pagaram 95 reais cada um, um valor absurdo pelo que oferecem de kit do corredor e de estrutura (decepcionante).
Para comparar a prova da Track & Field “Run Series” de Campinas fica em 70 reias mais a largada é dentro do shopping, o kit vem com camiseta da Track & Field e vc pode usar a estrutura do shopping (estacionamento, banheiro).
Os organizadores estão lucrando e muito, olho aberto pois nem sempre o preço sugere um bom kit.
Rodolfo e amigos: também corri a Meia Maratona das Pontes no último domingo. O percurso é realmente muito bonito, com toda a corrida margeando o Lago Paranoá. É daquelas provas que “enganam” os desavisados: primeira metade com uma subida leve nos três primeiros quilômetros e depois um trecho plano de 5 quilômetros. Mas a segunda metade é bem “seletiva”, com três subidas fortes nos km 12, 18 e 20. Essa do 18 é pesada mesmo, como bem disse o Vilarinho.
Sobre a organização, só uma queixa: por que os caras insistem em só entregar o chip no dia da corrida? Por que não entregam o chip junto com o kit na véspera? E pelo preço cobrado já dá pra usar chip descartável. No mais, tudo perfeito, hidratação de 3/3 km com mais dois pontos com isotônico (Gatorade). É uma meia que deve ser incluída no calendário do pessoal de fora de Brasília.
Para falar da corrida o autor não precisava recorrer à história da construção da ponte JK, confundiu o leitor. Ou fala da corrida ou do superfaturamento da obra, e se for falar do superfaturamento deve ser efeito retardado pois a época oportuna já passou, aponte já está velha e só agora o autor resolve comentar isso, aproveitando essa corrida mixuruca para tecer seus comentários retardados. E outra, ler no texto a palavra “nananina” escrita por esse barbudo é extremamente deprimente. Toma tenência….
Tome tenência, é perceber que vc é tão burro que nem percebeu que os fatos ocorridos na corrida estão sendo descritos pelo corredor CARLYLE e não pelo Barbudo como diz vc. insta ainda observar, que o narrador está apenas contando a história da construção da ponte, que pode ou não ser interessante, dependendo evidentemente da cultura do leitor.
Prezado, a coluna é assinada e pelo visto tu és mais um alienado por aqui.. Quando se dá a manchete: “Ponte JK é palco de corrida cara, mas gostosa”, condiciona o leitor mais atento ao que lê a, primeiramente entender que os custos para a realização e organização da corrida foram elevados, caros, mas que a prova (corrida) teria sido prazerosa. A ponte JK não foi construída única e exclusivamente para essa prova (corrida), conforme a indução da manchete. Você pelo visto nem percebeu, e por isso és mais um alienado que se acha inteligente e aplaude qualquer merda que lhe é apresentada. Toma tenência imbecil…
Estive em Brasília semana passada e “vislumbrei” essa prova. Como sou corredor iniciante e “ainda” corro somente 10k, vou treinar para que em 2013 possa participar dessa bela prova. Moro em Cuiabá e por aqui tem uma ponte desse tipo (Ponte Sérgio Mota) que por sinal é palco da largada de uma das maiores corridas de rua do Centro-Oeste (Corrida de Reis).
Deve ter sido muito bonita esta corrida. Eu e meu marido fomos à Brasília especialmente para a corrida do Sol. Achei que a corrida seria pelas ruas de Brasília, como Praça dos Tres Poderes, Congresso Nacional, Esplanada dos Minis´terios, etc. Mas não foi totalmente dentro do Parque Cidade Sara Kubitschek. Mesmo assim, visitei esta ponte é muito linda, alias achei Brasília toda muito bonita.
Ficou ótimo. Gostei da historia da construção da ponte. É importante que as pessoas saibam o que esta por tras da beleza arquitetonica.